Foi lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) um relatório completo com informações sobre a situação do mundo em três eixos, energia, alimentação e água. Além de trazer um histórico sobre as mesmas situações em anos anteriores, o relatório faz uma revisão científica com resoluções para servirem como um guia para o futuro do planeta entre 2030 e 2050. Show
O chamado Panorama Ambiental Global (Global Environmental Outlook) conta com mais de 700 páginas e foi elaborado a partir das pesquisas científicas mais relevantes a respeito dos temas abordados. Apresentando análises do mundo atual e projeções futuras, a intenção é que o GEO possa oferecer caminhos aos governos para pôr em prática soluções ambientais e sociais. Além dos três eixos principais, o relatório traz dados relevantes sobre a produção de alimentos, direito da terra, água potável, crescimento populacional e outros. O foco era o tema “Planeta saudável, pessoas saudáveis” e foi constatado que desde o primeiro relatório, lançado 1997, a condição geral do meio ambiente se deteriorou. O que vem por aí? Na análise, os cientistas apontam o que pode acontecer se não for tomada nenhuma medida de redução dos danos ao ar, água, solo, oceanos e biodiversidade até 2050. Segundo as informações, a população terá chegado à marca de 10 bilhões de pessoas na Terra. Dos possíveis danos socioambientais expostos, as mudanças climáticas são prioridade, já que afetam todos os outros elementos essenciais à vida. Em relação aos seres humanos, os mais afetados pelas degradação ambiental e mudanças climáticas serão mulheres e crianças de países em desenvolvimento, classificadas como em situação de vulnerabilidade. O relatório afirma que a maioria das mudanças serão irreversíveis. De acordo com matéria publicada no G1, as doenças causadas pela poluição são responsáveis por mortes prematuras, entre 6 e 7 milhões. A temperatura na superfície terrestre aumentou entre 0,8C e 1,2C desde a década de 1980. E isso ficará ainda pior se as emissões de gases continuarem como estão. A saúde também será afetada pela interferência negativa na biodiversidade. Estima-se que 60% das doenças sejam relacionadas a esse fator. Pelo histórico apresentado no GEO, as espécies estão decaindo. Dos invertebrados terrestres, 42% correm risco de extinção enquanto 34% dos invertebrados aquáticos e 25% dos invertebrados aquáticos também estão em perigo. Em relação às espécies vertebradas, a população diminuiu cerca de 60% entre 1970 e 2014. O relatório também informa que praticamente metade dos ecossistemas estão condições desfavoráveis, e esse fator influencia diretamente na vida de pessoas em situação de pobreza, porque 70% delas dependem de recursos naturais para sobreviver. A nossa água, comida, medicamentos, roupa, combustível, habitação, energia... todos eles dependem de ecossistemas saudáveis e dinâmicos, independentemente da evolução tecnológica. A biodiversidade é o que nos serve de alicerce para melhor podermos reconstruir. No entanto, embora as pessoas estejam cada vez mais conscientes de que a diversidade biológica é um bem mundial de valor incalculável para as gerações futuras, há espécies que continuam a ser seriamente ameaçadas por determinadas atividades humanas. A ação humana alterou substancialmente três quartos do espaço terrestre e dois terços do meio marinho. No Dia Mundial da Biodiversidade é-nos lembrado que nós, seres humanos, somos parte da solução para este problema. Somos parte do problema – mas também da solução. Juntos podemos preservar a biodiversidade, restaurar os ecossistemas e proteger o equilíbrio natural da vida no nosso planeta, a nossa casa. https://twitter.com/EU_ENV/status/1396026446787792902 De soluções baseadas na natureza ao clima, às questões de saúde, à segurança dos alimentos e dos recursos hídricos e à sustentabilidade dos meios de subsistência, a biodiversidade é o que nos serve de alicerce para melhor podermos reconstruir e dar resposta aos mais diversos desafios em matéria de desenvolvimento sustentável. https://twitter.com/EU_ENV/status/1394632662422376448 Porque é que a perda de biodiversidade é tão importante?O nosso impacto coletivo na natureza não tem precedentes na história do planeta. A ação humana alterou substancialmente três quartos do espaço terrestre e dois terços do meio marinho.
A COVID-19 mostrou também como a nossa saúde está ligada à saúde do nosso planeta. Há cada vez mais provas de que a exploração insustentável da natureza – seja a desflorestação, o comércio ou o consumo de espécies selvagens – está associada a um risco acrescido de propagação de doenças infeciosas. Ao destruirmos a natureza, estamos a favorecer o contacto entre a fauna selvagem, os animais de criação e as pessoas, permitindo que os micróbios dos animais migrem para as pessoas e aumentando o risco de pandemia. O risco de pandemias futuras aumentará enquanto não reatarmos a relação que cortámos com a natureza. Que faz a UE para resolver o problema à escala mundial?A UE intervém a todos os níveis para ajudar a combater práticas insustentáveis que ameaçam a biodiversidade e os ecossistemas em todo o mundo. A biodiversidade e a saúde dos ecossistemas são cruciais para a alimentação e a nutrição, a segurança, o acesso à saúde e à água, a boa governação e a consolidação da paz. Mantê-las é fundamental para reduzir a pobreza e os riscos de catástrofes naturais. Várias são as ações desenvolvidas pela UE neste domínio em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em especial com o Objetivo 15, que visa proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres (ligação externa), e com a Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (ligação externa) (CDB). Na perspetiva da 15.ª reunião da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP15 da CDB), que se realizará ainda este ano, a UE formou a Coligação Mundial "#United for Biodiversity", que reúne acima de 250 instituições de mais de 50 países de todo o mundo num apelo conjunto a que todos se mobilizem mais energicamente em torno da sensibilização para a proteção da biodiversidade. https://twitter.com/EU_ENV/status/1395703153379659782 A nível internacional, a UE é um dos grandes defensores da proteção da biodiversidade e da utilização sustentável dos recursos naturais. A UE e quase todos os seus Estados-Membros assinaram o Compromisso "Líderes pela Natureza" (ligação externa), nascido o ano passado na Assembleia Geral das Nações Unidas, comprometendo-se, assim, a reverter a perda de biodiversidade até 2030. A UE investe mais de 350 milhões de euros por ano em países parceiros na área da biodiversidade, e isso através de programas especificamente centrados na biodiversidade e de programas que visam integrar a biodiversidade noutros setores. A UE também promove alianças por todo o mundo, como a Aliança United4Nature, a par da criação de grupos de partes interessadas, por forma a que a dinâmica criada pela biodiversidade se repercuta em ações imediatas. Juntamente com os parceiros da indústria, a UE pretende criar condições de concorrência equitativas para as empresas no que toca ao controlo não financeiro, tendo em conta a sua pegada ambiental e limitando o impacto gerado em termos de biodiversidade pelos produtos colocados nos mercados externos. Projetos como o programa ECOFAC6, que visa 17 zonas protegidas em África, a Grande Muralha Verde na região do Sael ou o projeto de governação ao redor do rio Pilcomayo, que atravessa a Argentina, o Paraguai e a Bolívia, têm sempre por objetivo apoiar os esforços internacionais e, mais especificamente, os países afetados de forma desproporcionada nos seus esforços de adaptação e atenuação, bem como na implementação de mecanismos de controlo eficazes. Grande Muralha Verde de ÁfricaA iniciativa Grande Muralha Verde de África, no âmbito da qual está a ser construída uma "muralha" de 8 000 km de comprimento que abrange 20 países africanos de toda a região do Sael, preconiza uma abordagem integrada da gestão sustentável dos solos, combinando o desenvolvimento agrícola e rural, a segurança alimentar, a conservação e utilização sustentável da biodiversidade com a adaptação às alterações climáticas e respetiva atenuação. Esta abordagem promove o crescimento sustentável a longo prazo na região. Rio Pilcomayo: moldar vidas e paisagens em três paísesO rio Pilcomayo molda vidas e paisagens na Argentina, no Paraguai e na Bolívia. A Fundación Proyungas está a pôr em prática um novo projeto financiado pela UE que visa acelerar e melhorar a governação desta tão preciosa região. E eu, que posso fazer?
Adira à campanha #EUBeachCleanup para a proteção da biodiversidade marinha Como anunciado na COP15 da CDB, a campanha mundial #EUBeachCleanup centrar-se-á este ano no tema da biodiversidade marinha. A UE voltará a juntar-se às Nações Unidas e aos Estrunfes a fim de sensibilizar para a importância da proteção da vida marinha e da preservação de ecossistemas marinhos saudáveis e promover ações que reflitam até que ponto é em casa que começa a proteção dos oceanos. Este verão, participe na campanha #EUBeachCleanup! https://twitter.com/EU_ENV/status/1394271862939598859 Veja também
Porque a biodiversidade está em perigo?As causas são as mais variadas, porém, na maioria das vezes, o homem apresenta grande influência no processo. Dentre os principais motivos da perda de biodiversidade, podemos destacar a destruição de habitat, o uso excessivo dos recursos naturais, a introdução de espécies invasoras e a poluição.
Como a perda da biodiversidade afeta os seres humanos?A perda de tudo isso pode ocasionar um grande colapso no planeta e afetar a qualidade de vida, o suprimento de alimentos, além de aumentar o risco de doenças e favorecer o surgimento de desastres naturais.
Por que a redução da biodiversidade é um perigo para o ser humano?Indo direto ao ponto: a redução da biodiversidade significa que milhões de pessoas estão diante de um futuro em que os estoques de alimentos serão mais vulneráveis a pragas e doenças e a oferta de água doce será irregular ou escassa. Para os seres humanos, isso é preocupante. Muito preocupante mesmo.
Quais os principais impactos causados à biodiversidade pelos seres humanos?Dentre os principais impactos ambientais causados pela atividade humana, principalmente pelas empresas, podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats.
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