Como saber se o dente que foi extração está inflamado?

Como saber se o dente que foi extração está inflamado?

A extração do siso pode parecer traumática diante do relato de diversos pacientes. No entanto, cada paciente se comporta de forma diferente, por isso, a recuperação durante o período pós-operatório pode variar de pessoa para pessoa.

Alguns sintomas são esperados e bastante comuns e podem ser contornados com a prescrição de analgésicos e relaxantes musculares. Outros sintomas, no entanto, podem representar uma complicação e devem ser levados ao conhecimento do dentista o mais rápido possível.

Para quem vai tirar os sisos e está apreensivo diante desta situação, separamos os sintomas comuns após a extração que não devem preocupar o paciente. Ainda que dolorido e um pouco incômodo, a boa notícia é: vai passar.

Inchaço

O edema ou inchaço pode ocorrer em maior, ou menor grau dependendo da pessoa. É comum, no entanto, que a extração dos sisos inferiores cause mais inchaço do que a dos superiores. Quanto mais difícil a cirurgia, mais comum torna-se o edema. Nos casos em que é necessário cortar o dente para a remoção, por exemplo, é comum que o rosto fique bastante inchado.

[Saiba como evitar esse sintoma no nosso post Como não inchar depois de uma extração do siso]

Dor no local

Devido à intervenção, é comum que o local fique bastante dolorido. Para minimizar o incômodo, o cirurgião dentista pode prescrever o uso de analgésicos para o controle da dor.

Como saber se o dente que foi extração está inflamado?

Cicatrização

O processo de cicatrização é relativo e pode demorar mais ou menos dependendo da pessoa. A gengiva, no entanto, possui um processo de cicatrização diferente da pele, por exemplo. Dentro do alvéolo (buraco onde ficava o dente) forma-se um tecido de cicatrização permitindo que a gengiva se recomponha com o tempo. Para auxiliar no processo de cicatrização, é muito importante não fazer bochechos nas 48 horas após a cirurgia para que esse tecido não seja afetado quando ainda está no processo de formação.

Trismo

Trismo é o nome que se dá à dificuldade de abrir a boca após a cirurgia. Devido ao inchaço e à rigidez muscular, é comum que o paciente fique com esse incômodo. Alguns pacientes também podem apresentar dor na ATM (articulação temporomandibular), que é a articulação presente entre o osso mandibular e o crânio. Esse sintoma tende a melhorar de forma espontânea, na medida em que o inchaço diminui. O cirurgião dentista também pode prescrever alguns relaxantes musculares com o objetivo de minimizar esse sintoma.

Mau hálito

A higienização da boca no pós-operatório é mais difícil e como a tendência do paciente é manter a boca fechada, isso facilita ainda mais a proliferação das bactérias. É preciso um pouco de paciência, já que os bochechos não são recomendados durante a fase de recuperação do pós-operatório. Assim como os demais sintomas, com a escovação e a higienização regular, o mau hálito ira desaparecer. Quer saber mais sobre mau hálito? Clique aqui!

Parestesia

É comum que alguns pacientes sintam um prolongamento da sensação da anestesia. Esse sintoma é chamado de parestesia e é comum desde que perdure por algumas horas após a extração. Caso o sintoma se prolongue por dias é necessário consultar o dentista para tratá-lo.

Dores de garganta

Alguns pacientes apresentam um quadro de irritação ou inflamação da garanta no pós-operatório. Devido à proximidade anatômica da região é comum que isso ocorra. Da mesma forma, dores de cabeça e ouvido também podem aparecer durante o período após a extração.

Atenção: o que está descrito acima não se destina a substituir os conselhos e recomendações do Cirurgião-Dentista responsável pelo tratamento/procedimento.

Precisa tirar o siso? Então que tal contar um plano odontológico de qualidade? Conheça o Plano Odontológico Dentalprev!

Conclusão dos autores: 

Embora dentistas clínicos gerais realizem extrações dentárias devido a cáries dentárias graves ou infecção periodontal, não encontramos nenhum estudo que avaliou o papel da profilaxia antibiótica neste grupo de pacientes nesse contexto. Todos os estudos incluídos nesta revisão incluíram pacientes saudáveis submetidos à extração de terceiros molares impactados, muitas vezes realizada por cirurgiões dentistas. Há evidências de que os antibióticos profiláticos reduzem o risco de infecção, alveolite e dor após a extração do terceiro molar e aumentam o risco de eventos adversos leves e transitórios. Não está claro se as evidências desta revisão podem ser extrapoladas para pacientes com doenças concomitantes ou imunodeficiência, ou aqueles submetidos à extração dentária devido a cáries ou periodontite graves. No entanto, é provável que os pacientes com maior risco de infecção possam se beneficiar com o uso de antibióticos profiláticos, porque as infecções neste grupo são provavelmente mais frequentes, são associadas com complicações e são mais difíceis de tratar. Devido ao aumento da prevalência de bactérias resistentes aos antibióticos atualmente disponíveis, os clínicos devem considerar cuidadosamente se o tratamento de 12 pacientes saudáveis com antibióticos para evitar 1 infecção é uma prática que traz mais malefícios do que benefícios.

Leia o resumo na íntegra...

Introdução: 

As indicações mais frequentes para extrações dentárias são cáries dentárias e infecções periodontais, e estas extrações são geralmente realizadas por dentistas clínicos gerais. Os antibióticos podem ser prescritos para pacientes submetidos a extrações para evitar complicações decorrentes de infecção.

Objetivos: 

Avaliar o efeito do uso de antibióticos profiláticos sobre o desenvolvimento de complicações infecciosas após extrações dentárias.

Métodos de busca: 

Fizemos buscas nas seguintes bases de dados eletrônicas: Cochrane Oral Health Group's Trials Register (até 25 de janeiro de 2012), Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) (The Cochrane Library 2012, Issue 1), MEDLINE via OVID (de 1948 a 25 de janeiro 2012 ), EMBASE via OVID (de 1980 a 25 de janeiro de 2012) e LILACS via BIREME (de 1982 a 25 de janeiro de 2012). Não houve restrições quanto ao idioma ou data de publicação.

Critério de seleção: 

Incluímos estudos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo que avaliaram o uso de antibióticos profiláticos em pacientes submetidos a extração(ões) dentária(s) por qualquer indicação.

Coleta dos dados e análises: 

Dois revisores, trabalhando de forma independente, avaliaram o risco de viés e extraíram os dados dos estudos incluídos. Entramos em contato com os autores dos ensaios clínicos para obter mais detalhes quando estes não estavam claros. Para os desfechos dicotômicos, calculamos a razão de risco (RR) e os intervalos de confiança (IC) de 95%, e usamos o modelo de efeitos aleatórios para as metanálises. Para os desfechos contínuos, usamos as diferenças médias (MD) com IC 95% e o modelo de efeitos aleatórios. Investigamos possíveis fontes de heterogeneidade. Avaliamos a qualidade do corpo das evidências usando o sistema GRADE.

Principais resultados: 

Esta revisão incluiu 18 estudos duplo-cegos controlados por placebo com um total de 2.456 participantes. Nenhum estudo tinha baixo risco de viés; 5 tinham risco de viés incerto e 13 tinham alto risco de viés. Comparado com o placebo, os antibióticos reduzem em aproximadamente 70% o risco de infecção em pacientes submetidos a extração(ões) do terceiro molar: RR 0,29, IC 95% 0,16 a 0,50, P <0,0001, 1.523 participantes, evidência de qualidade moderada. Isso significa que é necessário dar antibióticos, em média, para 12 pessoas (variando de 10-17 pessoas) para prevenir uma infecção após a extração dos dentes do siso impactados.Há evidências de que os antibióticos podem reduzir o risco de alveolite seca em 38%: RR 0,62, IC 95% 0,41 a 0,95, P = 0,03, 1.429 participantes, evidência de qualidade moderada. Isso significa que é necessário dar antibióticos, em média, para 38 pessoas (variando de 24-250 pessoas) para prevenir um caso de alveolite seca após a extração dos dentes do siso impactados. Há também evidência de que os pacientes que fazem antibioticoterapia profilática podem ter menos dor em geral ao longo dos 7 dias após uma extração dentária, em comparação com os pacientes que receberam um placebo: MD -8,17, IC 95% -11,90 a -4,45, P < 0,0001, 372 participantes, evidência de qualidade moderada. Isso pode ser consequência direta da redução do risco de infecção. Não há evidência de diferença entre o uso de antibióticos versus placebo para os seguintes desfechos, 7 dias após a extração dentária: febre (RR 0,34, IC 95% 0,06 a 1,99), edema (RR 0,92, IC 95% 0,65 a 1,30) ou trismo (RR 0,84, IC 95% 0,42 a 1,71).

Os antibióticos estão associados com maior risco de eventos adversos, geralmente leves e transitórios, em comparação com o placebo (RR 1,98, IC 95% 1,10 a 3,59, P = 0,02). Isso significa que, para cada 21 pessoas (variação 8-200 pessoas) que recebem antibióticos, é provável ocorrer um evento adverso.

Como saber se a extração do dente inflamou?

Diagnóstico e tratamento da inflamação após cirurgia de extração dentária. Se após o período de recuperação, que geralmente é de 7 dias, você ainda sentir dores, sangramentos febre ou inchaço nessa região, procure atendimento o mais rápido possível.

Quanto tempo leva para desinflamar um dente extraído?

2 a 3 dias : O inchaço da boca e bochechas deve melhorar; 7 dias : O dentista pode remover todos os pontos que restarem; 7 a 10 dias : a rigidez e a dor na mandíbula devem desaparecer; 2 semanas : Qualquer ferimento leve no rosto deve desaparecer.

O que é bom para desinflamar dente extraído?

Aplique compressas de gelo sobre a bochecha, na região do dente extraído, de forma intermitente (20 minutos com a compressa, 20 minutos sem a compressa) por até dois dias para minimizar o inchaço, hematomas ou qualquer desconforto.

Quantos dias é normal doer o local da extração de dente?

É normal a região da extração ficar dolorida por um período de até 1 mês pós cirurgia, porém se a dor dor forte e intensa você pode estar com uma complicação pós operatória. Retorne ao seu dentista para que ele possa reavaliar a situação.