Qual o nome da Nega Maluca?

Olá, Vilma!

Agradecemos o seu contato.

A Linha de Bolos Delícias do Brasil está no mercado desde Jun/2004 e, como o próprio nome diz, reúne alguns dos bolos brasileiros mais típicos: Bolo Coco Gelado, Bolo Bombocado, Bolo Nega Maluca, Bolo de Cenoura e Bolo de Leite.

Digitando receita de bolo nega maluca no Google, encontram-se 646.000 resultados de busca, um número alto, que comprova a popularidade da receita.

A tradicional receita tem origem bastante antiga, segundo o Wikipédia:
Nega-maluca é um bolo muito popular em Portugal e no Brasil. É feito com chocolate, farinha de trigo, açúcar e ovos. Normalmente, leva uma cobertura feita com chocolate e leite condensado, o brigadeiro. Existem 2 versões sobre a origem de seu nome. Uma diz que o bolo foi criado no Brasil por volta de 1840, acidentalmente por uma escrava que derrubou chocolate na receita de outro bolo. Ela não sabia falar português e como ninguém entendia o que ela dizia, ela era chamada de nega maluca. Assim passando seu apelido ao bolo. A segunda versão repete a data de criação e o fato de ter sido criado por uma escrava, porém explica o nome pela substituição do leite por água fervente e da manteiga por óleo, o que não era usual nas receitas antigas. A troca maluca de ingredientes, então, inspirou o nome.

A Dr.Oetker vê nesta linha de produtos, inclusive com a preservação dos nomes originais das receitas já consagradas pelo costume e uso popular, como uma homenagem à rica cultura brasileira e as suas origens.

Contudo, seu contato foi encaminhado ao setor pertinente para conhecimento.

Atenciosamente.

Equipe Canal Aberto Dr. Oetker

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A padaria Aveiro, localizada na Zona Sul de São Paulo, compartilhou em suas redes sociais novas mudanças para o nome de determinados alimentos comercializados. Um dos itens apontados foi o bolo, anteriormente conhecido como ‘nega maluca’. Após a alteração, o bolo passou a se chamar ‘afrodescendente’.

O estabelecimento teria recebido um ofício do Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, da Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria. Neste ofício, o comunicado dizia para o estabelecimento se atentar com os nomes dos produtos, pois “podem ser mal interpretados” e “trazer dissabores para a padaria e seus proprietários.”

A instituição havia sinalizado a padaria de que os nomes tradicionais dos produtos podem ser vistos de outra forma nos dias atuais, bem como: “levar a constrangimentos e acusações de crime racial, machismo, preconceito etc.”. A padaria Aveiro já publicou em suas redes sociais os novos nomes dos produtos indicados. Além do antigo termo ‘nega maluca’ para o bolo, sendo substituído por ‘afrodescendente’, o doce ‘língua de sogra’ ficou como ‘pão doce mole’ e ‘maria mole’ foi trocado por ‘sorvete mole’. Também, o produto ‘teta de nega’ teve o termo trocado para ‘NHA benta’.

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A crítica nas redes sociais sobre o ofício

O atual presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que se intitula como ‘negro de direita’, distribuiu críticas à instituição responsável pelo ofício enviado à padaria. “O Sindicato das Padarias de São Paulo está perseguindo, implacavelmente, o bolo ‘Nega Maluca’. Também estão na mira da patrulha politicamente correta a ‘Maria Mole’, ‘Teta de Nega’ e ‘Língua de Sogra’. Querem criminalizar bolos. Isso precisa acabar!”, disse Sérgio.

O Sindicato das Padarias de São Paulo está perseguindo, implacavelmente, o bolo Nega Maluca. Também estão na mira da patrulha politicamente correta a Maria Mole, Teta de Nega e Língua de Sogra. Querem criminalizar bolos.🤦🏽
Isso precisa acabar! ⬇️ pic.twitter.com/GrcWAwgg9M

— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) March 16, 2022

Sérgio Camargo finalizou sua crítica, ao dizer que há um afeto em relação aos doces que faz parte de sua vida e de outros. “Deixem a ‘nega maluca’ em paz”, manifestou o presidente da fundação. “Basta de mimimi, ninguém aguenta mais.”

A mudança do nome do bolo ‘nega maluca’ para ‘afrodescendente’ causou uma repercussão negativa para alguns internautas, que alegaram o racismo presente tanto na nova nomenclatura, como na anterior. A padaria se manifestou dizendo estar em “constante evolução”, não tendo espaço para preconceitos.

"mas se chamar de nega maluca é racismo, se chamar de afrodescendente é racismo, vai chamar o bolo como então?"

não sei, talvez....... Bolo de chocolate...???? //t.co/QS2cDUdl8y

— Lea Michele alfabetizada pelo método Paulo Freire (@jvixcxtor) March 16, 2022

O empresário Mauro Sérgio Proença, de 56 anos, decidiu mudar o nome do bolo “nega maluca” para “bolo afrodescendente” na padaria Aveiro, em São Paulo, onde é sócio-proprietário. A mudança ocorreu após a padaria receber um ofício do Sampapão (Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo). As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

No documento, o sindicato recomendava a alteração dos rótulos de doces como “teta de nega”, “nega maluca”, “língua de sogra”, “maria mole”, entre outros. Na justificativa, a entidade diz que os nomes “que eram vistos até com simpatia, hoje não são mais aceitos e podem levar a constrangimentos e acusações de crime racial, machismo, preconceito, etc.”.

De acordo com Proença, ele achou que o novo nome, afrodescendente, remeteria à origem do bolo e, por isso, “não iria causar constrangimento”. No entanto, na terça-feira (15), clientes foram ao estabelecimento reclamar da mudança após a foto viralizar nas redes sociais.

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, também criticou a mudança nas redes sociais. “Querem criminalizar bolos. Isso precisa acabar”, escreveu. “Temos uma relação de afeto com esses doces. Fazem parte das nossas vidas. Basta de tanto mimimi. Ninguém aguenta mais.”

Conforme a Folha, o dono da padaria e os funcionários foram ameaçados e constrangidos. Para tentar reverter a situação, Proença mudou o nome do doce novamente, desta vez para “bolo chocoball”.

“Eles [clientes] achavam que a gente queria polemizar. Não somos obrigados a seguir [a recomendação do sindicato], falei com donos de outras padarias que não mudaram o nome”, afirmou Proença em entrevista à coluna da Mônica Bergamo.

Já na quarta-feira (16), o empresário decidiu recuperar o nome original da guloseima. Agora, o rótulo contém novamente o nome “bolo nega maluca”. Proença disse ainda que o estabelecimento está “desorientado” e que vai falar com o sindicato sobre o episódio. “A gente não sabe se vai para a direita, para a esquerda, se sobe ou se desce”, disse à Folha.


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Como é o nome da Nega Maluca?

O antigo bolo 'nega maluca' também mudou de nome e agora é batizado de 'bolo afrodescendente', o que ganhou as redes sociais. O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez um post nas redes sociais com a foto do doce no intuito de ironizar o assunto.

Quanto custa a nega maluca?

BOLO PRIMATO KG NEGA MALUCA BRIGADEIRO/MORANGO Preço do Kg: R$ 54,99 PRODUTO VENDIDO APENAS EM PEDAÇOS.

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