A senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) denunciou que a ação do governo federal no combate à devastação da Amazônia vem gerando uma reação -absurda, ilegal e ilegítima- por parte do setor madeireiro. Ela destacou que a oposição às iniciativas governamentais ocorre principalmente nos municípios de Altamira e Porto de Moz, ambos no Pará, inclusive com a ameaça de fechamento da rodovia Transamazônica. Show
Na avaliação da senadora pelo Pará, a reação dos madeireiros é conseqüência imediata da assinatura de um decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cria a reserva extrativista Verde para Sempre, com 1,3 milhão de hectares abrangendo terras no sudoeste do estado. Ela lembrou que há três anos as comunidades de Porto de Moz e Prainha lutam pela criação desta reserva, com o objetivo de garantir o uso responsável e o manejo sustentável dos recursos florestais da região. - Essa reserva já havia sido proposta anteriormente, mas o então governador do Pará, Almir Gabriel, foi contra sua criação, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vetou tal iniciativa. Agora, com a provável entrada em vigor desse decreto até dezembro, alguns madeireiros sentem que perdem excelente oportunidade de extrair madeira predatoriamente e tentam reverter a situação - afirmou Ana Júlia Carepa. A ação dos madeireiros, declarou, está se dando de forma violenta. Segundo a senadora, até uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto de Moz foi ameaçada com telefonemas anônimos que davam conta de que o local do encontro seria incendiado. Ana Júlia também disse que o grupo Campos - controlado pelo prefeito de Porto de Moz, Gerson Salviano Campos (sócio proprietário da serraria Cariny), e dois dos seus irmãos, o vereador Rivaldo Salviano Campos e Francimeire Salviano Campos (ambos proprietários da indústria madeireira Maturu) - foi citado seis vezes em um relatório do alto comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) como envolvido em casos de violência e invasão de terras na região. Na semana passada, acrescentou a senadora, cerca de 20 agentes do Insituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal e do Exército foram mantidos em cárcere privado por várias horas dentro de um hotel em Medicilândia (Pará). O hotel teria sido cercado por mais de 300 madeireiros que protestavam contra a operação desencadeada pelo Ibama para fiscalizar a exploração ilegal de madeira no entorno e no interior da área reivindicada por ribeirinhos de Porto de Moz para a criação da reserva Verde para Sempre. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) DA REDAÇÃO – Em Macapá (AP), a polícia identificou como Flávio Ferreira Teodoro o homem que atingiu com um tiro na cabeça a pequena Ana Júlia Pantoja, de 5 anos, no final da tarde de quarta-feira (15) na Baixada do Ambrósio, em Santana. https://portaldafloresta.com.br/wp-content/uploads/2021/09/amapa-crianca-morre-com-tiro-na-cabeca-1MB.mp4 O autor dos disparos havia sofrido um ataque há cerca de dois dias e na tentativa de se vingar dos rivais acabou atingindo a criança. O autor do disparo foi identificado como sendo o traficante Flávio Ferreira Teodoro. FOTO: DivulgaçãoO local do ocorrido é conhecido como uma área que delimita os territórios entre as duas facções criminosas ali existentes. A pequena Ana Júlia estaria voltando de um comércio onde teria ido comprar uma fatia de bolo e quando caminhava na passarela tombou sem vida com um tiro certeiro na cabeça. Por tratar-se de crime contra um menor, o caso será investigado pela Delegacia da Infância e Juventude (DIJ). O acusado pelo crime ainda está foragido, mas a polícia afirma que deverá prendê-lo nas próximas horas.
Segundo as investigações, o suspeito teve a ajuda de outras duas pessoas no crime
Para ver este vídeo, ative o JavaScript e considere atualizar para um navegador da Web que suporta vídeo HTML5 Uma criança de cinco anos morreu após ser baleada por um criminoso enquanto estava a caminho de casa, no Amapá. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Ana Júlia caminha distraída comendo um bolo quando o suspeito, escondido atrás de um poste, se prepara para atirar. O atirador, identificado como Flávio, de 18 anos, foi preso e confessou à polícia que o alvo não era a criança, mas sim um rival que pertence a outra organização criminosa. Veja também
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