Transição Demográfica, Transição Epidemiológica e Envelhecimento Populacional são processos interligados e produzem impactos significativos na sociedade. A mudança do comportamento demográfico, apresentando diferentes etapas, encontra-se atualmente na fase em que a fecundidade é reduzida a níveis mínimos, impactando na queda da participação do grupo das crianças na população, ao passo que a redução da mortalidade e a elevação da expectativa de vida, contribuem para o aumento do
peso do grupo dos idosos. A medida que mais pessoas alcançam idades mais elevadas, ocorre a mudança do padrão de doenças que atingem a maior parte da população e que são as principais causas de mortes. Com mais idosos, as doenças típicas do envelhecimento assumem a liderança das enfermidades que mais acometem a população e que ocasionam a maior parte das mortes. Com a redução do grupo das crianças e a elevação sustentada do grupo dos idosos ocorre a intensificação do envelhecimento populacional,
processo que provoca profundas transformações nos indivíduos, nas famílias e na sociedade como um todo e que exige uma total adaptação das políticas públicas para atender com qualidade ao cidadão com mais de 60 anos. Não há dados estatísticos. Estudos Populacuionais - Envelhecimento da População. Autores
DOI:
//doi.org/10.14393/Hygeia153248614 Palavras-chave:
Envelhecimento populacional, Transição demográfica, Transição Epidemiológica Resumo
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Biografia do Autor
Anderson Silva Oliveira, UFES - Universidade Federal do Espírito
Santo.
Como Citar
OLIVEIRA, A. S. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, [S. l.], v. 15, n. 32, p. 69–79, 2019. DOI: 10.14393/Hygeia153248614. Disponível em: //seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/48614. Acesso em: 7 dez. 2022.
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Perfil epidemiológico da saúde do idoso no Brasil
Transição epidemiológica
A transição epidemiológica consiste na mudança do perfil de morbidade e mortalidade de uma população. Está intimamente relacionada à transição demográfica e caracteriza-se pela diminuição de mortes por doenças infectocontagiosas e aumento das mortes por doenças crônicas. Observe abaixo o gráfico demonstrativo da evolução das causas de mortalidade no Brasil. Clique para ampliar.
A mortalidade por doenças infecto parasitárias caiu de 46% (em 1930) para 5,3% (em 2000), enquanto as mortes por doenças não transmissíveis chegaram a representar dois terços do total de óbitos por causas conhecidas.
O processo de envelhecimento é um dos fenômenos que mais se evidencia nas sociedades atuais, sendo esse fenômeno conhecido como transição demográfica. Associada a transição demográfica destaca-se a transição epidemiológica que geram mudanças nos padrões de morte, morbidade e invalidez de uma população específica e que, em geral, ocorre em conjunto com outras transformações como as sociais, econômicas e de saúde. Sendo assim o estudo tem como objetivo
analisar os aspectos gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da população brasileira. Para esta revisão foram utilizadas informações de agências especializadas em saúde, como a OMS, OPAS, Ministério da Saúde e IBGE, além de periódicos das bases de dados Pubmed, ScienceDirect, Scielo e Lilacs, utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCs) e Medical Subject Headings (MeSH). Visto o exposto, ressalta-se a importância sobre práticas integradas e preventivas das doenças
crônicas não transmissíveis na população idosa, além da identificação do seu perfil epidemiológico, facilitando assim a tomada de decisão sobre o planejamento estratégico de modelos de atenção í saúde adequada a essa população. Palavras-chave: idoso, transição epidemiológica, transição demográfica, doenças crônicas não transmissíveis.
Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal do Piauí, Pós-graduação latu sensu em Educação Física escolar pela Universidade Federal do Piauí, Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Piauí. Professor da rede básica de ensino de instituições públicas e privadas. Docente dos cursos de Licenciatura em Educação Física e do Bacharelado em Educação Física da Faculdade Santo Agostinho. Professor da Pós-graduação em Fisiologia e Treinamento
Funcional da Faculdade Santo Agostinho. Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio) – Doutorado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO/RJ, Laboratório de Avaliação Econômica e de Tecnologias – LAETS Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências
(PPgEnfBio) – Doutorado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO/RJ, Laboratório de Avaliação Econômica e de Tecnologias – LAETS Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde e Ambiente (PSA) da Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju/SE, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio) – Doutorado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO), Rio de Janeiro/RJ, Laboratório de Biociências do Movimento Humano – LABIMH – UNIRIO Granacher U, Muehlbauer T, Gollhofer A, Kressig R W, Zahner L. An intergenerational approach in the promotion of balance and strength for fall prevention - a mini-review. Gerontology 2011;57(4):304-15. //doi.org/10.1159/000320250 Barin K, Dodson EE. Dizziness in
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DOI:
//doi.org/10.33233/eb.v18i5.2785
Resumo
Biografia do Autor
Antonio Carlos Leal Cortez, UNIFSA
Carlos Roberto Lyra Silva, UNIRIO
Roberto Carlos Lyra Silva, UNIRIO
Estélio Henrique Martin Dantas, UNIRIO
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