Quais são as causas e as principais consequências dessas desigualdades Brainly?

Os problemas sociais assim como a pobreza têm sofrido um aumento significativo decorrente de vários fatores, no entanto, o principal deles é o crescente processo de globalização ao qual o mundo vem atravessando recentemente.

As questões relacionadas às desigualdades sociais e seus problemas derivados desse processo podem ser identificadas em todos os países do mundo, mesmo naqueles que se inserem no grupo de grandes nações, mas nos países que figuram como subdesenvolvidos essas questões são mais acentuadas e de fácil percepção. A grande maioria desses países é subdesenvolvida devido a fatores históricos decorrentes da colonização Européia que ao longo de séculos explorou efetivamente tais países.

Atualmente podemos nomear uma série de possíveis causas e conseqüências do subdesenvolvimento de muitos países, porém os principais são:

• Distribuição de renda: esse processo é comum as sociedades capitalistas e favorece o incremento de formação de bolsões de pobreza. A disparidade na distribuição da renda é provocada, sobretudo da concentração da riqueza nas mãos de uma parcela restrita da população. Nesse sentido, existem movimentos que buscam uma melhoria na distribuição dos rendimentos, mas quase sempre não obtém êxito, pois esses não detêm um poder de organização de influência. Isso dificulta ainda mais, pois a classe menos favorecidas é composta por pessoas com pouca instrução e se torna devido essa condição mais fácil de ser manipulada pelo sistema.

• Baixos índices de escolaridade: o índice de escolaridade é um fator que está diretamente ligado à falta de recursos financeiros que é comum a grande maioria da população. A baixa escolaridade da população nos países subdesenvolvidos é proveniente, muitas vezes, de situações em que crianças se encontram em idade escolar são obrigadas a integrar o mercado de trabalho, quase sempre informal, para contribuir na renda familiar, isso momentaneamente é positivo para a família, mas posteriormente esses indivíduos serão trabalhadores adultos com baixa qualificação e encontrarão dificuldades para se colocar no mercado de trabalho. Resultado disso, esses trabalhadores vão trabalhar em empregos que exigem pouca qualificação e que oferecem baixos salários.

• Problemas de moradia: Boa parte da população dos países subdesenvolvidos habitam em residências que se encontram em lugares marginalizados desprovidos de infra-estrutura de serviços básicos (pavimentação, esgoto, água tratada entre outros) e geralmente as casas ou barracos são extremamente precárias e às vezes sub-humanas. Em diversos países a marginalização desses bairros e da cidade foi acrescido pelo intenso fluxo de pessoas que migraram do campo para as cidades, no qual esse processo é denominado de êxodo rural. Com o intenso fluxo os centros urbanos não conseguiram absorver o contingente de pessoas, além disso, o mercado de trabalho não ofereceu colocação para todos e às vezes essas pessoas não tinham qualificação o que agravava ainda mais os problemas.

• A fome e a desnutrição: a falta total ou parcial de alimentos atinge uma enorme parcela da população mundial, em alguns lugares do mundo as pessoas ficam até dias sem alimento em outros elas ingerem esse de forma desbalanceada, ou seja, não consomem todos nutrientes indispensáveis a manutenção da saúde. Dessa forma essa população atingida não possui rendimentos sequer para adquirir o alimento diário.

• Saúde: os problemas de saúde são decorrentes da falta de uma boa alimentação, moradias sem condições sanitárias e falta de comprometimento do poder público na implantação de medidas necessárias para amenizar os problemas dessa ordem. Os problemas sociais (alimentação, moradia, distribuição de renda, escolaridade) levam a mortalidade infantil e compromete a elevação na expectativa ou esperança de vida da população, principalmente dos excluídos.

A fome no Brasil é um problema histórico que, após uma queda considerável, voltou a crescer nos últimos anos e afeta hoje uma parcela de 15,5% da população do país. Convivem com escassez de alimentos 33 milhões de pessoas no território nacional, especialmente nas áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste.

As causas para a fome no Brasil compreendem desde questões sociais e econômicas até políticas, destacando-se as desigualdades sociais, a pobreza, as crises (política, econômica, sanitária) e a má distribuição de alimentos. Fatores naturais, a exemplo da secas severas, também contribuem para a ampliação da insegurança alimentar. A fome afeta drasticamente a qualidade de vida e a saúde física e mental dos indivíduos, causando a desnutrição e até mesmo a morte.

Leia também: Insegurança alimentar — grave problema que afeta 30% da população mundial

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a fome no Brasil

  • A fome no Brasil é causada por diversos fatores, como as desigualdades socieconômicas e a pobreza, pelas crises política e econômica, pela distribuição desigual de alimentos no território nacional, pela ausência ou redução de políticas públicas voltadas ao combate à fome, pelo manejo inadequado dos recursos naturais e por outros fatores.

  • Causas naturais também estão associadas à fome, como secas severas e baixa disponibilidade hídrica.

  • Nos últimos anos, a crise econômica decorrente da pandemia de covid-19 aprofundou as desigualdades no país e causou um aumento no número de pessoas que convivem com a insegurança alimentar grave.

  • A fome afeta atualmente 33,1 milhões de brasileiros, de acordo com uma pesquisa lançada em 2022. É o equivalente a 15,5% da população. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas.

  • A subnutrição e a desnutrição são as principais consequências da fome, podendo causar doenças e levar até mesmo à morte.

Causas da fome no Brasil

Quais são as causas e as principais consequências dessas desigualdades Brainly?
A desigualdade socioeconômica e a má distribuição de renda contribuem para a fome no Brasil. [1]

A fome no Brasil, caracterizada pela privação de alimentos a que uma parcela da população está submetida, é um fenômeno que remonta à formação social e econômica do território nacional. Dentre suas principais causas estão a desigualdade socioeconômica e a má distribuição de renda que caracteriza a população do país, sendo essas também as maiores causas da fome em um contexto mundial.

Trata-se de um problema estrutural marcado pela concentração de renda em um pequeno estrato ou grupo social, enquanto uma parcela ampla da população detém poucos recursos. Esse mesmo aspecto é um dos causadores de outros dois outros fenômenos, que são a pobreza e a insegurança alimentar.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que cerca de 25% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza.|1| Mais recentemente, um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a parcela dos brasileiros que sobrevivem com uma renda mensal igual ou inferior a R$ 290 é de 13%, o que significa que 27,6 milhões de pessoas no Brasil vivem em uma situação de extrema pobreza.|2|

Outro motivo pelo qual a fome se faz presente no Brasil é a redução ou ausência de políticas públicas, elaboradas portanto pelo Estado, que têm como objetivo o combate à pobreza e à escassez de alimentos no país, as quais podem se voltar a áreas diversas, como a agricultura familiar (ou camponesa) e a transferência de renda, por exemplo.

As conjunturas econômica e política podem levar também a um agravamento da fome no país, especialmente quando há a ocorrência de crises em um ou ambos os setores. Em se tratando da estrutura econômica propriamente dita, o modelo de produção agroexportador que destina parte da produção ao mercado externo e a concentração fundiária também contribuem para a ampliação do problema.

Ainda em relação às causas antrópicas, podemos mencionar o manejo inadequado dos recursos naturais, como do solo e da água, e os elevados índices de desperdício de comida.

Em conjunto com os elementos apontados anteriormente, fatores de ordem natural também são responsáveis pelas causas da fome no Brasil, como os climas secos, longos períodos de estiagem (isto é, sem chuvas), que impedem ou dificultam a produção, e a ocorrência de pragas nas plantações ou doenças nos cultivos e criações, o que pode diminuir a produção de alimentos e elevar os preços dos produtos ao consumidor final.

Leia também: Pobreza menstrual — a falta de condições de realizar a higiene menstrual adequadamente

Dados da fome no Brasil

A fome é um problema que acomete 33,1 milhões de pessoas no Brasil, o que significa dizer que 15,5% da população brasileira não tem acesso à alimentação regular. Esses dados foram levantados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), por meio do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado no ano de 2022.|3|

O número de pessoas sem ter o que comer aumentou significativamente no Brasil nas últimas duas décadas, especialmente quando se leva em conta que a parcela da população convivendo com a fome havia caído de 9,5% no início do presente século para 4,2% em 2013. Em função disso, no ano de 2014, o Brasil foi retirado do Mapa da Fome, que é elaborado e atualizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).|4| Fatores de ordem conjuntural, entretanto, fizeram com que a fome no país aumentasse mais uma vez, chegando então ao cenário atual.

Em números relativos, é na região Norte onde o problema da fome incide de forma mais grave e acentuada, acometendo 25,7% das famílias. A segunda região mais afetada é o Nordeste, onde 21% das famílias convive diariamente com essa condição.

Levando em conta as formas moderada e grave de insegurança alimentar, os índices para ambas as regiões são ainda mais alarmantes. De acordo com o estudo da Rede Penssan, 45,2% das famílias do Norte convive com a insegurança alimentar moderada ou grave, enquanto no Nordeste a parcela é de 38,4%.

Quando se analisa a distribuição da fome no Brasil por meio de números absolutos, a região Nordeste aparece como a área com a maior população carente de alimentos no país, com 12 milhões de pessoas. Na sequência vem o Sudeste, com 11,7 milhões.

O Centro-Oeste é a região do Brasil com o menor número de pessoas acometidas pela fome: 2,15 milhões. No Norte e no Sul, os números são respectivamente de 4,85 milhões e três milhões de pessoas.|5| Ainda em termos espaciais, temos que a incidência da fome é maior na população rural do que na população das cidades.

Outro aspecto da fome no Brasil que é importante de ser destacado diz respeito ao perfil da população que é mais atingida por esse problema. A insegurança alimentar grave é maior naqueles lares chefiados por pessoas que se autodeclaram negras (que compreendem pretos e pardos, de acordo com o IBGE). Além disso, as famílias chefiadas por mulheres apresentam maior índice de insegurança alimentar grave do que aquelas que possuem homens como responsáveis.|6|

Pandemia e a fome no Brasil

A pandemia de covid-19 se instalou no Brasil no início do ano de 2020, espalhando-se de forma alarmante por todo o território nacional e rapidamente se transformando em uma crise sanitária. Essa crise afetou a economia de diversos países, como o Brasil, gerando problemas como o aumento da inflação e do preço de produtos básicos, como os alimentos, e causando transformações no perfil socioeconômico da população.

Dentre as transformações ocasionadas podemos citar a diminuição da renda e do poder de compra e o aumento da pobreza e das desigualdades sociais no território nacional. Além disso, houve o aprofundamento de problemas que já estavam em curso, como foi o caso do desemprego.

Todos esses fatores em conjunto contribuíram para a ampliação da parcela da população em situação de insegurança alimentar grave, que caracteriza a fome. No início da pandemia, 9% da população convivia com os efeitos da escassez de alimentos. Essa parcela, como vimos, saltou para 15,5% apenas dois anos mais tarde.|7|

Leia também: Pobreza no Brasil — dados sobre esse grave problema socieconômico em território brasileiro

Insegurança alimentar no Brasil

A insegurança alimentar é definida como a falta de acesso regular a alimentos saudáveis e em quantidade suficiente para atender às demandas nutricionais de um indivíduo. Essa condição pode ser leve, moderada ou severa. Esse último caso ocorre quando uma pessoa fica completamente sem ter o que comer, passando um dia inteiro ou períodos do ano sem se alimentar, o que a coloca em uma situação de fome.

Pouco mais da metade da população brasileira, mais precisamente 58,7% ou 125,2 milhões de pessoas, convive com a insegurança alimentar. Desses, como vimos, 15,5% sofre com o grau mais grave desse problema, que configura a fome.

A insegurança alimentar aumentou nos últimos anos e atinge principalmente a população de baixa renda, que recebe menos do que um salário mínimo por mês. As formas moderada e grave de insegurança alimentar estão presentes em maior escala nas famílias que vivem no campo, bem como nas populações das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Consequências da fome no Brasil

A fome implica graves consequências para os indivíduos, afetando diretamente a sua qualidade de vida e a saúde física e mental.

Uma dessas consequências é subnutrição, descrita como a falta de nutrientes, como vitaminas e proteínas, importantes para a manutenção do organismo. Nos casos de maior gravidade, há a ocorrência da desnutrição, que pode desencadear outras doenças associadas ou não à deficiência de nutrientes, uma vez que ela diminui as defesas do corpo e pode gerar consequências a longo prazo para o organismo.

A desnutrição pode afetar ainda o desenvolvimento infantil e, em uma situação mais severa, ocasionar a morte dos indivíduos pelo longo tempo sem a ingestão de alimentos apropriados ou pela perda de capacidade do organismo de absorver os nutrientes necessários.

Notas

|1| AMORIM, Daniela; NEDER, Vinícius. IBGE: Mesmo com auxílio, 1 em cada 4 viveu abaixo da linha da pobreza em 2020. UOL Economia, 03 dez. 2021. Disponível aqui.

|2| LIMA, Bianca; SILVESTRE, Vanessa; GERBELLI, Luiz Guilherme; Globo News; G1. Quanto custa acabar com a extrema pobreza no Brasil? G1 Economia, 29 abr. 2022. Disponível aqui.

|3| REDE PENSSAN. 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Rede PENSSAN, 2022. Disponível aqui.

|4| LUPION, Bruno. Fome cresce e supera taxa de quando Bolsa Família foi criado. DW, 13 abr. 2021. Disponível aqui.

|5| MADEIRO, Carlos. Número de brasileiros com fome dispara e atinge 33,1 milhões, diz pesquisa. UOL Notícias, 08 jun. 2022. Disponível aqui.

|6| REDE PENSSAN. 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Rede PENSSAN, 2022. Disponível aqui.

Quais são as causas e as principais consequências da desigualdade?

A desigualdade leva ao aumento da pobreza, da má qualidade da alimentação e à fome. Com isso, também há más condições de moradia, falta de saneamento básico, saúde precária, alta taxa de mortalidade infantil, violência e desemprego. Concomitante a todos esses fatores, há estresse e outros problemas psicológicos.

Quais são as causas e consequências das desigualdades sociais Brainly?

A desigualdade social no Brasil é um problema que afeta grande parte da população. Isso decorre da falta de acesso à educação de qualidade e a dificuldade de acesso aos serviços básicos (como saúde), por exemplo. Logo, é possível de ser percebido, sobretudo, por meio do desemprego e da violência.

Quais são as principais consequências da desigualdade social Brainly?

Resposta. Resposta: Umas das consequências mais graves são a pobreza, a miséria e a favelização. Ademais, a desigualdade social traz: Fome, desnutrição e mortalidade infantil, Aumento das taxas de desemprego.

Quais são as principais causas da desigualdade social Brainly?

Resposta: Má distribuição de renda. Acesso à educação deficitário. Administração ruim dos recursos públicos.