Saiba mais sobre a cultura, política, governo e religião da civilização romana antiga.Cidade de Roma Antiga foi o centro da Civilização Romana Show
Introdução A Civilização Romana se desenvolveu entre os séculos VIII a.C. (fundação da cidade de Roma) e o século V (fim do Império do Ocidente com as invasões germânicas). No aspecto geográfico, teve início na cidade de Roma, ampliou para toda Península Itália e, durante a fase imperial, se expandiu pela Europa, Norte da África e região ocidental da Ásia. Principais características da Civilização Romana: - Houve três fases políticas: Monarquia (753 a.C. até 509 a.C.), República (509 a.C. até 27 a.C.) e Império (27 a.C. até 476). - Religião formalista, contratual e politeísta (crença em vários deuses), assimilada dos gregos. Expansão do Cristianismo na fase final do período imperial. - Sociedade estamental e hierarquizada formada por: Patrícios (aristocratas), Plebeus (não descendentes dos romanos que colonizaram a península itálica) e escravos (prisioneiros de guerra). - O Latim foi a língua oficial da Civilização Romana. - Desenvolvimento do Direito Romano. Nos dias atuais, grande parte dos países ocidentais, apresenta aspectos jurídicos e conceitos das leis romanas. - Economia baseada na agricultura, comércio (interno e externo) e recebimentos de taxas e impostos das províncias (na fase imperial). Houve o uso de moedas nas relações comerciais. - Na fase imperial, o poder era concentrado nas mãos do imperador romano (considerado detentor de poderes divinos). - Política de expansão militar na fase final da República e durante o Império Romano. - Uso de mão de obra escrava (após as conquistas militares iniciadas no final da República). - Artes Plásticas (pintura e escultura) influenciadas pelas artes gregas. A Arquitetura romana também recebeu influência dos gregos. Os romanos construíram templos, teatros, aquedutos, termas, anfiteatros e Arcos do Triunfo.
Publicado em 13/05/2020. Revisado por Jefferson Evandro Machado Ramos Você também pode gostar de:
A Civilização Romana Autor: Grimal, Pierre Editora: Edições 70 Fonte de referência do artigo: - SANTOS, Maria Januária Vilela. História Antiga e Medieval. São Paulo: Ática, 1998. A república romana foi o período da Roma antiga que sucedeu o período da monarquia romana, tendo sido marcado por sua organização política: a república. Essa organização política consistia na forma de um governo sem a centralização do poder nas mãos de um
só homem, contrário ao que ocorria antes, no período monárquico. A Roma republicana tinha uma estrutura política que se consolidava com seus cargos magistrais, cujos representantes eram escolhidos em assembleias com forte influência do Senado, que exercia praticamente o controle do governo de Roma durante a república. Esse período extenso, de quase 5 séculos, também é marcado pelo seu desenvolvimento rumo à grande fase do
império romano. Durante a república romana, houve um grande desenvolvimento econômico e militar, além de social e cultural. Destacam-se, assim, as guerras púnicas e o domínio sob o Mar Mediterrâneo, que foram fatores cruciais para o desenvolvimento da república de Roma. Para entendermos como se desenrolou esse capítulo da história da Roma antiga, primeiro devemos entender como se deu a transição da monarquia para a república. O Senado romano assassinando Júlio César 📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 A
cidade de Roma surgiu na península italiana, acredita-se que durante o século VII a.C., a partir da necessidade da criação de uma fortificação militar para a defesa dos povos que habitavam a região central dessa península das invasões dos povos que viviam na sua porção norte, os etruscos. Assim, às margens do Rio Tibre e no Monte Palatino, foi erguida a cidade de Roma, por Rômulo e
Remo, segundo a lenda. Rômulo se tornou o primeiro rei de Roma após matar o seu irmão, Remo, por conta da disputa pelo trono, iniciando, assim, a monarquia romana. Durante este período, foram escassos os documentos, então parte do que se sabe é baseado em relatos mitológicos. Contudo, é certo que essa monarquia existiu. O declínio desse período inicia-se com a dominação de Roma pelos etruscos, que deu início à dinastia dos reis etruscos, que começaram a se distanciar da elite romana, os patrícios, e, por consequência, também do Senado, que começou a perder os seus privilégios. Assim, durante o reinado de Tarquínio, o soberbo, o Senado articulou uma revolta que sufocou o monarca, estabelecendo uma nova organização política, desvinculada da concentração de poderes nas mãos de um único homem: a república. A república romana: características e organizaçãoCom a chegada da república romana, extingue-se a figura do rei e é estabelecido um sistema no qual o poder era dividido entre os magistrados (entre eles, destacam-se cônsules e tribunos da plebe), o Senado e, posteriormente, o conselho da plebe. Todos possuíam funções específicas, contudo, existia uma certa concentração de poder e maior privilégio para os senadores. Vamos entender melhor a organização política da república romana: Os cargos magistraisOs cargos magistrais eram cargos públicos do governo. Esses cargos eram definidos através de assembléias, que eram compostas apenas pela elite romana, os patrícios, e pelo Senado. Somente a partir das reivindicações sociais da plebe (povo comum), foi possível que esta camada da sociedade tivesse os seus próprios representantes e a sua própria assembléia. Os cargos magistrais eram:
🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓 O SenadoO Senado romano era um conselho político formado apenas por patrícios, sendo o cargo de senador vitalício. Eles eram a autoridade máxima do governo republicano, que, através dos magistrados, exerciam o controle sobre o governo e a política, tanto interna quanto externa. Tinham muitos privilégios e alto status social. Possuíam até o poder de estabelecer um ditador provisório, caso os cônsules desviassem dos seus interesses. As assembleias romanasAs assembleias eram espaços nos quais eram debatidas e votadas as políticas e as leis da república e eram eleitos os magistrados.
As revoltas sociaisNão há dúvidas de que a república romana foi um governo aristocrático, no qual o poder ficava depositado nas mãos da nobreza patrícia e do Senado romano. Contudo, vemos que a plebe teve o seu espaço político durante esse período, mas nem sempre foi assim. Em 509 a.C. a plebe não possuía nenhum espaço político na república, ficando a mercê do interesse patrício e de suas decisões. Contudo, isso mudou em 494 a.C. com a chamada revolta do monte sagrado. Nesse episódio da história romana, Roma se encontrava em guerra com povos vizinhos e muito do exército era composto pela plebe. Assim, os plebeus organizam uma revolta se negando a lutar a guerra e caminham em direção ao monte aventino, onde eles tinham o intuito de deixar Roma. Isso acaba abalando as estruturas da república, já que, além de uma grande força do exército, os plebeus eram a principal mão de obra na época. Ao final dessa revolta, o Senado escutou as reivindicações dos plebeus, que passaram a ter um conselho e cargos públicos próprios de representação política, os tribunos da plebe. A partir disso, durante os séculos da república, houveram diversas reivindicações populares. Destacam-se:
Expansão romana: as guerras púnicas e o mare nostrumA expansão romana durante a república começou, primeiramente, com a conquista total da península itálica. Necessitando de uma saída para o mar, Roma vê a Sicília como um território estratégico e, assim, passa a disputar o domínio da ilha com Cartago, que na época era uma de suas províncias. Roma e Cartago começam uma série de conflitos que vão durar mais de um século - as guerras púnicas, nas quais Roma obteve a vitória definitiva após destruir por completo Cartago, salgando as suas terras e escravizando o seu povo. Após as guerras púnicas, Roma assume o controle sobre o Mar Mediterrâneo, passando a se referir a ele como mare nostrum, nosso mar em latim. O controle sobre o mediterrâneo foi uma das consequências da expansão romana. Houve, neste período, a mudança da mão de obra principal de Roma, que deixou de ser composta por plebeus e passou a ser formada por escravos, por conta da grande quantidade de povos escravizados pelos romanos vindos da guerra. Isso fez com que houvesse um aumento do poder patrício, por possibilitar a criação de latifúndios de mão de obra escrava, o que levou à marginalização da plebe e a um grande deslocamento de plebeus do campo para as cidades. Em meio à pobreza e à miséria da plebe, surge uma nova classe social de comerciantes, que, mesmo fora da nobreza, começa a exercer influência política devido às suas riquezas. Também por conta da expansão territorial romana, o exército se desenvolve e os generais passam a ganhar mais notoriedade e influência política. É importante destacarmos que houve um grande aumento na desigualdade social dentro de Roma, assim como o surgimento de novas classes sociais influentes e com poder político. Esses fatores foram os primeiros indícios da crise republicana iniciada no século II a.C. A crise e a queda da repúblicaCom a crescente miséria e pobreza dos plebeus, cresceram as pressões populares em cima dos governantes. Aliado a isso, temos a disputa do poder político por conta das novas figuras influentes na política romana, como destacado acima. Isso levou a um enfraquecimento do Senado e a uma instabilidade política. Nesse contexto, dois irmãos propuseram uma mudança no cenário de miséria em Roma. A partir de 133 a.C., os irmãos Graco, Tibério e Caio, que eram tribunos da plebe, sugeriram uma reforma agrária para amenizar a miséria, assim como a diminuição no preço do trigo, no intuito de amenizar a fome em Roma. Essas propostas não foram bem recebidas pelo Senado e pelos patrícios, que assassinaram os dois irmãos. Tibério foi morto em 133 a.C. e Caio em 122 a.C. Suas mortes causaram uma insatisfação da plebe que acabou por deixar o clima mais instável politicamente. Posteriormente a esse episódio, em 62 a.C., Júlio César foi eleito cônsul com Pompeu. Assim, formando uma aliança com Crasso e Pompeu por baixo dos panos do Senado, Júlio César forma o primeiro triunvirato, que o levou a tomar o controle da Gália, onde teve um grande sucesso militar, conseguindo muitos escravos e riquezas para Roma. Temendo um golpe contra sua posição privilegiada, o Senado começa a se aliar com Pompeu, após a morte de Crasso, enquanto Júlio César se encontrava na Gália. Numa tentativa de diminuir os poderes de Júlio César, o Senado nomeia Pompeu o único cônsul. Em retaliação, Júlio César invade Roma com seu exército, provocando uma guerra civil entre ele e Pompeu. Essa termina em 48 a.C. com a derrota de Pompeu e sua fuga para o Egito, onde ele é morto pelo rei Ptolomeu XIII. Assim, em 47 a.C., Júlio César se torna o primeiro líder autocrático de Roma, com o título de ditador, centralizando os poderes em sua figura. Contudo, seu governo é breve: Júlio César é assassinado a facadas dentro do Denado por senadores, em 44 a.C., numa tentativa de recuperar os seus privilégios políticos. A tentativa do Senado foi falha, já que Júlio César havia conquistado o apoio do povo e aproximado o exército ao poder político. Assim, após a sua morte, são membros do exército que assumem as diretrizes de Roma, dando origem ao segundo triunvirato, composto por Otávio, Lépido e Marco Antônio. Otávio era herdeiro e sobrinho de Júlio César. O segundo triunvirato subjugou as forças do Senado, perseguindo aqueles que conspiraram contra César. Após isso, houve uma disputa pelo poder entre os três. Neste contexto, Otávio derrotou Lépido e depois entrou em conflito com Marco Antônio, que buscou se aliar com Cleópatra no Egito, o que não foi uma atitude muito popular. Otávio se aproveitou disso e organizou um grande exército para derrotar Marco Antônio e Cleópatra. No fim, com a pressão de Otávio, Marco Antônio e Cleópatra se suicidam em 31 a.C. Otávio, então, assumiu o controle de Roma, centralizando todos os poderes em suas mãos, e se autointitulou Augusto, em 27 a.C., que significa o escolhido dos deuses, dando início à era imperial e marcando o fim da república romana. Plano de estudo gratuito para o EnemA Quero Bolsa está oferecendo gratuitamente o Plano de Estudo Enem de Boa. Trata-se de um cronograma de estudo completo, composto por indicações diárias de disciplinas para serem estudadas. Além disso, o material indica vídeo-aulas do Youtube e exercícios de grandes vestibulares. Para baixar, basta se cadastrar no site oficial do plano. Exercício de fixação Mackenzie/2014 O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta. A A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir que Roma passasse a dominar o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o dinamismo próprio da estrutura escravista, que necessitava de mão de obra decorrentes das conquistas. B Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a conquista do mar Mediterrâneo. C A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas por parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península itálica a fim de minimizar as tensões sociais. D A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião oficial do império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova doutrina para os povos bárbaros. E A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente, o trigo, levou à expansão de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as demais províncias romanas. Quais as características da sociedade romana na fase da República?Sociedade na República Romana
A sociedade romana estava organizada entre patrícios, plebeus, escravos e clientes. As mulheres não eram consideradas como cidadãs e não participavam da política.
Como era formada a sociedade romana no período republicano?Nessa época a sociedade da Roma Antiga era constituída por quatro grupos: patrícios, plebeus, clientes e os escravos. Como citado na fase da monarquia já havia a divisão entre patrícios, plebeus, clientes e os escravos. Os primeiros eram aquele que faziam parte da classe nobre e eram proprietários de terras.
Qual a principal característica social que marcou a sociedade romana durante a República e por quê?Durante a Monarquia romana podiam vetar as decisões do Rei, durante a República eram eles que controlavam tudo por meio do Senado, por exemplo. Eram os mais privilegiados e os que detinham os grandes latifúndios, produziam uvas, olivas e a criação de animais, usando, principalmente a mão de obra escravizada.
Qual característica representa a política romana no período República?Em sua organização, percebemos que a República Romana tinha uma estruturação peculiar por ter características de ordem democrática, aristocrática e monárquica em sua distribuição de poderes.
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