Quem governou o Brasil de 1951 a 1954?

Get�lio Vargas (1882-1954) foi presidente do Brasil durante 19 anos. Foi o primeiro ditador do pa�s e mais tarde presidente eleito pelo voto popular. Permaneceu no poder entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, ano em que se suicidou.

A �Era Vargas� foi marcada por um regime ditatorial do Estado Novo e ao mesmo tempo, pela cria��o de importantes leis trabalhistas, entre eles, o sal�rio m�nimo, a carteira de trabalho e as f�rias anuais remuneradas. Foi popularmente chamado de �pai dos pobres�.

Horas antes de seu suic�dio, em agosto de 1954, Get�lio redigiu uma carta aos brasileiros, quando escreveu: �Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na hist�ria. As investiga��es sobre as irregularidades de seu governo n�o foram continuadas e transformaram o pol�tico em her�i.

Inf�ncia, juventude e forma��o

Get�lio Dornelles Vargas nasceu na cidade de S�o Borja, Rio Grande do Sul, no dia 19 de abril de 1883. Foi criado em uma fam�lia de tradi��o na pol�tica local, era filho de C�ndida Dornelas Vargas e do propriet�rio de fazenda de gados, Manoel do Nascimento Vargas. Iniciou seus estudos em sua cidade natal, mas depois da revolu��o federalista (1893-1894), seu pai, chefe castilhista, levou-o para estudar em Ouro Preto, Minas Gerais.

Em 1898, ingressou no 6�. Batalh�o de Infantaria de S�o Borja e um ano depois foi promovido a sargento. Em 1900 entrou para a Escola Preparat�ria e de T�tica, de Rio Pardo. Em seguida, ingressou no 25.� Batalh�o de Infantaria de Porto Alegre. Em 1903, em consequ�ncia da quest�o do Acre e da amea�a de guerra entre Brasil e Bol�via, apresentou-se como volunt�rio e foi para Corumb�.

Em 1904, ingressou na Faculdade de Direito, em Porto Alegre. Ajudou a fundar o "Bloco Acad�mico Castilhista", que propagava as ideias de J�lio de Castilho, graduando-se em 1907, sendo nomeado para o cargo de segundo promotor p�blico no tribunal de Porto Alegre, mas logo voltou para S�o Borja, onde passou a advogar.

Carreira pol�tica

Em 1909, Get�lio Vargas foi eleito deputado estadual, sendo reeleito e 1913, mas rompeu com o governador Borges de Medeiros e renunciou ao cargo, retornando para S�o Borges. Em 1917, reconciliou-se com Borges e elegeu-se novamente deputado estadual e tornou-se l�der da maioria. Cinco anos depois, elegeu-se deputado federal e l�der da bancada ga�cha na C�mara.

Em 1926 foi nomeado ministro da Fazenda pelo presidente Washington Lu�s. No entanto, em 1927, deixou o cargo para se candidatar ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, pelo Partido Republicano. Vencedor do pleito, Vargas tomou posse em 1928 e formou um governo de coaliz�o com todas as for�as pol�ticas do Estado.

Revolu��o de 1930

Em 1929 a campanha eleitoral para a Presid�ncia da Rep�blica na sucess�o de Washington Lu�s gerou a crise no final da Rep�blica Velha. Ao apoiar a candidatura de J�lio Prestes em vez de apoiar o mineiro Ant�nio Carlos, quebrando o compromisso �caf� com leite�, o presidente provocou o rompimento das rela��es entre Minas e S�o Paulo.

Minas procurou apoio no Rio Grande do Sul e na Para�ba. Esses tr�s estados formaram um grupo pol�tico de oposi��o, chamado �Alian�a Liberal�. Get�lio Vargas foi o candidato da Alian�a Liberal para a presid�ncia, e o paraibano Jo�o Pessoa, para vice-presidente.

Apesar da acirrada campanha, a Alian�a Liberal foi derrotada e o vitorioso foi J�lio Prestes, por�m ele n�o tomou posse, pois em todo o pa�s levantaram-se suspeitas de fraude. Get�lio e seus aliados come�aram a planejar um golpe armado.

No dia 26 de julho de 1930, Jo�o Pessoa foi assassinado e o crime foi atribu�do ao governo federal o que precipitou a luta armada em Minas, Rio Grande do Sul e boa parte do Nordeste. No dia 24 de outubro de 1930, Washington Lu�s foi deposto da presid�ncia e o pa�s passou a ser governado por uma junta militar.

Logo ap�s o golpe que o levou � presid�ncia

No dia 3 de novembro, Get�lio Vargas, o chefe civil da rebeli�o, chegou ao Rio de Janeiro e assumiu o comando do Governo Provis�rio, que durou quatro anos.

Era Vargas � Governo Provis�rio (1930-1934)

O Governo Provis�rio de Get�lio Vargas n�o foi um per�odo pac�fico. Em 1932, um movimento liderado pela oposi��o paulista desencadeou a �Revolu��o Constitucionalista� que entre outros objetivos, reivindicava a realiza��o de elei��es presidenciais.

Como chefe do governo, Vargas foi impondo um regime�autorit�rio. Suspendeu a Constitui��o de 1891, fechou o Congresso Nacional e reduziu de 15 para 11 o n�mero de ju�zes do Supremo Tribunal Federal. Nomeou interventores para os estados. Criou os Minist�rios do Trabalho, da Ind�stria e Com�rcio e da Educa��o e Sa�de.

Em 16 de julho de 1934 foi promulgada a nova constitui��o, de car�ter liberal e ecl�tico, que aprovou direitos trabalhista e a elei��o indireta do presidente pela pr�pria constituinte. No dia 17 de julho do mesmo ano, Get�lio Vargas foi eleito presidente da rep�blica por quatro anos.

Governo Constitucionalista (1934-1937)

Com a posse de Get�lio, iniciou-se um per�odo de permanente crise pol�tica e institucional marcado por conflitos entre as for�as tradicionais, representadas pelo Congresso, e o poder executivo. Nesse per�odo, Get�lio criou a previd�ncia social e os institutos de aposentadoria e pens�es.

Em 1935, houve uma tentativa de golpe por parte dos comunistas, a chamada "Intentona Comunista", liderada por Carlos Prestes, mas foi esmagada e posta na ilegalidade por Vargas.

Depois de tr�s anos conturbados de mandato, o cen�rio se agravou com a press�o exercida por movimentos de conte�do ideol�gico, como a "A��o Integralista Brasileira", de orienta��o fascista, e a "Alian�a Nacional Libertadora", de car�ter esquerdista.

No dia 10 de novembro de 1937 um novo golpe � levado a efeito. Get�lio anulou a Constitui��o de 1934 e publicou nova Constitui��o que garantia plenos poderes ao Executivo Federal.

Estado Novo (1937-1945)

A ditadura de Vargas se tornou uma realidade: o parlamento foi extinto, a censura aos meios de comunica��o oficializado e os partidos pol�ticos proibidos.

No final de 1939 criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que tinha como fun��o a censura e o �culto � sua personalidade�. Com o Plano Cohen � documento que simulava uma revolu��o comunista � come�ou uma persegui��o violenta contra sindicatos e potenciais candidatos da oposi��o.

Get�lio Vargas adotou medidas econ�micas nacionalistas, como a cria��o do Conselho Nacional do Petr�leo e da Companhia Sider�rgica Nacional. Iniciou a constru��o do complexo sider�rgico de Volta Redonda e instalou o Departamento Administrativo do Servi�o P�blico (DASP).

Refor�ou as medidas em benef�cio do trabalhador criando o sal�rio m�nimo e a Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT).

Em 1939, a Alemanha iniciou uma ofensiva contra diversos pa�ses dando in�cio aos conflitos que desencadearam na Segunda Guerra Mundial, na qual o Brasil s� entraria de fato quase tr�s anos depois.

Com seu estilo autorit�rio, Vargas era mais pr�ximo ao fascismo dos pa�ses do Eixo do que da veia democr�tica dos pa�ses Aliados. A Alemanha j� havia dado uma bela ajuda � pol�tica de Vargas, na ca�a aos comunistas, mas era preciso manter as rela��es com os Estados Unidos, com o objetivo de obter apoio financeiro para projetos ambiciosos e caros como a moderniza��o das for�as armadas, especialmente da Marinha.

No dia 15 de agosto de 1942,�o vapor Beapendi, com 306 pessoas a bordo e mais os tripulantes, foi torpedeado pelo submarino alem�o U-507, na costa de Sergipe, matando 270 passageiros e 55 membros da tripula��o, foi apenas o primeiro, pois em menos de uma semana, outras seis embarca��es comerciais brasileiras foram afundadas pelos nazistas.

A popula��o reagiu com passeatas por todo o pa�s exigindo uma rea��o contra os ataques, por�m Vargas s� declarou guerra contra o Eixo em 22 de agosto de 1942.

Get�lio ao lado do presidente americano Franklin D. Roosevelt��(1943)

Entretanto, a participa��o do Brasil no conflito manteve-se mais no campo estrat�gico at� 1944, quando mais de 25 mil militares da For�a Expedicion�ria Brasileira desembarcaram na It�lia para se juntarem �s for�as norte-americanas e retomarem as regi�es do norte do pa�s.

Passado o conflito, o�Brasil conseguiu parte do financiamento que desejava, mas as press�es internas e externas pela democratiza��o do pa�s, enfraqueceu Get�lio Vargas. O presidente iniciou a organiza��o das elei��es, mas no dia 29 de outubro de 1945, foi deposto sem luta, pelos militares. Era o fim do Estado Novo.

Em seu lugar assumiu provisoriamente o presidente do Supremo, Jos� Linhares at� que as urnas deram a vit�ria ao general Eurico Gaspar Dutra.

A Nova Era Vargas (1951-1954)

Em 1946, Get�lio Vargas foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul. Cinco anos ap�s ser derrubado do poder, foi eleito com 48,7% para presidente do Brasil nas elei��es de 1950, pelo Partido Trabalhista Brasileiro. Sua volta ao poder significou a retomada da pol�tica populista.

Os sindicatos recuperaram sua autonomia. A industrializa��o foi favorecida por uma pol�tica protecionista, que dificultava as importa��es de bens de consumo. Em 1953 foi criada a Petrobras, instituindo o monop�lio estatal na explora��o e refino de petr�leo no Brasil.

A nomea��o de Jo�o Goulart para o Minist�rio do Trabalho causou desconfian�a nos c�rculos militares, pol�ticos e empresariais. O nacionalismo radical de Vargas, a aproxima��o com o operariado e o aumento de 100% do sal�rio m�nimo, proposto por Vargas, assustou alguns setores da sociedade comprometidos com o capital estrangeiro.

Vargas foi acusado de pretender instalar no Brasil uma rep�blica sindicalista, igual a que Per�n havia instalado na Argentina. A situa��o se agravou com o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna da Imprensa e inimigo de Vargas no dia 5 de agosto de 1954. O atentado ficou conhecido como o �Crime da Rua Toneleros�.

As investiga��es descobriram que a ordem do atentado havia partido de Greg�rio Fortunato, o chefe de seguran�a do Pal�cio do Catete. No dia 23�de agosto de 1954, depois de muita press�o, Get�lio recebeu um ultimato do ministro da guerra, exigindo seu afastamento. Isolado politicamente, Get�lio redigiu uma carta-testamento, de natureza fundamentalmente pol�tica, e se suicidou com um tiro no cora��o.

Get�lio Varga faleceu�no Rio de Janeiro, dentro do Pal�cio do Catete, no dia 24 de agosto de 1954.

Get�lio Vargas foi casado com Darci Vargas, filha de tradicional fam�lia de S�o Borja, com quem teve cinco filhos: Alzira, Manuel Sarmento, Lutero, Jandira e Get�lio Vargas Filho.

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Quem governou o Brasil de 1954 a 1955?

João Fernandes Campos Café Filho BTO • GCTE (Natal, 3 de fevereiro de 1899 – Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1970) foi um advogado e político brasileiro, tendo sido o 18.º presidente do Brasil entre 24 de agosto de 1954 e 8 de novembro de 1955.

Como foi o governo de Vargas de 1951 a 1954?

O segundo governo de Getúlio Vargas estendeu-se de 1951 até 1954, ano de sua morte. Foi caracterizado por uma política econômica que priorizou o nacional-desenvolvimentismo. Isso foi o motivo que causou uma grande crise política em seu governo – além da insatisfação da população com o aumento do custo de vida.

Quem governou em 1951?

Getúlio tomou posse na presidência da república em 31 de janeiro de 1951, no Palácio do Catete, sucedendo ao presidente Eurico Gaspar Dutra.

Qual presidente governou o Brasil de 1951 a 1941?

Getúlio Vargas – grande nome da história política brasileira – foi o presidente que mais tempo ficou no poder. Cometeu suicídio em 1954. Getúlio Vargas, um dos grandes nomes da história recente do Brasil, foi militar, advogado e político.

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