Nesses versos há uma exaltação ao sertão do cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no a

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Nesses versos há uma exaltação ao sertão do cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no a

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era novo, tinha só uma semana. Mas elas levaram a 
agenda. Saí ganhando. A agenda estava em branco. 
Meu último caso fora com a funcionária do Erótica, 
a primeira ótica da cidade com balconista topless. 
Acabara mal. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.
VERISSIMO, L. F. Ed Mort: todas as histórias. 
Porto Alegre: L&PM, 1997 (adaptado).
Nessa crônica, o efeito de humor é basicamente 
construído por uma
A segmentação de enunciados baseada na descrição 
dos hábitos do personagem.
B ordenação dos constituintes oracionais na qual se 
destaca o núcleo verbal.
C estrutura composicional caracterizada pelo arranjo 
singular dos períodos.
D sequenciação narrativa na qual se articulam eventos 
absurdos.
E seleção lexical na qual predominam informações 
redundantes.
*SA0475RO14*
LC - 1º dia | Caderno 4 - ROSA - Página 15
Questão 31 
Disponível em: www.tecmundo.com.br. 
Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).
O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta 
dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado 
pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação 
subverte um gênero textual ao
A vincular áreas distintas do conhecimento.
B evidenciar a formação acadêmica do pesquisador.
C relacionar o universo lúdico a informações 
biográficas.
D especificar as contribuições mais conhecidas 
do pesquisador.
E destacar o nome do pesquisador e sua imagem 
no início do texto.
Questão 32 
Toca a sirene na fábrica,
e o apito como um chicote
bate na manhã nascente
e bate na tua cama
no sono da madrugada.
Ternuras da áspera lona
pelo corpo adolescente.
É o trabalho que te chama.
Às pressas tomas o banho,
tomas teu café com pão,
tomas teu lugar no bote
no cais do Capibaribe.
Deixas chorando na esteira
teu filho de mãe solteira.
Levas ao lado a marmita,
contendo a mesma ração
do meio de todo o dia,
a carne-seca e o feijão.
De tudo quanto ele pede
dás só bom-dia ao patrão,
e recomeças a luta
na engrenagem da fiação.
MOTA, M. Canto ao meio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.
Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas 
verbais e pronominais
A ajuda a localizar o enredo num ambiente estático.
B auxilia na caracterização física do 
personagem principal.
C acrescenta informações modificadoras às ações dos 
personagens.
D alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as 
ideias do texto.
E está a serviço do projeto poético, auxiliando na 
distinção dos referentes.
Questão 33 
Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri, 
Irerê, meu companheiro, 
Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria? 
Ai triste sorte a do violeiro cantadô! 
Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô, 
Ah! Seu assobio é tua flauta de irerê: 
Que tua flauta do sertão quando assobia, 
Ah! A gente sofre sem querê! 
Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão, 
Ah! Como uma brisa amolecendo o coração, 
Ah! Ah! 
Irerê, solta teu canto! 
Canta mais! Canta mais! 
Prá alembrá o Cariri!
VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e oito 
violoncelos (1938-1945). Disponível em: http://euterpe.blog.br. 
Acesso em: 23 abr. 2019.
Nesses versos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em 
uma ambientação linguisticamente apoiada no(a)
A uso recorrente de pronomes.
B variedade popular da língua portuguesa.
C referência ao conjunto da fauna nordestina.
D exploração de instrumentos musicais eruditos.
E predomínio de regionalismos lexicais nordestinos.
*SA0475RO15*
LC - 1º dia | Caderno 4 - ROSA - Página 16
Questão 34 
PICASSO, P. Cabeça de touro. Bronze, 33,5 cm x 43,5 cm x 19 cm. 
Musée Picasso, Paris. França, 1945.
 JANSON, H. W. Iniciação à história da arte. 
São Paulo: Martins Fontes, 1988.
Na obra Cabeça de touro, o material descartado torna-se 
objeto de arte por meio da
A reciclagem da matéria-prima original.
B complexidade da combinação de formas abstratas.
C perenidade dos elementos que constituem 
a escultura.
D mudança da funcionalidade pela integração 
dos objetos.
E fragmentação da imagem no uso de elementos 
diversificados.
Questão 35 
Emagrecer sem exercício?
Hormônio aumenta a esperança de perder gordura 
sem sair do sofá. A solução viria em cápsulas.
O sonho dos sedentários ganhou novo aliado. 
Um estudo publicado na revista científica Nature, em 
janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal 
sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber 
Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, 
nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio 
naturalmente produzido pelas células musculares 
durante os exercícios aeróbicos, como caminhada, 
corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos 
e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive 
com efeito protetor contra o diabetes.
O segredo foi a conversão de gordura branca — 
aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta 
— em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente 
inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para 
nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia 
tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta.
A expectativa é que, se o hormônio funcionar da 
mesma forma em humanos, surja em breve um novo 
medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe 
de substituir por completo os benefícios da atividade 
física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios 
musculares liberados durante o exercício e ainda não 
descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor 
assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. 
A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. 
E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o 
levantamento de controle remoto não daria conta.
LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012.
Para convencer o leitor de que o exercício físico é 
importante, o autor usa a estratégia de divulgar que
A a falta de exercício físico não emagrece e desenvolve 
doenças.
B se trata de uma forma de transformar a gordura 
branca em marrom e de emagrecer.
C a irisina é um hormônio que apenas é produzido com 
o exercício físico.
D o exercício é uma forma de afinar a silhueta por 
eliminar a gordura branca.
E se produzem outros hormônios e há outros benefícios 
com o exercício.
Questão 36 
Inverno! inverno! inverno!
Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva 
boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos 
sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, 
perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz 
do vento que passa uivando como uma legião de lobos, 
através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na 
planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, 
tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero 
e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o 
frio inverno da vida.
Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma 
dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera 
do sol avaro que não vem.
POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.
Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia 
desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a
A imprecisão no sentido dos vocábulos.
B dramaticidade como elemento expressivo.
C subjetividade em oposição à verossimilhança.
D valorização da imagem com efeito persuasivo.
E plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.
*SA0475RO16*
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Questão 37 
Uma ouriça
Se o de longe esboça lhe chegar perto, 
se fecha (convexo integral de esfera), 
se eriça (bélica e multiespinhenta): 
e, esfera e espinho, se ouriça à espera. 
Mas não passiva (como ouriço na loca); 
nem só defensiva (como se eriça o gato); 
sim agressiva (como jamais o ouriço), 
do agressivo capaz de bote, de salto 
(não do salto para trás, como o gato): 
daquele capaz de salto para o assalto. 
Se o de longe lhe chega em (de longe), 
de esfera aos espinhos, ela se desouriça. 
Reconverte: o metal hermético e armado 
na carne de antes (côncava e propícia), 
e as molas felinas (para o assalto), 
nas molas em espiral (para o abraço).
MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1997.
Com apuro formal, o

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