Quais são os objetivos do Japão ao permitir a entrada de imigrantes decasséguis?

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O processo de emigração japonesa remonta as primeiras décadas da modernização da economia japonesa. Entrando em contato com economias estrangeiras e adotando políticas de caráter capitalista, o Japão começou a passar por um conjunto de mudanças em uma economia ainda frágil e instável. Parte da população, não suportando as conseqüências de tais transformações, passou a buscar outras nações capazes de oferecer melhores condições de vida.

Um dos primeiros registros de emigração japonesa aconteceu no século XIX. No ano de 1868, um grupo de agricultores japoneses foi contratado para trabalhar em plantações de cana-de-açúcar de um fazendeiro norte-americano nas ilhas do Havaí e Guam. A ilegalidade desse primeiro movimento migratório incitou as autoridades japonesas a proibir a saída dos trabalhadores da ilha durante um período de vinte anos. Somente no final do século XIX o governo japonês começou a liberar e regular a emigração.

Idealizando a natureza temporária dessa emigração, as populações nipônicas saídas do país almejavam, quase sempre, retornar ao Japão depois de acumularem certa importância em dinheiro. Tornando-se um fenômeno de grandes proporções, o governo japonês fundou a Colonization Society. Tal entidade visava ampliar a quantidade de colônias japonesas espalhadas no mundo. Em 1897, tentou-se criar, sem muito sucesso, uma colônia agrícola nipônica no México. A partir de então, observamos o deslocamento dos emigrantes para diferentes regiões do continente americano.

Atraídos pela prosperidade das economias norte-americanas, cada vez mais japoneses buscavam se fixar nos Estados Unidos e no Canadá. O grande número de estrangeiros nipônicos criou uma situação incômoda, que obrigou as autoridades canadenses e estadunidenses a barrarem a entrada de japoneses em seus territórios. Com isso, os países da América Latina, principalmente o Brasil, se transformaram no destino preferido das populações migrantes do Japão.

Na década de 1930, a ação imperialista japonesa conquistou a Manchúria, uma porção do território chinês. A partir de então, diversos japoneses das regiões centro-norte foram enviadas sob o subsídio do governo para colonizar a região. Depois da derrota na Segunda Guerra Mundial, o governo japonês deu total incentivo à emigração, pois não tinha condições de sustentar a demanda de consumo de sua própria população. Nesse período diversos acordos bilaterais foram estabelecidos com países latino-americanos.

Ao longo da década de cinqüenta, países como Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e República Dominicana abriram suas portas para novas levas de emigrantes japoneses. A partir da década de 1960, a recuperação da economia japonesa propiciou o enfraquecimento do movimento migratório nipônico. Nos anos 80, o movimento se inverteu com a ida de descendentes japoneses, conhecidos como nikkeis, para trabalharem no país de origem de seus pais e avós.

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A relação migratória entre Brasil e Japão tem sua origem no início do século XX, fato desencadeado a partir de um acordo firmado entre os dois países.

Atualmente, o Brasil possui a maior população japonesa fora do Japão do mundo, são pelo menos 1,5 milhão de pessoas.

O acordo concretizado entre Brasil e Japão foi favorável aos dois países, o primeiro precisava de mão-de-obra para a produção do café e o segundo devido à falta de trabalho e pobreza que se estabelecia em algumas localidades do país.

Após um século da chegada dos primeiros grupos de imigrantes japoneses no Brasil o que tem acontecido é o processo contrário, ou seja, brasileiros descendentes migram para o Japão, esses são denominados de dekasseguis.

Hoje no Japão vivem pelo menos 300.000 mil brasileiros descendentes de japoneses que muitas vezes acompanhados dos cônjuges migram para o Japão com intuito de trabalhar nas indústrias em grande parte dos casos. Os brasileiros estão em terceiro lugar entre as etnias que compõe a população japonesa, superados somente por coreanos e chineses.

O caminho inverso realizado por brasileiros é impulsionado pelas sucessivas crises econômicas ocorridas no Brasil, poucas oportunidades, baixos salários, com isso buscam em outra nação uma melhoria nos rendimentos.

A política migratória japonesa concede permissão de ingresso no Japão para brasileiros descendentes para o trabalho legal por um razoável período de tempo.

O perfil dos brasileiros ou dakasseguis presentes no Japão é de pessoas com relativo grau de instrução escolar ou acadêmico, no entanto, são encaminhados por meio de agências ao trabalho em indústrias que produzem automóveis e eletrônicos, esses executam elevadas jornadas de trabalho recebendo ordenados baixos em relação ao custo de vida japonês.

Mesmo com todas as adversidades relacionadas ao trabalho e à queda do crescimento econômico japonês ainda é grande o fluxo de dekasseguis que se dirigem ao Japão.

Os dekasseguis representam para o Brasil entrada de capitais, pois segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) esses imigrantes são responsáveis pelo envio de aproximadamente US$ 2 bilhões para o país somente em um ano.

Quais são os objetivos do Japão ao permitir a entrada dos imigrantes?

Japão quer receber mais imigrantes para conter escassez de mão de obra.

Qual a importância da imigração para o Japão?

Além de bagagem, os recém-chegados traziam a coragem para recomeçar a vida em um país repleto de terras produtivas e longe das tensões sociais e pobreza que o Japão enfrentava na época.

Qual foi o motivo da vinda dos japoneses para o Brasil?

A vinda de imigrantes japoneses para o Brasil foi motivada por interesses dos dois países: o Brasil necessitava de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente em São Paulo e no norte do Paraná, e o Japão precisava aliviar a tensão social no país, causada por seu alto índice demográfico.

Como é a imigração no Japão?

Os imigrantes são necessários Graças ao recente aumento do turismo (cerca de 31 milhões de pessoas viajaram para o Japão em 2018), há muitos visitantes estrangeiros, mas também estudantes e trabalhadores de outros países em lojas e bares, especialmente de outros países asiáticos.