Como saber se o antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

“Doutor, antibióticos, como a azitromicina, cortam o efeito da pílula anticoncepcional?”

Atualmente, nenhuma das principais associações de ginecologia e obstetrícia no mundo – e nem mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – indicam qualquer uso de proteção contraceptiva adicional para as mulheres que estão fazendo uso da pílula anticoncepcional e precisam, eventualmente, tomar algum antibiótico. 

As únicas exceções são dois medicamentos utilizados, principalmente, no tratamento da tuberculose: a rifampicina e a rifabutina. Porém, os principais antibióticos que usamos no dia a dia, como a azitromicina, a amoxicilina e a claritromicina, não interferem no efeito e na proteção da pílula anticoncepcional.

Outro ponto que merece atenção é que outros remédios – que não os antibióticos – podem sim prejudicar o efeito da pílula, como antivirais utilizados no tratamento do HIV, medicamentos usados para o controle de convulsões e certos antidepressivos. Esses são exemplos que podem interferir na metabolização dos hormônios e diminuir a eficácia desse método contraceptivo.

Assim, é importante esclarecer que, toda vez que uma mulher está tomando pílula anticoncepcional e precisa fazer uso de qualquer tipo de medicamento, é fundamental consultar um profissional para saber se pode ou não e buscar as informações corretas para evitar problemas.  

Confira:

  • Quais são as vantagens do anticoncepcional além de evitar gravidez?
  • Preciso tomar pílula do dia seguinte mesmo usando anticoncepcional?

Hábitos que podem cortar o efeito

Além de certos medicamentos, existem alguns hábitos que podem cortar o seu efeito e expor a mulher a um risco maior de gravidez. Veja quais são:

1. Esquecer um dia

A pílula anticoncepcional é um medicamento de uso contínuo e de longo prazo. Logo, se a pessoa esquecer de tomar um dia, seus níveis hormonais podem se desregular e as chances de engravidar aumentam. Por isso, se for difícil tomar a pílula diariamente, outros métodos anticoncepcionais podem ser melhores.

2. Vômito

Quando uma pessoa vomita,a pílula pode voltar ou o corpo pode não tê-la absorvido ainda. Nesses casos, se o vômito ocorrer até duas horas depois de tomar a pílula, o mais indicado é tomar outra. Se, por outro lado, ocorrer após as duas horas, não há necessidade de tomar mais uma. Porém, na dúvida, sempre é bom falar com um ginecologista.

3. Não tomar os comprimidos na mesma hora 

Além de tomar pílulas anticoncepcionais diariamente, a pessoa também deve tomá-las no mesmo horário todos os dias para manter os níveis hormonais de forma mais consistente.

O recomendado é que se tome a pílula na mesma janela de tempo de três horas todos os dias. Por isso, muita gente coloca um alarme diário para lembrar de tomar a pílula na hora certa todos os dias.

E o álcool?

Bebidas alcoólicas sozinhas não cortam o efeito da pílula, porém, se a pessoa exagerar na quantidade pode esquecer de tomá-la ou ainda vomitar, o que poderia resultar na ineficácia do medicamento.

A gravidez indesejada é uma preocupação para muitos casais, principalmente para as mulheres. Por isso, é importante estar sempre atenta aos perigos das misturas de remédios. O anticoncepcional e antibióticos é uma combinação de risco, pois o efeito da pílula pode ser diminuído.

O antibiótico é fundamental para evitar que bactérias maléficas façam mal ao seu organismo, no entanto, é um perigo para quem toma a pílula anticoncepcional. Existem casos de mulheres que engravidam mesmo fazendo o uso do anticoncepcional, e o antibiótico pode ser uma das causas.

Para ajudar você, nós, da Santo Remédio, vamos mostrar quais são os riscos que essa combinação causa. Acompanhe o conteúdo até final e saiba como manter seu bem-estar. Confira!

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Os contraceptivos são constituídos pela associação de hormônios que atuam no bloqueio da ovulação e altera a superfície uterina. Assim, dificultando a passagem dos espermatozoides, impedindo que ocorra uma gravidez indesejada.

Além disso, essa concentração de hormônios é mínima, justamente, para evitar efeitos colaterais nas mulheres e manter a eficácia da pílula anticoncepcional. Mas afinal, são todos os antibióticos que interferem nesse método contraceptivo?

Antibióticos que diminuem o efeito da pílula anticoncepcional

No geral, não são todos os antibióticos que interferem na eficácia da pílula, segundo um estudo feito pela Universidade da Carolina do Sul, existem dois tipos que foram comprovados, sendo a Rifampicina e a Rifabutina. Geralmente, são usados para tratar de doenças, como:

  • Tuberculose;
  • Hanseníase;
  • Meningite.

Por que o antibiótico corta o efeito da pílula?

O uso dos antibióticos citados acima podem causar o aumento da velocidade da metabolização, diminuindo a concentração dos hormônios que estão presentes na corrente sanguínea. Dessa forma, reduz a eficácia da pílula anticoncepcional podendo ocorrer uma gravidez indesejada.

Além disso, o estrógeno do contraceptivo pode ser metabolizado pelas enzimas das bactérias intestinais, as absorvendo do organismo. O antibiótico pode eliminá-las, no entanto, haveria menos estrógeno disponível, ocorrendo a diminuição da eficácia do contraceptivo.

A pílula é absorvida pelo trato gastrointestinal, logo em seguida ela cai na corrente sanguínea e vai para o fígado, órgão responsável pela metabolização do remédio.

O estrógeno que chega ao fígado é ativado e começa a proteger a mulher contra uma possível gravidez.

No entanto, a outra metade do estrógeno são extraídos pela bile e vão direto para o intestino. Nesse momento, as bactérias da flora intestinal entra em ação, produzindo enzima e as transforma em estrógeno, caindo novamente na corrente sanguínea protegendo a mulher, até a tomada do novo anticoncepcional.

Caso o antibiótico seja tomado, acaba eliminando essas bactérias, impedindo a produção da enzima, dessa forma, a mulher fica desprotegida.

Atenção: antidepressivos e anticonvulsivantes podem diminuir a eficácia do anticoncepcional.

É importante lembrar que o antibiótico não corta o efeito 100% da pílula anticoncepcional, mas é necessários sempre consultar um médico.

Caso precise fazer algum tratamento, é preciso tomar outros métodos contraceptivos. Além disso, é importante ressaltar que a eficácia da pílula só é restabelecida após 7 dias sem o uso do antibiótico.

Apesar disso, essa ação depende bastante do organismo da pessoa, no entanto, o risco de engravidar tomando anticoncepcional e antibióticos ao mesmo tempo, é grande.

Procurando ajuda médica

Para começar a tomar anticoncepcional, é fundamental consultar um ginecologista, pois o profissional pode identificar os riscos que as pílulas vão causar ao organismo. Além disso, o especialista vai recomendar métodos de prevenção contra os perigos da mistura do anticoncepcional e antibióticos.

Além disso, o ginecologista vai receitar os remédios de acordo com cada caso. Portanto, em todas as situações, é fundamental consultar o médico para receber as orientações corretas para o uso do anticoncepcional e antibióticos.

Por isso, para evitar situações indesejadas, é importante sempre ter um acompanhamento médico para garantir sua qualidade de vida. O anticoncepcional e antibiótico é uma combinação medicamentosa que deve ter total atenção dos seus usuários, apesar de não haver redução da eficácia de uma forma geral.

Os métodos contraceptivos são diversos, mas é preciso estar sempre informado sobre o assunto. Para garantir maior proteção e evitar preocupações, é importante fazer o uso da “camisinha” masculina ou feminina.

Agora você já sabe que o anticoncepcional e antibiótico é uma combinação perigosa e devemos sempre ter os cuidados necessários. Enquanto isso, que tal conhecer 5 dúvidas mais frequentes sobre a “camisinha”?

Como saber se o antibiótico cortou o efeito do anticoncepcional?

Embora muitas pessoas pensem que os antibióticos interferem na eficácia da pílula anticoncepcional, a verdade é que a maioria dos antibióticos não interfere.

O que acontece se tomar antibiótico e anticoncepcional?

Por que o antibiótico corta o efeito da pílula? O uso dos antibióticos citados acima podem causar o aumento da velocidade da metabolização, diminuindo a concentração dos hormônios que estão presentes na corrente sanguínea. Dessa forma, reduz a eficácia da pílula anticoncepcional podendo ocorrer uma gravidez indesejada.

Que tipo de antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

Quais antibióticos podem cortar o efeito do anticoncepcional? Estudos recentes comprovam que a rifampicina, rifabutina e griseofulvina são os únicos antibióticos que cortam o efeito do anticoncepcional na forma de pílula, minipilula, injeção, adesivo hormonal ou anel vaginal.

Quanto tempo o anticoncepcional volta a fazer efeito depois do antibiótico?

Vale lembrar que a eficácia da pílula só é reestabelecida após sete dias sem o uso de antibióticos e que durante esse período é preciso continuar utilizando a camisinha em todas as relações.