Luciano Nakabashi explica como a história da evolução desses países os torna diferentes 30/08/2017 - Publicado há 5 anos
Na coluna “Reflexão Econômica” desta semana, o professor Luciano Nakabashi relaciona as diferenças na evolução entre os países da América Latina e os Estados Unidos e o Canadá. No Brasil, por exemplo, a colonização foi de exploração: grande concentração de poder político e econômico e mão de obra escrava. Já os Estados Unidos e o Canadá receberam colonização de povoamento dos imigrantes europeus, com mão de obra livre e espaço de terra para cultivo.
Além disso, o professor explica que, com a concentração de renda inicial, os países da América Latina, comandados por pequenos grupos com muita riqueza e poder político, receberam leis e regras que não favoreciam a todos. Já nos Estados Unidos e Canadá, por exemplo, a escolaridade para todos foi priorizada. Ouça no link acima a íntegra da coluna do professor Luciano Nakabashi.
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O Canadá é um país desenvolvido, possui um dos maiores índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo (0,961). Mesmo assim a economia do Canadá é bastante dependente da estadunidense. Trata-se de uma economia de serviços. A agricultura responde somente por 2% do PIB e ocupa penas 2% da população ativa. A indústria responde por 29% do PIB e acolhe 22% dos trabalhadores. Os serviços representam 69% do PIB e 76% da força laboral.
A economia canadense modificou-se radicalmente a partir da 2ª Guerra Mundial, e passa de uma economia agrícola a uma economia industrial inicialmente e de serviços altamente técnicos na atualidade. Dispõe, para sua indústria, de grandes recursos minerais e energéticos: gás natural e hidroeletricidade, por exemplo.
O Canadá se beneficia amplamente de tratados de livre comércio, o NAFTA é um exemplo disto. Isto permite uma total integração entre as economias do Canadá e dos Estados Unidos. Os Estados Unidos são responsáveis por 80% das importações e exportações canadenses.
A escassa agricultura do Canadá é muito técnica, e usa vantajosamente os avanços da revolução verde. Trata-se de uma agricultura de mercado e exploração direta, onde o agricultor é dono da terra em que trabalha. As principais áreas agrícolas são a Ilha de Príncipe Eduardo e Saskatchewan e as províncias de Alberta, Manitoba, Colúmbia Britânica, Quebec e Terranova. Planta-se muito cereal, mas mais da metade da produção agrária final se deve ao gado bovino, suíno e às aves.
Os recursos silvícolas são muito importantes para este país com grandes bosques. A maioria dos bosques é propriedade pública e pelo poder público administrada. Diretamente com a exploração dos bosques ocorre a caça de bisões, castores, alces, raposas, etc.
A mineração é muito importante, o Canadá é o terceiro maior explorador de minérios do mundo, e exporta 4/5 de todo o minério que explora. Dentre os minérios que o Canadá produz, podemos citar: carvão, ferro, zinco, cobre, chumbo, amianto, níquel, urânio, ouro e bauxita.
O Canadá é uma potência pesqueira, podemos destacar, entre outros: salmões, trutas, arenques e bacalhau.
Este grande país também é uma potência industrial, alimentada pelos grandes recursos que este país possui. Sua potência industrial é tão grande que depende muito de suas exportações, visto que sua pequena população não dá conta de consumir tudo o que produz. Possui indústrias de todos os setores econômicos, desde a agro-alimentar a novas tecnologias. As indústrias canadenses estão concentradas em dois pontos: o eixo San Lorenzo-Grandes Lagos e nos arredores de Vancouver.
Em 2007, o PIB do Canadá somou US$ 1.274 tri e o PIB per capita chegou a US$ 38.200.
Leia também:
- Conjuntura Econômica Global - Canadá
Fontes
Site Índex Mundi.
Acessado em 3 dez. 2008. Disponível em: //www.indexmundi.com/pt/canada/
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/canada/economia-do-canada/