O autor do livro é o monge, professor e escritor Sul-coreano, Haemin Sunim. No prólogo o autor descreve o que o motivou a escrever o livro, que foi lançado em 2012 na Coreia do Sul, tendo vendido mais de 3 milhões de exemplares em três anos.
O livro é dividido em 8 capítulos distribuídos por 233 páginas que tratam dos diversos aspectos da vida, amor, relacionamentos, vocação, trabalho, espiritualidade, com ênfase na importância da prática da atenção plena para vivermos melhor em todos as áreas da nossa vida.
Sunim desenvolve a narrativa trazendo exemplos de experiências vividas por ele, para ilustrar cada tema abordado no livro. Os capítulos são estruturados com um texto seguido por uma série de mensagens e algumas ilustrações feitas por Youngcheol Lee, cujo autor as define como “intervalos de calma” e nos aconselha a usa-las como inspiração para o relaxamento e a meditação.
Fonte: specialpaintings.eu
O autor descreve o conteúdo do livro como sendo “palavras de sabedoria que falam diretamente com você, para que possa refletir sobre cada uma e se recordar delas, como se fossem companheiras nos seus momentos de ansiedade e desespero, lembrando-o sempre de que não está sozinho”.
Antes de iniciarmos o primeiro capítulo, somos convidados a fazer da leitura um processo meditativo, apreciar o processo de leitura, desacelerar para viver, sentir e absorver o conteúdo significativamente profundo, sem pressa.
Desejo que o tempo dedicado a este livro se torne um momento de reflexão e meditação em meio à sua vida agitada.
Haemin Sunim
Descanso é o título do primeiro capítulo, o autor compartilha a reflexão sobre o foco que damos as coisas ao nosso redor. Trazendo para o leitor o conceito de que tudo ao qual nossa mente foca, por consequência atraímos e manifestamos no mundo exterior. Haemin reforça a importância de descansar para assim encontrar o equilíbrio e alcançar o estado de consciência que nos ajudará a sermos assertivos nas escolhas que fazemos.
O mundo é experimentado de acordo com o estado mental de cada um.
Haemin Sunim
No segundo capítulo somos convidados a desenvolver a habilidade de reconhecer nossas emoções, sejam elas positivas ou negativas, fazendo ênfase a tendência que temos de nos apegarmos as emoções negativas e sugere que sejamos amigos das nossas emoções. Somos orientados a observar e refletir sobre o que sentimos, sem gerar identificação, reconhecendo o caráter mutável das emoções e permitindo que da mesma forma que surgiram elas se recolham.
Em vez de se deixar tomar pela emoção sem qualquer autoconsciência, você vai se questionar e sentir o que há ali. E, à medida que fizer isso, se dará conta de que a emoção negativa não é uma realidade fixa.
Haemin Sunim
Paixão é o tema do terceiro capítulo, onde o autor nos conta a sua primeira experiência como professor, em uma faculdade no interior de Massachusetts. Relata o entusiasmo, as expectativas criadas e a frustração gerada pela empolgação e ânsia em ser um bom professor.
Fazer bem um trabalho é mais importante do que achar que se faz um bom trabalho. É necessário ter sabedoria para perceber que essas duas coisas nem sempre estão relacionadas.
Haemin Sunim
Ainda nesse capítulo podemos refletir sobre a forma como nos comunicamos com os outros. Muitas vezes colocamos as nossas crenças e valores pessoais acima da harmonia das nossas relações e criamos conflitos desnecessários. Na maioria das vezes, ter razão não nos leva a felicidade e o nosso ego sempre vai buscar formas de se afirmar.
Estar certo não é nem de longe tão importante quanto ser feliz com alguém.
Haemin Sunim
Saímos do capítulo sobre paixão e entramos na temática dos relacionamentos. O autor narra uma experiência vivida aos 20 anos, nos mostra a relevância de reconhecermos a individualidade e o repertório de cada pessoa, quão importante é para os nossos relacionamentos sabermos respeitar o espaço pessoal e a privacidade das pessoas com quem nos relacionamos.
Goste disso ou não, estamos todos conectados, e é impensável ser feliz completamente sozinho.
Sua Santidade, o Dalai Lama
O perdão e compaixão por nós e pelos outros são importantes ensinamentos passados nesse capítulo. Perdoar nos torna mais leves e por consequência a vida se torna leve e nos permitimos estar livres das amarras emocionais, que muitas vezes nos estagnam.
Vivemos em meio a incontáveis relações: família, amigos, colegas, vizinhos, etc.
A vida é boa quando esses relacionamentos são bons.
Estar feliz sozinho é algo que não dura muito.
Haemin Sunim
No quinto capítulo conhecemos a história do primeiro amor de Sunim e das influências do artista Khalil Gibran em sua vida. Somos convidados a reconhecermos a natureza generosa do amor e a sermos gratos por nossas experiências amorosas, sejam as correspondidas ou não.
Amar é confiar em alguém,
estar ao lado de alguém,
estar pronto a ouvir com o coração generoso
por nenhuma outra razão que não o amor.
Haemin Sunim
O sexto capítulo traz o significado das coisas que consideramos relevantes nas nossas vidas e das pessoas que nos rodeiam. Os rótulos que usamos para definir aos outros e os que permitimos que nos definam. O habitual desejo de sermos aceitos e queridos por todos, quando dificilmente gostamos de todas as pessoas com as quais convivemos. É sobre se libertar da necessidade de aprovações e aceitar que o outro é quem quer ser, gostemos ou não.
Não deixe as opiniões dos outros determinarem quem você é.
Em vez de se preocupar com o que os outros pensam, dedique-se aos seus sonhos.
Haemin Sunim
Vocação e as projeções que nós e os outros fazem sobre o nosso futuro são o foco do sétimo capítulo. O autor narra uma das suas experiências durante a infância, que o motivaram a se tornar quem é hoje, e nos dá alguns conselhos de como reconhecer a nossa vocação.
A afirmação mais vaga e menos efetiva:
“Vou querer qualquer coisa.”
Haemin Sunim
No oitavo e último capítulo, recebemos os ensinamentos sobre a espiritualidade, a importante tarefa de reconhecer e aceitar o caminho espiritual e as diferentes religiões existentes. O autor nos mostra quão relevante, para manter a harmonia das nossas relações, é respeitar e se possível conhecer o caminho espiritual das pessoas que convivemos.
O propósito da religião é controlar a si,
não criticar os outros.
O que estou fazendo em relação a minha raiva, meu apego, meu ódio, meu orgulho e minha inveja?
Isso é que precisamos nos perguntar no dia a dia.
Sua Santidade, o Dalai Lama
Finalizando, deixo vocês com as palavras de sabedoria e paz que Haemin Sunim usa para concluir o seu livro.