A alegada inconstitucionalidade da posse de Floriano Peixoto deveu-se ao fato de

Floriano Peixoto foi presidente do Brasil, de novembro de 1891 a novembro de 1894, e teve um governo marcado pelo autoritarismo e pela postura centralizadora. Fez a transição do poder para o civil Prudente de Morais a contragosto, e ficou conhecido na história brasileira por combater duas grandes revoltas que aconteceram no país. Estamos falando dos seguintes movimentos:

a) Guerra de Canudos e Revolta da Vacina

b) Guerra do Contestado e Cangaço

c) Revolta da Armada e Revolução Federalista

d) Revolta da Armada e Revolta da Vacina

e) Revolta da Chibata e Guerra do Contestado

Em janeiro de 1892, os membros da Câmara dos Deputados e do Senado oficializaram um documento que suspendia o trabalho das duas casas. Esse acontecimento representava:

a) defesa para a implantação de uma república autoritária

b) manifestação contra a renúncia de Deodoro da Fonseca

c) denúncia dos congressistas contra a posse ilegal de Floriano Peixoto

d) insatisfação do Legislativo com o governo

e) todas as alternativas anteriores

A Revolta da Armada, que aconteceu durante o governo de Floriano Peixoto, foi a segunda revolta organizada pela Marinha, instituição com muitos monarquistas que se tornou abertamente antiflorianista. Floriano Peixoto aproveitou-se desse acontecimento para:

a) aliar-se aos federalistas no Sul

b) ampliar sua política de austeridade iniciada por conta do encilhamento

c) reabrir o Legislativo para obter verbas importantes

d) ampliar as medidas centralizadoras

e) evacuar a capital do Brasil

A Revolução Federalista foi uma das guerras civis mais violentas da história do Brasil e colocou castilhistas e federalistas lutando entre si, durante dois anos, pelo poder do Rio Grande do Sul. Floriano, temendo que os federalistas pudessem colocá-lo em risco, aliou-se aos castilhistas e enviou tropas para auxiliá-los. O avanço dos federalistas quase derrubou Floriano, mas, aos poucos, as tropas do governo derrubaram-nos.

A cidade que atualmente é Florianópolis tinha sido conquistada pelos federalistas, depois foi libertada pelas tropas do governo e rebatizada. O nome “Florianópolis” deu-se como uma homenagem a Floriano Peixoto. Qual era o antigo nome dessa cidade?

a) Piratini

b) Juliana

c) Contestado

d) Porto dos Casais

e) Desterro

LETRA C

A Revolta da Armada e a Revolução Federalista foram os dois grandes movimentos que o governo de Floriano Peixoto teve de enfrentar. A primeira foi motivada pela insatisfação da Marinha com o florianismo; e a segunda, por brigas políticas pelo controle do Estado do Rio Grande do Sul. Floriano suprimiu os dois movimentos por meio da força, e isso lhe deu o apelido de “Marechal de Ferro”.

LETRA A

O fechamento do Legislativo no Brasil estendeu-se de maio a janeiro de 1892. Foi uma medida utilizada pelos parlamentares para dar amplos poderes ao presidente, de maneira a consolidar-se a recém-proclamada república no Brasil. Essa medida também demonstra uma intenção dos parlamentares de transformar do país em uma república autoritária.

LETRA D

Com a Revolta da Armada, os marinheiros rebelaram-se contra o governo e passaram a atacar a capital, o Rio de Janeiro. O presidente Floriano Peixoto, conhecido pelo seu autoritarismo, impôs medidas que ampliaram a centralização do poder. As liberdades individuais e de imprensa foram suspensas por ordem do presidente.

LETRA E

No final de 1893, os revoltosos da Revolta da Armada, derrotados, fugiram para o Sul e uniram-se com os federalistas em luta contra os castilhistas e o governo. Estabeleceram-se na ilha de Santa Catarina e ocuparam a cidade de Desterro. Tempos depois, em abril de 1894, as tropas do governo conseguiram expulsar os rebeldes e recuperaram a cidade, que mudou de nome para homenagear o presidente, passando a chamar-se Florianópolis.

O governo Floriano Peixoto (1891-1894) foi o segundo governo republicano e encerrou o período conhecido como República da Espada, quando o Brasil foi governado por militares.

Floriano assumiu o poder em 1891, logo após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. Seu governo tinha como principal desafio consolidar a república no Brasil tendo em vista a divisão no apoio ao regime por causa de disputas de poder entre os aliados. A Marinha rivalizou com o Exército para ter mais espaço no governo.

Floriano enfrentou duas revoltas:

  • a Armada, no Rio de Janeiro
  • a Federalista, no Rio Grande do Sul

Não poupou esforços para conter as revoltas no intuito de estabilizar a república. Para ampliar o apoio ao seu governo, Floriano se aproximou da oligarquia paulista. Foi sucedido por Prudente de Morais, primeiro civil a assumir a presidência da república.

Leia também: Vice-presidentes que assumiram o governo do Brasil 

Contexto histórico do Governo Floriano Peixoto

A República da Espada corresponde aos dois primeiros governos da república brasileira, cujos presidentes eram militares. O primeiro governo foi do Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) e do também marechal Floriano Peixoto (1891-1894). Esse período foi caracterizado pelo conflito entre civis e militares pelos rumos da república. Floriano Peixoto assumiu a presidência em 1891, logo após a renúncia de Deodoro da Fonseca. Ele era vice-presidente e rompera politicamente com Deodoro.

O Governo Floriano tinha como objetivo consolidar a república no Brasil. Desde 1889 que os grupos republicanos colocavam-se em campos opostos por conta das decisões do governo e da elaboração da primeira Constituição republicana, a de 1891. Entre as Forças Armadas, os ânimos estavam acirrados. Militares da Marinha também queriam participação mais efetiva no governo e buscavam conter o avanço do Exército, que já estava no poder desde a proclamação da república.

Nos estados também predominava a desordem por conta da disputa pelo poder entre as oligarquias. Floriano Peixoto assumiu o poder tendo que enfrentar resistências de deodoristas, apoiadores de Deodoro da Fonseca, e o apetite político de republicanos que se sentiam desprestigiados desde 1889.

Floriano Peixoto foi o segundo presidente do Brasil (1891-1894) e entrou para a história como “Marechal de Ferro”.

Política interna brasileira

A política interna brasileira em 1891, ano da posse de Floriano Peixoto, estava em crise por causa dos conflitos no governo Deodoro. O novo governo começou com o propósito de pacificação nacional e principalmente de consolidar a república no Brasil. As dissidências internas poderiam provocar fraturas e ameaçar o governo iniciado em 1889. Entretanto, as crises políticas e conflitos armados persistiram no governo Floriano.

Usando da força para abafar as revoltas militares que aconteceram no Rio de Janeiro e no Sul do país, Floriano entrou para a história como o “Marechal de Ferro”. Para governar, Floriano se aproximou da oligarquia paulista, representada pelo Partido Republicano Paulista (PRP).

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Revolta da Armada

Desde a proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, os militares do Exército dominavam o novo governo. O primeiro presidente era do Exército. A Marinha esboçava sua insatisfação em não ter mais espaço no governo. Entre 1893 e 1894, embarcações da Marinha, sob a liderança de Custódio de Melo e Eduardo Wandenkolh, miraram seus canhões em direção à cidade do Rio de Janeiro e bombardearam-na por vários dias. O governo brasileiro contou com o apoio da Marinha norte-americana, que cercou os revoltosos, forçando-os a render-se.

Revolta da Armada, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1893.

Revolta Federalista

A Revolta Federalista, ocorrida entre 1893 a 1895, foi causada por disputas internas, por grupos políticos locais, em busca do controle do estado do Rio Grande do Sul. Esses grupos eram:

  • Partido Republicano Rio Grandense: liderado por José Castilho.
  • Partido Federalista: liderado por Gaspar Silveira Martins.

Floriano se posicionou a favor de Castilhos. Os federalistas venceram várias batalhas contra o governo e conseguiram dominar Santa Catarina e Paraná, quase alcançando a fronteira com o estado de São Paulo. Divergências entre os grupos federalistas enfraqueceram o movimento e as conquistas territoriais foram perdidas para as tropas florianistas. A cidade de Desterro passou a  chamar-se Florianópolis como homenagem ao presidente que a libertou das mãos dos federalistas.

Veja também: Revolta da Chibata – motim motivado por marujos insatisfeitos com castigos físicos

Marechal de Ferro

A necessidade de pacificar o Brasil após os conflitos nos primeiros anos de governo fez com que Floriano tomasse medidas enérgicas para consolidar a república e evitar que grupos monarquistas aproveitassem as dissidências para reassumir o poder. Floriano reagiu com violência às duas revoltas ocorridas em seu governo. A da Armada terminou com o presidente suspendendo as liberdades individuais.

Fim do Governo Floriano Peixoto

O fim do governo Floriano Peixoto, em 1894, marcou também o fim da República da Espada. Depois de tumultuosos governos militares, o Brasil começava sua fase civil na presidência. Floriano não conseguiu indicar um candidato à sua sucessão, por causa da falta de apoio. Prudente de Moraes foi eleito em 1º de março de 1894 e tornou-se o primeiro civil a assumir a presidência da república. Demonstrando que não ficou satisfeito com a escolha do seu sucessor, Floriano Peixoto não compareceu à posse de Prudente de Moraes.

Resumo do Governo Floriano Peixoto

  • Floriano Peixoto foi o segundo presidente da república (1891-1894)
  • Enfrentou duas revoltas: Armada e Federalista.
  • Apoio da oligarquia paulista.

Veja mais: Política do Café com Leite – alternância de poder entre MG e SP na República Velha

Exercícios resolvidos

Questão 1 - A revolta aconteceu no Rio de Janeiro, entre 1893 e 1894, quando oficiais da Marinha tomaram navios e atacaram a capital federal por semanas. Esse movimento teve a participação da Marinha norte-americana, e os revoltosos foram derrotados. Tal revolta que aconteceu no Governo Floriano Peixoto chama-se:

A) Revolta da Armada

B) Revolta Federalista

C) Revolta das Espadas

D) Revolta da Chibata

Resolução

Alternativa A. A Revolta da Armada aconteceu no Rio de Janeiro e refletiu a insatisfação da Marinha por não participar de forma mais efetiva da república. Desde a proclamação, em 15 de novembro de 1889, que o Exército assumiu o protagonismo do movimento e a formação do governo.

Questão 2 - Assinale a alternativa correta que aponta o grupo social que apoiou o governo Floriano Peixoto:

A) Marinha

B) Oligarquia Paulista

C) Tenentistas

D) Coluna Prestes

Resolução

Alternativa B. A oligarquia cafeeira de São Paulo apoiou o governo Floriano Peixoto. O presidente também se aproximou dos paulistas tendo em vista a diminuição de seus apoiadores entre os militares. Com essa aproximação do governo, São Paulo ganhou destaque no cenário nacional e  tornou-se, ao lado de Minas Gerais, um dos principais estados da República Velha, período sucessivo ao da República da Espada.

Quais foram os motivos da oposição ao governo de Floriano Peixoto?

A Revolta da Armada e a Revolução Federalista foram os dois grandes movimentos que o governo de Floriano Peixoto teve de enfrentar. A primeira foi motivada pela insatisfação da Marinha com o florianismo; e a segunda, por brigas políticas pelo controle do Estado do Rio Grande do Sul.

Como se deu o governo de Floriano Peixoto?

Floriano assumiu o poder em 1891, logo após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. Seu governo tinha como principal desafio consolidar a república no Brasil tendo em vista a divisão no apoio ao regime por causa de disputas de poder entre os aliados.

Quais foram as principais características do governo de Floriano Peixoto?

O governo de Floriano Peixoto ficou marcado pelo autoritarismo, manifestado na repressão contra seus opositores e críticos. Entretanto, foi um presente muito popular nas camadas mais baixas. Passou o poder para Prudente de Morais, o primeiro presidente civil do Brasil.

Quem foi Marechal Floriano Peixoto e o que ele fez?

Conhecido como “Marechal de Ferro”, “A Esfinge” e “Consolidador da República”, Floriano Peixoto foi o segundo presidente da República brasileira. Nascido em 1839, em Maceió (AL), lutou na guerra do Paraguai. Após a proclamação da República, foi eleito vice-presidente do governo Marechal Deodoro.

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