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Em uma produção industrial, nem toda a matéria-prima é convertida em produto, assim como reações químicas produzem outras substâncias além daquelas pretendidas inicialmente. Soma-se a isso, também, a formação de gases a partir da queima de combustíveis que movimentam os equipamentos, a mistura de correntes de líquidos de diferentes unidades do processo e a inaplicabilidade de alguns instrumentos após o uso. Todos esses fenômenos são responsáveis pela geração dos chamados subprodutos e resíduos industriais. Como nenhum processo ocorre com 100% de rendimento, toda indústria química produz resíduos em determinada quantidade, os quais podem ser sólidos, efluentes líquidos ou emissões gasosas. Resíduos e a importância de sua destinação adequadaAtualmente, existe grande preocupação acerca do destino desses resíduos, os quais podem afetar a fauna e a flora. É possível, ainda, que agravem problemas ambientais como a poluição atmosférica e de corpos hídricos, caso forem descartados de forma inadequada. Nesse sentido, existem leis e órgãos regulamentadores no Brasil (como o CONAMA) que definem parâmetros para que os resíduos industriais sejam tratados e destinados corretamente. Além dessas normas (passíveis de penalização caso descumpridas pelas indústrias), observa-se uma crescente conscientização da sociedade em adotar ações que não agridam o meio ambiente, de modo que empresas sustentáveis têm, cada vez mais, ganhado espaço no mercado. Assim, a necessidade de preservação ambiental soma-se à formação de um novo público consumidor, impulsionando as indústrias a implementarem processos mais sustentáveis. Portanto, o tratamento e aproveitamento de resíduos são fundamentais para que sua empresa seja mais consciente, funcional, bem posicionada no mercado e adequada à legislação. Assim, conhecer os resíduos gerados em sua produção, como eles são classificados e como tratá-los é o primeiro passo para implementar esses processos, e a Propeq pode te ajudar nisso! Conhecimento e otimização do processo: etapa pré-tratamentoEm primeiro lugar, deve-se considerar que os resíduos e efluentes de uma indústria são resultado dos processos que ela emprega. Assim, antes de aplicar métodos de descarte e tratamento dos resíduos gerados, é preciso analisar sua produção industrial como um todo. Devem ser estudadas as fontes de poluentes, o consumo de água e matéria-prima, a composição das correntes líquidas e gasosas, as reações envolvidas, os equipamentos empregados, etc. Com essa análise, podem ser identificados pontos de melhora, realizando-se ajustes que otimizem o processo. Tal otimização, ao gerar a economia de água, energia e matérias-primas, promover o controle de poluentes e reduzir a perda de insumos e produtos durante a produção, maximiza a eficiência da indústria e minimiza a formação de resíduos. Esses novos efluentes, diferentes e em menor quantidade, provavelmente terão, posteriormente, um custo de tratamento inferior. Portanto, o controle de resíduos industriais ocorre inicialmente ao garantir um processo mais moderno e eficiente. Isso se dá a partir da manutenção correta e periódica ou pelo emprego de alterações que o otimizem e que sejam viáveis técnica e economicamente à realidade de sua empresa. Sistemas de tratamento: métodos e caracterização dos resíduosApós o conhecimento do processo industrial e de sua otimização, os resíduos devem ser submetidos a um sistema de tratamento e descarte. A escolha dos métodos de tratamento mais adequados e dos materiais a serem empregados depende dos fatores mostrados a seguir. Destaca-se, portanto, a caracterização do resíduo e de sua carga poluidora como um passo fundamental antes de implementar um sistema de tratamento. Para isso, devem ser obtidas informações acerca da indústria, como:
Por fim, o tratamento dos resíduos depende de como eles são classificados. Em relação a seu estado físico, eles podem ser divididos em resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões gasosas. Resíduos sólidosOs resíduos sólidos podem ser classificados em diferentes tipos, para os quais são empregados métodos diversos de armazenamento, tratamento e destinação final: Devido a suas características diferentes, deve haver a separação dos resíduos industriais perigosos dos não perigosos. O objetivo disso é evitar a contaminação de um pelo outro e garantir o tratamento adequado de ambos. De modo geral, o tratamento busca neutralizar aspectos negativos do resíduo, podendo inclusive transformá-lo em um produto que possa ser aproveitado para a geração de renda (como matéria-prima, por exemplo). Alguns dos métodos de tratar rejeitos incluem:
Além dos métodos de tratamento, o gerenciamento de resíduos sólidos de uma indústria considera também a minimização da geração de resíduos, maximização da reutilização e reciclagem e destinação final ambientalmente adequada. Emissões gasosasOs efluentes gasosos são formados por poluentes atmosféricos emitidos pelas indústrias. Dentre eles, ressaltam-se os materiais particulados, óxidos de enxofre e nitrogênio e monóxido de carbono. Existem leis que definem padrões de qualidade do ar a serem respeitados, sendo possível monitorar as concentrações de poluentes próximas a uma empresa. De modo geral, existem duas formas de evitar ou diminuir a poluição atmosférica proveniente da sua indústria: alterando a formação dos contaminantes e impedindo seu lançamento na atmosfera. A primeira envolve modificações e melhorias dentro do processo produtivo, aumentando sua eficiência e diminuindo gastos e geração de resíduos a partir da otimização, como dito anteriormente. Já a segunda pode ocorrer por meio do emprego de equipamentos que controlem as emissões gasosas para o ambiente depois de formadas. Alguns deles são:
Efluentes líquidosUma indústria utiliza água de diversas formas: na limpeza de equipamentos, em sistemas de resfriamento e geração de vapor ou em etapas diretas da produção. Nesse contexto, os volumes de água que não são perdidos por evaporação ou não incorporados ao produto tornam-se contaminados por resíduos do processo industrial ou por perdas de energia térmica, formando os efluentes líquidos. Estes, quando despejados em corpos hídricos, alteram sua qualidade, poluindo-os. Assim, o CONAMA define normas para o tratamento adequado desses efluentes. Por estarem diretamente relacionados à produção industrial, os aspectos dos efluentes dependem da natureza da indústria, das matérias-primas processadas, das etapas e operações unitárias do processo e da incorporação de substâncias indesejáveis à água. Desse modo, sua composição química e a forma como os poluentes estão incorporados no líquido variam muito, assim como os processos de tratamento que podem ser empregados. Estes podem ser classificados em físicos, químicos e biológicos, e geralmente atuam em conjunto para que os resíduos sejam completamente tratados. Tipos de processos
Para a escolha dos processos mais adequados para o tratamento dos efluentes gerados na sua indústria, deve ser feita inicialmente a caracterização dos efluentes a serem tratados, pela análise de temperatura, cor, odor, turbidez, toxicidade, pH, sólidos totais, dentre outros aspectos. Além disso, deve-se levar em consideração o atendimento à legislação, a área disponível para o sistema de tratamento e o custo envolvido em sua implementação. Pós-tratamento: reaproveitamento e vantagens econômicasO tratamento de resíduos industriais sólidos, líquidos ou gasosos representam não somente uma forma de atender à legislação ambiental e promover o descarte adequado de substâncias, constituindo também uma possibilidade de reaproveitamento desses resíduos e subprodutos. Para que um sistema de reuso seja implementado, deve-se complementar o sistema de tratamento já existente em sua indústria ou adicionar operações que transformem as substâncias em um material que possa ser aproveitado no processo produtivo, como matérias-primas. Com isso, garante-se a qualidade do efluente tratado e sua adequação ao uso desejado. Além do aspecto ambiental de redução do descarte e da retirada de matérias-primas da natureza, o reaproveitamento possui diversas vantagens econômicas. Dentre elas, destacam-se o beneficiamento dos resíduos no próprio processo produtivo, sua comercialização com outras empresas como fonte de renda auxiliar, redução de custos e asseguração do abastecimento de água na indústria, no caso de efluentes líquidos. Como tornar minha empresa mais sustentável em relação aos resíduos gerados?Podemos perceber que a geração de resíduos ocorre em qualquer processo produtivo, variando de acordo com a realidade de cada indústria. Assim, entender como os resíduos e subprodutos da sua produção podem ser classificados e, posteriormente, tratados e descartados, é essencial para que sua empresa seja ambientalmente coerente e alinhada às tendências de sustentabilidade! Quer saber mais sobre como fazer o gerenciamento adequado e legalmente correto dos seus resíduos industriais? A Propeq pode te auxiliar com um plano de proteção ao meio ambiente, proporcionando uma manejo mais sustentável de efluentes, redução de custos e avaliando a viabilidade da reutilização de subprodutos do seu processo. Também podemos ajudar você a ter uma produção mais otimizada e com menor geração de resíduos! Entre em contato com nossos consultores e agende um diagnóstico gratuito clicando no botão abaixo! Quais os tipos de destinação final de resíduos?Tipos de destinação e disposição final de resíduos. Compostagem. ... . Co-processamento em fornos de cimento. ... . Reciclagem. ... . Incineração. ... . Aterro comum ou lixão. ... . Aterro controlado. ... . Aterro Sanitário. ... . Você já ouviu falar em Aterro Zero?. O que é destinação de resíduos industriais?A destinação de resíduos industriais é uma atividade determinada por lei a fim de garantiro correto descarte do material epreservar o meio ambiente.
Quais são as formas de disposição final dos resíduos sólidos?Formas de disposição final de resíduos. Aterro comum ou lixão.. Aterro controlado.. Aterro Sanitário.. Sobre a Resíduo ALL.. O que é disposição final é quais as formas utilizadas?Segundo a PNRS, a disposição final consiste em distribuir ordenadamente os rejeitos em aterros, observando as normas operacionais específicas que evitem danos ou riscos à saúde e à segurança pública, minimizando os impactos ambientais adversos.
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