A liturgia do sabado é a mesma do domingo

Questões e respostas

Missa da vigília e Missa vespertina

Nuns folhetos de missa do domingo vem indicado: missa da vigília e missa do dia. A que horas deve ser celebrada a missa da vigília? A missa do sábado, às 19,00 horas, já é missa dominical, mas algumas pessoas acham que, no sábado, se celebra a missa da vigília e no domingo a missa do dia. Será que podem esclarecer-me?

Dizem as Normas gerais do ano litúrgico: «A celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia precedente. Inicia-se com as Vésperas I no dia anterior, e algumas solenidades têm também Missa própria da vigília, que se utiliza na tarde do dia anterior...» (NGAL, nn. 3 e 11).
O domingo é o primeiro dia de cada semana; a solenidade é um dia em que se celebra algum acontecimento importante da vida de Cristo, da Virgem Maria ou de um Santo. Ao domingo seguem-se os outros seis dias da semana (de segunda a sábado), liturgicamente chamados dias feriais; ao contrário do domingo, que é sempre o primeiro dia de cada semana, as solenidades tanto podem cair em domingo como em dia da semana. A celebração do domingo bem como a da maior parte das solenidades começa na tarde do dia precedente, com as I Vésperas ou com Missa vespertina e I Vésperas.
Missa da vigília é aquela que se celebra na vigília de alguma solenidade (isto é, na noite, ou na tarde do dia anterior à solenidade em questão). Ao longo de todo o ano litúrgico, o Missal Romano indica apenas seis solenidades com Missa da vigília: Vigília Pascal (que se celebra de noite e é chamada a mãe de todas as Vigílias), Pentecostes, S. João Baptista (24 de Junho), S. Pedro e S. Paulo (29 de Junho), Assunção da Virgem Santa Maria (15 de Agosto) e Natal do Senhor (25 de Dezembro). Missa vespertina é aquela que se celebra na tarde do sábado que precede o respectivo domingo, ou na tarde do dia que precede cada uma das solenidades de preceito não incluídas na lista acima.
Os textos da Missa da vigília (orações e leituras) são próprios, isto é, são diferentes dos indicados para a Missa do dia da respectiva solenidade. Os textos da Missa vespertina são os mesmos dos indicados para a Missa do domingo ou da solenidade.
Quer uma quer outra destas duas Missas se celebra nos dias já indicados, e nas horas estabelecidas pelo Bispo da diocese, regra geral entre as 17,00 e as 19,00 horas.

Um colaborador do SNL.

A liturgia do sabado é a mesma do domingo

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 03:00 pm (ACI).- O Domingo da Ressurreição e a Vigília Pascal são o triunfo de Jesus Cristo, são a feliz conclusão de sua Paixão e a alegria que segue à dor: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.

Pe. Donato Jiménez explicou ao Grupo ACI que a diferença entre ambos está na data. No Domingo da Ressurreição, a liturgia “é praticamente igual à que celebramos na vigília do Sábado Santo. O que acontece é que a vigília do Sábado Santo se faz à noite e a maior parte dos fiéis não pode participar”.

No dia seguinte, prosseguiu, “é o mesmo, mas como todos os domingos para os fiéis celebra-se a Eucaristia da Ressurreição. Celebramos na Vigília, mas como nela não estiveram todos os cristãos do mundo, então, no domingo têm a oportunidade e a necessidade de participar alegremente do fato da Ressurreição”.

Na Vigília Pascal, participa-se do júbilo pela Ressurreição de Jesus Cristo. escutando as 7 leituras e com uma cerimônia litúrgica estendida; enquanto no domingo, oficia-se a Eucaristia da Ressurreição com a mesma alegria que na Vigília, embora em Missa dominical.

A Páscoa da Ressurreição durará 50 dias até a celebração de Pentecostes.

“Todos os dias serão celebrados com a mesma alegria e serão como a prolongação de um só dia”, disse Pe. Jiménez em diálogo com o Grupo ACI.

É tão grande o acontecimento da Páscoa que não pode caber em um dia. Os domingos da Páscoa serão as datas mais importantes nas quais se festeja a redenção.

Acompanhe também nosso recurso sobre a Páscoa: https://www.acidigital.com/fiestas/pascoa/index.html.

Etiquetas: Páscoa, Semana Santa, Ressurreição, Domingo de Páscoa

Dizia o famoso orador romano Cícero que “a história é mestra da vida” (na obra De oratore, II, 9,36). Trata-se de uma sábia indicação que podemos aplicar também na questão relativa à Missa, celebrada no domingo ou nos dias da semana. Vamos, pois, à história da Missa, a partir dos dados do Novo Testamento e da primitiva história da Igreja.

O ponto de partida da nossa fé, como proclamamos no “Credo”, é Jesus, que nos salva por meio de Sua morte-ressurreição. A fé dos discípulos, que tinha entrado em crise com a morte de Jesus, renasce e se fortalece com a Sua Ressurreição. E a Ressurreição de Jesus aconteceu no domingo. Desde o início, os cristãos celebraram sua fé na ressurreição por meio da Eucaristia, da Missa, exatamente no domingo, que os cristãos de origem judaica indicavam como “o primeiro dia da semana”.

A liturgia do sabado é a mesma do domingo

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Quando foi a primeira Missa?

O primeiro nome da Missa foi “a fração do pão”. Lemos, por exemplo, no livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por São Lucas, que é testemunha desse fato, o seguinte: “No primeiro dia da semana, estávamos reunidos para a fração do pão” (Atos 20,7). Atenção: isso acontece durante a terceira viagem apostólica de São Paulo, no ano 58 depois de Cristo. Passaram-se apenas 28 anos da morte-ressurreição de Jesus: e os cristãos já tinham o hábito de celebrar a Eucaristia, a Missa, no domingo, que era “o primeiro dia da semana”. Tal celebração, relatada no citado texto dos Atos, mostra que, substancialmente, os apóstolos seguiam o mesmo “esquema” da Missa de hoje: celebrada no domingo e dividida em duas partes, a saber, a liturgia da palavra (20,7) e a liturgia eucarística, com o “pão partido” (20,11).

Aliás, essa ligação entre Ressurreição e “primeiro dia da semana” se encontra, de maneira significativa, no capítulo 20 do Evangelho de João. “No primeiro dia da semana” (João 20,1) Jesus ressuscita e aparece a Maria Madalena. E “ao anoitecer desse dia” (João 20,19), Jesus aparece a dez discípulos: não doze, pois Judas havia se enforcado e Tomé estava ausente. Mas, “oito dias depois” (João 20,26), quer dizer, no domingo seguinte, Jesus Ressuscitado apareceu novamente, estando presente também Tomé.

Uma ligação entre Missa e domingo é encontrada também no fim da primeira carta aos Coríntios, dentro da iniciativa do apóstolo Paulo, que estava organizando uma coleta em favor dos pobres de Jerusalém. Ele, pois, escreve: “Todo primeiro dia da semana, cada um coloque de lado aquilo que consegue economizar” (1Coríntios, 16,2). Era o dia da Missa, na qual, desde então, já aparece a participação dos fiéis até com espórtulas em dinheiro para ajudar os pobres.

“Senhor” é o título de Jesus Ressuscitado, como lemos, por exemplo, na Carta aos Filipenses: “Para que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor” (2,11). Mas, na língua latina, o termo “senhor” se traduz com a palavra “Dominus”, de onde vem o termo português “domingo”, quer dizer, dia do Senhor ressuscitado.

Essa palavra, “domingo”, torna-se comum já na época apostólica, pois foi num dia de “domingo”, dia do Senhor, que o apóstolo João recebeu as revelações relatadas no livro do Apocalipse (1,10).

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A Eucaristia

Essa ligação entre domingo e Eucaristia é confirmada pelos testemunhos dos cristãos dos primeiros séculos. Santo Ignácio de Antioquia, que foi martirizado no começo do 2º século, assim escrevia na sua epístola aos Magnésios (9): “Não precisamos mais manter o sábado, como fazem os judeus. Deve, todo amigo de Cristo, observar o Dia do Senhor como festa, o dia da ressurreição, a rainha e comandante de todos os dias da semana. Foi nesse dia que a nossa vida renasceu e a vitória sobre a morte foi obtida em Cristo”. E o mártir São Justino (metade do 2º século), na sua “Apologia” (I,67), fala da celebração eucarística que os primeiros cristãos comemoravam “no dia do sol”, como era chamado o domingo no ambiente do Império Romano. Eis o que ele escreveu:

“No dia que se chama do sol [domingo], celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades e nos campos, e ali é lido, enquanto o tempo o permite, as recordações dos apóstolos ou os escritos dos profetas”. E continua falando da homilia, da oração dos fiéis e da liturgia eucarística (consagração e comunhão).

Certamente, toda Eucaristia é importante, também aquela que não é celebrada no domingo, pois, como diz o apóstolo Paulo, “todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor até que Ele venha”. (1Coríntios 11,26).

Não podemos, no entanto, esquecer que, no começo, a Missa era celebrada exatamente no domingo, para os cristãos manifestarem, juntos, sua fé na Ressurreição de Jesus. Esse é o ponto de partida da nossa fé cristã. Naturalmente, quem puder participar também nos dias da semana vai fortalecer sua comunhão com Jesus. Papa Francisco nos traz essa bela novidade: é o primeiro Papa que partilha, pelos meios de comunicação, a homilia que ele profere durante a Missa celebrada nos dias da semana.

A liturgia do sabado é a mesma do domingo

Porque a Missa de sábado vale para o domingo?

O tempo litúrgico do domingo começa no sábado depois do meio dia; por isso a Missa do sábado vale para o domingo, pois segue a sua liturgia.

Qual Missa substitui a de domingo?

Os textos da Missa vespertina são os mesmos dos indicados para a Missa do domingo ou da solenidade. Quer uma quer outra destas duas Missas se celebra nos dias já indicados, e nas horas estabelecidas pelo Bispo da diocese, regra geral entre as 17,00 e as 19,00 horas.

Quando começa a liturgia de domingo?

O dia litúrgico começa à meia noite e termina na meia noite seguinte. Mas a celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia precedente” (n. 3).

O que é liturgia dominical?

Liturgia é a compilação de ritos e cerimônias relativas ao ofícios divinos das igrejas cristãs. É uma palavra que se aplica mais a missas ou rituais da igreja católica.