Em pouco mais de 100 anos de revoluções industriais, o mundo tem vivido constantes transformações principalmente na área tecnológica, surgem novas máquinas, há mais consumo de energia e ampliação do mercado consumidor.
Antes do período da industrialização os produtos eram fabricados artesanalmente nas manufaturas, depois com o surgimento da indústria no final do século XVIII, a produção passou a ser em grande escala, diminuindo o custo e o tempo de produção e gerando mais lucros.
A industrialização pode ser dividida em três etapas: a clássica (ou original), planificada (ou socialista) e periférica (tardia ou retardatária), isso do ponto de vista político-administrativo. No que diz as evoluções tecnológicas podem ser classificadas em: Primeira, Segunda e Terceira Revolução Industrial.
As características da industrialização do ponto de vista político-administrativo:
Industrialização Clássica: é a primeira Revolução Industrial, surgiu na Inglaterra no final do século XVIII.
Industrialização planificada: é regida pelo estado, ou seja, a indústria não era privada, isso ocorreu em países socialistas, como a Rússia.
Industrialização tardia: é característica das nações periféricas que se industrializaram muito tempo depois da Primeira Revolução. Países como Brasil, Argentina e México são exemplos de países de industrialização tardia.
Alternativa C. Nos últimos anos, a indústria brasileira tem vivenciado um intenso processo de desconcentração industrial, marcado pela implementação de políticas públicas de desenvolvimento regional. Esse processo é mais forte em cidades médias do interior do Brasil, por meio da oferta de benefícios fiscais para a instalação de indústrias, que geram emprego e renda para esses municípios.
A industrialização no Brasil foi historicamente tardia ou retardatária, sendo considerado um país emergente ou em desenvolvimento.
Enquanto a Europa vivia sua Primeira Revolução Industrial, o Brasil ainda estava no regime de economia colonial.
Histórico da industrialização brasileira
Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal, esteve impedido de se desenvolver industrialmente (1500 a 1822). A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas, a fim de que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses.
Após a chegada da Família Real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil passou a ser dependente dos produtos ingleses.
Apenas no final do século XIX o Brasil começou a se desenvolver industrialmente. É que os cafeicultores de São Paulo e Rio de Janeiro passaram a investir em fábricas simples.
Eram indústrias de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação menos trabalhosa. A mão de obra usada era formada por imigrantes italianos.
Com Getúlio Vargas a indústria se impulsiona
No primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), a indústria brasileira deu um grande impulso. A intenção era evitar que o Brasil ficasse na dependência de outros países.
Vargas mandou editar leis voltadas para a regulamentação do mercado de trabalho, assim como medidas protecionistas e investimentos em infraestrutura.
Com isso a indústria nacional cresceu muito nas décadas de 1930-40, porém concentrou a população na Região Sudeste. É que o desenvolvimento ficou restrito às cidades locais.
O final da Segunda Guerra Mundial também foi bom para o Brasil, já que as indústrias europeias estavam arrasadas. O Brasil exportou muitos produtos para o velho continente.
Mas foi com a criação da Petrobras (1953), que o salto industrial se efetivou. O Brasil passou a produzir gêneros derivados do petróleo, por exemplo, borracha sintética, tintas, plásticos, fertilizantes etc.
No Período JK vieram as montadoras de veículos
No governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) foi aberta a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais.
Nesse período foram instaladas no Brasil as montadoras de veículos internacionais, a saber, Ford, General Motors, Volkswagen e Willys.
Essas ações de Juscelino Kubitschek elevaram a industrialização do país, com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) anual em 7%.
O final do século XX e os dias atuais
Durante as décadas de 1970, 1980 e início de 1990, a industrialização do Brasil cresceu menos devido à crise econômica.
A abertura comercial de Fernando Collor atrapalhou o crescimento da indústria brasileira, com a redução gradual das tarifas de importação.
Mas a implantação do Plano Real estabilizou a economia e a indústria nacional novamente voltou a crescer (1994).
Hoje o Brasil tem uma significativa base industrial, mas ainda é dependente de algumas tecnologias externas.
Por fim, vale lembrar que no dia 25 de maio é comemorado o Dia da Indústria.
Você gostou de conhecer a história da industrialização no Brasil? Então não deixe de ler também sobre o que foi a Revolução Industrial e como ela mudou o mundo.