Tensões entre Índia e China resumo

Luana Paris Bastos

Resumo

Índia e China vêm ganhando posições de destaque cada vez maiores internacionalmente. Se tratando de vizinhos e de países com economias expressivas, os dois Estados não saem ilesos de possuírem atritos um com o outro, assim como estratégias de aproximação. As últimas grandes interações entre as duas partes, no ano de 2020, que incluem tanto conflitos fronteiriços, como estreitamento de laços comerciais, não deixam claro qual o real status da relação sino-indiana: se trata de uma aliança cooperativa ou de inimigos em competição? O presente artigo tem por finalidade destacar os principais pontos que constroem o relacionamento entre Índia e China ao longo da história e analisar como ele pode ser visto e definido no momento atual.

Panorama histórico: entre desavenças e alianças

Apesar de existirem poucas evidências de grandes interações políticas no período imperial indiano e chinês, os dois tiveram intensas trocas comerciais e culturais. O budismo ligou os Estados nesta época, já que a filosofia surgiu em território indiano e se disseminou pela China, fazendo com que a cultura chinesa apresentasse, até os dias atuais, marcas dessa influência indiana (SPENCE, 1990).

Além disso, a Guerra do Ópio[i], ocorrida entre 1839 e 1842 e entre 1856 e 1860, submeteu os chineses a uma experiência negativa oriunda de ações colonialistas do Império Britânico. A Índia, por sua vez, passou por um processo colonial entre 1858 e 1947, quando o Império Britânico obteve domínio sobre o subcontinente indiano, que afetou diretamente suas questões econômicas e fundou uma certa empatia com a China, devido à experiência negativa sob mãos britânicas (WANG, 2011). No entanto, a colonização foi também o principal causador de discórdia entre os países, devido à demarcação das fronteiras indianas pelo Império Britânico, que ocorreu após a independência da Índia em 1947. O governo chinês reivindicou à coroa britânica porções da fronteira com o território indiano, mas a questão foi deixada para as duas partes envolvidas resolverem. Ficaram demarcados, assim, mais de 3.440 km de fronteira conflituosa entre os dois Estados (TSUI, 2020).

Em 1962, ocorreu a Guerra sino-indiana, em que o exército chinês invadiu o território indiano para reivindicar as porções que eram considerados suas e venceu o exército indiano de maneira devastadora. Mas, o cessar-fogo deste conflito chegou antes de uma resolução concreta para as questões fronteiriças, e apenas em 1993 os dois lados assinaram oficialmente um acordo que definia a Linha de Controle Real (conhecida por sua sigla em inglês, LAC, de Line of Actual Control). Essa linha estabeleceu quais seriam os espaços sob controle de cada país, tratando principalmente sobre três locais: a fronteira do estado indiano de Lakadh com a China, correspondente ao vale Galwan; o encontro fronteiriço entre Butão, Índia e China, relacionado ao planalto de Doklam e à Sikkim; e a fronteira demarcada por um acordo entre Império Britânico e Tibete na região de Arunachal Pradesh, pela linha McMahon.

Entretanto, pela falta de demarcação exata, esses pontos continuaram sendo caracterizados por tensão, principalmente porque ao longo da fronteira existem tropas tanto indianas quanto chinesas. Outro fator importante são as características topográficas da região, que por atingirem grandes altitudes e possuírem diversos lagos, rios e picos nevados, são de difícil acesso e também sofrem modificações naturais, tornando ainda mais complexo a delimitação de território (WANG, 2011).

Além das questões fronteiriças, Índia e China também possuem disputas declaradas por territórios, que são tratadas distintamente da LAC, apesar de compreenderem territórios convergentes. As duas disputas territoriais envolvem Aksai Chin e Arunachal Pradesh. O primeiro se trata de um território sob administração chinesa, mas que a Índia reivindica como seu, além de fazer parte da Caxemira (região que gera conflitos também com o Paquistão[ii]). O segundo corresponde a um território que a Índia controla, enquanto a China reivindica como seu, baseando-se no acordo da época do Império Britânico, a partir da linha McMahon (WANG, 2011).

Ademais, existiram alguns outros momentos que se destacam negativamente na história da relação sino-indiana. A China, por exemplo, vem estreitando seus laços com o Paquistão. A Índia, em contrapartida, a partir de 1990, intensificou uma estratégia denominada “Look East Policy” (política de olhar para o leste), em que passaria a priorizar alianças com os pequenos Estados que se encontram no leste asiático, ao invés de focar em Estados ocidentais. Dessa forma, o posicionamento indiano se fortaleceria em detrimento do chinês, já que ao se aliar oficialmente a esses países, a influência chinesa neles tenderia a diminuir (SIKRI, 2009).

Por fim, em 2017, o planalto de Doklam foi palco de mais um enfrentamento entre tropas chinesas e indianas. Após a China iniciar a extensão de uma de suas rodovias, de maneira que avançaria além de sua fronteira, a Índia enviou suas tropas para impedir os avanços chineses, já que tocava em uma delimitação delicada na relação sino-indiana: a fronteira de Sikkim, estado indiano que a China considera como independente. O conflito se encerrou após decisão do governo chinês de manter a paz na fronteira, mas, novamente, sem de fato resolver as questões dos limites (CHENGAPPA, 2017).

Apesar das desavenças, os dois Estados têm grande relevância política e econômica em termos globais e regionais, o que leva ao interesse de estabelecer cooperações. Ambos se encontram em grupos como G20 e G24[iii], e, principalmente, no BRICS, grupo destaque no qual Índia e China fazem parte, junto ao Brasil, Rússia e África do Sul[v] (SINGH, 2011). Em termos bilaterais, algumas estratégias têm sido utilizadas para uma aproximação amigável entre os dois governos, principalmente partindo do lado indiano por meio do uso da indústria cinematográfica[iv] como instrumento de aproximação entre os dois Estados (KARAN; SCHAEFER, 2020).

Índia e China no contexto de 2021

Assim, China e Índia vem ganhando cada vez mais destaque no cenário internacional. A ascensão chinesa veio a partir de um grande crescimento econômico e desenvolvimento tecnológico que foi capaz de atingir um número crescente de pessoas ao redor do mundo. Portanto, a posição hegemônica dos Estados Unidos (EUA) como maior potência econômica mundial foi colocada em cheque, principalmente durante o mandato de Donald Trump, entre 2017 e 2021 (TREVIZAN, 2019). A Índia também apresentou um acelerado crescimento econômico nos últimos dez anos, destacando-se como potência emergente. Ao contrário da relação sino-estadunidense, no mandato de Trump, os chefes de Estado indiano e dos EUA tiveram uma aproximação, a partir de um alinhamento da Índia à política externa estadunidense (PANDEY, 2020).

Com o surgimento da pandemia de Covid-19, houve um aumento no número de comentários xenofóbicos, principalmente por Estados ocidentais, além da disseminação de conspirações infundadas, direcionadas à China. Porém, a China mostrou-se eficiente para conter o novo vírus em seu território, uma vez que suas medidas restritivas ganharam destaque internacionalmente ao serem amplamente seguidas pela sua população, devido ao seu alto nível de coesão social[vi]. O Estado chinês ainda contrastou com o resto do mundo, já que seu Produto Interno Bruto (PIB) foi o único que cresceu em 2020(taxa de 2,3%), dentre as maiores economias (COVID-19…, 2021). Além disso, o desenvolvimento de vacinas chinesas também os colocou em evidência (DUNFOR; QI, 2020).

Por outro lado, a Índia, que possui a segunda maior população do mundo, mas que apresenta previsões de se igualar à população da China até 2026 e ultrapassá-la até 2100 (THIS…, 2020), apresentou altos e baixos no controle da pandemia em seu território. Assim que a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que o mundo estava em pandemia, a Índia deu início ao maior lockdown do planeta (CORONAVIRUS…, 2020), mas foi capaz de conter seu número de casos até certo ponto, quando a disseminação do vírus acabou levando o país ao terceiro lugar no ranking de número de casos confirmados, até o momento de escrita desse artigo (INDIA’S…, 2021).

A Índia, antes mesmo do início da pandemia, já tinha destaque internacional por sua indústria farmacêutica. Assim, ser considerada a “farmácia do planeta” fez com que diversos Estados buscassem cooperar e progredir em acordos comerciais com o Estado indiano, já que dependiam de insumos e medicamentos originários de lá (BRAUN, 2021). Anteriormente à pandemia também, a Índia já era responsável pela produção de cerca de 60% das vacinas do mundo, de modo que o progresso da vacina indiana também chamou a atenção internacionalmente (COVISHIELD…, 2021).

Em 2020, os governos voltaram-se para conter a contaminação de sua população pelo novo coronavírus e, a maioria, para se integrar internacionalmente nos esforços científicos de desenvolver medidas preventivas, paliativas e curativas contra a Covid-19. Contudo, em 15 de junho de 2020, um atrito na LAC, ao longo do vale Galwan, levou à morte de soldados indianos e chineses, após 45 anos sem conflitos fatais no local. Na ocasião, como justificativa, os dois lados acusaram uma quebra de acordo pela outra parte, mas imagens de satélite demonstraram o início de construções chinesas invadindo o território considerado indiano (GALWAN…, 2020).

Ainda assim, em 2020, a China alcançou o posto de maior parceiro comercial da Índia, ultrapassando os EUA. Isso contrariou algumas previsões que foram feitas considerando principalmente o ocorrido no vale Galwan e também a uma série de ações do governo indiano que proibia a utilização de aplicativos chineses dentre a sua população, como o Tiktok[vii], se aproximando do posicionamento estadunidense no mesmo tópico (DAS, 2021). Isso, no entanto, não aparentou ter sido suficiente para colocar as relações comerciais entre os dois países em cheque.

Em março de 2021, o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, retratou as tensões entre Índia e China como culpa do Estado indiano, de modo que só restaria aos dois governos encontrarem formas de resolverem bem a situação, porque não são rivais, e sim parceiros (AMID…, 2021). Todavia, isso é uma forma de reforçar a visão internacional da Índia como o país que gerou o conflito ou que não está buscando resolvê-lo, quando, na realidade, a questão sino-indiana vai muito além desse evento pontual. Ademais, diversas tentativas de resolução de conflito foram feitas e incentivadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e mesmo assim a tensão ressurgiu, em meio a uma crise global.

Também em março de 2021, o antigo secretário de Relações Exteriores da Índia, Vijay Gokhale, publicou um artigo em que fala sobre as perspectivas nas relações entre China e Índia, a partir do ocorrido no vale Galwan. Gokhale conclui que acha improvável uma parceria total entre os dois Estados, mas que se tal configuração tornar-se uma ambição, a primeira questão a ser resolvida é a LAC. O ex-secretário também afirma que um confronto direto armado entre os dois lados não seria benéfico para ninguém, mas que é necessário modificar a percepção que cada Estado tem um do outro, já que ele considera que, atualmente, a desconfiança está acima da confiança nessa relação (GOKHALE, 2021).

Apesar de parecer uma visão negativa, as colocações de Gokhale revelam que o Estado indiano pode ter uma imagem mais conflituosa da situação do que a China, o que pode estar relacionado com os atributos que cada um possui. A Índia ainda é um país com forças armadas fracas, mesmo com o domínio sobre armas nucleares, enquanto a China possui um exército extenso e ainda uma economia cerca de cinco vezes maior. Isso gera insegurança, visto que, ao pensar em um engajamento armado, é provável que o Estado chinês tivesse grandes vantagens, podendo acarretar a uma nova derrota indiana que relembre o confronto de 1962.

Considerações Finais

Ao longo do artigo, foram demonstrados pontos de convergências e divergências entre os Estados indiano e chinês, caracterizados por competição, principalmente por território, e também cooperação, principalmente em termos comerciais e econômicos. Apesar de, atualmente, as desavenças de 2020 terem marcado mais uma vez a história entre esses dois países, as palavras proferidas e publicadas pelo Ministro das Relações Exteriores chinês e pelo antigo secretário de Relações Exteriores da Índia, mostram a possibilidade e até mesmo necessidade de que os dois governos pacifiquem suas desavenças para que consigam coexistir e cooperar mais intensamente.

Assim, optar pela dicotomia de competição ou cooperação entre Índia e China não é justa com a complexidade dessa relação. Na realidade, nenhuma relação interestatal deveria ser resumida a essa categorização, mas principalmente se tratando desses dois gigantes asiáticos, há que se analisar mais a fundo as diversas dimensões que acometem este relacionamento. Dessa forma, em um cenário de mudanças globais constantes e dificuldades de grandes previsões devido à pandemia, faz com que seja mais seguro atribuir as relações sino-indianas não como uma categoria fechada, mas sim como uma mescla cooperativa e competitiva, de modo que agregam para as alterações na ordem global, mas também permitem ações cautelosas que não levem ao estabelecimento de inimizades que colocariam em risco suas populações e a segurança internacional.

Referências

AMID LAC ‘thaw’, China blames India for tension. The Times of India, 2021. Disponível em: //timesofindia.indiatimes.com/india/amid-lac-thaw-china-blames-india-for-tension/articleshow/81383486.cms. Acesso em: 10 mar. 2021.

BRAUN, Julia. Como a Índia se tornou a farmácia do planeta. Veja, 2021. Disponível em: //veja.abril.com.br/mundo/como-a-india-se-tornou-a-farmacia-do-planeta/. Acesso em: 10 mar. 2021.

CHENGAPPA, Raj. India-China standoff: All you need to know about Doklam dispute. India Today, 2017. Disponível em: //www.indiatoday.in/magazine/cover-story/story/20170717-india-china-bhutan-border-dispute-doklam-beijing-siliguri-corridor-1022690-2017-07-07. Acesso em:  10 mar. 2021.

CORONAVIRUS in India: What we know about world’s largest lockdown. Al Jazeera, 2020. Disponível em: //www.aljazeera.com/news/2020/5/19/coronavirus-in-india-what-we-know-about-worlds-largest-lockdown. Acesso em: 10 mar. 2021. 

COVID-19: China’s economy picks up, bucking global trend. BBC News, 2021. Disponível em: //www.bbc.com/news/business-55699971. Acesso em: 22 mar. 2021.

COVISHIELD and Covaxin: What we know about India’s Covid-19 vaccines. BBC News, 2021. Disponível em: //www.bbc.com/news/world-asia-india-55748124. Acesso em: 10 mar. 2021.

DAS, Koustav. China emerges as India’s top trade partner in 2020 despite souring relations. India Today, 2021. Disponível em: //www.indiatoday.in/business/story/china-emerges-as-india-top-trade-partner-in-2020-despite-souring-relations-1772222-2021-02-23. Acesso em: 10 mar. 2021.

DUNFORD, Michael; QI, Bing. Global reset: COVID-19, systemic rivalry and the global order. Research in Globalization v. 2 100021, 2020.

GALWAN Valley: Satellite images ‘show China structures’ on India border. BBC News, 2020. Disponível em: //www.bbc.com/news/world-asia-53174887. Acesso em: 10 mar. 2021.

GOKHALE, Vijay. The Road from Galwan: The Future of India-China Relations. Carnegie India, 2021. Disponível em: //carnegieindia.org/2021/03/10/road-from-galwan-future-of-india-china-relations-pub-84019. Acesso em: 10 mar. 2021. 

KARAN, Kavita; SCHAEFER, David J. China and Bollywood: The Potential for Building the World’s Largest Film Market. China-India Relations. Springer, Cham, p. 183-201, 2020.

PANDEY, Vikas. What did the Trump-Modi ‘bromance’ achieve? BBC News, 2020. Disponível em: //www.bbc.com/news/world-south-asia-51638345. Acesso em: 10 mar. 2021.

SIKRI, Rajiv.India’s “Look East” Policy. Asia-Pacific Review, v. 16 n.1, p. 131-145, 2009.

SIKRI, Rajiv. The Tibet Factor in India-China Relations. Journal of International Affairs, p. 55-71, 2011.

SINGH, Swaran. Paradigm shift in India-China relations: from bilateralism to multilateralism. Journal of International Affairs, p. 155-168, 2011.

SPENCE, Jonathan D. The search for modern China. WW Norton & Company, 1990.

THAKUR, Atul. India’s daily cases now third highest in  world. Times of India. Disponível em: //timesofindia.indiatimes.com/articleshow/81642387.cms?utm_source=contentofinterest&utm_medium=text&utm_campaign=cppst. Acesso em: 22 mar. 2020.

THIS is how the populations of India and China have changed since 1800.World Economic Forum, 2020. Disponível em: //www.weforum.org/agenda/2020/11/population-race-china-india/#:~:text=China%20reached%20the%201%20billion,reach%201.28B%20in%202100. Acesso em: 22 mar. 2021.

TREVIZAN, Karina. Guerra comercial: entenda as tensões entre China e EUA e as incertezas para a economia mundial. G1, 2019. Disponível em: //g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/16/guerra-comercial-entenda-a-piora-das-tensoes-entre-china-e-eua-e-as-incertezas-para-a-economia-mundial.ghtml. Acesso em: 10 mar. 2021.

TSUI, Brian. Coming to Terms with the People’s Republic of China: Jawaharlal Nehru in the Early 1950s. China-India Relations. Springer, Cham, p. 15-30, 2020.

WANG, Vincent Wei-cheng. “Chindia” or Rivalry? Rising China, Rising India, and Contending Perspectives on India-China Relations. Asian Perspective, v. 35 n. 3 p. 437-469, 2011.

Notas

[i] A Guerra do Ópio ocorreu entre o Império Britânico e o Império Qing, devido às grandes quantias de ópio indiano que o Império Britânico traficava para a China por meio da sua Companhia Britânica das Índias Orientais. Com o vício dos chineses na droga, cada vez mais quantidades eram exportadas, o que auxiliava nos déficits britânicos, mas afetava imensamente a saúde da população chinesa.

[ii] Para compreender mais sobre o conflito que envolve Índia e Paquistão na região da Caxemira, acesse o artigo: //pucminasconjuntura.wordpress.com/2019/11/26/india-e-paquistao-a-intensificacao-do-conflito/

[iii] O G20 e o G24 são grupos que abrangem Estados considerados em desenvolvimento, e que se reúnem principalmente para debater questões de cooperação econômica.

[iv] A Índia tem utilizado Bollywood, sua principal indústria cinematográfica, como uma ferramenta de soft power, ou seja, como modo de influenciar e atrair outros Estados. Durante o mandato de Modi, Bollywood também foi utilizada para estreitar laços com a China, por meio de produções conjuntas e Memoradums of Understanding (MoUs) (KARAN; SCHAEFER, 2020).

[v] O BRICS surgiu em 2010, em uma tentativa de reunir as cinco maiores economias emergentes, de modo que pudessem cooperar e agir no sentido de contrapor as maiores 7 economias do mundo, que formam o G7. O bloco contou com diversas evoluções nos últimos anos, incluindo a criação do New Development Bank (Novo Banco de Desenvolvimento), banco multilateral dos BRICS para mobilizar recursos para projetos de desenvolvimento nos países envolvidos.

[vi] De acordo com Dunford e Qi (2020), o nível de coesão social, ou seja, o quanto a população pensa e age pelo coletivo, mais do que pelo individual, está relacionada com a eficiência com a qual a China está lidando com a pandemia de Covid-19.

[vii] Para saber mais sobre o uso do Tiktok pela China e proibições da Índia em relação aos aplicativos chineses, confira o artigo: //pucminasconjuntura.wordpress.com/2020/10/30/a-ascensao-do-tiktok-e-sua-participacao-na-rivalidade-entre-china-e-estados-unidos/

Quais são as tensões entre a Índia e a China?

Atualmente existem duas áreas contestadas, são estas: Aksai Chin situada na região da Caxemira – administrada pela China e disputada por Índia e Paquistão – e Arunachal Pradesh localizada no noroeste da Índia – contestada pela China por considerar parte da região autônoma do Tibete.

O que a China ea Índia têm em comum?

Ambos são os países mais populosos do mundo e também os de mais rápido crescimento entre as principais economias. O crescimento resultante da influência global, diplomática e econômica dos dois países também têm aumentado a importância de seu relacionamento bilateral.

Quais as causas da guerra Índia chinesa?

A guerra sino-indiana, também conhecida como conflito fronteiriço sino-indiano, foi uma guerra entre a República Popular da China (RPC) e a Índia. A causa inicial do conflito foi uma região litigiosa no Himalaia, em Arunachal Pradesh, conhecida na China como Tibete do Sul.

Que tema evidência os interesses opostos de China e Índia?

A discussão sobre a rivalidade sino-indiana traz elementos como a questão da região do Tibete, a Guerra Sino-Indiana (1962), a disputa pela Caxemira, as relações cordiais sino-paquistanesas, o apoio a insurgências, as estratégias marítimas e as capacidades operacionais aeroterrestres e navais de China e Índia.

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