Nos anos de 1980 as primeiras manifestações culturais de hip hop no Brasil começaram na cidade de

novembro 17, 2020 6:42 pm

Mais que um gênero musical, o Hip Hop é acima de tudo, uma cultura popular. O Hip Hop, eventualmente, surgiu nas comunidades de origem africana e latina localizadas nos subúrbios de Nova Iorque em 1970.

O Hip Hop além disso, é um estilo de vida, de se afirmar como parte social, valorizar à cultura e ocupar espaços. O movimento que protesta seus direitos sociais através de sua arte, também é conhecida como Rap (Rithm and Poetry).

Um dos nomes mais importantes da história do Hip Hop foi, de fato, o DJ jamaicano Kool Herc. O DJ organizou uma festa que mudou o cenário musical. Procurando um meio de fazer algo diferente, Herc decidiu tocar apenas o instrumental das músicas da época, bem como James Brown.

Nesse meio tempo, os MCs começaram a acrescentar rimas às batidas, deixando, finalmente agora atualmente, a cultura hip-hop se transformou em uma grande potência.

Enfim, a primeira canção de hip hop mesmo foi gravada por um grupo de funk/disco, a Fatback Band. A banda gravou “King Tim III (Personality Jock)”, o primeiro single de hip hop da história, em 1979.

E assim, aos poucos, foi-se florescendo as primeiras manifestações do hip hop.

O movimento da cultura no Brasil

O movimento Hip Hop chegou ao Brasil na década de 80, sobretudo no estado de São Paulo. No entanto, ainda não existiam nada que retratasse exatamente o significado desta nova cultura. Mas, por outro lado naquela época uma febre estava em alta: O BREAK DANCE. 

O break não apenas era a dança do momento, mas também um elemento importantíssimo para o movimento no Brasil. Dessa forma, logo em 84, foi o ano oficial da chegada da Dança de Rua no Brasil.

Visto que numa era onde as informações não chegavam com a mesma velocidade que a internet proporciona, foi através de filmes e notícias que o movimento da cultura Hip Hop repercutiu pela cidade de São Paulo.

O hip-hop tornou-se um lugar de encontro, onde a juventude negra conseguiu se integrar socialmente, de alguma forma. Afinal, em uma sociedade repleta de preconceitos, e, ao mesmo tempo na ditadura, não existiam refúgios para estes jovens. Seja como for, o Rap ainda era considerado uma cultura periférica e violenta.

O Rap como manifesto cultural.

O Hip Hop por sí só traz uma forte reflexão acerca da sociedade e seus critérios. Por isso, partindo do Hip Hop e do seu processo de inclusão, jovens negros passaram a enxergar seu potencial artístico.

No centro de São Paulo capital, a estação do metrô do Largo São Bento tornou-se um ponto de encontro de office-boys, para dançar break, cantar e mostrar seus grafites.

Só para ilustrar, entre o hip-hop americano e o brasileiro existe uma grande diferença. No rap dos Estados Unidos é comum encontrar músicas e clipes sobre luxúria e mulheres, o que o movimento hip-hop nacional critica, pois desvirtua os objetivos do movimento.

Com todo esse processo de inspiração os artistas, já na década de 90, o movimento do Rap começou a ganhar mais visibilidade e atenção. Foi no mesmo período em que o Movimento de Rua, na Rádio Imprensa surgiu, isto é, o primeiro programa 100% dedicado ao Rap nacional.

Foi partindo disso que vários artistas e grupos começaram a ganhar espaço no cenário musical, entre eles; Sabotage, Racionais MC’s, Facção Central e, MV Bill.

O Hip Hop na atualidade

Embora o Rap tenha passado por diversos processos de modificação, finalmente agora atualmente, o Rap está cada vez mais presente no cenário musical, posto que ultrapassou as barreiras raciais e geográficas, saindo das periferias e ganhando o grande público.

Hoje o Hip Hop conta com sonoridades mistas, que, apesar de ser diferente das tracks antigas, a essência permanece, sempre com o objetivo de relatar vivências e denunciar injustiças que ocorrem nas periferias, para a cidade grande.

Projeto Cultura do Guetto!

O GRUPO CULTURA DO GUETTO é um grupo que está na ativa desde 2006, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais e, tem como o objetivo principal, garantir o acesso de todos os cidadãos e cidadãs a formação e desenvolvimento em danças urbanas, promovendo a inserção e o bem estar de grupos minoritários e excluídos, trabalhando simultaneamente educação e formação humana.

O Grupo Cultura do Guetto sempre atendeu, em sua grande maioria, grupos minoritários e socioeconomicamente excluídos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O CDG atua na formação artística e utiliza também a dança como ferramenta educacional e social, ou seja, além de trabalhar a formação em danças urbanas possuí cunho inclusivo, igualitário e educacional, pautado na igualdade social e na formação do caráter e na personalidade dos(as) integrantes.

Esse projeto tem uma campanha recorrente na plataforma, isto é, todos os meses nós engajamos juntos com a iniciativa! E pra você fazer parte disto, basta ir até a plataforma e realizar seu apoio. Simples assim!

Desenvolva seu projeto na Evoé!

Aqui suas ideias não só ganham vida, como também sem complicações.

Comece agora mesmo seu financiamento coletivo e entre para a comunidade criativa Evoé.

Por fim, para conferir de perto os conteúdos incríveis aqui da Evoé, fica de olho no nosso novo Instagram! @evoe.cc

Onde e quando começaram as primeiras manifestações culturais do hip hop no Brasil?

Em que cidade começou a cultura hip hop?

Onde aconteceu o movimento hip hop no Brasil?

Onde ocorreram as primeiras manifestações culturais do estilo hip hop no mundo e no Brasil?