Quais seriam as alternativas para reduzir os custos do agronegócio brasileiro com transportes?

Enquanto a Ferrogrão não sai do papel, as empresas exportadoras de soja e milho no Brasil fazem o que podem para reduzir seus custos logísticos. Estamos ainda longe do ideal, mas, em 2018, em torno de 55% do volume de grãos de soja e milho exportados pelo País já chegaram aos portos nacionais por ferrovia ou hidrovia.

Quais seriam as alternativas para reduzir os custos do agronegócio brasileiro com transportes?

Figura 1 – Barcaça transporta soja pelo rio no Brasil

Fonte – Divulgação

O problema se torna claro quando se analisa nosso principal concorrente no mercado internacional de soja e milho, os Estados Unidos. Lá, em 2016 (último ano com dados disponíveis), 87% do volume de soja e milho exportado foram transportados para os portos do país por ferrovia ou barcaça. Com transporte interno mais barato, a soja e o milho norte-americanos são comercializados por preços menores que os brasileiros, garantindo vantagem competitiva para os Estados Unidos no mercado internacional.

As carências na infraestrutura de transportes que ocasionam esse desequilíbrio da matriz brasileira não são uma exclusividade do Agronegócio, mas ficam mais evidentes nesse setor, um dos principais da economia nacional e que agora se recente com o tabelamento do frete rodoviário. Por mais que o Agronegócio se desenvolva no País e seja referência internacional, ele sempre vai correr atrás na disputa internacional, a menos que seja beneficiado por alguma intempérie ou guerra comercial.

Como empresário não deve nunca ficar refém da sorte, as traders estão partindo para a ação e prometem investir em infraestrutura. Para fugir dos altos custos do frete rodoviário, elas prometem tirar do próprio bolso o capital para construir a Ferrogrão, ferrovia que vai ligar a produção do Norte do Mato Grosso aos terminais hidroviários de Miritituba.

Atualmente, Miritituba é responsável por embarcar, anualmente, quase 9 milhões de toneladas de soja e milho, que são transportados por rio até os terminais de Santarém e Vila do Conde, por onde são exportados. O governo Federal promete conceder a Ferrogrão para construção ainda em 2019, e a expectativa é de que, em seu primeiro ano após a construção, a ferrovia já esteja movimentando 13 milhões de toneladas de soja e milho.

Em outra frente, a Rumo acaba de ganhar a concessão do trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela d’Oeste (SP) da Ferrovia Norte-Sul e espera que, até 2021, esteja operando integralmente e levando os grãos de Goiás e Tocantins até o Tegram, terminal graneleiro de São Luis (MA). Pelo seu lado, o Tegram planeja, até 2020, ampliar de 7 milhões para 12 milhões de toneladas a sua capacidade para exportar grãos.

Existe a expectativa ainda da construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), cuja primeira fase do projeto promete ligar Água Boa (MT) à Norte-Sul, na altura de Campinorte (GO). A promessa é de que ela será construída pela Vale, como contrapartida para renovação das concessões das Estradas de Ferro Carajás e Vitória-Minas. Será mais uma opção para os grãos do Mato Grosso, seja para chegar ao porto de São Luis ou descer para Santos.

Após alguns anos de marasmo na já combalida infraestrutura brasileira, parece que os ventos começam a soprar mais forte, principalmente pelo lado das empresas do Agronegócio. Mas essas obras precisam acontecer e, mesmo assim, não serão suficientes. É preciso olhar para a infraestrutura do Sul, Nordeste e Sudeste, principalmente em direção ao porto de Santos. Mas isso é papo para outro post.

Quais seriam as alternativas para reduzir os custos do agronegócio brasileiro com transportes?

Quais seriam as alternativas para reduzir os custos do agronegócio brasileiro com transportes?

Diminuir despesas e maximizar as receitas é um desafio em qualquer setor de mercado. Na agropecuária não é diferente: compreender quais os mecanismos que ajudam nesse sentido pode ser um diferencial competitivo para os produtores rurais. Dessa forma, faz-se necessário conhecer como reduzir os custos da agropecuária com métodos assertivos.

Isso porque ainda há muitos empresários, administradores e profissionais do setor que negligenciam a importância da redução de despesas. Para que você não passe por isso, trazemos um artigo completo evidenciando como reduzir os custos na agropecuária em 7 passos – tornando assim seu negócio mais eficiente, produtivo e, claro, rentável.

1. A tecnologia a seu favor

O primeiro passo – e que abarca todos os processos listados abaixo – é utilizar o que a tecnologia tem a oferecer para o homem do campo. E, aqui, falamos de vários aparatos, sistemas, softwares, equipamentos, entre outros, que ajudam de forma direta na redução de gastos.

Sistemas de gestão agropecuária, que integram e automatizam dados da safra, fornecem cuidados com o gado e centralizam as informações financeiras são um ótimo exemplo. Assim, enxerga-se em quê há maiores despesas, racionalizando as operações.

Os próprios aplicativos já podem fazer toda a diferença, pois são práticos e funcionais. Ainda, equipamentos tecnológicos que melhoram o consumo de insumos – da ração, passando por bicos de pulverização, até a água utilizada na plantação, por exemplo – reduzem diretamente os gastos.

Saiba mais sobre como a tecnologia melhora a produção agrícola.

Quais seriam as alternativas para reduzir os custos do agronegócio brasileiro com transportes?
Aplicativos garantem acesso a mais opções de negócios o que resulta em redução dos custos 

2. Planejamento de compra

Planejar-se é, basicamente, o meio de sobrevivência em todas as empresas e setores. No ramo agropecuário, devido ao alto volume de produtos a serem adquiridos, como os defensivos agrícolas, é necessária uma atenção a mais no planejamento.

Assim, o segundo passo é planejar a compra. Mas, como fazer isso? Primeiramente, analisa-se a quantidade necessária a ser adquirida de acordo com o planejamento; e, na sequência, buscam-se as melhores condições de mercado para a aquisição.

O grande erro de muitos produtos rurais é uma fidelidade com fornecedores que, ao passar do tempo, tornase onerosa. Ao buscar os produtos em marketplaces do agronegócio, por exemplo, comparam-se todos os processos e é possível encontrar as melhores condições.

3. Tenha um bom plano de logística

A logística é fator indispensável – e, muitas vezes, o maior gasto da agropecuária nacional. É de conhecimento geral que nosso sistema rodoviário apresenta vários problemas, enquanto o ferroviário possui pouca infraestrutura para o transporte da produção rural.

Ao criar um bom plano logístico, identificando os custos com estoque, transporte e entrega, diminuem-se radicalmente as despesas que antes poderiam passar ‘batidas’ nos balancetes financeiros do seu negócio rural. Não à toa, a logística pode ser responsável por até 20% do preço final do produto que chega até o consumidor.

Há alternativas, como sistemas cooperativos de transporte, com outras propriedades rurais da região; terceirização do escoamento por empresas especializadas que tenham eficiência logística; e o controle/monitoramento de todas as etapas do processo logístico, evitando perdas, extravios e excessivo consumo de combustível pelos caminhões.

4. Agricultura de precisão

Uma eficiente técnica que reduz (e muito) os custos na sua propriedade rural é a agricultura de precisão. Basicamente, refere-se a uma série de dados e informações acerca do solo, captados por diversos equipamentos, como o próprio GPS, que permitem otimizar a safra e aumentar a produtividade.

Quais seriam as alternativas para reduzir os custos do agronegócio brasileiro com transportes?
Eficiência reduz custos e a agricultura de precisão proporciona essa melhoria

Isso possibilita analisar quais culturas ou locais da lavoura são mais produtivas, além de direcionar a aplicação correta e suficiente de adubos e fertilizantes. Tudo de forma organizada e de fácil análise pelos gestores da propriedade.

Em países da Europa e da América do Norte, a agricultura de precisão é uma regra, pois elimina gastos desnecessários – como a utilização excedente de água que a lavoura precisa. O melhor é que essa técnica é de fácil aplicação, independente do tamanho da sua propriedade e traz resultados rápidos para o campo.

5. Racionalização de insumos

O quinto passo entra em sintonia com os outros quatro que destacamos até aqui: a racionalização de insumos. Nesse ponto, é preciso seguir uma série de objetivos para que os custos sejam amplamente reduzidos:

A aplicação correta e sem desperdício de defensivos que não tragam impactos ambientais, o que apenas pode gerar mais despesas – como pesadas multas;

O controle do armazenamento de adubos, defensivos e ração para o gado precisa ter prioridade. Assim evita-se a perda de itens por ultrapassarem a validade, ou perderem sua eficiência;

A ração, vale a ressalva, é um insumo indispensável: deve-se escolher o alimento correto e de qualidade para os bovinos, caprinos, suínos, aves, entre outros; além disso, planejar o estoque para períodos de estiagem, como o inverno, também é uma forma de racionalizar os insumos.

6. O fator investimento

O sexto passo é investir. Sim, investir de forma racional e planejada é a melhor forma de reduzir custos na sua propriedade rural. Isso compete equipamentos que aumentem a produtividade, qualificação pessoal e dos funcionários, além de análises técnicas do rebanho e/ou das culturas.

Tudo isso permite que, em pouco tempo, os resultados apareçam. Lembre-se: o investimento, principalmente em um mercado tão expressivo como o agropecuário, traz resultados em médio e longo prazo – sendo um deles, a redução de gastos.

Há linhas de crédito de aquisição de equipamentos muito atrativos. Mas, se há a possibilidade de reinvestimento, isso maximiza os resultados, diminuindo custos agregados – como manutenção de equipamentos e máquinas, desperdício da safra, doença dos animais e tantos outros prejuízos.

7. Atualização constante

As pesquisas na agropecuária avançam a cada ano. Além de trazerem métodos e ferramentas cada vez mais eficientes para escoar a produção ou no cuidado com o gado, elas impactam diretamente nas finanças da sua propriedade.

Por isso, atualizar-se constantemente é nosso último e indispensável passo. Entender como está o mercado através de notícias, a leitura de artigos e dicas sobre o setor (como os que trazemos aqui no nosso blog), assistir vídeos e tutoriais, participar de palestras e seminários – tudo faz a diferença.

O mundo moderno exige expertise dos produtores que desejam se destacar no setor agropecuário. Por isso, se deseja aumentar seus ganhos com a consequente diminuição dos custos, a atualização constante é o caminho orgânico para o sucesso do seu negócio.

Sabendo como reduzir os custos na agropecuária em 7 passos, que tal colocar na prática? Compare preços e encontre as melhores condições para o seu negócio.

O que pode ser feito para a redução dos custos de transporte?

Quer saber como reduzir custos de transporte?.
1 – Realize uma roteirização de cargas e entregas eficiente..
2 – Programe as manutenções periódicas..
3 – Reduza ao máximo a ociosidade da frota..
4 – Invista na automação de processos..
5 – Invista em embalagens adequadas..
6 – Considere a terceirização do transporte..

Como reduzir custos no agronegócio?

A principal iniciativa capaz de realizar uma grande redução de custos no agronegócio é o planejamento, que deve alcançar todos os aspectos da produção agrícola, desde sua instalação na propriedade. Assim, a partir da infraestrutura necessária, até as operações agrícolas, tudo precisa ser cuidadosamente planejado.

Como uma empresa pode reduzir os custos de estoque e transporte?

A automação de processos é uma das formas mais eficazes de aplicar a redução de custos logísticos em sua empresa. A realização de atividades de forma manual oferece alguns inconvenientes que podem resultar em mais custos para seu negócio.

Quais soluções para resolver o problema logístico do agronegócio?

Na prática, são três os principais pontos que merecem melhor organização no setor: suprimentos (insumos, como fertilizantes ou sementes), apoio à produção (tecnologias que possam controlar melhor o plantio) e distribuição (que deve ser organizada com um planejamento de rotas de modo a minimizar os gastos e desperdícios ...