Qual a diferença entre sístole e diástole?
A sístole e a diástole são dois estágios do ciclo cardíaco. A sístole é a fase de contração do coração, onde o sangue é bombeado para os vasos sanguíneos, já a diástole é a fase de relaxamento, fazendo com que o sangue entre no coração.
Em um adulto normal, a média da pressão sistólica é de 120 milímetros de mercúrio (mmHg), enquanto a diastólica é de 80 mmHg.
Definição | A sístole é a fase do ciclo cardíaco em que o coração está contraído. | A diástole é a fase do ciclo cardíaco em que o coração está relaxado. |
Função | No estágio de sístole, o coração se contrai, bombeando o sangue do coração para a aorta e para a artéria pulmonar. | No estágio de diástole o coração relaxa, permitindo que as câmaras cardíacas sejam preenchidas com sangue, que vem das veias pulmonares e veias cavas. |
Pressão sanguínea | Alta. | Baixa. |
Pressão média | A pressão sistólica recomendada para um adulto normal é de 120 mmHg. Já para uma criança é de 100 mmHg (6 a 9 anos) | A pressão diastólica recomendada para um adulto normal é de 80 mmHg. Para crianças é de 65 mmHg. |
Vasos Sanguíneos | Contraídos. | Relaxados. |
Leitura da pressão arterial | O maior número é a pressão sistólica. | O número mais baixo é a pressão diastólica. |
Fases | Sístole atrial e sístole ventricular. | Diástole atrial e diástole ventricular. |
A pressão diastólica ocorre no início do ciclo cardíaco. É a pressão mínima nas artérias, quando as câmaras de bombeamento do coração se enchem de sangue. No final do ciclo cardíaco ocorre a pressão sistólica, quando os ventrículos se contraem.
Leitura de pressão arterial
A leitura da pressão sanguínea é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é fornecida em dois números.
O maior número é a leitura da pressão arterial sistólica, que representa a pressão máxima exercida quando o coração se contrai. Já o menor número é a leitura da pressão arterial diastólica, que representa a pressão mínima nas artérias, quando o coração está em repouso.
Então, se o médico diz que sua pressão está 12 por 8, significa que na sístole ela é de 120 mmHg e na diástole é de 80 mmHg.
Em relação aos batimentos cardíacos, que podem ser ouvidos com um estetoscópio, o primeiro batimento marca o início da sístole, e o segundo é o início da diástole.
Faixas normais e anormais de pressão sistólica e diastólica
Em crianças, a medida sistólica varia de 95 a 100 e em adultos varia de 90 a 120 mmHg. Já a medida diastólica é de cerca de 65 mmHg em crianças, e nos adultos varia de 60 a 80 mmHg.
Já em casos de anormalidade, são identificados os seguintes números em adultos:
- Hipotensão se a leitura sistólica for < 90 mmHg e a leitura diastólica for < 60 mmHg;
- Pré-hipertensão se a leitura sistólica for de 121 a 139 mmHg e a leitura diastólica for de 81 a 89 mmHg;
- Hipertensão estágio 1 se a leitura sistólica for 140 a 159 mmHg e a leitura diastólica for 90 a 99 mmHg;
- Hipertensão estágio 2 se a leitura sistólica é de 160 mmHg e a leitura diastólica é de 100 mmHg.
Veja também a diferença entre:
- Veia, artéria e capilar
- Sistema nervoso simpático e parassimpático
- Incidência e prevalência
O coração, ao contrair-se, atua como uma bomba que impele o sangue, formando a corrente sanguínea. Esta desloca-se sob pressão nas artérias, veias e capilares, oscilando para cima e para baixo consoante os batimentos do coração. A pressão média do sangue que circula para os tecidos durante o ciclo cardíaco é considerada pressão arterial.
Um fluído impelido por uma
bomba através de um circuito de canais fechado atua sobre pressão e, quanto mais próximo o fluído está da bomba, maior é a pressão a que está submetido.
A dinâmica da corrente sanguínea nas artérias, veias e capilares não é exceção, e o sangue percorre os vasos sanguíneos em função de um gradiente de pressão, deslocando-se sempre das áreas de maior pressão para as de menor pressão. São essencialmente as contrações do coração que originam a corrente sanguínea. A pressão resulta da resistência
oposta à circulação sanguínea.
Com o avançar da idade, existe uma maior propensão para a hipertensão
Quando o ventrículo esquerdo se contrai e expele o sangue para a artéria aorta transmite energia cinética ao sangue. Este força as paredes elásticas da aorta e provoca pressão aórtica que atinge o seu ponto máximo. Esta pressão denominada pressão arterial sistólica,
nos adultos saudáveis, é de cerca de 120 mm Hg. O sangue desloca-se através das artérias porque a pressão na aorta é mais alta do que nos vasos mais distantes.
Durante a diástole, o fecho da válvula aórtica semi-lunar evita que o sangue reflua para o coração. As paredes da aorta e de outras artérias contraiem-se, mantendo uma pressão contínua num menor volume de sangue. Consequentemente o sangue continua a deslocar-se no interior dos vasos mais pequenos. Durante este período, a pressão
aórtica diminui para o seu nível mais baixo, aproximadamente 70-80 mm de Hg, em adultos saudáveis, denominando-se pressão diastólica.
As artérias com as suas paredes elásticas atuam como bombas auxilares que operam durante a diástole, quando o coração relaxa, para fornecer ao sistema vascular o volume de sangue armazenado
no coração durante a sístole.
Como a pressão oscila para cima e para baixo com cada batimento do coração, a pressão considerada como pressão arterial é a pressão média do sangue que circula para os tecidos durante o ciclo cardíaco.
A pressão sistémica é mais alta na aorta e declina à medida que percorre os vasos sanguíneos para atingir praticamente o valor zero na aurícula
direita.