Quais os benefícios do Projeto Tamar para o ambiente e para as pessoas?

André Sobral

Projeto Tamar

Por meio da Gestão Compartilhada do Parque Municipal Ilha do Papagaio, desde novembro de 2012 a Fundação Projeto Tamar e a Prefeitura Municipal de Vitória proporcionam atividades de educação e sensibilização ambiental com crianças e adultos no Centro de Visitantes em Vitória. Tais atividades se baseiam em um roteiro interpretativo sobre a conservação das tartarugas marinhas no Brasil, biologia das espécies e espaços temáticos que evidenciam todo o ciclo de vida das tartarugas marinhas.

Neste local, existem três tanques com indivíduos de tartarugas marinhas em diferentes estágios de vida, de filhotes à adultos, abarcando quatro espécies:

  • Tartaruga verde (Chelonia mydas);
  • Tartaruga cabeçuda (Caretta caretta);
  • Tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea);
  • Tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata).

Um destes tanques denomina-se "Tanque Ninho", uma maquete esquemática contendo filhotes de tartarugas marinhas que reproduz o desafio à sobrevivência destes pequenos animais já durante seus primeiros anos de vida.

Já no "Tanque Ilha", o maior dos tanques deste Centro de Visitantes, há indivíduos sub-adultos e adultos de tartarugas marinhas e este possibilita uma maior interatividade entre os animais e os visitantes, já que conta com uma cápsula em que o visitante se vê no interior do tanque e com visores subaquáticos que possibilitam observar o mergulho e natação submersa dos animais.

Por fim, ainda há o "Tanque Barco", habitado por indivíduos juvenis de tartarugas marinhas, evidenciando uma das principais ameaças à sobrevivência destes animais: a captura incidental em diversas pescarias.

Neste Centro de Visitantes há, ainda, um auditório para realização de palestras e exibição de vídeos, um museu contendo carapaças e esqueletos de tartarugas marinhas, uma cantina, um parquinho infantil e um incrível mirante com vista panorâmica aos principais pontos turísticos da Grande Vitória: a baía de Vitória, o Convento da Penha, a Terceira Ponte e o Morro do Moreno, sendo um espaço ideal para a realização de belíssimas fotografias.

Por fim, a presença de uma loja do Projeto Tamar no interior do Centro de Visitantes possibilita que o público contribua com as ações de conservação das tartarugas marinhas ao levarem consigo itens de qualidade confeccionados com responsabilidade social e muito amor à causa.

Como funciona

Moradores da comunidade de Jesus de Nazareth, crianças de até 5 anos de idade e servidores da PMV possuem gratuidade ao acesso. Para os outros visitantes, a entrada é R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia entrada).

Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 700, Enseada do Suá, Vitória - Ver no mapa

Horário de funcionamento:
De quarta a domingo e feriados, das 10 às 17 horas.
Excepcionalmente no mês de julho, o Centro funcionará de terça a domingo, das 10 às 17 horas.

Informações: (27) 3225-3787 e .

Última atualização em 01/07/2022, às 10h37.

Desde o início, tem sido necessário desenvolver técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada uma das regiões trabalhadas. As atividades estão concentradas em 21 bases, distribuídas em mais de 1100 km de costa.

Assim, sob o abrigo da proteção das tartarugas, promove-se também a conservação dos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável das comunidades próximas às bases - estratégia de conservação conhecida como “espécie-bandeira” ou “espécie-guarda-chuva”.

Essas atividades envolvem cerca de 1.200 pessoas, a maioria moradores das comunidades, e são essenciais para a proteção das tartarugas marinhas, pois melhoram as condições do seu habitat e reduzem a pressão humana sobre os ecossistemas e as espécies.

O TAMAR tem coletado, ao longo de 25 anos de atuação, dados que subsidiam pesquisas e que são indicadores dos resultados obtidos, sendo que o primeiro deles é o cumprimento da missão de “proteger as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil”.

Abordando a “Conservação” como uma questão biológica que também depende de componentes sociais, culturais e econômicos, o TAMAR tem cumprido sua missão, portanto, graças principalmente ao envolvimento comunitário, através da educação ambiental e da geração de serviços e renda.

A conservação das tartarugas marinhas gera benefícios a todos os que com ela contribuem, sejam membros das comunidades costeiras, da comunidade científica ou da sociedade em geral, reforçando o conceito de que as tartarugas marinhas valem mais vivas do que mortas.

As tartarugas marinhas, porém, continuam ameaçadas de extinção, o que significa que é fundamental dar continuidade ao programa de conservação, com o apoio de todos e para o bem de todos os envolvidos.

Seja contratando os pescadores para atuarem como tartarugueiros, seja organizando grupos de artesanato ou incentivando o desenvolvimento de outras alternativas econômicas, o TAMAR tem demonstrado que a conservação das tartarugas marinhas traz mais benefícios à comunidade do que a caça e a coleta dos ovos.

A parceria entre o TAMAR e as comunidades está tão consolidada que, nas áreas de alimentação, a colaboração dos pescadores tem sido voluntária, sem nenhuma remuneração, baseada na boa vontade e na compreensão dos objetivos do programa de conservação. Os pescadores são responsáveis hoje por mais da metade dos registros de captura incidental.

Mesmo tendo iniciado os trabalhos de conservação das tartarugas marinhas com décadas de atraso em relação a alguns países, o Brasil tem se destacado em meio à comunidade científica como um programa bem-sucedido e tem inspirado a replicação de muitas das suas estratégias de manejo, pesquisa e envolvimento comunitário.

A sistematização dos conhecimentos gerados resultou, até o momento, em mais de 350 artigos científicos, publicados nos principais eventos e reuniões científicas realizados no Brasil e no exterior, além de revistas e periódicos especializados.

Há ainda o Banco de Dados do Projeto TAMAR, com registros reprodutivos, não reprodutivos e relacionados ao Plano TAMAR-PESCA, que vêm sendo disponibilizados à comunidade científica.

A sociedade é outro parceiro fundamental do programa de conservação das tartarugas marinhas no Brasil. Uma prova muito concreta é o fato de um terço do orçamento do TAMAR ser oriundo do Programa de Auto-sustentação, ou seja, da venda dos produtos com a marca TAMAR e do turismo nas bases.

Todos os anos, mais de 1,5 milhão de pessoas visitam as bases e 150 estagiários recebem treinamento e capacitação, tornando-se multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. Diariamente, cerca de 1000 pessoas acessam a home page oficial.

Adquirindo produtos, prestando trabalhos voluntários ou obtendo informação e diversão e as compartilhando com amigos e familiares, todas esses visitantes, virtuais ou não, contribuem com o TAMAR, as tartarugas marinhas e as comunidades e são tocados pela mensagem da conservação ambiental. Em troca, têm a certeza de que estão ajudando a construir um mundo mais justo, onde o desenvolvimento humano e o respeito a todas as formas de vida são complementares e não antagônicos.

Qual a importância do Projeto Tamar para o meio ambiente?

São fonte de alimento para predadores marinhos e terrestres, inclusive o homem, e importantes consumidores de organismos marinhos, servindo como substrato para outras espécies.

Qual e o objetivo do Projeto Tamar?

A Fundação Projeto Tamar atua no litoral brasileiro desde a década de 80 com a missão de promover a recuperação das tartarugas marinhas, desenvolvendo ações de pesquisa, conservação e inclusão social.

Quais os resultados obtidos até o momento com o Projeto Tamar?

Projeto Tamar já protegeu 7 milhões de filhotes de tartarugas marinhas, mas a espécie continua ameaçada de extinção. Em 26 anos de atuação do Projeto TAMAR – Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas – foram protegidos e liberados ao mar sete milhões de filhotes.

Porque o Projeto Tamar precisou proteger as tartarugas?

A presença do projeto em mais de 1.000 km de praia não é por acaso. As tartarugas precisam ser protegidas, pois “são consideradas verdadeiros engenheiros do ecossistema, devido a sua influência e ação sobre os recifes de coral, bancos de grama marinha e substratos arenosos do fundo oceânico”.

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