Mascara da lupo é boa

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Caso você enxergue a claridade através do tecido, é melhor optar por um modelo mais grosso (Foto: Getty Images/iStockphoto)

Algodão, elastano, cirúrgica, PFF2... Com mais de um ano da pandemia de covid-19, os modelos de máscaras de tecido se multiplicaram rapidamente e causam dúvidas sobre qual seria a melhor opção.

As queridinhas são a máscara com elastano na composição, que torna o material mais confortável ao toque, e as opções com tecidos antivirais, vendidas por marcas como a Lupo e a Insider. Mas será que elas realmente "protegem mais"? Alguns especialistas e projetos tentam responder a essa pergunta, mas a conclusão varia.

Como há diversos modelos de máscaras feitas em elastano, fatores como a vedação também podem influenciar na proteção. De forma geral, o problema com máscaras confeccionadas em tecidos elásticos é que o espaço entre as tramas do tecido aumenta quando a máscara estica, conforme explica o manual divulgado pela Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde: “esses materiais podem ficar esticados sobre o rosto, o que aumenta o tamanho dos poros e prejudica a eficiência de filtração durante o uso. Além disso, os materiais elásticos podem se degradar com o tempo, e são sensíveis à lavagem em altas temperaturas”.

Pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, conduziram um estudo que mostrou que as gotículas de saliva maiores são capturadas pelo elastano e se transformam em partes muito menores, chamadas de aerossóis. “Isso é muito perigoso, porque essas partículas ficam suspensas no ar por períodos maiores, ao contrário das gotículas grandes, que caem no solo rapidamente. Os aerossóis são a principal via de transmissão da Covid-19”, explica Vitor Mori, doutor em Engenharia Biomédica e pesquisador do Observatório Covid-19 BR.

Via de regra, a melhor opção é apostar em tecidos com malhas mais fechadas e homogêneas. A mesma pesquisa classificou a N95 como a melhor entre 14 opções de máscaras faciais. Contudo, todas as que eram feitas de algodão tiveram bom desempenho, eliminando de 70% a 90% das gotículas.

E o tecido antiviral, torna a máscara mais segura?

De acordo com Vitor, o uso da máscara com tecnologia antiviral parte de uma compreensão equivocada de que a transmissão do Covid-19 se dá no contato com superfícies contaminadas. O risco, na verdade, está apenas nas gotículas infectadas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. “Na prática, o tecido antiviral não oferece nenhum grau extra de proteção à máscara. Elas de fato inativam o vírus depois de algum tempo, mas isso não é importante em termos de transmissão”, explica.

Como saber se o tecido da máscara é denso o suficiente?

Segundo o pesquisador, uma boa estratégia é observar o tecido contra a luz. Caso você enxergue a claridade através dos fios, é melhor buscar uma opção mais grossa. Outro teste é tentar apagar uma vela ou fósforo enquanto se usa a máscara. Se for fácil demais, também é melhor trocar a proteção.

Tão importante quanto a capacidade de filtragem, no entanto, é a vedação. A máscara não pode ficar folgada nas laterais ou acima do nariz. Estão disponíveis alguns ‘fixadores’ que ajudam a deixar a máscara bem presa ao rosto. Também há tutoriais na internet que ensinam a fazer versões caseiras do ‘fixador’ usando elásticos.

Qual é a diferença entre uma máscara de tecido comum e uma PFF2 ou N95?

Além da regulamentação, as máscaras PFF2 e N95 filtram 94% das partículas de até 0.3 microns (as menores e mais difíceis de serem capturadas). Além disso, a capacidade de vedação normalmente é maior, então elas se ajustam ao rosto sem vazamentos de ar pelas laterais.

Vale lembrar que a PFF2 e a N95 são Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e são direcionadas prioritariamente a profissionais da saúde. Entretanto, cidadãos comuns podem usá-las em locais de alto risco de transmissão, como no ônibus ou em uma viagem de avião, por exemplo.

Uma das alternativas para minimizar a taxa de transmissão direta do novo coronavírus é o uso das máscaras faciais. Atualmente, há no mercado uma diversidade de máscaras, tanto na composição têxtil, quanto na presença ou não do elemento prata (Ag), sob a forma de íon ou nanopartículas de prata (AgNP), que tem atividade biocida. Um artigo com participação da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Ficocruz) avaliou a presença da Ag total e de AgNP em máscaras produzidas para proteger a população da Covid-19 que estão sendo comercializadas no Brasil durante a pandemia. 

O artigo Avaliação da qualidade das máscaras comercializadas no Brasil em tempos de pandemia da Covid-19 quanto à presença de prata e de nanopartículas de prata, de autoria de Cristiane Barata-Silva, Santos Alves Vicentini-Neto, Carolina Duque Magalhães, Silvana do Couto Jacob e Lisia Maria Gobbo Santos, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz); e Josino Costa Moreira, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp/Fiocruz), foi publicado na revista Visa em Debate.

De acordo com a pesquisa, os resultados apontam que as concentrações de prata total nas amostras estudadas apresentaram uma variação de 14–72. Foi observado que 50% das amostras avaliadas que declaram ter AgNP apresentaram uma distribuição de tamanho entre 17–57 nanômetros. Ao serem submetidas aos ciclos de lavagem, verificou-se uma redução na concentração de Ag, a cada novo ciclo, o que levanta o questionamento quanto a sua real efetividade biocida ao longo do tempo. O conhecimento gerado pelo estudo pode dar subsídios técnico-científicos para a fiscalização sanitária do controle de qualidade e a implementação de normas regulatórias nesse ramo de atuação, dizem os pesquisadores.

Segundo o artigo, as medidas mais eficazes de evitar contaminação se baseiam em impedir a propagação do vírus de pessoa para pessoa através do isolamento ou distanciamento social. Além disso, os órgãos competentes na área da saúde recomendam o uso de máscaras que pode contribuir para diminuir a propagação dessa doença em larga escala, objetivando uma proteção coletiva. “A máscara funciona como uma barreira física, diminuindo a contaminação do vírus por meio de respingos de espirros ou tosses, além de evitar a contaminação mão-boca”.

Em função disso, continua o artigo, a indústria têxtil está investindo em tecidos com atividade antimicrobiana, utilizando a prata (Ag) que é um elemento natural e com características físico-química, óptica e biológica únicas. Além disso, a Ag é bem conhecida pela sua forte toxicidade para uma vasta gama de microrganismos. “Atualmente a Ag vem sendo adicionada a vários produtos de consumo, incluindo roupas, geladeiras e máquinas de lavar para desodorizar ou higienizar, embalagens plásticas para armazenar alimentos e, também, na água potável para fins desinfetantes, sem nenhum dano à saúde ainda descrito.”

Entretanto, alertam os pesquisadores, a forma como a Ag está presente nesses produtos é relevante. A forma iônica da Ag exibe atividade bactericida pela inibição de uma série de processos biológicos de bactérias, principalmente, Gram-negativas e vem sendo usada há muito tempo sem apresentar atividade carcinogênica ou mutagênica nos seres vivos. Porém, advertem, esse íon tem baixa estabilidade pois tende a reagir com ânions como CI, HS e SO em água, formando precipitados que diminuem sua atividade biocida. 

Ao comparar os resultados das amostras analisadas, os pesquisadores observam que foi possível quantificar Ag em todas as amostras, mesmo nas amostras que não declararam ter Ag na sua composição. A variação observada foi na concentração, pois nas amostras que não declararam ter Ag, a concentração foi menor que 2, enquanto as amostras que declararam ter Ag na sua composição o valor encontrado foi no mínimo sete vezes maior. Das seis amostras que declararam ter ação antiviral, nenhuma declarou a concentração de prata no tecido e somente duas amostras declararam ter sido comprovada sua efetividade contra o vírus Sars-CoV-2, conforme descrito pela ISO 18184:2019.

As concentrações de Ag nas amostras estudadas apresentaram uma grande variação entre elas de 14–72, indicando que diferentes tecnologias de incorporação da Ag na fibra têxtil foram utilizadas e podem ter levado a essa variação. E supondo que a Ag seja o componente virucida da máscara, a eficiência dessa ação pode ser diferente entre os produtos estudados. Mas nada pode ser afirmado, uma vez que não se tem estabelecido o quanto de Ag deve ser aplicado para obtenção da eficácia antiviral. Outro fator observado foi a falta de homogeneidade na distribuição da Ag no tecido usado na confecção de cada amostra. Os resultados apresentaram RSD de 15%–51%, indicando, assim, a heterogeneidade, o que pode afetar diretamente a ação da Ag no combate ao vírus Sars-CoV-2.

  O estudo promoveu o desenvolvimento e a validação de metodologia de análise de tecido, assim como a definição da melhor forma de preparo dessas amostras contendo AgNP. A partir dos resultados obtidos, os pesquisadores verificaram a diversidade quanto à quantidade de Ag, o que levanta um questionamento da eficácia dessas máscaras no combate à Covid-19, uma vez que não se tem um valor mínimo preconizado da concentração de Ag para que se tenha eficácia de 99,9% contra o vírus.

O artigo afirma, ainda, que as pesquisas na área de vigilância sanitária assumem um papel importante na resposta às emergências sanitárias, sobretudo aqueles aplicáveis a novos produtos que possam ser utilizados no combate às doenças e prevenir riscos futuros. “Sendo assim, há a necessidade de estabelecer os requisitos mínimos de composição e qualidade desses produtos por órgãos competentes de regulação e fiscalização, frente a atual oferta e demanda dos produtos contendo AgNP no mercado nacional”. Por fim, alerta que estas carências legislativa e fiscalizatória acabam expondo a população a um elevado risco sanitário e podem ocasionar um problema de saúde pública.

* Com informações da revista Visa em Debate

Qual a eficácia da máscara da Lupo?

RESULTADOS - O desempenho da máscara da Lupo nos ensaios do IPT foi bastante satisfatório, destacando-se na capacidade de filtragem e respirabilidade, atingindo índices recomendados pelas normas internacionais.

O que é máscara da Lupo?

Além de serem muito confortáveis e não machucarem as orelhas, as máscaras Lupo são feitas com fio de Poliamida AMNI VÍRUS-BAC OFF, um agente antiviral e antibacteriano inserido na matriz polimétrica do fio, oferecendo proteção, conforto e bem estar por toda vida útil da peça.

Qual o tamanho da máscara Lupo?

Composição: 98% Poliamida e 2% Elastano. Dimensões: 140 X 280 mm aberta.

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