História, 15.08.2019 00:17
1) analise a citação a seguir: "o processo iniciado na cidade do porto em 1820 foi resultado de uma espécie de desapontamento quase que generalizado do lusitano diante da situação vexatória com que se viu obrigado a conviver desde as invasões francesas, quando a sede administrativa do reino foi transferida para a américa portuguesa, de onde as ordens passaram a vir, além da crise econômica em que se viu mergulhado. sintetizando os sentimentos vividos pelos portugueses a partir da experiência iniciada em 1820, foi um momento em que se falou de liberdade contra o despotismo e de regeneração contra a decadência. essas seriam as palavras-chave que serviriam parailustrar o movimento vintista, nome pelo qual ficou conhecido o pensamento político iniciado em 1820”. assinale a alternativa que apresenta o nome pelo qual ficou conhecido o movimento revolucionário que eclodiu na cidade do porto, em portugal, na década de 1820: alternativas: a) revolução colonial do porto. b) revolução do proletariado do porto. c) revolução mercantilista do porto. d) revolução socialista do porto. e) revolução liberal do porto. 2) analise a citação a seguir: “a questão do regresso ou não de dom joão vi logo se esvaziou. temendo perder o trono caso não regressasse a portugal, o rei decidiu-se afinal pelo retorno. embarcou em abril de 1821, acompanhado de 4 mil portugueses. nos meses seguintes, ocorreram no brasil as eleições para as cortes. quase todos os eleitos eram nascidos no brasil. entre eles, estavam alguns defensores radicais ou ex-radicais da independência, como cipriano barata (bahia), muniz tavares (pernambuco) e antônio carlos ribeiro de andrada (são paulo), que haviam participado da revolução de 1817. também se incluíam nomes como o do padre feijó e nicolau de campos vergueiro, políticos de relevo nos anos seguintes da história do brasil”. fausto, boris. história do brasil. são paulo: editora da usp, 1994, p. 82. dom joão vi, em meio ao turbulento contexto envolvendo seu retorno ou não para portugal decide, em abril de 1821, retornar à europa, deixando alternativas: a) o país independente com a proclamação do império atlântico americano, em 1822. b) como sucessor seu filho, dom pedro, como príncipe regente. c) a administração da colônia portuguesa sob controle da inglaterra. d) o brasil sem realizar nenhuma benfeitoria na principal colônia portuguesa na américa. e) como legado o decreto que possibilitou o fim da escravidão no brasil, em 1822. 3) leia a citação a seguir, extraído do artigo "d. joão e as histórias dos brasis", do historiador josé murilo de carvalho: "minha tese tem sido sempre que sem a vinda da corte não haveria brasil. em outras palavras, que a vinda da corte foi condição necessária, embora não suficiente, da existência do brasil assim como hoje o conhecemos. esse ponto me parece difícil de negar. tenho usado como argumento um pequeno experimento mental que me parece convincente. o exercício consiste em supor a muito plausível opção de d. joão por permanecer em portugal em vez de fugir para a colônia. as consequências dessa hipotética decisão não são difíceis de imaginar. basta verificar o que de fato se deu, logo depois da fuga de d. joão, na espanha e em suas colônias da américa: prisão e exílio dos reis e fragmentação da colônia". carvalho, josé murilo de. d. joão e as histórias dos brasis. revista brasileira de história, são paulo, v. 28, n. 56, p. 551-572, 2008, p. 553. com base no texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: i. caso d. joão não tivesse vindo para a colônia, essa não se manteria e, como resultado, não teríamos o país que temos hoje, alguns países que se formariam poderiam até adotar o nome de brasil, mas não seria o brasil da atualidade. porque ii. segundo o historiador josé murilo de carvalho, muito provavelmente a colônia de portugal na américa teria seguido o mesmo caminho da colônia espanhola na américa. a respeito dessas asserções, assinale a opção correta: alternativas: a) as asserções i e ii são proposições verdadeiras e a ii é uma justificativa da i. b) as asserções i e ii são proposições verdadeiras, mas a ii não é uma justificativa da i. c) a asserção i é uma proposição verdadeira, e a ii é uma proposição falsa. d) a asserção i é uma proposição falsa, e a ii é uma proposição verdadeira. e) as asserções i e ii são proposições falsas.
Respostas: 2
Revoluções Burguesas são revoltas protagonizadas pela classe burguesa. As aspirações econômicas e sociais da burguesia, em detrimento do absolutismo foram responsáveis por essas revoluções.
A burguesia almejava o capitalismo e, embora fosse economicamente a classe dominante, era subordinada política e juridicamente à monarquia e à igreja.
Tendo acontecido em várias localidades e em períodos distintos, destacam-se, todavia, a Revolução Puritana e Revolução Gloriosa, ambas na Inglaterra, no século XVII, bem como a Revolução Francesa, na França, no século XVIII.
Conheça aqui as principais características da Burguesia.
Revolução Puritana
Com a morte de Elizabeth I (Dinastia Tudor) teve início a Dinastia Stuart quando Carlos I assumiu o trono, sendo sucedido após sua morte por seu filho Jaime I.
Durante a Dinastia Stuart inicia o confronto entre a monarquia, adepta do absolutismo monárquico e parlamento britânico, composto por burgueses. A motivação era não só econômica - a monarquia considerava que o desenvolvimento econômico aspirado pelos burgueses seria um entrave para o seu governo, mas também de caráter religioso - em decorrência da imposição do catolicismo aspirada pelo rei, que era católico, enquanto a maior parte da Inglaterra era anglicana e o parlamento, por sua vez, era presbiteriano.
No desenvolvimento dessa revolução, Carlos I foi condenado à morte. Em consequência disso, decorre a queda do absolutismo em detrimento da ascensão da monarquia parlamentar.
Leia mais sobre a Revolução Puritana.
Revolução Gloriosa
A Revolução Gloriosa, tal como a Revolução Puritana, essencialmente marca o fim do absolutismo.
A Inglaterra, cuja maior parte da população era protestante, passou a ser governada por Jaime II - rei católico, podendo assim, favorecer o catolicismo nas mais variadas vertentes, colocando os católicos a ocupar cargos de privilégio. Sabotado por sua própria filha Maria e seu genro - Guilherme Orange, ambos protestantes, o rei foge para a França e são coroados reis Guilherme e sua esposa, dando início à monarquia parlamentar, com a aprovação do Bill of Rights (Declaração dos Direitos).
Veja aqui tudo sobre a Revolução Gloriosa.
Revolução Francesa
A Inglaterra, ao contrário da França, já vivia o processo de industrialização. Para acompanhar a sua rival, a França precisava impor-se contra o poder do rei Luís XVI de modo a permitir que o liberalismo econômico se instalasse nesse país, uma vez que a estrutura feudal (dependente da agricultura), vinha gerando situações de desemprego e miséria, no seguimento de problemas que afetavam a produção agrícola.
Dada a grave crise econômica que se iniciava na França, o rei convoca os Estados Gerais, que eram compostos pelo clero, pela nobreza e essencialmente pela burguesia, a qual se declarando representante do país forma a Assembleia Nacional Constituinte e dá início à Revolução, em junho de 1789.
Em agosto de 1789 é aprovada pela Assembleia a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a qual só estaria finalizada em 1791. Para além dos conhecidos princípios iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade, exaltava o direito à propriedade e limitava o poder do rei. Tal documento foi rejeitado pelo rei e logo após, o Estado apodera-se dos bens do clero e muitos dos seus membros, tal como muitos nobres fogem da França.
Para saber mais leia também: Iluminismo.
Em 1792 foi proclamada a República e o rei Luís XVI foi condenado à morte, questionando, finalmente, a figura do monarca como representante divino.
Leia mais:
- Revolução Inglesa
- Contrato Social