Qual é o papel do café atualmente para economia do estado de são paulo

Dia 24 de maio é o dia Nacional do Café. É um dia especial para lembrarmos da importância desse produto para a economia brasileira e os benefícios do café para a saúde humana.

O Brasil é o maior produtor mundial de café. Desde sua chegada ao país, em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história nacional. Hoje, o café continua sendo um importante gerador de divisas (US$ 2 bilhões anuais, ou 26 milhões de sacas exportadas ao ano), contribuindo com mais de 2% do valor total das exportações brasileiras, e respondendo por mais de um terço da produção mundial. Um mercado ainda em franca expansão, cujo agronegócio gera, no mundo todo, recursos da ordem de 91 bilhões de dólares ao comercializar os 115 milhões de sacas que, em média, são produzidos. A atividade envolve, ainda, meio bilhão de pessoas da produção ao consumo final (8% da população mundial).

É nesse mercado gigantesco que estão centrados os interesses da cadeia produtiva do café brasileiro, que contribuiu com mais de 30% da produção mundial nas últimas safras, gerando mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos no país (é o setor do agronegócio brasileiro que mais emprega no Brasil). O aporte tecnológico para o agronegócio café brasileiro é dado por instituições de pesquisa e desenvolvimento que hoje estão reunidas no Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café - CBP&D/Café, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, por meio de uma de suas Unidades Descentralizadas, a Embrapa Café.

O Consórcio foi criado em 1997, por iniciativa de dez tradicionais instituições de pesquisa cafeeira: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA,) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro - Rio), Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA/SARC), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Hoje são mais de 40 instituições reunidas em um modelo pluralista, democraticamente participativo, com coordenação em nível nacional e execução descentralizada. Todo o trabalho de pesquisa é orientado para as necessidades dos clientes - cafeicultores, indústria, comércio, governo e consumidor final. Um esforço concentrado de pesquisa que vem ampliando a base da evolução do negócio café brasileiro.

O Consórcio é considerado o braço científico e tecnológico do Conselho Deliberativo da Política do Café - CDPC, um colegiado formado por todos os segmentos do agronegócio do café, que, com o Consórcio, discute e orienta a realização do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café - PNP&D Café. É responsável pela execução do maior programa mundial de desenvolvimento do café, que compreende centenas de ações de pesquisa e transferência de tecnologia, no qual encontram-se envolvidos 1.300 pesquisadores e extensionistas atuando em todos os segmentos da cadeia produtiva cafeeira.

Resultados de pesquisas

Entre as várias tecnologias desenvolvidas ou adaptadas para o agronegócio café brasileiro, algumas se destacam, como o desenvolvimento de cultivares melhoradas, cuja utilização pelos produtores brasileiros pode incrementar a produtividade média de café em mais de 20%, utilizando menos agrotóxicos e aumentando a rentabilidade do cafeicultor, contribuindo decisivamente para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira.

As mais modernas pesquisas em biotecnologia realizadas pelos pesquisadores do CBP&D/Café possibilitaram a obtenção do primeiro sequenciamento mundial do genoma do cafeeiro. Cientistas integrantes do Projeto Genoma Café construíram um banco de dados com 200 mil seqüências de DNA, o que colocou o Brasil na liderança da pesquisa genética do cafeeiro.

Médicos e pesquisadores também estão estudando os efeitos do café na saúde humana. E muita coisa já foi revelada sobre esse produto já considerado pela comunidade científica como sendo um alimento nutracêutico e funcional, ou seja, que possui efeitos nutricionais e farmacêuticos.

Isso porque o café não é formado apenas por cafeína, mas por muitos outros componentes muito importantes para o nosso organismo, como sais minerais, açúcares, lipídios, aminoácidos e vitamina, além dos ácidos clorogênicos, que ajudam a prevenir a ocorrência de depressão, disfunções psíquicas e doença cardíaca, além de ajudar a combater o impulso de consumir tabaco, álcool e outras drogas ilegais.

Por causa da grande descoberta dos efeitos do café para a saúde humana, a Embrapa Café e a Fundação Zerbini (Incor), deverão assinar, em breve, um acordo que vai avaliar os benefícios do café para a prevenção e cura de doenças do coração. Este acordo irá resultar, também, na criação da Unidade de Pesquisa Café e Coração. Esta é a primeira vez no mundo que uma empresa de pesquisa agropecuária e um instituto de doenças cardiovasculares se unem para desenvolver pesquisas em parceria.

Por isso, nesse dia 24 de maio, Dia Nacional do Café vamos comemorar as conquistas dos cientistas, produtores, agroindustriais e todos os trabalhadores do agronegócio café brasileiro, que trouxeram conhecimento e divisas para o nosso país. E vamos comemorar fazendo um brinde com um bom cafezinho!

Mais informações Jurema Iara Campos (MTb 1.300/DF) Embrapa Café Contatos: (61) 448-4566 -

Qual o papel do café atualmente na economia de São Paulo?

A cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de 8 milhões de empregos no País, proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias.

Quais são os benefícios que o café trouxe para o Brasil?

Foi o café responsável pela introdução da ferrovia no estado de São Paulo, construída para escoar o principal produto de exportação brasileiro. Trouxe também aproximadamente 4 milhões de imigrantes entre o final do século XIX e início do XX, vindos especialmente da Europa.

Porque São Paulo se tornou o centro da produção de café no Brasil e no mundo?

A posição estratégica de porta de entrada do Planalto e comunicação direta com o litoral fez de São Paulo rota obrigatória da produção e, agora, ponto de concentração da riqueza do café. Os escritórios dos principais bancos, empresas de seguros, serviços de exportação e toda a burocracia se instalaram na capital.

Quais foram os motivos que favoreceram o cultivo do café na atual Região Sudeste?

O fato de ser rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as zonas de mineração contribuiu também para a adoção da lavoura cafeeira, já que parte das terras estava desmatada, facilitando inicialmente a introdução das roças de café e beneficiando o escoamento da produção através das estradas existentes.

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