Do manual ao automático: qualidade e produtividade garantidas
Carne nobre e de qualidade sempre foi o objetivo do produtor de proteína animal.
A genética evoluiu nesse sentido e, para acompanhar essa evolução, os sistemas de produção também se aprimoraram.
Do manual ao automático, as funções e os controles na produção de proteína animal foram sendo aperfeiçoados, mostrando que a produtividade e a qualidade nesse segmento estão diretamente ligadas aos equipamentos e tecnologias utilizadas.
Assim, é importante levar em consideração a palavra Tecnologia como o termo amplo, que envolve conhecimento técnico e científico, e sua aplicação na transformação.
E, definitivamente, ela também chegou ao campo, intensificando a produção e alavancando toda a gestão do negócio. A cada ano, vemos novas tecnologias sendo desenvolvidas para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a qualidade dos produtos.
De acordo com o veterinário Lederson Trindade de Lima, consultor da LTL Consultoria Animal, de forma geral, a tecnologia contribui para tornar a gestão mais precisa, fazendo com que o produtor tenha uma maior agilidade na tomada de decisão, ao disponibilizar dados de forma mais rápida e, com isso, diminuir os riscos.
“Desde um comedouro que facilite o manejo, sendo mais assertivo na conversão alimentar, até um software de gestão, identificamos a tecnologia melhorando os ganhos do produtor”, afirma Lima.
Soluções tecnológicas podem garantir uma proteína animal de qualidade.
Tanto para avicultura quanto para suinocultura, a evolução dos equipamentos de fornecimento de ração e água, e de controle de ambiente vem favorecendo para a conquista do máximo potencial genético.
Na questão da ambiência, com a climatização é possível ainda aumentar o número de animais no galpão.
Ventiladores, nebulizadores, exaustores são fundamentais para garantir o bem-estar, tão cobrado pelos mercados internacionais, destino de boa parte da proteína animal brasileira.
A evolução é tanta que, hoje, a tecnologia permite até o gerenciamento remoto da granja.
É a conectividade melhorando a produtividade e o rendimento.
Com o controle na palma da mão, promovido por controladores integrados a um sistema online, o produtor consegue fazer, mesmo à distância, o acompanhamento completo do consumo de alimento e água, peso dos animais, iluminação, ambiência, acionando ações programadas.
Assim, tecnologia e inovação comprovam, cada vez mais, o quanto podem melhorar o ciclo de produção nas cadeias de frangos, ovos e suínos, facilitando a vida do produtor e reduzindo o custo para as empresas, além de favorecerem o bem-estar animal, melhorando o desempenho das granjas.
Dentro dessa evolução, não há como voltar para trás.
Para o produtor que busca sempre um melhor desempenho para a sua propriedade, resta apenas escolher a melhor solução que se adeque às necessidades da sua produção e às exigências das integradoras.
Dessa forma, contará com mais segurança para o seu dia a dia e garantirá o sucesso da sua produção.
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11 May 2021
Uso de tecnologias na agricultura e produção animal levam à economia de áreas
As tecnologias poupa-terra são aquelas adotadas pelo setor produtivo, de baixo ou alto custo, que permitem incrementos sustentáveis na produção total em uma mesma área e, graças ao seu uso, evita-se a abertura de novas áreas para produção agropecuária. Práticas conservacionistas, como o plantio direto, o manejo e a conservação do solo e dos recursos hídricos, podem ser caracterizadas como práticas poupa-terra, uma vez que aumentam a produtividade de modo sustentável.
“O Brasil já conta com uma série de sistemas e tecnologias sustentáveis que podem ser consideradas estratégias poupa-terra em franca adoção para os principais sistemas produtivos agropecuários do País”, declara o engenheiro-agrônomo da Embrapa Samuel Telhado, coeditor técnico da publicação.
Na visão do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, uma das principais vantagens das tecnologias poupa-terra é que atendem a produtores de todos os portes: pequeno, médio e grande. “Trata-se de modelos extremamente democráticos e que têm alcançado resultados impressionantes em todos os biomas brasileiros”, complementa Capdeville, que também é editor técnico da publicação.
Sem tecnologia, a área hoje plantada com soja seria 195% maior
“Se nos reportarmos à década de 1970, sem a tecnologia existente hoje para produção de soja no Brasil, para manter esses índices de produtividade, seria necessário expandir a área em 195%, ou seja, praticamente o triplo do que temos hoje. Com a ciência e as tecnologias poupa-terra conseguimos preservar uma área de 71 milhões de hectares”, acrescenta Capdeville.
Conversão alimentar na avicultura e suinocultura reduz a área cultivada
Na avicultura e suinocultura, o progresso tecnológico contínuo nas últimas quatro décadas garantiu às atividades lugar cativo no ranking das melhores do mundo. Grande parte desse sucesso se deve ao processo de conversão alimentar, a quantidade de ração que um animal precisa consumir para cada quilo de peso que ganha. Essa tecnologia é o resultado direto dos
progressos obtidos ao longo dos anos em vários segmentos, como o melhoramento genético, nutrição, sanidade animal, manejo e ambiência.
No caso da avicultura de corte, em 1975, o frango precisava de 2,1 kg de ração para ganhar um quilo de peso vivo. Em 2020, esse mesmo quilo de peso foi obtido com 1,7 kg de ração. Considerando a produtividade atual do milho e soja no País, caso o desenvolvimento tecnológico não tivesse dotado os frangos de maior capacidade de conversão de ração em ganho de peso, a avicultura de corte demandaria um adicional de 1.551.056,40 ha de terra para entregar as mesmas 16,4 milhões de toneladas de peso vivo de frango produzidas em 2020. Essa economia de terra equivale a três vezes o tamanho do Distrito Federal.
“De forma geral, esses números mostram claramente que sem tecnologia não há sustentabilidade. E para levar a ciência ao campo, contamos com o apoio dos produtores brasileiros, que são altamente receptivos aos avanços tecnológicos”, pontua Capdeville.
Tecnologias Poupa-Terra 2021
Editada pelo engenheiro-agrônomo Samuel Telhado e pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Guy de Capdeville, a obra é dividida em nove capítulos e tem como objetivo apresentar aos mais diversos públicos no Brasil e no exterior (será traduzida para o inglês) as estratégias e tecnologias poupa-terra adotadas no País e seus impactos para a agricultura brasileira.
Segundo o diretor, “a adoção de um considerável número de tecnologias em várias frentes do processo produtivo tem permitido produzir altos volumes, com alta qualidade, de forma sustentável sob todos os aspectos, além de permitir que as florestas do País sejam protegidas tanto nas propriedades agropecuárias quanto em áreas nativas”.
As tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e parceiros garantem à agricultura um efeito poupa-terra nas mais diversas cadeias do agro brasileiro. Capdeville relata que os dados apresentados na publicação foram obtidos ao longo de décadas, o que traz robustez aos resultados divulgados no documento.
A expectativa, segundo o diretor, é evidenciar que graças ao uso da ciência em suporte à agricultura brasileira, o País continuará seu crescimento sustentável no setor nas áreas ambiental, social e econômica, além de figurar entre os principais atores da agropecuária mundial nas próximas décadas.
Fonte: Fernanda Diniz | Secretaria de Pesquisa e Desenvolvimento (SPD) & Embrapa
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