O que reivindicavam o terceiro estado durante a Revolução Francesa?

Introdução

O que reivindicavam o terceiro estado durante a Revolução Francesa?

Foi a grande revolução que marcou a ascensão da burguesia ao poder politico. Esse fato provocou tantas mudanças que é tomado como referencia para marcar a passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea.

Situação da França na época da Revolução

Em 1789, a França atravessava uma grave crise econômica, cujos efeitos negativos recaiam sobre o povo. Enquanto o rei Luís XVI, sua esposa Maria Antonieta e a corte francesa viviam luxuosamente no Palácio de Versalhes, o povo passava fome e pagava pesados tributos.

Nessa época, a sociedade francesa estava dividida em três ordens ou estados. O primeiro estado, constituído pelo clero, proprietário de 10% das terras da França, não pagava impostos. O baixo clero, porem vivia na miséria.

O que reivindicavam o terceiro estado durante a Revolução Francesa?

O segundo estado era formado pela nobreza, proprietária de mais de 20% das terras do país. Gozava de amplos privilégios, inclusive o de não pagar impostos. O terceiro estado era composto pelos burgueses, trabalhadores urbanos e camponeses, estes últimos representando 80% da população. Viviam na miséria e, muitas vezes, a sua situação era agravada pelas secas, enchentes e más colheitas. Com essas crises, os preços dos produtos subiam, o que provocava rebeliões no campo e na cidade.

A burguesia, que também fazia parte do terceiro estado, estava descontente. Reivindicava a redução das taxas que provocavam o encarecimento de seus produtos e queria a ampliação dos mercados para as suas indústrias.

O inicio da Revolução

O que reivindicavam o terceiro estado durante a Revolução Francesa?

Em 1788, a França enfrentou uma longa seca, o que provocou a escassez de alimentos e a elevação dos preços. A burguesia intensificou seus ataques ao governo de Luís XVI.

Temendo uma revolta do povo, o rei nomeou primeiro Turgot e depois Necker como ministros das Finanças. Ambos elaboraram planos econômicos, mas não conseguiram resolver os problemas do país. O rei resolveu então convocar os Estados Gerais, assembleia formada por representantes dos três estados.

No dia 5/5/1789, a Assembleia dos Estados Gerais reuniu-se no Palácio de Versalhes. Entretanto, os representantes logo entraram em conflito. Enquanto o 1º e o 2º estado defendiam o voto por ordem social, o 3º estado reivindicava o voto por cabeça, pois, de outra forma, estaria sempre em desvantagem.

No mês de junho, o 3º estado, com o apoio dos deputados do baixo clero, contra a vontade de Luís XVI, proclamou-se em Assembleia Nacional Constituinte (9/7/1789). O objetivo era elaborar uma Constituição para a França.

Pressionado pelo 1º e 2º estados, Luís XVI convocou o exercito para dissolver a assembleia.

13/7//1789 – o povo tomou as ruas de Paris. No dia 14, uma multidão invadiu a Bastilha, prisão do Estado e símbolo do poder absolutista. Era a queda da Bastilha. Revoltas populares espalharam-se por toda a França. O poder absolutista do rei chegava ao fim.

1ª fase da Revolução - a Assembleia Nacional Constituinte – 1789-1791

A Assembleia Nacional decretou novas leis e aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamando que os homens nascem livres e iguais em direitos.

Entretanto, Luís XVI não queria que seu poder fosse reduzido e, por isso, não aceitou as medidas estabelecidas pela Assembleia. Revoltado com a atitude do rei, o povo invadiu o Palácio de Versalhes, obrigando o monarca a fugir do local (Jornadas de Outubro).

1790 – a Assembleia votou a Constituição Civil do Clero. Ficou estabelecido o confisco dos bens da Igreja e a transformação dos membros do clero em funcionários do Estado.

1791 – foi promulgada a Constituição que estabelecia como foram de governo a monarquia constitucional e liberal. Ficou decidida a divisão de poderes: o Executivo, exercido pelo rei; o Legislativo, pela Assembleia; e o Judiciário, por juízes eleitos.

Setembro de 1791 – Luís XVI jurou respeitar a Constituição, que estabelecia a monarquia constitucional. No mês seguinte, foi eleita nova Assembleia Legislativa, com predomínio da burguesia. O voto era censitário, isto é, de acordo com a renda do cidadão.

Os membros republicanos da Assembleia acusaram o rei Luís XVI de estar ligado à Áustria. Forçado pelos deputados, o monarca declarou guerra a esse país.

Liderado por Danton, Marat e Robespierre, o povo invadiu o Palácio das Tulherias, destruindo-o. A família real foi presa. Instaurou-se a Comuna Revolucionária, que dividiu o poder com a Assembleia e convocou o povo a defender a França ante a invasão austro-prussiana.

20/91791 – o exercito inimigo foi abatido na batalha de Walmy. A Assembleia depôs o rei e elegeu a Convenção Nacional, eleita por voto universal masculino.

22/9/1791 – foi proclamada a Republica, iniciando-se novo período na historia da França.

A Convenção Nacional – 1791-1794

Após a proclamação da República, a Convenção criou um novo calendário, marcando o inicio de uma nova era.

Durante a monarquia, os republicanos franceses permaneceram unidos, mas após a proclamação da Republica dividiram-se em:

·         Girondinos – grupo majoritário, representante da alta burguesia;

·         Jacobinos ou montanheses – grupo radical liderado por Robespierre, Danton e Marat, representantes da média e pequena burguesia.

O que reivindicavam o terceiro estado durante a Revolução Francesa?

21/1/1793 – o rei Luís XVI foi condenado e guilhotinado, considerado inimigo da Revolução.

A República francesa começou com uma série de crises. Revoltas de padres e nobres estouraram em vários pontos da França. Além disso, a Inglaterra liderou uma coligação contra o país, aliando-se à Holanda, Prússia, Espanha, Sardenha, Nápoles e Rússia.

Nesse ambiente de crise interna e externa, a Convenção governou de forma ditatorial.

Instalou-se o período conhecido como Terror (1794), chefiado por Robespierre, no qual houve violenta repressão aos girondinos, com a morte de muitos deles, além de nobres e da rainha Maria Antonieta.

27/7/1794 (9 Thermidor, segundo o novo calendário), Robespierre foi preso e guilhotinado pelos girondinos, terminando o Terror. Os girondinos retornaram ao poder, elaboraram uma nova Constituição e instalaram um governo chamado Diretório.

O Diretório

O que reivindicavam o terceiro estado durante a Revolução Francesa?

1795 – foi promulgada outra Constituição, instalando um novo governo – o Diretório. Foi mantido o regime republicano, mas aboliram-se as instituições criadas no período anterior. O Poder Executivo foi dado a cinco diretores escolhidos por uma Assembleia eleita pelo voto censitário.

A alta burguesia, que dominava o Diretório, tratou de defender seus interesses, sufocando as oposições internas. Nessa época, a França enfrentava a Primeira Coligação, formada pela Inglaterra e seus aliados. Na guerra, destacou-se o general Napoleão Bonaparte, que derrotou a Itália, assinou a paz com a Áustria e dirigiu a campanha do Egito contra os ingleses.

Napoleão foi chamado de volta à França por alguns políticos do Diretório. Retirou-se secretamente do Egito e, no dia 18 Brumário (9/11) de 1789, deu um golpe de Estado, instalando na França um governo chamado Consulado. A Revolução Francesa chegava ao fim.

ATIVIDADES CORRIGIDAS

  1. O que foi a Revolução Francesa? Foi a grande revolução que marcou a passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea e também a ascensão da burguesia ao poder politico
  2. Qual era a situação política, econômica e social da França em 1789? Politica: monarquia absoluta onde o rei governava de acordo com sua vontade; Economia: a França atravessava uma grave crise econômica, cujos efeitos negativos recaiam sobre o povo; Sociedade: dividida em estamentos ou estados (1º nobreza, 2º clero e 3º povo + burguesia ); enquanto o rei Luís XVI, a rainha Maria Antonieta e a corte francesa viviam luxuosamente no Palácio de Versalhes, o povo passava fome e pagava pesados tributos.
  3. Como viviam os camponeses na época da Revolução Francesa? Viviam na miséria e, muitas vezes, a sua situação era agravada pelas secas, enchentes e más colheitas.
  4. Qual era a posição da burguesia na época da Revolução Francesa? A burguesia, que também fazia parte do 3º estado, estava descontente. Reivindicava a redução das taxas que provocavam o encarecimento de seus produtos e queria a ampliação dos mercados para as suas indústrias.
  5. Em 1788, a França enfrentou uma longa seca, o que provocou a escassez de alimentos e a elevação dos preços. A burguesia intensificou seus ataques ao governo absolutista de Luís XVI. O que fez o rei? Temendo uma revolta do povo, o rei nomeou primeiro Turgot e depois Necker como ministros das Finanças. Ambos elaboraram planos econômicos, mas não conseguiram resolver os problemas do país. O rei resolveu então convocar os Estados Gerais, assembleia formada por representantes dos três estados.
  6. Por que os representantes dos três estados entraram em conflito na Assembleia dos Estados Gerais? Porque enquanto o primeiro e o segundo estados defendiam o voto por ordem social, o terceiro estado reivindicava o voto por cabeça, pois, da outra forma, estaria sempre em desvantagem.
  7. O que foi a queda da Bastilha? Foi a tomada da prisão do Estado, símbolo do poder absolutista, pelo povo de Paris, no dia 14 de julho de 1789.
  8. Quais as primeiras medidas tomadas pela Assembleia Nacional Constituinte? A Assembleia Nacional decretou novas leis e aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamando que os homens nascem livres e iguais em direitos.
  9. O que foram as Jornadas de Outubro? Luís XVI não queria que seu poder fosse reduzido e, por isso, não aceitou as medidas estabelecidas pela Assembleia. Revoltado com a atitude do rei, o povo invadiu o Palácio de Versalhes, obrigando o monarca a fugir do local (Jornadas de Outubro).
  10. Como terminou a monarquia na época da Assembleia Nacional francesa? Liderado por Danton, Marat e Robespierre, o povo invadiu o Palácio das Tulherias, destruindo-o. A família real foi presa. Instaurou-se a Comuna Revolucionária, que dividiu o poder com a Assembleia e convocou o povo a defender a França ante a invasão austro-prussiana.
  11. O que foi o Terror? Foi o período da Revolução Francesa em que a Convenção Nacional governou de forma ditatorial. Houve violenta repressão aos girondinos, com a morte de muitos deles, além de nobres e da rainha Maria Antonieta.
  12. Como terminou o período do Terror na França? Em 27/7/1794 (9 Thermidor, segundo o novo calendário), Robespierre foi preso e guilhotinado pelos girondinos, terminando o Terror. Os girondinos retornaram ao poder, elaboraram uma nova Constituição e instalaram um governo chamado Diretório.
  13. O que foi o Diretório? Quais eram suas características? Foi o governo instalado na França em 1795. Foi mantido o regime republicano, mas aboliram-se as instituições criadas no período anterior. O Poder Executivo foi dado a cinco diretores escolhidos por uma Assembleia eleita pelo voto censitário.

Telecurso R. Francesa parte 1


Telecurso R. Francesa parte 2

Quais eram as reivindicações do Terceiro Estado durante a Revolução Francesa?

Na Revolução Francesa, foi uma das principais reivindicações do Terceiro Estado:.
a manutenção da divisão da sociedade em classes rigidamente definidas..
a concessão de poderes políticos para a nobreza, preservando a riqueza dessa classe social..
a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da igualdade civil..

Quais as principais reivindicações do Terceiro Estado?

A principal reivindicação do terceiro estado era a abolição dos privilégios e a instauração da igualdade civil. Somente os integrantes do terceiro estado arcavam com as taxas e impostos que sustentavam a monarquia francesa.

O que o Terceiro Estado pretende?

O Terceiro Estado queria que as votações fossem realizadas individualmente, pois só assim eles conseguiriam ter as suas normas aceitas, já que possuíam o maior número de pessoas em sua classe.

O que o Terceiro Estado queria quando iniciou a Revolução Francesa?

Os Girondinos eram da alta burguesia, composta por empresários e comerciantes. Esse grupo queria uma reforma com foco no liberalismo econômico e no fim das isenções de impostos e privilégios dos nobres.