O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte duas vezes no ano?

A mulher não deve tomar mais de 12 pílulas do dia seguinte por ano, ou seja, no máximo 1 (uma) por mês.

A pílula do dia seguinte possui doses muito altas de hormônios e o seu uso frequente pode alterar o equilíbrio hormonal e trazer graves complicações, desde hemorragias, quadro de anemia pelo aumento do fluxo menstrual, até o aumento do risco de câncer de útero e mama.

Por isso, é importante lembrar que deve ser usada apenas como um método contraceptivo de emergência. Tomar uma pílula por mês ou 12 por ano já pode ser considerado um uso regular e frequente.

O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte duas vezes no ano?

Portanto, se o uso da pílula do dia seguinte é regular e o objetivo é evitar uma gravidez, o mais adequado será iniciar um método contraceptivo mais seguro, que não provoque os mesmos efeitos colaterais e ainda que possa proteger quanto a doenças sexualmente transmissíveis.

Qual é a eficácia da pílula do dia seguinte?

Para que a pílula atinja o objetivo esperado, de impedir a gravidez, ela deve ser tomada dentro de no máximo 72 horas após a relação desprotegida.

O mais indicado é que seja tomada dentro das primeiras 24 horas, quando seu efeito varia entre 90% e 99% de eficácia, e depois reduz gradativamente com o decorrer das horas, podendo chegar a apenas 55%, mantendo assim o risco de gravidez. Após 72 horas da relação este método não tem mais efeito e nem é seguro fazê-lo.

Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?

O uso da pílula do dia seguinte deve ser reservado para situações emergenciais como: o rompimento da camisinha, esquecimento do diafragma ou da injeção anticoncepcional, uso incorreto ou esquecimento da pílula anticoncepcional ou ainda em casos de estupro e relações sexuais imprevistas sem proteção.

Pílula do dia seguinte faz mal?

Desde que tomada corretamente e o seu uso não ultrapasse 12 pílulas por ano, a pílula do dia seguinte não faz mal e é um medicamento seguro. Até mesmo mulheres que tomam duas pílulas dentro do mesmo ciclo menstrual não colocam a sua saúde em risco nem apresentam efeitos colaterais graves.

Porém, é sempre importante lembrar que ela é constituída por doses muito elevadas de hormônios e o seu uso frequente pode trazer graves complicações, como alteração do equilíbrio hormonal, sangramentos, anemia devido à maior perda de sangue na menstruação, além de aumentar os riscos de câncer de útero e de mama.

Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte normalmente é bem tolerada. Contudo, como todo medicamento, pode causar efeitos colaterais. Uma em cada quatro mulheres que tomam a pílula sentem náuseas e ou vômitos.

Outros efeitos menos comuns são o aumento da tensão nas mamas, dor de cabeça, tontura, cansaço, diarreia e sangramentos pequenos após o uso da pílula. Contudo, todos os efeitos indesejáveis da pílula do dia seguinte tendem a desaparecer após as primeiras horas de uso.

Para mais esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte, consulte um médico de família ou ginecologista.

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Para evitar uma gravidez indesejada, algumas mulheres recorrem ao uso do contraceptivo de emergência, conhecido como pílula do dia seguinte, após o sexo desprotegido. O tratamento iniciado dentro de 72 horas após a relação reduz o risco de engravidar em pelo menos 75%, mas há efeitos colaterais e a recomendação dos médicos é que o método não seja usado sempre. Confira, abaixo, as principais perguntas e respostas sobre o remédio.

Pílula do dia seguinte: tire as principais dúvidas

Como a pílula do dia seguinte age?

A anticoncepção de emergência mais conhecida é a utilização de comprimidos após uma relação sexual desprotegida e é conhecida como pílula do dia seguinte. O método de Yuspe, que utilizava pílulas anticoncepcionais, foi praticamente abandonado pelo alto índice de efeitos colaterais como náuseas e vômitos e atualmente a pílula do dia seguinte mais conhecida e recomendada é a de levonorgestrel 1,5 mg, em dose única.

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Embora o mecanismo de ação ainda seja bastante complexo, sabe-se que varia bastante conforme o momento do ciclo menstrual em que a a pílula for ingerida. Se a pílula for ingerida logo após a menstruação, ela vai alterar o desenvolvimento dos folículos ovulatórios e, portanto, não vai ocorrer a ovulação ou ela vai atrasar, e em quase 85% dos casos os espermatozoides não terão qualquer oportunidade de contato com o óvulo. Com isso, impede-se a fecundação.

A pílula do dia seguinte pode também retardar o transporte dos espermatozoides dentro das trompas, tornando-os mais lentos. Outro mecanismo de ação é tornar o muco do colo uterino mais espesso e não propenso à migração dos espermatozoides para dentro do útero. O remédio altera também a capacitação dos espermatozoides, um processo importante para que o espermatozoide consiga fecundar o óvulo, com uma capacitação alterada, não há fecundação.

A pílula do dia seguinte é abortiva?

Não há evidências de que a pílula do dia seguinte tenha efeito sobre o óvulo já fecundado, ou seja, ela não é abortiva. Pelo contrário, quando a gravidez já aconteceu, ela não tem efeito algum.

Quais são os principais riscos?

O maior risco para pacientes que fazem uso frequente desse medicamento é sofrer com os sintomas que a pílula do dia seguinte causa - já que a dose de hormônios é bem alta. Além disso, quanto mais se usa o remédio, maior é a chance de falha do método —não por perda de efeito da droga, mas por se expor mais vezes ao sexo desprotegido.

Precisa de receita médica para comprar a pílula do dia seguinte?

A anticoncepção de emergência é disponibilizada nas unidades básicas de saúde e nas farmácias em geral. Não há necessidade de formulário específico para adquiri-la ou comprá-la. É vendida nas farmácias sem necessidade de prescrição médica, mas sempre que possível, um profissional de saúde pode orientar a mulher, deixando-a mais segura.

Como tomar a pílula do dia seguinte?

Recomenda-se tomar a pílula de dose única com água. Algum efeito pode acontecer até cinco dias após o coito, mas quanto mais o tempo passa, menor a chance de eficácia.

Quais os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

Os efeitos mais frequentes para as mulheres que usam a pílula do dia seguinte são náuseas, dor de cabeça, dor mamária ou algumas cólicas abdominais. Não são frequentes sintomas intensos. De modo geral, a pílula do dia seguinte é bem tolerada, mas sintomas persistentes devem ser acompanhados com um profissional da saúde.

Há alguma contraindicação no uso da pílula do dia seguinte?

Se a mulher estiver grávida, não se recomenda o uso, embora não sejam observados riscos para o feto caso isso aconteça.

Caso falhe, há risco para o feto?

Não. Assim como a gravidez que ocorre em mulheres após falha da pílula combinada convencional, não há registro de efeitos teratogênicos, ou seja, de malformações no feto pelo uso da pílula do dia seguinte.

Assim como na gravidez que acontece em mulheres tomando pílulas, não existem evidências de maior incidência de anomalias fetais. No caso da pílula do dia seguinte, utiliza-se um dos princípios ativos desses anticonceptivos, porém, em doses menores e por menos tempo.

Pode causar infertilidade?

Não.

Dá para saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Após uma semana do seu uso, é possível fazer um teste de gravidez.

A pílula do dia seguinte pode causar gravidez ectópica?

Não há evidência de aumento no risco de gravidez ectópica. O mecanismo de ação é o de evitar a fecundação e não interferir com a gravidez.

Posso continuar tomando anticoncepcional em seguida?

Se a mulher vinha tomando anticoncepcional e esqueceu algumas pílulas, por essa razão usou a pílula do dia seguinte, pode continuar com o anticoncepcional para evitar mudanças no período menstrual. Ela deve usar algum método de barreira por 10 a 15 dias, por segurança contraceptiva.

Há alguma contraindicação no uso da pílula do dia seguinte?

Mulheres hipertensas, tabagistas, com histórico de trombose, doenças hepáticas, doenças renais e com diabetes geralmente aparecem nos grupos de contraindicação de uso. No entanto, mesmo para esses grupos, de acordo com diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde), os benefícios se sobrepõem aos riscos, que são considerados baixos.

Posso tomar a pílula do dia seguinte sempre?

A pílula do dia seguinte não é indicada como método contraceptivo. Seu uso deve ser feito somente em emergências. Para evitar a gravidez indesejada e infecções sexualmente transmissíveis, há diferentes métodos que podem ser escolhidos de acordo com o seu organismo e necessidades, sempre com o acompanhamento de um médico ginecologista.

Fonte: Ilza Monteiro, vice-presidente da comissão de anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo)

Faz mal tomar a pílula do dia seguinte 2 vezes no ano?

O recomendado é que a pílula seja usada apenas uma ou duas vezes no ano, no máximo. Isso porque ela tem doses mais altas de hormônio, o que traz alguns efeitos colaterais.

O que acontece se tomar 2 pílulas do dia seguinte em um ano?

O contraceptivo de emergência não é para ser usado repetidas vezes. A taxa de eficácia diminui e a carga de hormônio exagerada pode causar vômitos e sangramentos.

O que acontece se tomar várias pílulas do dia seguinte no ano?

Quanto mais vezes se usa a pílula do dia seguinte, maiores as chances de ela não funcionar. E maiores os riscos para a saúde. “Ela pode ter náusea, vômitos, fadiga, sangramentos. É uma quantidade muito grande de hormônios”, alerta o médico.

Quantas vezes eu posso tomar a pílula do dia seguinte?

Quantas vezes posso tomar a pílula do dia seguinte? Não existe um limite estabelecido. Apesar de não ser recomendado, a PDS pode ser tomada mais de uma vez por mês. Se você teve uma relação sexual desprotegida, tomou a PDS e voltou a ter relações 3 a 5 dias depois, a pílula do dia seguinte pode ser tomada novamente.