O que distingue o ser humano de um animal não racional?

Animal racional versus Animal irracional

� fato que em nosso mundo, o planeta Terra, existe dois tipos de animais o racional e o irracional. Cada tipo possui caracter�sticas espec�ficas e pertinentes voltadas para o seu ciclo de vida.

O homem � o �nico animal racional por possuir o dom da fala, da intelig�ncia e conseq�entemente o poder de comunicar-se com outros seres humanos. O seu ciclo de vida � voltado para as suas necessidades e sobreviv�ncia conforme o meio em que vive. Ele pode adaptar-se a diferentes lugares, pessoas e cultura.

Enquanto que h� animais irracionais que

podem ser domesticados e assim estarem mais pr�ximos de seus donos numa rela��o de confian�a, cumplicidade, parceria e amor. O cachorro � um exemplo de animal irracional que consegue manter uma sinergia com o seu dono e pessoas pr�ximas dentro de uma conviv�ncia familiar. Enquanto h� outros animais que somente poder�o viver em cativeiros a fim de dar continuidade a sua esp�cie, mas logo em seguida s�o libertados na floresta, porque s�o animais selvagens que dificilmente poder�o conviver em meio aos seres humanos, eles precisam viver em liberdade para sobreviverem em seu ciclo de vida.

Em rela��o � reportagem sobre o cachorro que recebeu uma heran�a de sua dona, fica transparente o quanto ela sentia amor pelo animal e ao mesmo tempo o quanto o animal supria a sua car�ncia de companhia, mas jamais ele estaria substituindo um ser humano, onde h� troca m�tua em todos os aspectos. Quanto � heran�a deixada por ela ao seu animal jamais ser� entendida, apesar da sinergia que havia entre os dois, pois o que realmente importava para o animal era a sua presen�a a qual se manter� registrada em sua mente.

Portanto o cachorro n�o perde o seu valor, mas n�o � mais importante do que um ser humano, porque h� falta das faculdades mentais necess�rias para entender o que de fato h� em seu redor.

Coment�rio geral

Como o t�tulo da reda��o j� explicita, o texto trata das diferen�as entre o homem e os animais irracionais, mencionando as diferen�as entre eles. Ao optar por este vi�s, a autora foge do tema proposto, que acaba sendo tratado brevemente apenas nos �ltimos par�grafos. O desenvolvimento do texto torna-se uma longa introdu��o para a quest�o proposta (que � a quest�o do valor dos homens e dos animais, e n�o da natureza de um e de outro).

Aspectos pontuais

1) O par�grafo introdut�rio (ressaltado em vermelho) retarda a entrada no assunto espec�fico da reda��o, ao tratar de generalidades. Repare como � um sinal de prolixidade.

2) No in�cio do terceiro par�grafo, a sugest�o para o trecho assinalado em vermelho �: "podem ser domesticados e assim

estar

mais pr�ximos".

3) No terceiro par�grafo, h� uma oscila��o no uso dos tempos verbais. Observe: "Enquanto h� outros animais que somente

poder�o viver

em cativeiros a fim de dar continuidade a sua esp�cie, mas logo em seguida s�o libertados na floresta, porque s�o animais selvagens que dificilmente

poder�o conviver

em meio aos seres humanos, eles precisam viver em liberdade para sobreviverem em seu ciclo de vida." A sugest�o, que tornaria o per�odo mais claro, � deixar todos os verbos no presente do indicativo: "podem viver", "podem conviver".

O que distingue o ser humano de um animal não racional?
Para Aristóteles, o homem é um animal racional.

Por Mario Bunge
Publicado no 
Cien Ideas

De Aristóteles em diante, quase todos os pensadores têm argumentado que os seres humanos são racionais. Em particular, os economistas pressupõem que os consumidores são racionais, no sentido de que eles atuam de modo a maximizar sua utilidade ou prazer. Afirmam, ainda, que essa racionalidade individual assegura a racionalidade coletiva do mercado, isto é, o seu equilíbrio (um estado em que a oferta é igual à demanda). Segundo eles, viveríamos no melhor dos mundos possíveis. Mas, será que o postulado da racionalidade econômica é verdadeiro?

Consideremos, em primeiro lugar, o consumo de alimentos em um país desenvolvido. Basta espiar o conteúdo de um carrinho de supermercado para perceber que a grande maioria das pessoas consome pão branco em vez de pão integral; bebidas gasosas ou alcoólicas em vez de água; queijos processados em vez de queijos naturais; mais carne vermelha do que de aves ou peixes; mais gordura do que azeite do bom; muitos alimentos enlatados; poucos legumes e, ainda menos, frutas frescas.

Em segundo lugar, em alguns países avançados, há um médico para cada 300 habitantes, enquanto que em muitas regiões do Terceiro Mundo há apenas um por cada 3000 ou ainda 30000 habitantes. Se o mercado internacional de médicos fosse racional, haveria um forte fluxo de excedentes médicos, do Primeiro Mundo ao Terceiro. No entanto, ocorre justamente o contrário: o Terceiro Mundo exporta médicos ao primeiro.

Em alguns casos, esse fluxo de migração é tal que provoca o encerramento de clínicas e hospitais em países pobres. Onde está o famoso equilíbrio do mercado de trabalho? E onde está o benefício da globalização?

Em terceiro lugar, consideremos o consumo de produtos políticos. Quantas vezes nos decepcionamos pelo partido que, normalmente, votamos, apesar do qual retornamos a votá-lo por lealdade ideológica ou pessoal? Quantas vezes temos votado por uma cara simpática sem averiguar o que havia por trás dela? Quantas vezes nos convenceram de que há necessidade de se fazer guerra contra a barbárie, como se a agressão militar não fosse um ato bárbaro?

Em quarto lugar, recentes estatísticas e estimativas publicadas pelas Nações Unidas nos dizem o seguinte, entre muitas outras coisas:

  • Educação básica para todos: 6000*.
  • Consumo de cosméticos nos Estados Unidos: 8000.
  • Água potável e esgotos para todos: 9000*.
  • Consumo de sorvetes na Europa: 11000.
  • Saúde reprodutiva para todas as mulheres: 12000*.
  • Consumo de perfumes na Europa e Estados Unidos: 12000.
  • Saúde básica e nutrição para todos: 13000*.
  • Comida para animais domésticos na Europa e Estados Unidos: 17000.
  • Consumo de cigarros na Europa: 50000.
  • Consumo de bebidas alcoólicas na Europa: 105000.
  • Consumo de narcóticos no mundo: 400000.
  • Gastos militares mundiais: 780000.

As cifras com asteriscos são os custos adicionais, em milhões de dólares, dos serviços sociais básicos nos países em desenvolvimento, que se deveriam pagar para satisfazer as necessidade básicas.

Onde está a racionalidade? O que há de racional no que 10% da população mundial faz com 86% dos gastos? Por que é racional gastar mais em “agentes cancerígenos” (popularmente, chamados de cigarros) do que em avaliar a desnutrição, a doença e o analfabetismo do povo do Terceiro Mundo? Por que é mais racional gastar mais em preparações para a guerra do que para arrancar suas raízes? E, por que é racional seguir ensinando a doutrina econômica padrão, que postula a racionalidade do consumidor, que, na verdade, é manipulado desde a infância pela publicidade comercial e política?

Evidentemente, todas as perguntas anteriores são retóricas: a resposta a cada uma delas é nula. O postulado da racionalidade do consumidor é um mito do livro didático. No máximo, pode-se falar de racionalidade (instrumental) do produtor, desde que esse seja bem sucedido. Mas, então, a afirmação é uma mera definição: “Produtor racional é aquele que tem êxito”. A definição, como qualquer outra, não se refere ao mundo, mas decreta o significado da expressão “produtor racional”. Ou seja, é uma convenção, não uma lei objetiva.

Parece, portanto, que não costumamos atuar racionalmente em assuntos práticos, tais como fazer compras e votar. Nesses conflitos, costumamos ser tão irracionais como escritores que, como Schopenhauer, Nietzsche, Heidegger e os pós-modernos, denigrem a razão e outros que exaltam a Gianni Vattimo, um tipo de pós-moderno, chamado de «Pensamento débil».

Parece que a razão acabou sendo confinada a tarefas puramente intelectuais, tais como as científicas e técnicas. Ou será que os pós-modernos não se ajustam à definição dada por Aristóteles de um ser humano como animal racional?

Felizmente, nem todos se comportam de maneira irracional. De fato, vemos uma e outra vez os consumidores alertados por grupos de defesa do consumidor, ou do ambiente, boicotarem produtos ruins ou empresas que destroem os recursos naturais. Vemos que, quando fornecem a informação honesta e o debate aberto, o eleitorado castiga os políticos mentirosos ou ladrões. E que, ao propor uma obra pública ou um programa social que promete melhorar a qualidade de vida, o povo contribui voluntariamente em direção a elas, em vez de resmungar contra os impostos.

Em resumo, nem sempre somos animais racionais, como acreditava Aristóteles: às vezes, nos deixamos levar por paixões, medos irracionais ou mentiras. Somos, portanto, meio-racionais. Somos racionais quando nos convém ou quando refletimos com base em informações suficientes ou verídicas. Não somos quando nos enganamos a nós mesmos, quando somos presas do medo ou da ganância, ou quando nos cega a publicidade comercial, política ou ideológica.

Para que sejamos mais racionais do que irracionais, depende não apenas das circunstâncias, mas também do esforço que colocamos para alcançar a máxima racionalidade, que é a máxima da humanidade. Não tenho razão?

Qual a diferença entre os seres humanos e os animais irracionais?

O ser humano é um animal dotado da palavra, da linguagem, diferente dos outros animais. A linguagem permite-nos criar conceitos, nomear os objetos e os seres e construir um pensamento abstrato, atividades que os nossos companheiros irracionais não podem realizar.

Qual a diferença entre animais racionais e irracionais?

Os animais racionais são aqueles que tem a capacidade de pensar, usar da mente como artifício para chegar ao conhecimento. Como exemplo, o ser humano. Os animais irracionais são aqueles que não tem a capacidade de pensar, raciocinar, agindo pelo instinto.

O que separa o ser humano dos outros animais?

A MEMÓRIA é a chave que possibilita a diferenciação do ser humano face a outros animais, pois podemos nos lembrar tão bem, a ponto de desenvolvermos um código intricado de símbolos que representa a LINGUAGEM. Mesmo sem qualquer genialidade, a nossa capacidade mnemônica é o que nos torna seres únicos.

O que o segundo Aristóteles diferencia o ser humano dos outros animais e faz dele um animal político?

Aristóteles observa que o homem é um ser que necessita de coisas e dos outros, sendo, por isso, um ser carente e imperfeito, buscando a comunidade para alcançar a completude. E a partir disso, ele deduz que o homem é naturalmente político.