De cada 10 brasileiros, três têm pressão alta, só que a metade das pessoas que tem, não sabe!
A nova diretriz americana – Novas diretrizes mudaram o limite para a classificação de pressão arterial alta nos Estados Unidos. Com isso, 46% dos adultos americanos passaram a ter a doença. A pressão de uma pessoa era considerada alta quando maior que 140 por 90. Este limite também era usado no Brasil. A mudança que passa a valer agora é de 130 por 80. Com essa nova diretriz, mais 14% dos adultos dos EUA passam a ter o problema, o que significa mais de 30 milhões de pessoas.
Dietas pobres, falta de exercícios e outros maus hábitos causam 90% dos problemas de pressão. O risco de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e outros problemas caem à medida que a pressão sanguínea é estabilizada.
Apenas metade dos americanos com hipertensão tem controle sobre a doença. O anúncio dessa nova medida ocorreu em conferência da Associação Americana do Coração, em Anaheim, na Califórnia.
E no Brasil? – É preciso ter um consenso em relação aos hábitos de cada país. Analisar a situação do país e das pessoas, seus hábitos alimentares, os níveis de sedentarismo, tabagismo e número de pessoas obesas. Por enquanto, no Brasil, seguimos a
nossa diretriz que classifica em 14X9 a pressão considerada alerta para hipertensão.
Cada caso precisa de acompanhamento individualizado. Antes de tudo é preciso analisar o risco de doença cardiovascular de cada paciente e isso também determina o tratamento. A intervenção nos casos de 14X9 ou até mesmo 13X8 é inserir novos hábitos alimentares, redução de sódio e atividade física. O tratamento medicamentoso depende de doenças preexistentes.
É muita pressão – Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 13X8. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos, a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados, a pressão sobe.
A hipertensão aumenta o risco de doenças cardiovasculares. A avaliação de um hipertenso passa por vários pontos: se há doenças associadas, se o indivíduo é fumante, obeso e sedentário. E se os órgãos alvos foram afetados de alguma maneira (coração, rins e cérebro). Conforme essa avaliação é possível prescrever o tipo de tratamento.
Diagnóstico – A pressão arterial deve ser aferida com o paciente na posição sentada, respeitando um período de repouso de cinco minutos. Muitas vezes são necessárias várias leituras para estabelecer um diagnóstico.
Tratamento – Cada paciente terá uma indicação. A mudança dos hábitos alimentares, adesão a atividade física e controle com monitoração da pressão com frequência é fundamental. Tratamento medicamentoso: o uso de anti-hipertensivos ajuda a reduzir a resistência vascular periférica, promovendo vasodilatação. O uso de diuréticos associados ao tratamento de hipertensão é recomendado quando o paciente apresenta um quadro de hipertensão associado a outras doenças. O diurético faz com que a pessoa perca mais água e elimine mais sódio (sal) pela urina. Com menos sal, os vasos sanguíneos relaxam, diminuindo a pressão.
Se não tratada – As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca.
É pra toda vida – Muitos pacientes não entendem a importância do tratamento e abandonam assim que começam a apresentar alguma melhora. Hipertensão é uma doença crônica, o paciente precisa usar o medicamento continuamente.
Fonte: G1 – Bem Estar
Leitor: Esta matéria foi retirada do G1. As opiniões nela contidas não necessariamente representam a opinião do CardioAula.
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Publicidade A hipertensão é uma encrenca tão sorrateira e suas consequências podem ser tão graves que os médicos tiveram que encontrar um jeito simples de verificar como as
artérias estão. Isso é feito, claro, medindo a pressão, principalmente com aquele aparelhinho colocado no braço da gente. Hoje se considera que a pressão está ótima quando o valor de medição fica na faixa de 12 por 8 — ou, como preferem os especialistas, 120 por 80 milímetros de mercúrio (mmHg). Se o índice passou dos 14 por 9, aí ela é
considerada alta. Quando os números variam entre 12 por 8 e 14 por 9, o quadro é chamado de pré-hipertensão, segundo o consenso da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Recentemente, os médicos americanos atualizaram suas diretrizes de hipertensão e passaram a enquadrar esses valores
intermediários como uma “pressão elevada”. Agora, em terras americanas, taxas acima de 13 por 8 já recebem o diagnóstico de hipertensão mesmo. O objetivo é chamar atenção para flagrar o problema mais cedo e, a partir daí, iniciar mudanças de estilo de vida que vão fazer toda a diferença na saúde de veias e artérias. No entanto, como não é só a hipertensão que sabota o coração, o ideal é que as metas sejam individuais e traçadas pelo médico, que vai
considerar outros fatores de risco. Uma coisa é certa: as evidências deixam claro que a ameaça de um acidente vascular cerebral, o AVC, é maior entre quem ultrapassou os 14 por 9.
Convém ficar atento a essa história porque a escalada da pressão arterial não costuma dar sintoma. Muitas vezes, quando uma pessoa é diagnosticada com hipertensão, já tem danos no coração, nos rins, nos olhos… Por isso que os experts reforçam tanto a importância de checar a pressão pelo menos uma vez por ano. Quando o problema é flagrado cedo, com ajustes no estilo de vida e, se preciso, o apoio de um medicamento, a situação pode ser muito bem controlada.
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