Os cordados são animais pertencentes ao filo Chordata. Nesse filo estão inclusos os animais vertebrados que possuem algumas características, como: corpo segmentado, circulação fechada, coração ventral, simetria bilateral, sistema digestório completo, endoesqueleto, dentre outras. Os cordados também apresentam particularidades no seu desenvolvimento embrionário, como a notocorda, o sistema nervoso dorsal, as fendas branquiais e a cauda. Show
A notocorda, também chamada de corda dorsal, é um bastão formado por células que se localiza no dorso dos embriões dos cordados. Essa estrutura se origina a partir da diferenciação do mesoderma, sendo que sua função é a de sustentar o tubo nervoso. Na maioria dos cordados,essa estrutura some no fim da fase embrionária. O sistema nervoso dorsal, também conhecido como tubo nervoso dorsal, origina-se da ectoderme do embrião (formando o tubo nervoso) e está localizado na região dorsal do corpo, sob a notocorda do embrião. É a partir desse tubo que será formado o sistema nervoso. Na parte anterior do corpo do embrião há uma dilatação desse cordão, formando a vesícula encefálica, que nos animais vertebrados dará origem ao encéfalo. As fendas braquiais, também chamadas de fendas faringianas, têm função respiratória e são encontradas aos pares na faringe de alguns animais cordados, como os peixes. Nos outros animais cordados,como répteis, aves e mamíferos, as fendas branquiais originam estruturas como a tuba auditiva. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) A cauda dos cordados é uma região do corpo que vai além do ânus e é constituída de músculos e notocorda. Em animais como os peixes, a cauda serve para a natação; já para outros cordados, como os jacarés e lagartos, a cauda tem papel fundamental no ataque e também na defesa desses animais. Os macacos são animais que utilizam a cauda para se locomover e também para manipular alimentos e objetos. Na espécie humana, e também em outras espécies, a cauda desaparece totalmente durante o desenvolvimento embrionário, atrofiando-se e formando o cóccix no final da coluna vertebral. São conhecidas até hoje 45 mil espécies de animais cordados. Eles se encontram divididos em três subfilos: Cephalochordata (cefalocordados), Urochordata (urocordados) e Vertebrata ou Craniata (vertebrados). Os animais pertencentes aos subfilos Cephalochordata e Urochordata são cordados mais simples, desprovidos de crânio e coluna vertebral e muito conhecidos como protocordados ou cordados invertebrados. Já os animais que representam o subfilo Vertebrata são dotados de crânio e coluna vertebral, e abrangem 98% de todos os cordados. O crânio encontrado nos vertebrados pode ser de natureza óssea ou cartilaginosa e se localiza na cabeça com a função de proteger o encéfalo. A coluna vertebral se localiza na região dorsal do corpo do animal e é composta pelas vértebras. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os cordados (Chordata, do latim chorda, corda) constituem um filo dentro do reino Animalia que inclui os vertebrados, os anfioxos e os tunicados. Estes animais são caracterizados pela presença de uma simetria bilateral, notocorda, sistema digestivo completo, um tubo nervoso dorsal, fendas branquiais e uma cauda pós-anal, em pelo menos uma fase de sua vida.[1] Os cordados compartilham características com muitos animais invertebrados sem notocorda, quanto ao plano estrutural, tais como simetria bilateral, eixo anteroposterior, metamerismo e cefalização. O grupo abrange animais adaptados para a vida na água, na terra e no ar. Os cordados, juntamente com dois outros filos, o Hemichordata e o Echinodermata, formam o grupo dos deuterostômios (Deuterostomia), ligados por diversos aspectos embrionários peculiares, na forma de suas larvas, pelo desenvolvimentos das aberturas embrionárias e da cavidade peritonial ou peritônio (evolução do celoma dos invertebrados). Internamente os cordados são divididos em três subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata, principalmente com base nas características da notocorda. Nos urocordados, o estágio larval têm notocorda e tubo neural, ambas desaparecendo no estágio adulto. Os cefalocordados têm notocorda e tubo neural, mas sem vértebras. Já nos vertebrados, exceto nas feiticeiras (Myxini), a notocorda foi reduzida e o tubo neural foi circundado por uma coluna vertebral cartilaginosa ou óssea. As relações filogenéticas dos cordados ainda não são bem compreendidas, existindo vários esquemas classificatórios conflitantes. Muitas de suas classes são parafiléticas, não atendendo as exigências da cladística, onde somente táxons monofiléticos são reconhecidos como entidades taxonômicas válidas. É sugerida descendência dos crinóides, que embora fixos no substrato oceânico, desenvolvessem estágio larval e livre permanente com o fenômeno chamado neotenia. Ecologicamente, os cordados estão entre os animais mais facilmente adaptáveis e são capazes de ocupar a maioria dos habitats existentes. Os cordados se dividem em protocordados, os cordados mais primitivos, destituído de coluna vertebral e caixa craniana e os eucordados, mais evoluídos, pois, além de apresentarem coluna vertebral têm crânio com encéfalo. Definição[editar | editar código-fonte]1 = Medula espinhal 3 = Cordão nervoso dorsal 4 = cauda pós anal 14 = Abertura da boca 16 = sensor de luz Anatomia da cephalochordate Amphioxus. Itens em negrito são os componentes de todos os cordados em algum momento de sua vida, e distingue-os dos outros filos . Cordados formam um filo de seres vivos baseados em um plano corporal bilateral.[2] O filo é definido por ter em algum momento de suas vidas as seguinte características:[3]
Subdivisões[editar | editar código-fonte]Craniata ou Vertebrata[editar | editar código-fonte]Os craniata, uma das três subdivisões dos Cordados, têm crânios distintos. Michael J. Benton comenta que "os craniata caracterizam-se por suas cabeças, tal como os Cordados, ou possivelmente todos os deuterostómios, o são por suas caudas".[5] A maioria são vertebrados, em que a notocorda é substituída pela coluna vertebral.[6] Esta consiste de uma série de vértebras cilíndricas ósseas ou cartilaginosas, geralmente com arco neural que protegem a medula espinhal e com projeções que ligam as vértebras. Os Peixe-bruxa têm uma manta craniana incompleta e não têm vértebras não sendo, por isso, consideradas animais vertebrados,[7] mas sim um membro dos craniata, o grupo do quais se pensa que os vertebrados evoluíram.[8] A posição das lampreias é ambígua. Elas têm caixas cranianas completas e vértebras rudimentares e, portanto, podem ser consideradas peixes verdadeiros e animais vertebrados.[9] No entanto estudos de filogenia molecular, que usa características bioquímicas para classificar os organismos, produziu resultados que os agrupa tanto com animais vertebrados como com peixe-bruxa.[10] Cephalochordata: "anfioxos"[editar | editar código-fonte]Evolução[editar | editar código-fonte]Existem milhares de fósseis de espécies que mostram uma clara transição entre os ancestrais dos répteis e os répteis modernos. O primeiro verdadeiro réptil é categorizado como Anapsídeo, tendo um crânio sólido com buracos apenas para boca, nariz, olhos, ouvidos e medula espinhal. Algumas pessoas acreditam que as tartarugas são os Anaspídeos sobreviventes, já que eles compartilham essa estrutura de crânio, mas essa informação tem sido contestada ultimamente, com alguns argumentando que tartarugas criaram esse mecanismo de maneira a melhorar sua armadura. Os dois lados tem fortes evidências, e o conflito ainda está por ser resolvido. Pouco depois do aparecimento dos répteis, o grupo dividiu-se em dois ramos. Um dos quais evoluiu para os mamíferos, o outro voltou a dividir-se nos lepidossauros (que inclui as cobras e lagartos modernos e talvez os répteis marinhos do Mesozóico) e nos arcossauros (crocodilos e dinossauros). Esta última classe deu origem também às aves. Cephalochordata são animais pequenos, com forma aproximada a peixe que não têm cérebros, cabeças claramente definidas e órgãos sensoriais especializados.[11] Essas subterrâneas alimentadores de filtro podem ser os parentes vivos mais próximos do craniates ou membros sobreviventes do grupo do qual todos os outros Cordados evoluíram.[12][13] Urochordata: "tunicados"[editar | editar código-fonte]A maioria dos tunicados aparecem como adultos em duas formas principais, que são sacos de geleia que não têm os recursos padrão dos Cordados: "sea squirts" são sésseis e consistem principalmente de bombas de água e aparelhos de alimentação;[14] Salpida flutua no meio da água, alimentam-se de plâncton e têm um ciclo de duas gerações em que uma geração é solitária e a próxima forma colónias semelhantes a cadeias.[15] No entanto todos as larvas de tunicado têm características de Cordados padrão, incluindo caudas semelhantes às de girinos; também têm cérebros rudimentares, sensores de luz e sensores de inclinação.[14] O terceiro grupo principal de tunicados, Appendicularia mantêm uma forma parecida à de um girino e natação activa todas as suas vidas, tendo sido durante muito tempo considerados como larvas dos outros dois grupos.[16] Como as suas larvas têm uma longa cauda os tunicados também são chamados de urochordata ("Cordados com cauda").[14] Origens e evolução[editar | editar código-fonte]A origem dos cordados ainda é desconhecida. Os primeiros cordados identificáveis são espécimes semelhantes à peixes ou lanceolados do período Cambriano. A maioria das especulações sobre sua origem assenta-se em uma ou mais destas categorias:
A primeira classe identificada dos cordados foram reduzidas a peixes- ou lancelet-como espécies de Cambrian. A maioria das especulações sobre sua origem são as seguintes categorias:
A rigidez da notocorda, em muitos cordados, provavelmente evoluiu para ajudar na eficiência da contração alternada de músculos para natação (em movimentos em forma de S). Em outras palavras, para curvar o corpo, o músculo precisa de uma estrutura rígida para segurá-lo e essa é a principal característica da notocorda em seu estágio inicial. A falta de uma parte rígida no corpo resultaria no encurtamento do animal no lugar de movimentos curvilíneos necessários para a natação. Classificação[editar | editar código-fonte]O filo Chordata subdivide-se em três subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. A classificação destes dois subfilos está baseada na posição da notocorda no corpo do animal: Urochordata, apresenta o notocórdio na cauda e somente na fase larval; nos Cephalochordata, ela se estende por todo o corpo, persistindo até a fase adulta. Ambos são considerados animais invertebrados. Os Vertebrata caracterizam-se pela presença de vértebras e pelo desenvolvimento do crânio.[17] As inter-relações entre os três filos ainda é incerta. Os organismos classificados como Urochordata e Cephalochordata podem ser agrupados no clado Protochordata *, assim como os cefalocordados e os vertebrados podem ser agrupados no grupo Euchordata. Tradicionalmente, os cefalocordados são considerados como os parentes vivos mais próximos dos vertebrados, com os tunicados representando a linhagem primitiva dos cordados (Quadro 1). Essa visão é principalmente suportada por similaridades morfológicas e pelo aumento aparente de complexidade nos cefalocordados e vertebrados em relação aos tunicados. Quadro 1 - Visão tradicional dos cordados: ⇐o Chordata |-- Urochordata `--+-- Cephalochordata `—Vertebrat Entretanto, análises cladísticas combinando RNA e dados morfológicos demonstraram um novo clado, o Olfactores, formado por tunicados e vertebrados (Quadro 2). Quadro 2 - Esquema baseado nos achados de Delsuc et al.,2006: ⇐o Chordata |-- Cephalochordata `--o Olfactores |-- Urochordata `-- Vertebrata Taxonomia[editar | editar código-fonte]O esquema seguinte segue a terceira edição do Vertebrate Palaeontology.[18] As classes dos cordados invertebrados provêm do Fishes of the World.[19] Ainda que esteja estruturado para refletir relações evolutivas (semelhante a um cladograma), também retém os níveis tradicionais usados na taxonomia de Lineu.
Filogenia[editar | editar código-fonte]
Protocordados[editar | editar código-fonte]Os protocordados constituem uma subdivisão dos cordados. São pequenos animais marinhos destituídos de crânio e de coluna vertebral, cuja única estrutura esquelética de sustentação é a notocorda, que pode ou não persistir em certas espécies adultas. Os protocordados se dividem em, basicamente, dois grupos:
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Cordado
Porque os cefalocordados e urocordados são denominados cordados invertebrados?Os urocordados e cefalocordados não possuem crânio e coluna vertebral, são invertebrados. Provavelmente, são os cordados mais primitivos e podem ser chamados de Protocordados (do grego protos, primeiro, primitivo). Os craniatas são todos os vertebrados e representam cerca de 98% das espécies deste filo.
Por que não podemos chamar os cordados de vertebrados?É muito comum acreditarmos que os cordados são animais vertebrados, ou seja, dotados de coluna vertebral e outras estruturas, como o crânio. Ainda que isso seja verdade em muitos casos, há exceções, que recebem o nome de protocordados (ou, menos usualmente, cordados inferiores).
Qual a diferença entre os urocordados e os vertebrados?A principal diferença entre subfilos Urochordata e Cephalochordata, que são protocordados, e o subfilo Vertebrata, que engloba todos os animais vertebrados, é que os protocordados não possuem crânio e coluna vertebral.
Quais características que definem os cefalocordados e urocordados como Protocordados e quais os diferenciam dos vertebrados?A maioria possui esqueleto e sistema circulatório fechado, com coração ventral. São classificados em três subfilos: urocordados, cefalocordados e vertebrados (ou craniados), sendo os dois primeiros também chamados de protocordados, não possuindo crânio nem vértebras.
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