Qual foi a importância do ciclo do café para o processo de industrialização brasileira?

Salto / SP

Especialização: Terapia Cognitivo Comportamental (Universidade Cruzeiro do Sul - SP)

História para Ensino Fundamental História para Vestibular História - Formatação

Psicanalista, Prof. de Filosofia, Sociologia, História, Pedagogia e Psicologia, ampla experiência no Ensino Fundamental, Médio, Superior. e Cursinhos.

Abstract

Resumo: O café, um dos produtos mais tradicionais da pauta de exportação brasileira, teve grande participação na formação histórica e econômica do país, se tomando um dos maiores geradores de renda e riqueza também para o estado do Paraná, especialmente nas décadas de 50 e 60. O presente trabalho apresenta fundamentalmente o papel desempenhado pela cafeicultura no processo de industrialização paranaense e as dificuldades encontradas pelo estado para integrar-se economicamente no mercado nacional. Para tanto foi necessária fazer um resgate histórico do café no Brasil e expor alguns fatos considerados necessários para interpretação das várias fases de desenvolvimento da economia paranaense. A importância da cafeicultura para o processo de industrialização do Estado e explicada através dos seguintes fundamentos: as vantagens oferecidas pela cafeicultura foram de tal forma atraentes, que o estado do Paraná concentrou, durante muitos anos, a maior parte dos seus recursos disponíveis apenas nesta atividade, tomando-a a principal condutora da economia. Como consequência, criou-se uma relação de extrema dependência com o café, o que impossibilitou o desenvolvimento de outras atividades, especialmente a industrial. A ausência de uma estrutura produtiva industrial, levou o Estado a necessidade de importar produtos industrializados, implicando na transferência de renda e emprego aqueles estados mais dinâmicos, como São Paulo. Assim, ao mesmo tempo em que a cafeicultura paranaense foi a maior responsável pela rápida transformação econômica do estado em razão da forma como se desenvolveu e se estruturou, criou barreiras ao aparecimento das atividades industriais, tomando o Paraná uma economia periférica caracterizada durante muitos anos por um período de estagnação industrial relativa e com vínculos de dependência cada vez maiores em relação a São Paulo. Portanto a contínua relação de dependência e da condição de economia periférica que o estado viveu ao longo de sua história, contribuiu para que o processo de industrialização se realizasse tardiamente, criando dificuldades a sua integração no mercado nacional e no seu processo de desenvolvimento econômico.

O ciclo do café no Brasil teve seu começo em 1727, início do século XVIII, quando chegaram ao país as primeiras mudas. Durante muito tempo o produto foi plantado para consumo doméstico.

Resumo

A cultura em pequenas proporções no norte do país, foi se expandindo em direção ao sudeste, quando a partir de 1870 teve seu grande momento, no oeste paulista, nas cidades de Campinas e Ribeirão Preto, onde encontrou a “terra roxa”, solo rico para os cafezais.

As fazendas se espalharam, a produção exportadora cresceu, os imigrantes, principalmente italianos, vieram trabalhar nas fazendas.

Mais tarde, com o trabalho livre e o início da mecanização, os fazendeiros diversificaram suas atividades, investindo no comércio e na indústria de bens de consumo. Assim se resume a história do café no Brasil.

Ciclo do Café e a Industrialização Brasileira

Produção

O ciclo do café estava começando a evoluir. Mesmo existindo os pequenos plantadores, o que predominou foram as grandes fazendas de monocultura, característica da economia colonial.

A cafeicultura exportadora do café foi aos poucos se expandindo e logo atingiu índices de maior produto de exportação do país. O Brasil chegou a exportar mais de 50% do consumo mundial.

O ciclo do café sofreu duas quedas, nas primeiras décadas do século XX, decorrentes das crises internacionais.

Mão de Obra

O ciclo do café sofreu com a carência de mão de obra. O sistema de parceria com os primeiros colonos imigrantes fracassou.

Só a partir da década de 1870, com o trabalho assalariado e a imigração custeada pelo poder público, o novo sistema foi a solução para a lavoura paulista.

O Brasil recebeu 30 mil imigrantes só em 1886, nos anos seguintes essa média foi crescendo e chegou a mais de 130 mil.

A abolição da escravatura em 1888, gerou grande crise nas zonas cafeeiras mais antigas, a da Baixada Fluminense e a do Vale do Paraíba, enquanto na zona oeste de São Paulo a crise não era sentida.

Saiba mais sobre o processo de Industrialização no Brasil.

Ciclo do Café no Vale do Paraíba

A primeira região do país a receber mudas de café foi o Pará, em 1727. As mudas teriam sido levadas por Francisco de Melo Palheta e, muito rápido, até 1760, pequenas roças de café já eram cultivadas até no Rio de Janeiro.

Ao longo do Vale do Paraíba, do Rio de Janeiro a São Paulo, o café virou o principal produto de exportação brasileira e chegou a apogeu no Segundo Império.

A região do Vale do Paraíba era considerada ideal para o cultivo e, logo, a exploração ocorreu em grandes propriedades com o suporte de mão de obra escrava.

Saiba melhor sobre a Escravidão no Brasil.

Ciclo da Borracha

O ciclo da borracha corresponde ao período na economia brasileira de larga prática da extração e comercialização do látex destinado à produção de borracha. É composto por dois períodos, o primeiro vai de 1879 a 1912 e o segundo de 1942 a 1945.

A exploração do látex para produção de borracha ocorreu, principalmente, nas cidades de Manaus, Porto Velho e Belém.

Ciclo do Ouro

O ciclo do ouro é o período que marca o metal como principal atividade do Brasil na fase colonial. Começou com o declínio das exportações de açúcar, no fim do século XVII.

Saiba também sobre outros ciclos econômicos do Brasil:

• Ciclos Econômicos do Brasil
• Ciclo da Cana-de-Açúcar
• Ciclo do Pau-Brasil
• Ciclo do Algodão no Brasil

Qual foi a importância do ciclo do café no processo de industrialização brasileira?

Qual foi a importância do café no processo de industrialização?

Qual a importância do café para a indústria brasileira?