Mesmo depois de comer sinto fome

A fome excessiva pode ser causada por uma dieta rica em carboidratos, pelo aumento do estresse e da ansiedade, ou por problemas de saúde como diabetes, por exemplo.

No entanto, é importante destacar que o aumento da fome é normal principalmente durante a adolescência, quando o jovem está em fase de crescimento rápido e há grandes alterações hormonais no organismo.

Além disso, comer muito rápido também impede que os hormônios responsáveis pela saciedade façam a comunicação no tempo certo entre o estômago e o cérebro, podendo aumentar a sensação de fome.

Veja a seguir 5 situações que podem causar a fome:

1. Desidratação

A falta de água no organismo muitas vezes é confundida com a sensação de fome. Lembrar de beber bastante água pode resolver o problema da fome, além de estar atento a pequenos sinais de desidratação também podem ajudar a identificar o problema.

Em geral, ter a pele ressecada, os lábios rachados, o cabelo quebradiço e a urina muito amarelada são sinais fáceis de identificar que refletem a falta de água no organismo. Saiba qual a quantidade de água necessária por dia.

2. Excesso de farinha e açúcar

Comer muita farinha branca, açúcar e alimentos ricos em carboidratos refinados, como pão branco, bolacha, salgados e doces, provoca fome pouco tempo depois porque esses alimentos são rapidamente processados, não dando saciedade para o organismo.

Esses alimentos causam picos de glicemia, que é o açúcar no sangue, fazendo com que o corpo libere muita insulina para fazer baixar esse açúcar rapidamente. No entanto, ao reduzir a glicemia, a fome reaparece.

Assista o vídeo seguinte e saiba o que fazer para diminuir a vontade de comer doces:

3. Excesso de estresse e noites mal dormidas

Estar constantemente estressado, ansioso ou dormir mal causa alterações hormonais que levam ao aumento da fome. O hormônio leptina, que dá saciedade, é reduzido enquanto o hormônio grelina aumenta, que é o responsável pela sensação de fome.

Além disso, há um aumento do cortisol, o hormônio do estresse, que estimula a produção de gordura. Veja o que fazer para combater o estresse e a ansiedade.

4. Diabetes

A diabetes é uma doença na qual o açúcar no sangue está sempre elevado, pois as células não conseguem captá-lo para produzir energia. Como as células não conseguem utilizar o açúcar, ocorre uma sensação de fome constante, principalmente se a pessoa se alimenta principalmente de carboidratos.

Os carboidratos, como pães, massas, bolos, açúcar, frutas e doces, são os nutrientes responsáveis pelo aumento do açúcar no sangue, e os diabéticos não conseguem utilizá-lo de forma adequada sem o uso de medicamentos e insulina. Conheça os sintomas da diabetes.

5. Hipertireoidismo

No hipertireoidismo ocorre um aumento do metabolismo geral, que causa problemas como fome excessiva, aumento da frequência cardíaca e perda de peso, principalmente devido à perda de massa muscular.

A fome constante surge como forma de estimular o consumo de alimentos para gerar energia suficiente para manter o metabolismo elevado. O tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos, iodoterapia ou cirurgia. Veja mais sobre o hipertireoidismo.

Como controlar a fome em excesso

Algumas estratégias que podem ser usadas para combater a fome em excesso são:

  • Evitar alimentos ricos em açúcares, como bolos, biscoitos, balas ou sorvetes, por exemplos, pois eles aumentam rapidamente o açúcar no sangue, que depois também diminui rapidamente provocando um aumento da fome;
  • Aumentar os alimentos ricos em fibras, como farelo de trigo e de aveia, verduras, legumes, frutas com casca e bagaço, e sementes como chia, linhaça e gergelim, pois as fibras aumentam a sensação de saciedade. Veja uma lista de alimentos ricos em fibras;
  • Comer alimentos ricos em proteínas a cada refeição, como ovos, carnes, peixes, frango e queijos, por exemplo, pois as proteínas são nutrientes que dão muita saciedade;
  • Consumir gorduras boas, como azeite de oliva extravirgem, castanhas, nozes, amêndoas, amendoim, sementes de chia, linhaça, gergelim e peixes gordos como sardinha, atum e salmão;
  • Praticar atividade física diariamente, porque ajuda a liberar endorfinas no cérebro, hormônios que conferem uma sensação de bem-estar, relaxam, melhoram o humor e diminuem a ansiedade e a vontade de comer.

No entanto, se os sintomas de fome excessiva persistirem, é importante consultar um endocrinologista para avaliar possíveis alterações hormonais ou a presença de alguma doença.

Assista no vídeo a seguir tudo o que você pode fazer para não ficar com fome:

Enquanto a maioria das pessoas busca controlar a vontade de comer no dia a dia, outras tantas fariam de tudo para ter um pouco mais de fome. Causada por uma série de fatores, a falta de apetite pode ser, assim como é a gula, um sinal de desequilíbrio do organismo e, por isso, merece ser detectada antes de se tornar um problema. Descubra como podemos regular a alimentação, e aumentar naturalmente a fome, com ingredientes saudáveis, nutritivos e que trazem saciedade e bem-estar por muito mais tempo.

A falta de apetite pode acontecer por diversas razões, que vão desde aspectos emocionais, como a ansiedade ou depressão, até a deficiência de algum nutriente importante no organismo. Por isso, muitas vezes, as pessoas nem lembram de alimentar durante essas fases. Segundo a nutricionista Carolina Baliere, o mais importante é estar atento aos sinais que o corpo pode apresentar logo no início e procurar um profissional para acompanhar:

"A falta de apetite pode passar por questões de ansiedade, além de poder ser algum distúrbio de tireoide, anemia, falta de B12 ou até verme. Por isso, mesmo não sendo uma queixa persistente, nem muito comum no dia a dia, é sempre importante relatar ao médico e nutricionista para que não deixe passar em branco e que possa ser investigado", completa Carolina.

Como regular a fome ou a falta de apetite? A reeducação alimentar é o primeiro passo

Hoje é sabido que existe a "individualidade bioquímica", em que são levadas em consideração a idade, fatores genéticos e estilo de vida (lifestyle), que variam de pessoa para pessoa. Por isso, para se ter uma base inicial, uma reeducação alimentar deve obedecer as necessidades de cada um.

"Deve-se comer quando está com fome e não quando tem vontade. Só um alerta importante: cuidado com jejuns prolongados para não ter hipoglicemia ou pressão baixa, além de ficar com falta de consumo de vitaminas e minerais, principalmente proteína. Por isso, é importante fazer acompanhamento sempre com um profissional capacitado", explica Carolina Baliere.

Quer aumentar o seu apetite? Invista em alimentos fontes de vitamina B

De acordo com a nutricionista, para melhorar o apetite é importante consumir alimentos que sejam fontes em vitaminas do complexo B. Confira algumas boas opções e seus principais benefícios para a saúde:

- Quinua: O grão superpoderoso, queridinho da alimentação saudável, além de altamente nutritivo, é uma boa opção para regular a alimentação. Ela é rica em fibras alimentares que também proporcionam saciedade mais facilmente, sem acarretar a deficiência de nutrientes.

- Feijão: Um dos alimentos mais nutritivos e presente nos pratos dos brasileiros também é essencial para a prevenção de anemia e outros distúrbios alimentares. Fonte de ferro, o feijão também atua no transporte de oxigênio para as células e diminui os riscos das doenças cardiovasculares.

- Castanhas: Seja a castanha do Pará ou de caju, essas frutas oleaginosas em vitaminas e minerais. Experimente incluí-las em lanches ou até mesmo em saladas, pois, além de um sabor agradável, elas são altamente ricas em selênio, o mineral responsável por melhorar o sistema imunológico e prevenir doenças.

- Verduras verdes: Espinafre e couve são boas fontes dessas vitaminas. Você pode utiliza-las nas principais refeições, refogadas ou misturadas em outras preparações. Além disso, esses vegetais são importantes para fornecer outros nutrientes para o bem-estar, tais como os minerais, ferro, cálcio e fósforo.

OBS: Segundo Carolina Baliere, é importante consumir alimentos ou suplementos de complexo B junto com acompanhamento médico e nunca por prescrição por si próprio. "Vamos observando no dia a dia com os relatos da pessoa. Importante é investigar e saber a causa", finaliza a nutricionista.