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Nesta matéria:
- A a��o terap�utica do perd�o de pecados
- O perd�o de Deus n�o elimina as consequ�ncias naturais do pecado
- O perd�o maior e os perd�es menores
- O alicerce do perd�o
- O Pai espia, o Filho expia
- � necess�rio subir todos os degraus
- Pecado repetido, perd�o repetido
- Pecado sem perd�o
- A genealogia do perd�o
- A expia��o crist�
Deus n�o perdoa o pecado tal s� uma vez. Ele perdoa o pecado tal quantas vezes ele for cometido. Pecado repetido reclama perd�o repetido. Ao mesmo tempo, se cometermos o pecado tal uma �nica vez e honestamente n�o nos arrependermos dele, n�o haver� perd�o para n�s. Mas se cometermos o pecado tal sete vezes, setenta vezes, setenta vezes sete, ou mais vezes ainda, caso nos arrependamos honestamente dele sete vezes, setenta vezes, setenta vezes sete ou mais vezes ainda, seremos t�o perdoados como o fomos na primeira vez! Quem diz isso � o pr�prio Jesus, quando nos ordena agir assim quando algu�m [...]
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A Bíblia diz que devemos perdoar sempre, mesmo se a pessoa continua pecando contra nós. Assim como Deus perdoou todos os nossos pecados, nós também devemos perdoar todos que pecam contra nós. Não devemos pôr um limite ao número de vezes que estamos dispostos a perdoar.
70 vezes 7
Jesus disse que devemos perdoar nosso irmão por até 70 vezes 7 pecados para mostrar que não devemos guardar conta de quantas vezes perdoamos (Mateus 18:21-22). Quando alguém peca contra nós repetidamente, é natural ficar zangado e não querer perdoar mais. Mas o perdão não depende do merecimento nem do arrependimento do ofensor. Quanto nós perdoamos depende de quanto Deus nos perdoou.
Leia também: o que é perdão?
Depois de dizer que devemos perdoar 70 vezes 7, Jesus contou uma parábola sobre um servo que devia muito dinheiro ao seu senhor. A dívida era impossível de pagar mas o servo implorou e o senhor perdoou sua dívida. Depois esse servo encontrou outro servo que lhe devia menos dinheiro e exigiu pagamento. O outro servo implorou mas o primeiro servo não perdoou. Quando o senhor ouviu disso, ficou muito zangado porque o servo recebeu perdão mas não quis dar perdão (Mateus 18:23-35).
Deus é como o senhor dessa parábola: Ele perdoou todos os pecados de quem se arrepende a aceita Jesus como seu salvador. Nós não merecemos e Ele não precisava fazer isso mas Ele nos ama, mesmo sendo pecadores. Da mesma forma, ninguém merece nosso perdão mas nós podemos dá-la de graça e sem limites. Isso é parte de sermos imitadores de Cristo.
Um leitor nos perguntou, através da página da Aleteia: Deus perdoa quando caímos muitas vezes no mesmo pecado? Apesar de tentar evitar, eu volto a cair, mesmo sem querer. Sim, Deus sempre perdoa o pecador arrependido. Se houver verdadeiro arrependimento, não há “limite” para as vezes que podemos receber o perdão através do sacramento da…
Um leitor nos perguntou, através da página da Aleteia:
Deus perdoa quando caímos muitas vezes no mesmo pecado? Apesar de tentar evitar, eu volto a cair, mesmo sem querer.
Sim, Deus sempre perdoa o pecador arrependido. Se houver verdadeiro arrependimento, não há “limite” para as vezes que podemos receber o perdão através do sacramento da Penitência. Isso não muda quando caímos repetidamente no mesmo tipo de pecado.
É importante, porém, esclarecer melhor algumas coisas.
Primeiramente, não existe pecado “sem querer”.
Sempre existe, no pecado, uma participação da vontade, já que o pecado consiste no ato de consentimento em algo que sabemos que é objetivamente mau.
O que acontece é que o ser humano sofre enorme influência dos hábitos, que, conforme sejam positivos ou negativos, facilitam ou dificultam o comportamento que nos torna plenamente realizados como filhos de Deus chamados a ser santos. Quando os hábitos são moralmente bons, nós os chamamos de virtudes; do contrário, são vícios.
A reiteração do pecado produz o vício, que enfraquece a vontade, inclinando à recorrência do pecado e debilitando a capacidade de resistência a ele. E a nova queda no mesmo pecado reforça esse vício. Trata-se, literalmente, de um “círculo vicioso”.
Mas é possível rompê-lo quando se conta com a graça divina: isto inclui, obviamente, a graça recebida no sacramento da Penitência. É uma luta interior, com seus altos e baixos, mas, quando há vontade firme de aplicar os meios se acaba vencendo. E isto requer tempo.
Todo confessor com um pouco de experiência sabe distinguir entre a falta de propósito de emenda – que torna inválida a confissão – e a previsão de que, muito embora se deseje realmente mudar, pode haver recaídas, inclusive após um curto espaço de tempo. O penitente deve entender isto e mais duas coisas: a primeira é que não é a confissão em si mesma o que promove o perdão dos pecados, e sim a contrição manifestada ao confessá-los; e a segunda é que a contrição não é incompatível com a fraqueza da vontade, produzida pelo vício, nem com o prognóstico desfavorável causado por ele. Aliás, para evitar falsas ilusões e desespero em tais situações, é recomendável ter um confessor fixo que possa realmente nos ajudar a superar o pecado.
E é possível que um vício chegue a anular a vontade?
Sim, pode acontecer. Mas, nesse caso, já estaríamos no campo da patologia e precisaríamos de ajuda médica especializada. É o caso, por exemplo, de doenças como o alcoolismo, a dependência química, o vício na jogatina. Quando as coisas chegam a extremos, o desejo sincero de superar o problema precisa passar pela aceitação dessa ajuda.
Fonte: Aleteia