Show
Unicef: relatório aponta 10 países com maiores taxas de mortalidade infantilAlexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque. O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, divulgou um relatório sobre os piores níveis de mortalidade infantil no mundo. A lista contém 10 países.* O único de língua portuguesa é a Guiné-Bissau, que aparece em sexta posição. Ali, uma em cada 26 crianças morre no primeiro mês de vida. O documento revela que o número global de mortes de recém-nascidos continua a ser demasiado elevado, sobretudo mais pobres. ComunidadesBebés nascidos no Japão, na Islândia e em Cingapura têm as melhores probabilidades de sobrevivência.r das mulheres e dos bebês., by Unicef/Ilvy NjiokiktjienO especialista em cuidados de saúde primários do Unicef na Guiné-Bissau, Fernando Menezes, disse à ONU News, de Bissau, que estes números têm duas explicações: primeiro, mais de metade dos partos acontecerem fora dos hospitais; depois, os centros de saúde têm falta de recursos humanos e materiais. Menezes diz que o país está a trabalhar com as comunidades para lhes dar formação sobre os cuidados a ter durante o parto e imediatamente após o nascimento. “A nível comunitário, trabalhar com um grupo de mães, sensibilizar, porque muitas vezes os partos acontecem com as parteiras tradicionais, os parentes. Portanto, dar-lhes orientações sobre o que deve ser feito logo nos primeiros momentos. Os pequenos atos essenciais não são feitos. Um recém-nascido que não é secado rapidamente, não há contato pele a pele com a mãe, não há amamentação exclusiva. Devemos fazer uma formação a nível da maternidade com todo o pessoal que lá está, é essa a nossa prioridade”. O especialista diz que o Unicef está a trabalhar com o Ministério da Saúde do país para corrigir a segunda causa deste problema, a falta de recursos nos hospitais. “Desde 2016, o país, juntamente com o Ministério da Saúde, consciente desta situação, tem trabalhado com a assistência técnica do Unicef. Foi elaborado um plano de ação a cinco anos.” Fernando Menezes explica que o plano foca-se numa intervenção nas estruturas dos serviços de maternidade, cobrindo todas as regiões do país, bem como na formação dos profissionais de saúde. DesigualdadeA diretora-executiva do Unicef, Henrietta H. Fore, disse que o mundo reduziu para mais de metade o número de mortes entre crianças com menos de cinco anos, mas não avançou com os bebés que morrem no primeiro mês de vida.” Fore disse que “a maioria destas mortes é evitável”, por isso o mundo “está a falhar para com os bebés mais pobres.” Nos países em desenvolvimento, a média de mortalidade neonatal é de 27 mortes por cada mil nascimentos. Já nos países desenvolvidos, essa taxa é de apenas três mortes por cada mil. Segundo o relatório, nos locais mais inseguros do mundo as crianças têm 50 vezes mais probabilidades de morrer se comparadas aos recém-nascidos dos locais mais seguros. PrevençãoO documento diz que as principais causas de morte, como nascimento prematuro, complicações durante o parto ou infecções, podem ser evitadas, mas a falta de pessoal qualificado é um grande obstáculo. Campanha do Unicef pretende exigir e apresentar soluções para os recém-nascidos de todo o mundo., by Unicef/Rosenda QuintosNa Noruega, por exemplo, existem 218 médicos, enfermeiros e parteiras para prestar assistência a cada 10 mil pessoas. Na Somália, existe apenas um único profissional para o mesmo número de pessoas. Os bebés nascidos no Japão, na Islândia e em Cingapura têm as melhores probabilidades de sobrevivência.** Já os que nascem no Paquistão, na República Centro-Africana e no Afeganistão são os que mais obstáculos enfrentam. Este mês, o Unicef lança a campanha “Todas as VIDAS contam”. A iniciativa pretende exigir e apresentar soluções para os recém-nascidos de todo o mundo. *A lista inclui: Paquistão, República Centro-Africana, Afeganistão, Somália, Lesoto, Guiné-Bissau, Sudão do Sul, Cote d’Ivoire também conhecida como Costa do Marfim, Mali e Chade. **Lista dos melhores países para nascer: Japão, Islândia, Cingapura, Finlândia, Estónia, Eslóvenia, Chipre, Belarus, República da Coreia, Noruega, Luxemburgo. Qual é o continente com maior taxa de mortalidade infantil?A África Subsaariana é a região com as maiores taxas de mortalidade infantil do mundo.
Onde se apresentam os maiores índices de mortalidade infantil?
Em qual continente há maiores índices de taxa de mortalidade?A falta de recursos de terapia intensiva é um dos fatores que, segundo estudo publicado pela revista The Lancet nesta quinta-feira (20), conduziram a África a uma taxa de mortalidade associada a casos graves de Covid-19 consideravelmente mais alta do que em outras partes do mundo.
Qual continente apresenta ter menor taxa de mortalidade infantil?América (ambas do norte e latina) e Europa são os continentes com a menor taxa de mortalidade infantil.
|