Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?

A delegação brasileira viajou por pouco menos de 1 mês para conseguir chegar ao país que sediou as olimpíadas em 1932, mas ao chegar aos Estados Unidos da América, descobriram que havia uma taxa de 1 dólar por pessoa que desembarcasse no porto, e apenas 67 atletas puderam participar dos Jogos Olímpicos, sendo eles, 66 homens e 1 mulher, e ela era Maria Lenk, a primeira mulher brasileira a participar de uma Olimpíada.

Maria Emma Hulga Lenk Zigler, nasceu no dia 15 de janeiro de 1915 em São Paulo. Quando tinha 7 anos, Lenk teve uma pneumonia dupla, e seus pais decidiram que a natação seria uma ótima alternativa para melhorar a saúde da filha, sendo o início de sua história como atleta nas águas do rio Tietê.

Com apenas 17 anos, Maria defendeu nossa bandeira nas piscinas americanas. Não conquistou nenhuma medalha, mas se consagrou na história do esporte brasileiro e abriu portas para que outras mulheres pudessem fazer o mesmo.

E uma dessas mulheres que seguiram os passos de Maria Lenk foi Melânia Luz, a primeira mulher negra brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, que ocorreram em Londres no ano de 1948. Melania foi uma das 11 mulheres que participaram da edição e representou o Brasil na modalidade de atletismo.

Luz nasceu no dia 17 de maio de 1928, na cidade de São Paulo, mas foi registrada apenas no dia 1 de junho do mesmo ano. A sua paixão pelo São Paulo Esporte Clube foi o incentivo para que a atleta começasse sua trajetória nos esportes, onde ganhou muitos títulos no Brasil.

A mulher que fez história no esporte brasileiro, e que não teve o reconhecimento que merecia ao longo de sua vida, chegou perto das medalhas em Londres, conquistando o 4° lugar na disputa dos 200 metros rasos e 4° lugar no revezamento 4x100 metros registrando um novo recorde sul-americano.

Foto: Reprodução

Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?

Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Grupo Meon.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maria Lenk

Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?

Maria Lenk e o ministro Agnelo Queiroz
Rose Brasil - Agência Brasil
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Natação
Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?
Nome completo Maria Emma Hulga Lenk Zigler
Modalidade Nadadora
Nascimento 15 de janeiro de 1915
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Morte 16 de abril de 2007 (92 anos)
Rio de Janeiro, RJ

Maria Emma Hulga Lenk Zigler (São Paulo, 15 de janeiro de 1915 - Rio de Janeiro, 16 de abril de 2007) foi a principal nadadora brasileira, tendo sido a única mulher do país a ser introduzida no Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida.[1][2]

Maria Lenk foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial e deu ao Flamengo diversos títulos importantes.[1] É considerada pioneira da natação moderna, já que foi a primeira mulher a usar em competições o nado borboleta, sendo responsável pela introdução deste tipo de nado, quando o nadou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim, em uma prova de peito.[1]

Trajetória esportiva[editar | editar código-fonte]

Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?

Nadava desde os primeiros anos da introdução das competições no Brasil, participando das provas ainda em mar aberto.[1]

Tudo começa com uma pneumonia dupla. Depois do susto, os pais acharam que a natação faria bem à saúde da filha de dez anos. Na ausência de piscinas, a paulistana Maria Lenk teve de dar suas primeiras braçadas no rio Tietê. Em 1925, o rio não era poluído e era possível banho recreativo e a prática de esportes.[1]

De 1932 a 1935, venceu 4 vezes seguidas a tradicional Travessia de São Paulo a Nado.[3]

Aos dezessete anos já era uma atleta de nível internacional. Foi a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles, em 1932.[1]

Maria, junto com outros 68 atletas da equipe brasileira, custearam a viagem para competir nas Olimpíadas de Los Angeles, vendendo o café que levaram no porão do navio.[1] "O que valia era o conceito do amadorismo. Eu competi com um uniforme emprestado, que tive de devolver quando as provas acabaram", lembra.

Não conseguiu ganhar medalhas em Olimpíadas, mas é considerada pioneira da natação moderna, e foi a responsável pela introdução do nado borboleta, quando o nadou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim, em uma prova de peito.[1]

Nas Olimpíadas seguintes, realizados em Berlim, em 1936, estava de volta, desta vez acompanhada por mais três nadadoras; no ano de 1939, durante a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, quebrou dois recordes mundiais individuais, nos 200m e 400m peito, a primeira e única brasileira a fazê-lo.[1]

O recorde dos 400 metros nado peito, [que atualmente não existe mais] 6min15s80, foi registrado no dia 11 de outubro daquele ano, na piscina do Clube de Regatas Guanabara. No mês seguinte, Lenk nadou 2min56s90 na prova de 200 peito, também na piscina do Guanabara.[1]

Os planos para as Olimpíadas de 1940 tiveram de ser interrompidos por ocasião da Segunda Guerra Mundial, gerando uma grande decepção.[1]

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Maria Lenk na capa da revista argentina El Gráfico do 9 de fevereiro de 1940.

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Ela era a grande favorita a ganhar a primeira medalha de ouro olímpica de mulheres brasileiras em esportes individuais. Tal feito só foi realizado 68 anos depois, pela saltadora Maurren Maggi, nos Jogos Olímpicos de Pequim.[1]

No início dos anos 40, foi a única mulher da delegação de nadadores sul-americanos que excursionou pelos Estados Unidos; Maria Lenk quebrou doze recordes norte-americanos e aproveitou sua estadia para concluir o curso de educação física na Universidade de Illinois em Springfield.[1]

Em 1942 ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Era também membro vitalício da Sociedade Americana de Técnicos de Natação.[1]

Ainda hoje detém diversos recordes mundiais de masters, entrando para o Hall da Fama da Federação Internacional de Natação (FINA) em 1988, quando foi homenageada com o Top Ten da entidade máxima do esporte por ser um dos dez melhores nadadores master do mundo.[1]

No campeonato mundial da categoria 85-90 anos, realizado em agosto de 2000, ela voltou de Munique com cinco medalhas de ouro: foi a campeã dos 100 metros peito, 200 metros livre, 200 metros costas, 200 metros medley e 400 metros livre.[1] Nesse torneio, ela ganhou o apelido de Mark Spitz da terceira idade, uma referência às sete medalhas de ouro que o nadador norte-americano ganhou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972 em Munique.[1]

Em 2003, após três anos de pesquisas, lançou o livro Longevidade e Esporte, onde mostrou os benefícios trazidos pela prática de esportes. Até os últimos dias de vida nadava cerca de 1 500 metros por dia.[1]

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Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 1988, Maria Lenk entrou para o International Swimming Hall of Fame. Foi a primeira brasileira a ser incluída no Hall.[4]

Em 13 de janeiro de 2007, a prefeitura do Rio de Janeiro publicou decreto do executivo municipal dando o nome de Maria Lenk para o Parque Aquático do Jogos Pan-Americanos de 2007.[1][5]

Em 2015, entrou para a lista "10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio".[6]

Em 20 de julho de 2022 foi declarada Patrona da Natação Brasileira[7] através da Lei Nº 14.418/2022.

Pessoal[editar | editar código-fonte]

Era filha de imigrantes alemães, Paul e Rosa Lenk, que vieram para o Brasil em 1912,[8] e irmã da também nadadora Sieglinde Zigler, e de Ernesto Lenk, que se especializou no basquete.[9]

Era viúva e mãe de um casal de filhos: Gilbert e Marlen.

Apesar dos feitos, Maria Lenk foi uma personagem contraditória; ao mesmo tempo que muitos a viam como uma pioneira, outros tinham muitas restrições, pois Lenk possuía uma personalidade muito forte e foi uma professora de atitude muito séria e rígida diante dos alunos e colegas de trabalho.

Maria Lenk faleceu aos 92 anos de idade, em consequência de parada cardiorrespiratória.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Parque Aquático Maria Lenk

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s «Feliz centenário Maria Lenk». Best Swimming. 15 de janeiro de 2015. Consultado em 15 de janeiro de 2015
  2. «Perfil de Maria Lenk». Sports Reference. 2015. Consultado em 15 de janeiro de 2015
  3. estadao.com.br/ Bio - Maria Lenk
  4. «Medalhista olímpico, Gustavo Borges entra para o Hall da Fama da natação». Globoesporte. 9 de maio de 2012. Consultado em 9 de maio de 2012
  5. Maria Lenk com Despedida na Piscina (17 de abril de 2007) Acessado em 9 de fevereiro de 2017
  6. «Confira lista de grandes mulheres que marcaram a história do Rio; veja 10». Rio 450 anos. 8 de março de 2015
  7. «LEI Nº 14.418, DE 20 DE JULHO DE 2022»
  8. a b Olimpianos - Atletas Olímpicos Brasileiros: MARIA LENK Acessado em 20 de fevereiro de 2017
  9. Braçadas e Abraços - Maria Lenk. Publicado em 1982

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Por uma vida longa e saudável Revista Viva Saúde, 13, maio/2005»
Recordes
Precedido por
Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?
Jopie Waalberg
Detentora do recorde mundial
200 metros peito (piscina longa)

8 de novembro de 1939 — 19 de março de 1941
Sucedido por
Qual foi a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas e em qual modalidade?
Anni Kapell

Qual foi a primeira mulher brasileira a competir nos Jogos Olímpicos?

A sementinha plantada por Maria Lenk, primeira mulher do Brasil a participar dos Jogos Olímpicos, colheu seus frutos mais vistosos na última edição do evento, em 2021, em Tóquio, no Japão, quando o país teve seu melhor desempenho no feminino. Ao todo, foram nove pódios - quatro a mais do que no Rio de Janeiro, em 2016.

Qual foi a primeira modalidade do esporte com representante feminina nas Olimpíadas?

A primeira participação feminina nos Jogos Olímpicos foi em 1900, sediado em Paris, mesmo assim, representadas por 2,2%, ou seja, de 997 competidores, apenas 22 eram mulheres e que poderiam participar somente em duas modalidades: o tênis e o golfe, por não haver contato físico.

Quem foi a primeira mulher a competir?

Syers decidiu quebrar com isso em 1902 ao se tornar a primeira mulher de sempre a disputar um Campeonato Mundial. Em um primeiro momento, os juízes quiseram bani-la de quaisquer competições, mas não havia regras que especificamente restringiam as mulheres de participar de torneios. Dessa forma, deixaram-na competir.