Fala a verdade: na hora de comprar protetor solar, você sabe realmente por que opta por um FPS 30 ou 50? Essa informação está sempre presente nas embalagens do produto, mas muita gente não tem ideia do que ela significa e por que é tão importante. Para esclarecer essa dúvida, a CH conversou com dermatologistas e vai te explicar tudinho! O FPS nada mais é do que o fator de proteção solar, a medida do protetor contra os raios solares ultravioleta B (UVB), responsável por
deixar a pele vermelha quando ficamos no sol. E o número do FPS indica quanto tempo podemos ficar expostas aos raios solares sem que isso aconteça. Juramos que é simples de entender! Por exemplo: se a pele de uma pessoa demora cinco minutos para sofrer os efeitos do sol, usando um filtro solar de FPS 30 ela consegue ficar 30 vezes mais do que esse período, ou seja, 150 minutos! Isso não quer dizer que um protetor com FPS
mais alto é, necessariamente, melhor do que um de FPS 30, o mínimo recomendado para proteger a pele. Eles protegem, sim, por mais tempo. Os dermatologistas também costumam indicá-los porque quase ninguém aplica o produto do jeito ideal. A quantidade indicada por profissionais corresponde a uma colher de chá para cada segmento do corpo, como cada braço e cada perna. No corpo inteiro, seriam cerca de 100 gramas em cada aplicação. Difícil alguém seguir isso à risca, né? Continua após a publicidade Portanto, uma forma mais segura de obter o mesmo resultado é apostar em um filtro solar com uma proteção mais alta do que 30, que usado da maneira “incorreta” (voltando lá para a questão da quantidade), corresponderá a um FPS mais baixo, mas ainda dentro do recomendado. As reaplicações também são muito importantes para a proteção ideal da pele e o recomendado é que, independentemente do fator, sejam feitas a cada duas horas ou toda vez
que você suar muito ou entrar na água. Além do FPS, há outros componentes no protetor solar que são importantes, como a proteção contra os raios UVA, que é o que pigmenta, bronzeia e pode manchar a pele. Filtros que protegem contra a poluição e a luz azul (aquela de computadores e celulares), que também é prejudicial, já podem ser encontrados no mercado.
Quem deu as informações: as dermatologistas Cláudia Sá e Tatiana Gabbi.
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Oi mamãe e papais! Conheça alguns mitos e verdades sobre proteção solar.
Adorei o texto que a nossa colunista dermatologista, Dra. Juliana Macea, escreveu!
O assunto “protetor solar” é um tema que muito nos preocupa no verão e nas férias das crianças! Existem muitos mitos em torno deste assunto, mas o que é verdade?
Leiam o texto abaixo para esclarecer as dúvidas!
Mitos e verdades sobre proteção solar
As férias escolares chegaram e, com isso, nós e nossos pequenos deveremos nos expor mais ao sol. Neste post, resolvi abordar as principais dúvidas que noto no meu dia a dia com relação ao uso de fotoprotetores. Vamos lá!
1. FPS (fator de proteção solar) acima de 30 não faz diferença. Tanto faz usar 30 ou 60…
Isso não é verdade. O que ocorre de fato é que o FPS 30, quando bem aplicado, protege nossa pele contra cerca de 96% das radiações UVB e acima disso o aumento de proteção é muito pequeno.
Entretanto, nós temos o hábito de usar uma quantidade de produto muito menor do que a recomendada e que é testada em laboratórios para determinação do FPS.
Assim, na minha opinião quem tem a pele clara e as crianças devem sim usar um FPS mais alto, de pelo menos 50, para que na prática se aproxime mais ao FPS da proteção desejada.
2. Como saber a quantidade certa de produto a aplicar?
O recomendado para um adulto é aproximadamente uma colher de café cheia para a face e uma xícara de café cheia para o corpo.
A verdade é que isso é muito mais do que de fato utilizamos, não é? Daí a importância de um FPS mais alto!
3. É verdade que para funcionar o protetor solar deve ser aplicado meia hora antes de sair ao sol?
Não. O protetor começa a funcionar imediatamente após ser aplicado na pele. A aplicação meia hora antes é recomendada para a pele já estar preparada logo que a pessoa se expuser ao sol.
4. Se o protetor solar é resistente à água não preciso me preocupar em reaplicá-lo quando sair da piscina ou do mar.
Não. A reaplicação é sim indicada, pois os testes de resistência à água de um protetor são feitos com voluntários parados imersos em uma banheira.
Entretanto, todos nós sabemos que quando entramos na água (especialmente as crianças), ninguém fica parado. O atrito maior com a água e o suor contribuem para uma maior perda do protetor.
5. E os protetores em spray? Parecem ser uma ótima opção para as crianças…
De fato, esses novos protetores em spray são rápidos de aplicar e muitas crianças aceitam melhor. Eles são muito bons, mas, em minha opinião, se fixam menos à pele do que os protetores em creme.
Por isso, as reaplicações devem ser mais frequentes, no mínimo a cada 2 horas. Eu também acho que com eles o risco de deixar uma área de pele “esquecida” na hora da aplicação é maior, então eu os indico mais para reaplicação na praia ou piscina.
Espero ter ajudado! E agora, se preparem para a próxima viagem!
Juliana
Instagram: @julianamaceadermatologia