Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica com o objetivo de identificar os principais fatores que influenciam a adesão ao tratamento na doença crônica, enfocando o doente em terapia hemodialítica, como forma de subsidiar a atuação dos enfermeiros na promoção da educação à saúde aos indivíduos com baixa adesão terapêutica. A identificação das fontes bibliográficas foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no portal Scientific Electronic Library Online (SciELO) e em algumas
revistas impressas. Os resultados indicaram nove fatores que influem na adesão ou não ao tratamento: confiança na equipe, redes de apoio, nível de escolaridade, aceitação da doença, efeito colateral da terapêutica, falta de acesso aos medicamentos, tratamento longo, esquema terapêutico complexo e ausência de sintomas. Recomenda-se que o enfermeiro considere esses principais fatores ao atuar com os indivíduos portadores de doenças crônicas com baixa adesão, associando o apoio da família e da
equipe multiprofissional na busca de uma boa adesão ao tratamento. Não há dados estatísticos. 1. Maldaner CR, Beuter M, Brondani CM, Budó MDLD, Pauletto MR. Fatores que influenciam a adesão ao tratamento na doença crônica: o doente em terapia hemodialítica.
Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 19º de fevereiro de 2009 [citado 2º de dezembro de 2022];29(4):647. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/index.php/rgenf/article/view/7638 Artigos de Revisão Sistemática Direitos Autorais para artigos publicados nesta Revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude da Revista ser de acesso
público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições própria, em aplicações educacionais e não-comerciais, estando licenciados sob uma Licença Creative Commons tipo (CC) BY-NC. Conteúdo validado por Luciana Soldá, Head da Proxismed Você conhece alguém que tem doenças como hipertensão ou diabetes e não segue o tratamento adequado? Isso é mais comum do que se pensa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), menos de 60% dos pacientes com diabetes e menos de 40% dos hipertensos seguem as prescrições médicas. Condições crônicas como as citadas têm alta prevalência no Brasil e podem levar ao aparecimento de outras complicações de saúde, como doenças cardiovasculares e falha renal. Por isso, após o diagnóstico, é importante seguir as orientações do profissional de saúde sobre o tratamento. Mas a realidade muitas vezes é outra. De acordo com o Ministério da Saúde, a falta de adesão ao tratamento pelo paciente é considerada por alguns autores um problema de saúde pública. Inclusive, ela tem sido denominada de “epidemia invisível”. Veja, por exemplo, o caso da hipertensão arterial. Se não tratada corretamente, esta condição é o motivo de 25% dos casos de diálise por insuficiência renal crônica terminal, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 60% dos casos de infarto do miocárdio. Esses dados são do Ministério da Saúde. Além disso, apesar de, em alguns casos, haver uma aparente melhora, é necessário seguir as orientações do médico e não deixar o tratamento antes. Nos casos de tratamentos anti-infecciosos, por exemplo, diversos agentes podem adquirir resistência a eles se houver interrupção, o que dificultará estabelecer um novo tratamento. Mas, o que seria a adesão ao tratamento?Segundo o Ministério da Saúde, a adesão é compreendida como a utilização de pelo menos 80% dos tratamentos prescritos, observando horários, doses e tempo de tratamento. Assim, os pacientes são beneficiados, pois controlam a condição e conseguem, na maioria das vezes, manter a qualidade de vida. Fatores que interferem no seguimento do tratamentoA não adesão ao tratamento de doenças pode ser determinada por vários aspectos, como socioeconômicos e culturais, psicológicos, institucionais e pela relação entre o profissional da saúde com o paciente. Desta forma, o Ministério da Saúde afirma que existem dois tipos de pacientes que não seguem o tratamento: • Involuntários: por falhas de conhecimento ou interpretação das instruções da equipe de saúde, esquecimento dos horários e
desorganização. É comum que pacientes em tratamento se deem, por exemplo, dias livres em finais de semana ou férias. Mas mesmo poucos dias atrapalham e afetam a efetividade do tratamento. Outros casos comuns são de pessoas que se acostumam aos sintomas e decidem ficar sem tratamento. Há ainda aqueles que se incomodam ou têm medo dos efeitos colaterais dos medicamentos. Um estudo publicado na Revista Saúde Pública também analisou os fatores associados à baixa adesão ao tratamento medicamentoso em idosos. Cerca de 78% dos entrevistados mencionaram ter usado algum medicamento nos sete dias precedentes à entrevista. Desses, cerca de 1/3 foram considerados com baixa
adesão e alguns dos principais fatores associados foram: Por outro lado, às vezes o paciente até tem a intenção de seguir o tratamento, mas são várias as barreiras que ele enfrenta para conseguir e, por isso, acaba desistindo. Perder um emprego e ter problemas financeiros são fatos que levam pessoas a deixarem de pagar o plano de saúde e os remédios. Uma reportagem especial da BBC, realizada em 2017, mostrou essa realidade no Brasil. Várias famílias que vivem com um salário mínimo na cidade de São Paulo foram ouvidas e contaram que têm que escolher entre comprar remédio ou comida. Relação do profissional da saúde com o pacienteNesse cenário, também é possível notar que a relação que o médico estabelece com o paciente e a forma que ele o orienta podem afetar negativamente o seguimento do tratamento. De um lado da consulta, o paciente está ansioso, abalado emocionalmente e não tem conhecimento de biologia básica ou medicina. Do outro, o médico muitas vezes usa jargões e termos difíceis de serem compreendidos, além de falar rápido por causa do preço baixo que a operadora paga pelas consultas. Esses são fatores que atrapalham a adesão aos cuidados necessários. Confira alguns dados que mostram esse panorama: • Pacientes com condições de longo prazo passam em média três horas por ano com o médico vs. 8.757 fazendo suas tarefas diárias em casa, no trabalho e no lazer. Fontes: The Health Foundation e BroadStream Solutions. Como vencer a baixa adesão ao tratamento?O abandono do tratamento está ligado à experiência do paciente com os medicamentos e terapias, como crenças, convicções, expectativas, medos e interferências religiosas. Por isso, os profissionais de saúde devem compreender o paciente e tentar ajudá-lo de acordo com sua realidade. Se não for desta forma, existe o risco de perda de efetividade no acompanhamento médico. Além disso, o Ministério da Saúde alerta que devem ser levados em consideração aspectos éticos importantes e peculiaridades da doença. Seja qual for o problema de saúde, é importante que o paciente esclareça todas as dúvidas com o médico. E o profissional deve explicar riscos e benefícios do tratamento indicado, como ele pode afetar os hábitos diários e a importância de seguir as orientações durante toda a jornada de relacionamento com o paciente. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, sem que o paciente esteja devidamente informado sobre sua doença e suficientemente motivado para aderir ao tratamento, a atitude do médico que apenas entrega a receita não funcionará no engajamento do paciente. O artigo da sociedade afirma que sem nenhum suporte educacional ao paciente, o médico “certamente estará promovendo um indesejável impacto negativo sobre os índices de adesão do paciente às recomendações recebidas”. A Proxis compartilha dessa ideia e conta com vários produtos especialmente direcionados para indústria farmacêutica, hospitais, laboratórios e operadoras, entre outras empresas do setor de saúde. Oferecemos jornadas de relacionamento em saúde focadas no engajamento ao tratamento. Elas não se limitam à adesão terapêutica e incluem o seguimento de todas as recomendações médicas e o plano de consulta, promovendo a conscientização da condição de saúde e o que deve ser feito para melhoria da qualidade de vida. Além disso, temos programas de relacionamento que possuem como objetivo o engajamento de pacientes por meio de descontos em medicamentos entre outros benefícios. Eles ajudam a conscientizar o paciente e incentivam o seguimento do tratamento. Quer saber mais detalhes sobre como pode ser esse programa de suporte ao paciente? Entre em contato conosco! Quais os fatores que influenciam o processo de adesão ao tratamento?Vários fatores podem influenciar na adesão ao tratamento e podem estar relacionados ao paciente (sexo, idade, etnia, estado civil, escolaridade e nível socioeconômico); à doença (cronicidade, ausência de sintomas e conseqüências tardias); às crenças de saúde, hábitos de vida e culturais (percepção da seriedade do ...
Quais os fatores que comprometem a adesão ao tratamento medicamentoso pelo paciente?Entre outros fatores, os motivos relatados pelos hipertensos em relação a não adesão ao tratamento medicamentoso são ausência de sintomas (51,3%), efeitos adversos (21,8%), esquecimento (16,8%), fatores econômicos (5,9%) e outros (4,2%).
São fatores que podem funcionar como barreiras para a adesão ao tratamento?A não adesão ao tratamento de doenças pode ser determinada por vários aspectos, como socioeconômicos e culturais, psicológicos, institucionais e pela relação entre o profissional da saúde com o paciente.
São fatores de não adesão à farmacoterapia relacionado ao tratamento?Os principais pontos observados e abordados foram problemas relacionados a não adesão da farmacoterapia, fatores associados a idade, sexo, escolaridade, e tipo de prescritor; foram observadas, reações adversas relacionadas aos medicamentos, problemas de aquisição, terapia interrompida com a melhora do paciente, ...
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