Quais foram as contribuições do paradigma Gerativista aos estudos linguísticos?

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Quais foram as contribuições do paradigma Gerativista aos estudos linguísticos?

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I – Leia os fragmentos abaixo, extraídos de um artigo científico a respeito do 
gerativismo, escrito pelo professor Roberto Gomes Camacho, da Unesp de São José do 
Rio Preto, e responda, em forma de texto dissertativo-argumentativo, a pergunta abaixo 
(valor da questão: 50,00 pontos): “Pode-se assinalar o marco de uma nova revolução na 
linguística a publicação de Estruturas sintáticas, de Noam Chomsky, em 1957 [...] O paradigma 
proposto por Chomsky é o projeto de uma teoria da estrutura sintática, domínio preterido pela 
ciência normal [...] O interesse pelo aspecto sintático decorre da própria concepção racionalista 
da teoria gerativa, que ainda hoje procura repor a noção de que a linguagem é, antes de mais 
nada, a expressão do pensamento [...].” (CAMACHO, 1994, p.25). 
 “Apesar dos percalços por que vem passando o gerativismo, um historiador da linguística 
como Percial (1976) considera que, ao menos na década de 60, essa teoria passou a ser o 
paradigma predominante e sua emergência recente conforma-se plenamente com o padrão de 
evolução da ciência, nos termos kuhnianos. É uma conquista de um único indivíduo que atraiu 
um grupo consideravelmente grande de seguidores, que deixaram o paradigma pós-
bloomfieldiano nos Estados Unidos e o pós-saussuriano na Europa [...] Assim a gramática 
gerativa parece ter os atributos que permitem caracterizá-la como um autêntico paradigma. 
Entretanto, causa problema, na opinião de Percival, sua dimensão social, já que não obteve 
consenso uniforme dos profissionais da área: por um lado, muitos continuam a investigar no 
campo teórico e metodológico de outras tendências; por outro, os próprios seguidores do 
paradigma chomskiano dividiram-se em escolas competidoras” (CAMACHO, 1994, p.28-29). 
Qual foi a contribuição de Chomsky para a Linguística? 
As contribuições que podem ser notadas nas teorias de Chomsky são 
fundamentais à linguística moderna, com a formulação teórica e o 
desenvolvimento do conceito de gramática transformacional, ou 
generativa, cuja principal novidade está na distinção de dois níveis 
diferentes na análise das frases: por um lado, a “estrutura profunda”, 
conjunto de regras de grande generalidade a partir das quais é gerada, 
mediante uma série de regras de transformação, a “estrutura superficial” 
da frase. Neste sentido, poderia se falar de uma gramática universal, a 
cuja demonstração e desenvolvimento têm sido dedicados diversos 
estudos que partiram das ideias de Chomsky que se posicionou contra o 
Estruturalismo em razão de a gramática estrutural se pautar na 
fragmentação dos enunciados, restringindo-se à estrutura superficial a 
um corpus, assim sendo, desconsiderando a capacidade do falante de 
produzir sentenças. 
Chomsky descreveu a base da chamada gramática gerativo-
transformacional, cujo objetivo foi explicar a capacidade criadora que 
permite ao falante nativo produzir (ou gerar) e compreender um número 
infinito de frases a partir de um conjunto finito, a maioria das quais nunca 
ouviu ou emitiu antes. O mecanismo que essa teoria gerativa instala é 
dedutivo: parte do que é abstrato, isto é, de um axioma e um sistema de 
regras e chega ao concreto, ou seja, as frases existentes na língua. Para 
Chomsky determina como língua-I esse procedimento gerativo, que trata-
se de uma propriedade do cérebro/mente língua-I é “um elemento de 
estados transitórios da faculdade da linguagem relativamente estável” e 
“cada expressão linguística (de) gerada” por ela” inclui instruções para 
os sistemas de desempenho nos quais a língua-I está inserida”. Chomsky 
também se reaproxima da Filosofia, pois vê a necessidade de estabelecer 
universais linguísticos, e chega à conclusão de que as teorias 
racionalistas são as capazes de explicar a faculdade humana da 
linguagem. Chomsky liga-se, também, aos princípios norteadores das 
gramáticas gerais e, portanto, à doutrina de Port-Royal, que, apesar de 
baseada em Descartes, conserva como já foi dito, alguma influência do 
pensamento aristotélico. Chomsky deixou de lado a situação real de uso 
(a fala e o desempenho) para ficar com o que é virtual e abstrato (a língua 
e a competência). 
Foram essas contribuições observadas por mim na unidade 2 do livro 
base que enriquece a linguística universal. 
II – Tomando como base as frases a seguir, construa as árvores correspondentes, a 
partir do esquema proposto por Chomsky (12,50 pontos cada item): 
a) Mônica queixou-se ao professor. 
 
b) O pobre homem viveu uma vida de amarguras. 
 
 
 
 
 
c) A lua é desabitada. 
 
 
 d) Estas rendas são do Ceará.

Quais foram as principais contribuições do Gerativismo para a linguística?

Assim, o Gerativismo estabelece dois tipos de gramáticas: a Gramática Universal (GU) e a Gramática Particular (GP). A GU seria o estado inicial da linguagem, que capacitaria qualquer criança a adquirir qualquer língua, desde que seja exposta a dados dessa língua.

Qual o papel do Gerativismo na linguística?

Os gerativistas procuram compreender como a intuição, sobre as estruturas sintáticas de uma língua, ocorre na mente dos falantes. E buscam constituir um modelo teórico capaz de descrever e explicar a natureza e o funcionamento dessa faculdade.

Quais foram as contribuições de Saussure aos Estudos linguísticos e a constituição da linguística como ciência?

Considerado o pai da linguística moderna, Saussure foi o primeiro a mostrar que a língua está presente na cultura humana desde os seus primórdios. Com ele, a linguística ganhou autonomia como ciência. Ele entendia a linguística como um ramo da ciência mais geral dos signos, e propôs que fosse chamada de Semiologia.

Quais as contribuições de Chomsky para a metodologia da linguística?

É autor de uma contribuição fundamental à linguística moderna, com a formulação teórica e o desenvolvimento do conceito de gramática transformacional, ou generativa, cuja principal novidade está na distinção de dois níveis diferentes na análise das frases: por um lado, a “estrutura profunda”, conjunto de regras de ...