A distância de seguimento contribui para evitar colisões traseiras e facilita as ultrapassagens

Quando um motorista se depara com um obstáculo do qual não pode desviar, ele deve já começar a pisar no freio gradualmente. O intervalo de tempo entre o momento em que o condutor identifica o obstáculo à frente e o que ele de fato aciona os freios é conhecido como “tempo de reação”.

O tempo de reação varia de pessoa para pessoa, por inúmeros fatores, já que isso está diretamente ligado à capacidade de reagir aos estímulos visuais. 

Além disso, ele pode ser afetado pelas condições do motorista, sejam físicas e psíquicas, como estado de fadiga e o grau de alcoolemia do indivíduo. Geralmente, o intervalo médio de reação é de cerca de 0,75 segundos. 

Depois que se acionam os freios, sejam eles ABS ou convencionais, cada veículo leva um tempo até a parada total. Esse período é chamado de “tempo de frenagem”.  

A distância percorrida pelo automóvel desde o momento em que o condutor aciona os freios até aquele em que o veículo para completamente é chamada de “distância de frenagem”. 

Essa distância varia conforme o tipo de veículo. Por exemplo: um veículo em condições normais de manutenção e condução, que trafega a uma velocidade de 40 km/h, percorre aproximados 6,4 metros.

Elementos que podem interferir, aumentando ou diminuindo a distância de frenagem:

  • Velocidade desenvolvida pelo veículo.
  • Estado de conservação e tipo do sistema de frenagem (convencional ou ABS).
  • Aderência dos pneus do veículo à pista, que varia em função do estado de conservação dos pneus, do estado de conservação da pista e do estado em que ela se encontra (seca, molhada, com óleo, etc.).

Ao trafegar atrás de outro automóvel, é necessário manter uma distância para evitar uma colisão caso ele freie bruscamente. 

Uma boa distância permite que se tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situação de emergência e que haja tempo para que o veículo, uma vez freado, pare antes da colisão.

Distância recomendada

A distância que deve ser mantida entre o próprio veículo e o que vai à frente é chamada “distância de seguimento”. 

Ao dirigir em circunstâncias normais de pista e de clima, o tempo necessário para manter uma distância segura é de aproximadamente dois segundos. Há um método simples que ajuda o condutor a manter uma distância segura de outro veículo:

Estabeleça um ponto fixo à margem da via (placa de sinalização, poste, etc.). Quando o veículo que vai à frente passar pelo ponto fixo escolhido, comece a contar. Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira simples de fazer isso é contar seis palavras em sequência, por exemplo: “cinquenta e um; cinquenta e dois”.

A distância entre o seu veículo e o que vai à frente será segura se o seu veículo passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos. Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a distância segura.

MANTENHA DISTÂNCIA: Levantamento da concessionária responsável por rodovias das regiões de Marília e Ribeirão Preto mostra que as colisões, principalmente traseiras e laterais, representam 56% do total das ocorrências, seguidas por queda de moto, com 20%, e capotamento, com 14%. Foto: Divulgação

Cerca de 30% dos acidentes nos anéis viários de Ribeirão Preto e Marília, entre janeiro e maio, envolveram motocicletas

No trânsito, a distância entre os veículos é muito mais que uma recomendação de segurança, pode ser a garantia da preservação da vida. O espaço adequado entre um carro e uma motocicleta, por exemplo, permite ao condutor a tomada de decisões de maneira ágil, atenta e preventiva, o que ajuda a evitar acidentes.

Levantamento da concessionária responsável por rodovias das regiões de Marília e Ribeirão Preto mostra que as colisões, principalmente traseiras e laterais, representam 56% do total das ocorrências, seguidas por queda de moto, com 20%, e capotamento, com 14%.

De acordo com a empresa, na Rodovia Alexandre Balbo (SP-328), no Anel Viário Norte de Ribeirão Preto, entre janeiro e maio deste ano, os acidentes envolvendo motocicleta representaram 27% do total. Os tipos mais comuns são os tombamentos e as colisões traseiras. A mesma situação é observada na Rodovia Comandante João Ribeiro Barros (SP-294), em Marília, que também tem característica urbana e com grande fluxo de veículos. No trecho em questão, incidentes com motocicletas representam 32% do total de casos no mesmo período, com prevalência de colisões traseiras.

OMS alerta

De acordo com o diretor do Centro de Trauma da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) de Ribeirão Preto e diretor executivo do Comitê de Trauma Brasileiro, dr. Maurício Godinho, o trauma é a principal causa de morte entre pessoas com idades até 49 anos no mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os acidentes de trânsito são os principais responsáveis por estes traumas.

No caso de motocicletas, segundo o médico, as lesões são mais graves e costumam envolver traumas cranioencefálico e fraturas muscoesqueléticas, causados pela exposição do corpo e excesso de velocidade. “Além de todo o impacto e desdobramentos sobre a saúde do motociclista, a maioria fica com graves sequelas e precisa de um longo período de recuperação, o que causa grande impacto econômico e social, principalmente entre homens em idade economicamente ativa”, diz.

Por ano, o Centro de Trauma do HC-UE de Ribeirão Preto recebe cerca de 3 mil pacientes vítimas de traumas, de 26 cidades da macrorregião, principalmente envolvendo motocicletas. Ele explica que a gravidade dos ferimentos poderia ser até 30% menor se os condutores utilizassem equipamentos de segurança corretos, como um bom capacete, jaqueta, luvas e botas. “São amputações, sequelas temporárias e permanentes, mas em todo o caso a recuperação é lenta e demanda afastamento do trabalho e da rotina, isso quando não evolui para a morte”, completa.

Quase 5 milhões de motos

Meio de transporte mais econômico, a frota de motos também cresce vertiginosamente. Somente no Estado de São Paulo já são 4,7 milhões de motocicletas, segundo dados do Denatran até maio de 2019. Considerando apenas Ribeirão Preto e Marília, as maiores cidades na rota de rodovias concessionadas, já são pelo menos 157 mil motocicletas registradas.

O gestor de segurança viária da empresa, Fábio Ortega, alerta que o excesso de velocidade, somado às ultrapassagens perigosas e comportamentos imprudentes, aumentam a incidência de acidentes. De acordo com o ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), 90% dos acidentes ocorrem por falhas humanas que variam de desatenção dos condutores a desrespeito à legislação.

“Motoristas, pedestres, ciclistas, todos precisam entender que estão dentro de um sistema viário e que existem regras que levam em consideração os riscos e a segurança do condutor.”, afirma o especialista na área de trânsito e consultor da concessionária, Carlo Framarim.

Distância Segura

A distância segura entre veículos é aquela em que o motorista terá tempo e espaço para frear e parar sem colidir com outro veículo ou obstáculo. A atenção deve ser ainda maior para motos, já que o condutor fica mais exposto ao tráfego.

Não existe uma distância mínima regulamentada, já que há variáveis como o tipo de veículo e as condições do tempo e tipo de rodovia. Porém, especialistas recomendam a dica que consiste em guardar distância de, ao menos, três segundos do veículo da frente. Para isso, basta tomar como referência um ponto que está adiante, pode ser um poste ou uma árvore. Assim que o veículo à frente ultrapassar o objeto, comece a contar “mil e um, mil e dois, mil e três”. Se você chegar no ponto de referência antes de terminar a contagem, significa que é necessário diminuir a velocidade.

Com base no Código de Trânsito Brasileiro, artigo 192, “deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais” é motivo para infração grave, punida com 5 pontos na carteira.

As velocidades regulamentadas para o Contorno Norte em Ribeirão Preto são de 110 km/h para veículos leves e de 90 km/h para veículos comerciais.

Diferentes melhorias são aplicadas em todo a malha viária administrada pela empresa com o objetivo de reduzir os acidentes, com a instalação de dispositivos como barreiras metálicas de contenção, sonorizadores e sinalização de solo com refletância, entre outras medidas.

Para coibir o excesso de velocidade no Contorno Norte e aumentar a segurança dos usuários, a concessionária encaminhou à Artesp estudos para implantação de cinco radares, que está sob análise da Agência.

Dicas importantes

Durante o deslocamento, o motociclista tem a possibilidade de mover-se dentro da faixa de rolamento de um lado para outro com o intuito de aumentar a distância segura em relação aos outros veículos.

Algumas situações exigem mudança de posição dentro da faixa. Uma delas é quando há carros cruzando a moto, em sentido contrário. Ao ultrapassar grandes veículos, como caminhões e ônibus, por exemplo, é importante tomar cuidado com o deslocamento de ar causado por eles e que pode desestabilizar a moto.

Atrás desses veículos, o turbilhão de ar tende a “puxar” a moto para próximo deles (efeito do vácuo). Na parte dianteira, o ar deslocado direciona-se para os lados, tendendo a “empurrar” a moto para a lateral.

Por precaução, mantenha uma distância segura dos veículos, de cinco metros pelo menos, durante a manobra de ultrapassagem.

Condições de tempo

Para quem pega a estrada de motocicleta, os cuidados devem ser redobrados na condição de vento forte. Se o motociclista sentir as rajadas na direção lateral, o recomendado é projetar o corpo para frente, mantendo o peso na roda frontal, e desacelerar.

Antes de ultrapassar veículos de grande porte, é importante analisar se é prudente empreender a manobra. O deslocamento de ar causado por ônibus e caminhões pode desestabilizar a motocicleta e provocar quedas.

Manter a distância segura de veículos grandes, sob qualquer condição, é regra básica para a condução segura sobre duas rodas. Quando chove, a pista fica escorregadia e a visibilidade comprometida. A atenção deve ser redobrada em ultrapassagens e frenagens.

O que a distância de seguimento?

Distância de seguimento Enquanto estiver dirigindo o condutor deve manter uma distância segura entre veículos. Isso é importante para que ele possa parar em uma situação de emergência. Isso, sem colidir com a traseira do veículo que estiver à sua frente. Essa é o que chamamos de distância de seguimento.

Qual é a distância de segurança?

A distância de segurança (dS) consiste na distância mínima que dois veículos devem manter entre si para que, no caso de travagem brusca, não colidam. Esta é calculada pela soma da distância de reação com a distância de travagem e vem expressa no SI em metros.

Qual é a distância de um carro para o outro de segurança?

A recomendação feita por especialistas aos condutores é de que se mantenha uma distância de pelo menos três segundos da condução que está a sua frente, mas como calcular isso? A fórmula é simples: um carro de afastamento para cada 20 km/h.

O que é a regra dos dois segundos?

Existe uma regra simples – a regra dos dois segundos – que pode ajudar você a manter a distância segura do veículo à frente: 1. Escolha um ponto fixo à margem da via; 2. Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar; 3. Conte dois segundos pausadamente.

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