Qual a importância do currículo no processo de ensino e aprendizagem?

As possibilidades existentes para a definição de um currículo escolar são muitas. É preciso que haja um olhar atencioso na hora de selecioná-las a fim de formar os cidadãos do futuro

Todos parecem saber a que nos referimos quando falamos em currículo escolar, entretanto a expressão também gera dúvidas e algumas dificuldades para defini-la com clareza.

Para alguns, apenas o “conteúdo de cada matéria” ou “o conjunto de saberes construído pela humanidade e que deve ser transmitido às novas gerações”, outros se referem à “proposta pedagógica da escola” e “aquilo que cai nas provas”.

A verdade é que não se trata apenas de uma definição teórica, ou uma questão burocrática. O currículo escolar é a pedra angular do trabalho pedagógico realizado todos os dias nas escolas. 

Quanto à origem da palavra, currículo vem do latim “currere”, que significa rota, caminho. Representa, então, a proposta de organização de uma trajetória de escolarização, envolvendo conteúdos estudados, atividades realizadas, competências desenvolvidas, com vistas ao desenvolvimento pleno do estudante.

Para a gestão de conhecimento no ambiente educacional, o currículo escolar é o referencial. E na construção desse caminho é importante que exista uma indicação tanto de conteúdos quanto de formas de trabalho – “o que” e “como” trabalhar no dia a dia das salas de aula.
Na organização e gestão do currículo, a partir da sua escolha metodológica, a instituição pode adotar abordagem disciplinar ou interdisciplinar:  

  • No modelo clássico disciplinar, os conteúdos em disciplinas justapostas são abordados e representam as parcelas da experiência e do conhecimento humano;

  • No modelo interdisciplinar, os conteúdos são desenvolvidos de forma integrada com as diferentes áreas do conhecimento em real trabalho de cooperação entre as disciplinas;

  • No modelo interdisciplinar existem várias possibilidades de organização, mas, em todas elas é preciso um esforço consciente por parte da equipe escolar para tratar o conhecimento de forma integrada, e o currículo pode já prever essa dimensão integradora ou os elementos que podem fazer ela acontecer na prática.

E o que levar em conta, afinal?

  1.  A flexibilidade é importante para responder a mudanças e atualizações em todas as áreas do conhecimento, incorporar novidades e considerar as necessidades futuras dos estudantes que estão em formação. Sendo assim, o currículo deve ser um documento vivo, dinâmico, e não algo estático, sempre igual ou acabado;

  2. A vida no século 21: o mundo desenvolve-se de forma cada vez mais complexa e demanda novas estratégias de ensino e propostas que sempre dialoguem com a realidade dos estudantes.

Há muitas possibilidades para se definir um currículo e não é tarefa simples selecionar o que irá compor cada proposta. São essas escolhas que ajudarão o ambiente educacional a formar cidadãos que viverão no mundo globalizado, mas que também trazem em sua bagagem de vida os valores regionais.

Ou seja, mesmo que existam referências nacionais para se desenvolver habilidades e trabalhar conteúdos e competências tidas como essenciais para estudantes de qualquer parte do país ou do mundo, é o currículo escolar que garante como se pode, ao mesmo tempo, levar para a sala de aula a cultura local, o estudo de problemas da realidade e a aplicação do conhecimento, por parte dos estudantes, aos desafios que encontram em seu cotidiano.

Por fim, tendo em vista que o currículo escolar acontece de fato na instituição educacional, além de terem a prerrogativa para fazer escolhas a partir das referências nacionais ou de cada sistema de ensino, é importante que essas instituições dialoguem com os profissionais e equipes reconhecendo que eles têm crenças, valores, vivências e posicionamentos próprios construídos ao longo de suas histórias de vida e de suas trajetórias profissionais.

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Você, por acaso, já reparou que, de algumas décadas para cá, aquilo que os estudantes aprendem no ensino básico vem sendo foco de cada vez mais discussões? Transformações de todo tipo vêm acontecendo nas escolas ao redor do mundo, abrangendo de experimentações com novas metodologias de ensino a diferentes formas de relacionamento com a comunidade escolar, além de aumentarem a importância do currículo na educação infantil.

Questionando a eficácia dos métodos tradicionais no mundo de hoje, essas mudanças têm por objetivo enriquecer a formação dos nossos futuros cidadãos, conciliando-a com as demandas do mercado e individualizando o ensino. É simples: essa transformação assegura que todos adquiram conhecimentos básicos dos mais variados temas para continuar seu aprendizado e ter sucesso depois da escola.

Para ajudar você a entender essas novidades, vamos explicar neste post um pouco mais sobre o que é o currículo escolar, como ele é elaborado e por que um currículo diferenciado pode fazer a diferença no futuro do seu filho. Continue lendo e fique por dentro!

Você já havia parado para pensar sobre como as escolas decidem o que será aprendido por seus alunos em cada etapa de sua formação? Pois o currículo escolar é, em linhas gerais, justamente isso: a distribuição dos conteúdos a serem estudados e das atividades a serem executadas pelos estudantes em todo o seu percurso pelo ensino básico.

Aliás, a própria palavra currículo, que vem do latim curriculum, significa basicamente caminho. Trata-se, portanto, da trajetória que deve ser percorrida por todo aluno do primeiro ano do ensino infantil ao terceiro do ensino médio. Isso inclui as matérias a serem ensinadas a cada período letivo, os tópicos que serão abordados em cada matéria, as competências que o estudante deve dominar ao final de cada etapa e muito mais.

Como ele é elaborado?

A Constituição de 1988 já prevê a adoção do currículo escolar por todas as instituições de ensino do país — pelo menos no nível fundamental. A medida visa garantir que todos os estudantes do Brasil tenham acesso a uma série de conteúdos fixos, que são considerados mínimos para a formação básica.

Depois dela, o próximo passo aconteceu em 1996, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabeleceu uma série de Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que deveriam guiar a elaboração dos currículos das escolas no ensino fundamental e também no ensino médio. Mais tarde, em 2008, o Programa Currículo em Movimento incluiu parâmetros para o ensino infantil na Lei de Diretrizes e Bases.

É claro que, em todos esses casos, a definição dos conteúdos a serem estudados passou por uma pesquisa intensa e de longa duração, com debate entre educadores e outros profissionais da área, sempre com o intuito de garantir, cada vez mais, uma educação de qualidade para todos os estudantes do país.

Mais recentemente, em 2014, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) colocou como meta a elaboração de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para todo o Brasil. Sua intenção é a de elevar os padrões de ensino em todas as regiões, reduzindo a desigualdade no desempenho dos alunos em exames de cunho nacional — como o ENEM.

No caso específico da BNCC, sua elaboração vem contando com amplos debates e consultas à comunidade. Esse longo processo tem por objetivo democratizar o ensino no país e aumentar a participação de pais, professores e alunos de todas as regiões nas decisões envolvendo a educação.

Qual é a base do currículo escolar infantil?

Quando se trata da elaboração do currículo escolar para o público infantil, há que se considerar os seus eixos principais: a ludicidade por meio de brincadeiras e interações; a criança enquanto ser integral que se comunica com o mundo por meio do seu corpo, em experiências concretas em diferentes linguagens e com parceiros distintos; os princípios estéticos, políticos e éticos e a inseparabilidade entre educar e cuidar.

Além disso, seis importantes direitos de aprendizagem para todos os pequenos devem ser garantidos, tais como:

1. Conviver

O aluno tem que conviver de forma democrática com crianças e adultos, de modo a utilizar e produzir várias linguagens, o que contribui para aumentar o seu conhecimento gradativamente, bem como o relacionamento e o respeito às diferenças entre os indivíduos, à sociedade, às singularidades, à cultura e à natureza.

2. Brincar

É direito da criança brincar na escola de variadas formas com os seus colegas. Essa interação possibilita a recriação da cultura infantil, acesso ao patrimônio social, cultural e científico, ampliando as suas capacidades cognitivas, motoras, relacionais e emocionais.

3. Participar

Ter participação protagonista em todos os processos educacionais aplicados pela instituição de educação infantil, tanto nas avaliações das atividades trabalhadas em sala, na escolha dos materiais, brincadeiras e ambientes, quanto nas tarefas oriundas da vida cotidiana.

4. Explorar

O educador tem a responsabilidade de explorar os gestos, movimentos, palavras, sons, linguagens artísticas, histórias, elementos da natureza, objetos, ambientes urbanos e do campo, promovendo o relacionamento com o repertório ambiental, artístico, cultural, tecnológico e científico.

5. Comunicar

Os pequenos precisam se comunicar a partir de diferentes linguagens, sentimentos, opiniões, narrativas de experiências, desejos, registros vivenciais e pedidos de ajuda.

6. Conhecer-se

Um dos pilares do currículo escolar infantil é proporcionar o autoconhecimento à criança, criando condições para a construção da sua identidade pessoal e cultural, a fim de formar uma imagem de si mesma e dos grupos aos quais pertence nas interações e brincadeiras vivenciadas na escola.

Quais as vantagens de um currículo diferenciado?

Depois de conhecer um pouco mais sobre o processo de elaboração dos currículos escolares a nível governamental, vale ressaltar que as medidas unificadoras do Ministério da Educação (MEC) visam apenas garantir o ensino de conteúdos considerados essenciais nas escolas de todo o Brasil. Sendo assim, há ainda bastante espaço para que as instituições de ensino tragam inovações e conteúdos diferenciados a seus currículos, acrescentando características únicas aos parâmetros da BNCC.

Entre essas diferenças, estão, por exemplo, o ensino bilíngue, a ênfase nas artes, as matérias eletivas, a formação pluricultural, a educação complementar e assim por diante — cada uma com suas vantagens específicas, claro. Mesmo assim, podemos destacar alguns benefícios que se aplicam a todas. Veja só:

Desenvolvimento cognitivo e psicológico

As atividades e os conteúdos de um currículo diferenciado tendem a contribuir muito para a inteligência cognitiva e até emocional dos estudantes, já que estimulam capacidades que eles não usariam em outro contexto — nem no currículo tradicional. É o caso, por exemplo, do aprendizado de idiomas, da formação artística, teatral e musical, das atividades físicas, dos grupos de debate, entre outros.

Preparação para a vida profissional

Aprender os conteúdos tradicionais (como Geografia, Matemática, Química e Física) é o básico. No entanto, na hora de iniciar uma carreira, sabemos que o mercado exige muito mais habilidade e capacidade de aplicação do conhecimento do que essas matérias nos fornecem no ensino comum.

Em uma escola com currículo diferenciado, a intenção é promover uma formação mais completa que aquela contemplada pelo currículo tradicional. Dessa maneira, os estudantes podem adquirir, desde bem cedo, essas habilidades tão importantes que, mais tarde, serão exigidas — como desenvoltura para falar e escrever, flexibilidade, rapidez e pragmatismo na resolução de problemas e por aí vai.

Foco em interesses e talentos individuais

Finalmente, ao agregar conteúdos e atividades fora do padrão do aprendizado das crianças e adolescentes, o currículo diferenciado permite que os jovens descubram novas formas de se destacar e de explorar suas habilidades naturais, indo além dos limites impostos pela escola tradicional.

Além de motivar e engajar o aluno na escola, esse diferencial também contribui para aumentar sua autoconfiança, criar momentos de descontração e encontrar novas formas de se relacionar com a escola e os colegas, o que reflete positivamente no restante do aprendizado.

Dessa forma, é possível desenvolver não apenas habilidades cognitivas — como inteligência, capacidade de resolução de problemas e raciocínio lógico —, como também não cognitivas — sociabilidade, cooperação, resiliência e curiosidade, entre outras —, tão essenciais quanto as primeiras no sucesso de qualquer pessoa.

Melhora nas habilidades da criança

O currículo escolar diferenciado permite que a criança tenha acesso a conteúdos diversificados e que vão além do conhecimento de disciplinas. As aulas são preparadas para que os alunos aprendam a partir da exploração e pensamento a respeito dos diversos tipos de fenômeno.

Com isso, as crianças aperfeiçoam os seus perfis e habilidades, tornando-se mais ativas na aprendizagem no campo cognitivo, físico, social e artístico, haja vista que o ensino não se dá apenas na área teórica, mas também na prática, o que permite que o aluno aprenda por meio da experimentação, ou seja, ‘’colocando a mão na massa’’, tendo uma experiência mais eficiente e divertida.

Autonomia e autocuidado

Uma vez que o currículo escolar trabalha o autoconhecimento e distribui responsabilidades aos pequenos, ele está propiciando o crescimento da autonomia e do autocuidado da criança. Portanto, os alunos têm a oportunidade de aprender qual é a importância de realizar as suas próprias atividades, de cumprir com os seus deveres, de ajudar quem está ao seu redor e de tomar atitudes que beneficiem o seu bem-estar físico, mental e emocional, preservando a sua saúde.

Esses fatores são fundamentais para que o seu filho desenvolva o senso de dependência desde cedo, o que o faz ser um adolescente e adulto mais responsável, seguro e autoconfiante para conquistar os seus objetivos futuros.

Desenvolvimento da linguagem e da interação social

Um dos pilares do processo educativo é a linguagem — item indispensável para o currículo de aprendizagem de uma boa instituição de ensino. Afinal, trata-se de um fator que amplia a eficiência da aquisição de conhecimento, pois possibilita que o aluno participe de momentos e situações mais dinâmicos. Isso estimula a criança a aprimorar e explorar as suas próprias ferramentas comunicativas e sociais.

Ao desenvolver os seus instrumentos de comunicação, o seu filho terá mais facilidade para se comunicar não só na escola, mas em todos os ambientes dos quais ele participa e com todos os indivíduos que fazem parte do seu cotidiano. Tudo isso ajuda a ampliar a interação social da criança, o que é ótimo para que ela seja mais sociável, tenha mais facilidade para se expressar em público, se aproximar dos colegas e fazer amizades.

Aumento do interesse do aluno pelo estudo

A proposta do currículo escolar diferenciado é ser mais atraente para os personagens principais da escola — os alunos —, fazendo com que o ensino saia do lugar-comum e tradicional e seja mais interessante, estimulante e desafiador. Sendo assim, aumenta-se o interesse dos discentes pelo estudo, condição essencial para a assimilação e armazenamento dos conteúdos estudados.

Aulas bem planejadas, recheadas de tarefas teóricas e práticas e com atividades lúdicas e divertidas são capazes de despertar a vontade do aluno em querer saber cada vez mais sobre os assuntos discutidos em sala. Assim, o processo de aprendizagem ultrapassa os muros da instituição de ensino e se torna mais prazeroso.

Como avaliar o currículo da escola?

Para garantir que o seu filho está estudando em uma escola com um projeto de ensino diferenciado e eficiente, é necessário analisar alguns fatores. Para isso, é recomendado conversar com os professores para saber o que e de que forma está sendo ensinado e como a criança está respondendo a isso enquanto discente.

É imprescindível avaliar se o seu desenvolvimento está evoluindo, parado ou regredindo. A partir desse ponto, você consegue identificar se o método trabalhado pela instituição está adequado ao perfil do seu filho.

Também é importante observar se a escola realmente tem oferecido o que é proposto em sua metodologia de ensino. Isso pode ser feito por meio da comparação da proposta de aprendizagem oficial da instituição de ensino com as atividades que as crianças têm desenvolvido no dia a dia.

Conversar com os outros pais e trocar informações sobre como os filhos deles estão se adaptando ao currículo escolar é um recurso válido para verificar se o seu filho está acompanhando os colegas, se está sentindo alguma dificuldade em relação aos demais, se a aprendizagem tem eficácia e atende às necessidades de todos.

Agora que já sabe mais sobre a importância do currículo na educação infantil e por que ele deve ir além do básico para proporcionar uma formação mais completa para seu filho, você pode fazer uma avaliação segura na hora de escolher a melhor escola,

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Qual e a importância do currículo na educação?

O currículo escolar funciona como um guia de todo o processo educacional, pois ele determina o caminho que os alunos vão percorrer na escola. Nele, estão organizados os conteúdos que serão estudados, bem como as atividades e competências a serem desenvolvidas.

O que e um currículo no processo Ensino

O currículo escolar é o caminho que o estudante deve percorrer durante sua vida na escola. Nele, estão organizados os conteúdos que o aluno vai aprender ao longo do estudo em uma instituição de ensino.

Qual a função do currículo no processo de ensino e aprendizagem na educação básica?

Ou seja, mesmo que existam referências nacionais para se desenvolver habilidades e trabalhar conteúdos e competências tidas como essenciais para estudantes de qualquer parte do país ou do mundo, é o currículo escolar que garante como se pode, ao mesmo tempo, levar para a sala de aula a cultura local, o estudo de ...

Qual a importância fundamental do currículo?

Um currículo bem estruturado é uma potencial ferramenta para chamar a atenção de um recrutador. Ele é a porta de entrada para entrevistas e possíveis empregos e deve ser bem estruturado para garantir que seu alvo - no caso, recrutadores -, sejam atingidos.