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2 meses é o tempo médio que os pais esperam para passear com o bebê pela primeira vez (Foto: Thinkstock)
Quanto tempo você esperou para sair com o seu bebê pela primeira vez? Segundo uma pesquisa realizada com leitores da CRESCER no Facebook, a maior parte dos pais (34%) aguardou de um a três meses para mostrar o mundo à criança. Logo em seguida, vieram os que esperaram menos e já levaram o bebê para a rua com 6 a 20 dias (26%). Há ainda os que passearam com o bebê com 5 dias ou menos de vida (17%), aqueles que decidiram levar o pequeno para um passeio entre 21 e 29 dias de vida (13%) e, finalmente, quem esperou mais de três meses (10%).
De acordo com a pediatra Mariane Cordeiro Alves Franco, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, a opção mais votada (34%) reflete a que, teoricamente, é considerada a idade correta. “Claro que depende de outros fatores, mas a média para sair como o bebê é de, aproximadamente, 2 meses, porque nesses 60 dias de vida ele já recebeu aleitamento materno – que fornece anticorpos contra as doenças infectocontagiosas – por um bom período, já tomou as principais vacinas e está aprendendo a se proteger termicamente”, avalia a especialista.
Por conta dessas mesmas razões, sair com o bebê antes dos 7 dias não é indicado. “Nem a mãe deve sair de casa nesse período, pois ela ainda deveria estar se recuperando do parto”, acrescenta a pediatra.
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PERIGOS DURANTE O PASSEIO
Mas o ‘quando’ não deve ser o fator principal a se levar em conta ao sair com o pequeno para o primeiro passeio. “Não é uma questão de idade, e sim de escolha de local”, analisa o pediatra Cid Pinheiro, coordenador de pediatria no Hospital São Luiz Morumbi (SP) e também professor de medicina na Santa Casa de São Paulo. “O maior problema é colocar a criança em contato com agentes infecciosos, já que, quando nascem, os bebês não estão com sua imunidade plenamente formada”, explica Cid.
Por isso, locais muito fechados e com aglomerado de pessoas – ainda mais se forem pessoas infectadas com bactérias e vírus – devem ser evitados. “O problema é ter contato com outras pessoas que habitualmente ficam muito doentes, como crianças pequenas entre 1 a 4 anos de idade, que estão com viroses quase todos os meses”, adiciona o professor.
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Nesse sentido, o problema, não está em necessariamente sair de casa, pois até receber visitas pode ser perigoso para a saúde do bebê. “Em casas de familiares e amigos, está tudo bem. Já shoppings e supermercados são inadequados, pois são fechados e com um aglomerado de pessoas. Os pais devem escolher um espaço tranquilo”, comenta a pediatra Mariane.
Outro elemento importante é se atentar ao clima. Tanto o calor, quanto o frio exigem cuidados. Por isso, durante o inverno ou em regiões frias, aqueça a criança com gorro, luva, casaco ou manta, mas não exagere para não sufocar o bebê.
No verão ou em regiões quentes, prefira roupas leves, que permitam uma boa ventilação. Nesses casos, a mãe também deve se hidratar bem para produzir o leite para amamentar o filho. Mas, lembre-se de ter cuidado com a exposição solar, já que não se pode aplicar protetor na criança antes de ela completar 6 meses.
AOS POUCOS
Conforme o desenvolvimento vai acontecendo e a criança recebe o aleitamento materno e uma boa alimentação, o organismo dela vai criando mais resistência contra os agentes infeciosos, fazendo com que ela fique mais segura contra doenças.
Quando o momento chegar, tenha as dicas a seguir em mente:
- Equipe bem a bolsa do bebê com fralda, lenço umedecido, creme de assadura e materiais de higiene. Água (no caso dos maiores de 6 meses) e uma muda de roupa reserva também devem estar na mala;
- Opte por levar o bebê a espaços ao ar livre e que não tenha um aglomerado de pessoas;
- Vista o bebê de acordo com o clima local. Em geral, a criança precisa de uma camada a mais de agasalhos do que um adulto;
- Tenha em mãos um frasco de álcool em gel. Ele pode ser útil caso o bebê encoste em objetos de uso comunitário ou você suje as mãos.
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