Mudar totalmente a moto mais vendida do Brasil e mantê-la na liderança foi o desafio da Honda ao lançar a CG 160 2016. Para saber se a empresa acertou nas mudanças, levamos a versão top de linha da família CG, a Titan, para rodar em nossas ruas e estradas. Assim podemos responder se ela vale os R$ 10.000 pedidos nas concessionárias de São Paulo. Show A principal mudança da linha CG é o uso do motor de 162,7cm³ – o mesmo da versátil Honda NXR 160 Bros. O propulsor tem mais torque e potência do que a versão anterior. Quando abastecida com etanol, atinge 15,1 cv a 8.000 rpm de potência. Já a versão de 150 cc tinha 14,3 cv a 8.500 rpm. O torque também aumentou de 1,45 kgf.m (a 6.500 rpm) para 1,54 kgf.m em 6.000 rpm. Essas mudanças alteram o comportamento do modelo, principalmente na cidade, deixando a moto mais esperta. Na estrada o motor mostrou mais vigor. Foi possível rodar a 110 km/h, enquanto o propulsor trabalhava a 7.500 giros. Se acelerar com vontade, o velocímetro atinge os 120 km/h. A velocidade máxima se aproxima dos 130 km/h, porém somente em uma descida para superar essa marca. Nas subidas, como era de se esperar, a moto perde velocidade, mas não exige reduções de marchas. Nesse teste percorremos várias vezes a Rodovia Fernão Dias entre São Paulo e Atibaia, e as reduções de marcha só foram necessárias em meio ao trânsito de caminhões. Com pista livre, e se o piloto desejar, é possível fazer o percurso em última marcha. Já na cidade, o torque facilita ainda mais a pilotagem dispensando as excessivas trocas de marchas. Quando o piloto precisa de arrancadas mais rápidas, aí sim, a redução de marchas se faz necessária. O câmbio, de cinco velocidades, mostrou um bom escalonamento com fáceis e precisos engates. Consumo Na estrada, usando a moto de forma esportiva, o consumo ficou na casa dos 35 km/litro. Prometendo uma autonomia superior aos 500 km, por conta da capacidade de 16,1 litros no tanque. Isso significa ir de São Paulo até o Rio de Janeiro sem abastecer. Na cidade, o consumo médio foi de 39 km/litro, porém para atingir essa marca, é preciso usar mais o torque do que a potência. Ou seja: trocar as marchas no tempo certo, sem “esgoelar” a moto. Para ajudar a pilotar desta forma existe o conta-giros, um equipamento que sempre foi artigo de luxo em motos de baixa cilindrada. No caso da CG, por exemplo, estava presente nas primeiras versões e agora retornou, mas somente na versão Titan. Na prática, além do apelo esportivo, o conta-giros informa o número de rotações por minuto do motor. Para economizar combustível, a marcha deve ser trocada antes da faixa de torque máximo – no caso da CG a 6.000 rpm. No completo painel, o indicador de marcha faz falta, principalmente para os iniciantes. Conforto e ergonomia Os pés tocam o solo com facilidade (o banco está a 79 cm do chão) o que permite manobrar os 121 Kg (a seco) da moto com segurança. Seja entre os carros ou mesmo na hora de estacionar. Por falar em estacionar, o cavalete central mostrou-se um grande aliado, principalmente para encaixar a moto nas vagas apertadas dos bolsões de São Paulo. Já que a CG é tão moderna, sentimos falta do interruptor chamado de “side stand”– que não desliga o motor caso o cavalete lateral esteja aberto. Um item de segurança capaz de evitar acidentes. Na hora de transportar objetos, como a inseparável capa de chuva, existe a facilidade dos ganchos na alça do garupa, no bacalhau e debaixo do banco. As novas alças de apoio têm design bem moderno e transmitem confiança à garupa – é bom lembrar que muitos mototaxistas usam a Titan. Caso o motociclista deseje, as alças da garupa podem ser retiradas, deixando a “Titanzinha” mais esportiva. Adeus aos raios Uma grande diferença está no comportamento em curvas. Os pneus Pirelli City Dragon se mostraram precisos aos contornas as curvas mais rápidas da rodovia Fernão Dias, até mesmo em dias de chuva. O sistema de freios combinados (CBS) é uma “mão na roda” para quem se acostumou a usar apenas o freio traseiro. O sistema transfere parte de força de frenagem na roda da frente. Na prática garante frenagens com maior eficiência. O que ainda é estranho é o sistema de lonas na roda traseira que, apesar de eficientes, não combina mais com a moto. Conclusão Ficha Técnica Fonte: Quantas Titan 160 faz por litro?O motor atual é flex, que teve a capacidade aumentada para 162,7 cc e consegue fazer facilmente mais de 40 km/l com gasolina.
Qual a velocidade máxima de uma Titan 160?Se acelerar com vontade, o velocímetro atinge os 120 km/h. A velocidade máxima se aproxima dos 130 km/h, porém somente em uma descida para superar essa marca.
Qual é melhor a Titan 160 ou a Fan 160?HONDA CG 160 TITAN
A esportividade segue na carenagem, de formato maior que segue para frente e na direção do motor, com visual mais agressivo do que o presente na CG 160 Fan. Outra diferença entre as motos CG 160 Fan e Titan é a presença de um painel mais completo na segunda.
Quantos km por litro faz a Titan 160 2023?Consumo de combustível Honda CG 160 2023
Portanto, as versões Cargo, Fan e Titan conseguem rodar 35 km/litro abastecidos com etanol. Foto: Honda. Entretanto, quando o tanque está com gasolina, o consumo é bem melhor. Ela conseguem fazer até 41 km/litro.
|