Qual foi o objetivo para a idealização do basquetebol em cadeira de rodas?

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Segundo historiadores, o basquete foi criado pelo canadense James 
Naismith, professor de Educação Física em Springfield, no Estado 
americano de Massachusetts, em 1891.
O professor criou um jogo indoor para manter seus alunos em forma 
enquanto não pudessem fazer atividades ao ar livre, sobretudo nos 
períodos de inverno rigoroso.
Com 13 regras e a ideia de acertar um alvo, o basquete surgiu. 
Naismith inicialmente pensou em colocar uma cesta no chão, mas 
concluiu que seria muito mais desafiador alcançar um objetivo acima 
da altura dos demais jogadores, sem chance de defesa.
Desde que foi idealizado, o basquete vem crescendo e se popularizando. 
Veja, na timeline a seguir, os principais marcos dessa evolução.
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1892 – Primeiro jogo
Em 11 de março de 1892, no Ginásio Armony Hill, aconteceu o primeiro jogo de basquete. 
Com a bola ao alto e com nove jogadores em cada equipe, a turma de Naismith disputou a 
primeira partida de basquete com um público de 200 pessoas.
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1904 – Demonstração 
Nos Jogos Olímpicos de Saint Louis, nos Estados Unidos, os melhores jogadores do país 
formaram uma seleção nacional e fizeram uma demonstração do basquete.
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1932 – Criação da FIBA
É criada a FIBA – Federação Internacional de Basquekball, em 1932, contando com a 
adesão de países como Itália, Argentina e até a Letônia – o que comprova a popularidade 
do esporte ao redor do planeta. 
Em 1935, o COI, Comitê Olímpico Internacional, reconheceu a FIBA como a instituição 
responsável pelo basquete mundial. 
Este ato possibilitou que o basquete fizesse parte da próxima edição dos Jogos Olímpicos.
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1936 – Jogos Olímpicos
A entrada oficial nos Jogos Olímpicos foi na edição de 1936, em Berlim, mas os 
participantes acabaram prejudicados, porque disputaram as partidas nas 
mesmas quadras do tênis, de saibro.
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1946 – Nasce a NBA
A NBA é responsável pela organização dos campeonatos profissionais 
nos Estados Unidos. 
Ela foi criada em 1946, sob a sigla BAA, Basketball Association of
América. 
Três anos depois, a BAA se transformou na atual NBA.
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1960 – Jogos Paralímpicos
O basquetebol de cadeira de rodas já era praticado por pacientes do 
hospital de Stoke Mandeville, Inglaterra, quando estreou nos Jogos 
Paralímpicos de Roma, em 1960. 
O basquete de cadeira de rodas é um dos poucos esportes que esteve 
presente em todas as edições paralímpicas.
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1968 – Estreia feminina
As mulheres entraram na disputa paralímpica do basquetebol em 1968, na cidade 
de Tel Aviv, em Israel.
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1976 – Mais estreia feminina
A entrada do evento feminino em Jogos Olímpicos aconteceu em 1976, na cidade 
de Montreal, no Canadá.
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1992 – NBA nos Jogos Olímpicos
Nos Jogos de Barcelona, a seleção americana de basquetebol foi formada pela 
primeira vez por jogadores da NBA, dando ao torneio olímpico a oportunidade de 
reunir os melhores.
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1996 – Nasce a WNBA
A liga feminina de Basquetebol dos Estados Unidos, nomeada WNBA, Woman National Basketball 
Association, foi aprovada pelo conselho de governadores da NBA, no dia 24 de abril de 1996.
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O basquete em cadeira de rodas é um esporte praticado por pessoas que tem algum tipo de deficiência permanente nos membros inferiores. A modalidade surgiu em meados do século XX durante a Segunda Guerra Mundial, sendo praticado como uma forma de reabilitar soldados feridos na guerra. Desde então, o basquete em cadeira de rodas esteve presente em todas as edições de Jogos Paraolímpicos já realizados no mundo e é considerado uma excelente maneira de estimular a inclusão social dentro do esporte...

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Introdu��o

    O basquetebol em cadeira de rodas � um dos esportes mais difundidos para pessoas com defici�ncia f�sica. Ele � de grande import�ncia para inclus�o social desses indiv�duos e tem um papel importante na melhora de capacidades motoras e de qualidade de vida (Costa & Tonello, 2009). O basquetebol em cadeira de rodas foi o primeiro esporte adaptado do Brasil, teve seu in�cio a partir da d�cada de 50 com S�rgio Del Grande que ap�s um per�odo de reabilita��o nos Estados Unidos, retornou ao Brasil trazendo sua experi�ncia com o esporte (Lago & Amorim, 2008).  A pr�tica de atividade f�sica e/ou esportiva por portadores de algum tipo de defici�ncia, sendo esta visual, auditiva, mental ou f�sica, pode proporcionar dentre todos os benef�cios da pr�tica regular de atividade f�sica, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secund�rias � sua defici�ncia e promover a integra��o social do indiv�duo (Melo & Lopez, 2002). Portanto o esporte adaptado, como o basquete em cadeira de rodas possibilita do ponto de vista psicol�gico e social a viv�ncias de esportes, o aumento da toler�ncia � frustra��o, o aumento do contato social e a diminui��o de dist�rbios psicol�gicos (Medola et al., 2010).

    Historicamente pessoas portadoras de defici�ncia sofreram e sofrem para alcan�ar um lugar junto � sociedade, n�o s� no que se diz respeito � acessibilidade f�sica, o direito de ir e vir mas tamb�m com o preconceito e de fato a inser��o social digna a todo cidad�o. Segundo Godoy et al. (2000), hoje in�meras pessoas est�o lutando por seus direitos e pela inclus�o social assim como pessoas com defici�ncia que n�o tem acesso aos direitos de todos como cultura, educa��o, trabalho, lazer, entre outros. Hoje em dia j� demos um grande passo na luta da inclus�o social de deficientes, conseguindo garantir alguns direitos atrav�s das leis pouco a pouco conquistadas, mas este n�o � e est� longe de ser o fim da luta dos direitos e da aceita��o, ainda existe muito preconceito para com estas pessoas e para se chegar � verdadeira inclus�o social � necess�rio que a sociedade mude sua postura. � papel fundamental do deficiente se atentar para se expressar e se apresentar a sociedade, de forma que esta entenda que existem outras pessoas diferentes e que integram a mesma sociedade, de que precisam uns dos outros e que � papel da sociedade compreender e aceitar a diferen�a e assim �adaptar� uma sociedade de espa�o f�sico e social comum a todos (Godoy et al. 2000).

    Portanto, este estudo tem a inten��o de indicar as contribui��es do basquetebol em cadeira de rodas para praticantes com defici�ncia f�sica.

Materiais e m�todos

    Este estudo trata-se de uma revis�o integrativa, por meio de an�lises de pesquisas relevantes a fim de dar suporte e oferecer meios para definir e resolver n�o somente os problemas j� conhecidos, como tamb�m, apontar lacunas do conhecimento que necessitam serem preenchidas com a produ��o de novas pesquisas, por meio de um levantamento de dados pesquisados na literatura com o objetivo de eleger estudos tradicionais e relevantes para a discuss�o do tema levantado encontrados em bibliotecas virtuais e base de dados como Scientific Electronic Library online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ci�ncias da Sa�de (LILACS) e Bireme (Benefield, 2003; Polit e Beck, 2006). Para iniciar a busca dos artigos, foram acessados os sites e realizado a busca, por meio do cruzamento dos descritores selecionados: basquetebol, cadeira de rodas, inclus�o social. Sendo considerados somente os artigos que possu�am esse descritor no seu resumo ou abstract. A an�lise dos dados foi baseada onde verificamos concord�ncias e diverg�ncias sobre cada item da an�lise. Posterior � identifica��o das ideias definidas de cada autor, foi realizado uma avalia��o critica da literatura e os resultados foram apresentados textualmente e com as devidas considera��es que a tem�tica possibilitou.

A defici�ncia f�sica

    O 14,5% da popula��o brasileira apresenta algum tipo de defici�ncia (IBGE, 2008). Isso pode ser considerado uma parcela significativa da popula��o. H� s�culos os deficientes sofrem na luta por um espa�o digno na sociedade. Na pr�-hist�ria j� se tinha relatos nos desenhos, de deficientes f�sicos ao se notar membros amputados. H� s�culos esta parcela da popula��o sofreu com descrimina��es, o que gerou a morte de v�rias pessoas que tinham alguma incapacidade f�sica. Com o passar dos anos a evolu��o do homem como ser racial e a luta de grandes figuras com alguma defici�ncia prevaleceu, mas infelizmente hoje pouco ainda � conhecido e respeitado (Silva, 1986). A declara��o dos direitos das pessoas deficientes, aprovada pela assembleia geral da ONU em 9 de dezembro de 1975, especifica em seu artigo 1� que o termo �pessoa deficiente� refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total ou parcialmente as necessidades de uma vida individual ou social normal em decorr�ncia de suas capacidades f�sicas ou mentais (Pedrinelli, 1994; Cidade e Freitas, 2002). O termo �portador de defici�ncia� � o mais utilizado e tamb�m foi aceito pela ONU, utilizado para designar pessoa que apresenta em compara��o com a maioria, diferen�as f�sicas, sensoriais ou intelectuais por fatores inatos ou adquiridos e permanentes que lhe de dificuldade de integrar o meio f�sico e social Brasil (1994). Os indiv�duos classificados como deficientes f�sicos apresentam defici�ncias que os limita. Essas defici�ncias podem ser cong�nitas ou adquiridas como resultados de um acidente ou les�o. Inclu�dos nesta classifica��o est�o os indiv�duos com altera��es neurol�gicas, musculares e org�nicas que afetam as atividades motoras. A defici�ncia refere-se � altera��o completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da fun��o f�sica (Adams et al. 1985; Amiralian et al. 2000). Godoy (2001) define a defici�ncia como todo e qualquer comprometimento que afeta a integridade de um indiv�duo resultando dificuldades a essa pessoa como movimenta��o, coordena��o psicomotora, fala, compreens�o, entre outras que geram dificuldades ou impossibilidades que para outras pessoas seriam comuns. Podemos identificar a defici�ncia f�sica como todo comprometimento psicomotor de uma pessoa em rela��o a um indiv�duo dito comum.

Basquetebol em cadeira de rodas

    O basquetebol surge nos Estados Unidos como pr�tica alternativa no inverno, j� que na �poca n�o existiam esporte para ser praticados em quadras e espa�os fechados. Segundo as informa��es do caderno t�cnico-did�tico; basquetebol de 1980, o basquete foi criado por volta do ano de 1891 em Springfield, Massachusetts, Estados Unidos por James Naismith, professor de educa��o f�sica canadense da YMCA (Associa��o Crist� de Mo�os) (Brasil, 1980). James ent�o pendurou cestos de colher p�ssego nas extremidades da quadra, quais serviriam de meta, Villas Boas (2008) coloca que Naismith teria pedido ao zelador do gin�sio duas caixas, mas como n�o havia encontrado trouxe-lhe dois cestos de colher p�ssego quais foram pendurados a 3,05 metros qual deu origem ao nome bola ao cesto em ingl�s �basket-ball�. No inicio era tudo de improviso, a cada ponto j� que o cesto era fechado, paralisava-se o jogo para se retirar a bola, quando Naismith retira o fundo do cesto e assim o esporte evolui aos poucos, as regras v�o tomando forma, por ser um esporte de contato e em um espa�o limitado Naismith tamb�m se preocupou com as les�o que poderiam ocorrer ent�o criou regras anti-contato f�sico qual hoje o basquete � conhecido por suas regras absolutas que impedem o m�nimo contato f�sico entre atletas, mesmo assim o jogo tomou grandes propor��es e adeptos pelo mundo todo e hoje est� entre os esportes mais populares e mais praticados no mundo todo (Medalha, 1975). O basquetebol em cadeira de rodas tem sua origem hist�rica nos Estados Unidos por volta de 1945 por veteranos da II Guerra Mundial sendo seu primeiro registro de 6 de dezembro de 1946. Na mesma �poca o basquete foi usado pelo Dr. Guttmann como pr�tica terap�utica no Hospital Stoke Mandeville na Inglaterra, onde at� hoje s�o realizados eventos adaptados (Winnick, 2004, p. 17). Segundo Sampaio et al. (2001) o doutor Guttman introduziu os esportes para deficientes como terapia de lesados medulares, qual em 1948 teve-se as primeiras competi��es oficiais, Jogos de Stoke Mandeville para Paralisados que contavam com o arco e flecha e o polo em cadeira de rodas. No Brasil n�o foi diferente, esta pr�tica chegou como t�cnica de reabilita��o e tratamento por S�rgio Del Grande e Robson Sampaio, ap�s a experi�ncia em um programa de reabilita��o nos Estados Unidos. Segundo Lago (2008) e Vale (2009) o grande precursor do esporte no pa�s foi S�rgio Del Grande que em 1951 sofreu um acidente em uma partida de futebol que o deixou parapl�gico e seus m�dicos indicaram um tratamento de reabilita��o nos Estados Unidos. Algum tempo depois S�rgio voltou de l� com uma cadeira de rodas pr�pria a pr�tica do esporte e fundou o Clube dos Parapl�gicos de S�o Paulo.

Aspectos t�cnicos para a pr�tica do esporte

    � pouca a diferen�a entre o basquetebol convencional e o basquete em cadeira de rodas (BCR). Dentre as principais diferen�as ou talvez a �nica seja na condu��o de bola, j� que um atleta do BCR n�o prov�m do aux�lio das pernas para a competi��o e est�o o tempo todo sentados em uma cadeira de rodas esta se torna parte de seu corpo, aqui as rodas representam as pernas dos jogadores e delimitam os limites de quadra e a condu��o de bola caracterizada por uma andada no basquete convencional ou seja dois passos consecutivos com a posse de bola, no basquete em cadeira de rodas este se caracteriza por duas �remadas�, ou melhor dizendo mais de duas propuls�es no aro de propuls�o da roda da cadeira com a posse da bola (Teixeira e Ribeiro 2006, p. 25). A regra Art. 25 Andada (tr�s impulsos) das regras oficiais pela Confedera��o Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas de 2008, o atleta est� sujeito a ser penalizado por viola��o as regras quando: o n�mero de impulsos segurando a bola n�o ultrapassar dois, e qualquer movimento de piv� ser� limitado a dois impulsos consecutivos sem driblar a bola.

Cadeira de rodas

    N�o necessariamente as cadeiras devem ser feitas sobre medida a cada jogador, entretanto, quando poss�vel, quando fabricada leva-se em considera��o a limita��o f�sica e as caracter�sticas de cada atleta quanto ao jogo de basquete. A cadeira carece de alguns requisitos, a fim de preservar a seguran�a e igualdade na competi��o. A cadeira necessita ter de 3 a 4 rodas, onde duas rodas s�o grandes e localizadas na parte traseira da cadeira e uma ou duas pequenas na parte da frontal (Vale, 2009, p. 17). Dentre os in�meros requisitos que uma cadeira apropriada para a pr�tica deve-se respeitar as normas e a altura do acento que n�o deve exceder 53 cm. Para o apoio e equil�brio � permitido rodinhas na parte dianteira e traseira sendo que sejam de 3 a 4 rodinhas auxiliares, duas na parte da frente da cadeira e uma ou duas na parte de tr�s. Tamb�m n�o � permitido nenhum sistema de condu��o como, freios e marchas, apoios e suportes n�o dever�o estar projetados a linha limite do atleta entre o tronco e as pernas (Teixeira e Ribeiro, 2006).

Classifica��o funcional

    Para que haja igualdade e que todos possam participar, no basquetebol em cadeira de rodas, n�o diferente da maioria dos esportes adaptados coletivos, h� um sistema de classifica��o denominado classifica��o funcional. Quando falamos em esporte para pessoas com defici�ncia f�sicas, a classifica��o funcional � um procedimento importante para a competi��o se tornar mais justa e equilibrada. O sistema de Classifica��o Funcional utilizado pelo basquetebol em cadeira de rodas foi criado para melhorar as condi��es de movimento do atleta dando oportunidade para aqueles que possuam um grande comprometimento na mobilidade (Teixeira e Ribeiro 2006, p. 17). A classifica��o funcional determina uma numera��o uma classifica��o a cada atleta para que um atleta com menos mobilidade devido les�o mais grave possa ter espa�o entre atletas que n�o tenham tanto impedimento de suas capacidades motoras. A pontua��o de cada atleta varia de 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 3.5, 4.0 e 4.5 pontos, onde os pontos 1.0 s�o atletas que geralmente tem uma les�o de alto gral, com o equil�brio de tronco e os seus membros superiores comprometidos. J� o ponto 4.5 s�o os atletas que apresentam uma les�o de menor gral (Vale, 2009, p. 19). Segundo Teixeira e Ribeiro (2006) os principais fatores que determinam uma classifica��o inicial dos atletas s�o as fun��es de tronco, membros superiores e inferiores e m�os, qual tamb�m podem ser facilmente analisados pelo tipo de defici�ncia que o atleta apresenta, mas n�o � s� esta primeira avalia��o que poder� obter a nota final do atleta o mesmo tamb�m estar� comprometido a avalia��es da sua funcionalidade em situa��o de jogo que poder� finalizar sua avalia��o por parte do classificador.

Acessibilidade e inser��o social

    Para buscar seu espa�o o portador de defici�ncia tem que provar a suas pr�prias limita��es, enfrentando no seu dia-dia o mundo f�sico e os outros indiv�duos. O mundo f�sico, criado pelo homem, para o homem que se diz �normal�, com o ambiente e suas barreiras. Os outros indiv�duos com os seus costumes, valores e atitudes, desconhecem ou desvalorizam a pessoa portadora de defici�ncia do conv�vio e benef�cios que a sociedade oferece (Cidade e Freitas, 2002, p. 17). O Brasil tem 24,5 milh�es de pessoas com necessidades especiais e uma das melhores legisla��es do mundo para atend�-los, por�m apenas no papel. Na pr�tica, pouco se avan�a para dar condi��es de cidadania a essa parcela da popula��o (Carmo, 2004). Acess�vel pode significar tudo que est� ao alcance de f�cil acesso, que pode ser alcan�ado explorado. Na �rea da Defici�ncia, este termo era limitado ao ambiente e elimina��o de barreiras arquitet�nicas (Vale, 2009, p. 25) � ent�o com o prop�sito de proporcionar a maior acessibilidade ao desenvolvimento psicomotor, ao lazer dentre outros direitos reservados a todas as pessoas assim como os deficientes, que a educa��o f�sica adaptada a partir de esportes adaptados como o basquete em cadeira de rodas tenta proporcionar o acesso de portadores de algum tipo de defici�ncia os direitos b�sicos de um cidad�o (Winnick, 2004, p. 6). Para Godoy (2000) o mundo est� mudando, com a evolu��o da sociedade o movimento de inclus�o � chegado o momento da sociedade se preparar para aceitar as diferen�as e constituir um mundo melhor, mais igualit�rio onde todos consigam lidar com a diversidade humana. Tendo a sociedade inclusiva o dever de oferecer oportunidades iguais a todos, uma sociedade livre democr�tica onde todos os seres possam ser aut�nomos, mas para que isso se d� � preciso de uma palavra que resuma o esfor�o de todos por um mundo melhor, que nada mais � que o esfor�o coletivo. Mello e Lopez (2002) j� evidenciam um poss�vel melhora ps�quica e f�sica a partir de esportes adaptados, melhora na autoestima, conhecimento de potencialidades, socializa��o entre grupos, motiva��o dentre in�meros benef�cios para com os deficientes e seus desafios perante uma sociedade. Assim podemo-nos identificar in�meros motivos e melhorias que podem auxili�-los na inclus�o. Segundo Teixeira e Ribeiro (2006) os benef�cios alcan�ados pelo aluno com defici�ncia com a pr�tica de exerc�cios f�sicos desenvolvem benef�cios m�ltiplos em n�vel motor, cognitivo e afetivo como: velocidade, agilidade, for�a, equil�brio, coordena��o, ritmo, flexibilidade, capacidades cardiorrespirat�rias, racioc�nio, aten��o, aumento da concentra��o, sociabiliza��o, controle da ansiedade e autoestima, al�m de estimular a autonomia e independ�ncia. Lago (2008) apresenta que para algumas crian�as a cadeira de rodas atenta-se a uma velha companheira, para outras a sensa��o � de igualdade. Borella (2007) relata em sua pesquisa que os sujeitos realmente se sentiram mais inclu�dos perante a sociedade, a partir do esporte se tornaram mais conhecidos na cidade e com isso passaram a ter mais espa�o em sua cidade. Em um estudo realizado por Lago (2008), quatro entrevistadas, meninas amputadas entre 12 e 15 anos, ou seja, entrando na faze da adolesc�ncia a partir do esporte conseguiram reerguer a sua autoestima e passaram a se assegurar como pessoas sem o uso de pr�teses. Em uma fase onde a import�ncia da apar�ncia a meninas � t�o relevante o fato de se aceitar como pessoas � uma vit�ria para sua aceita��o pr�pria e da sociedade. Ent�o podemos identificar no basquetebol em cadeira de rodas uma possibilidade para a reintegra��o de deficientes f�sicos a sociedade, j� que este se trata de um esporte adaptado para portadores de defici�ncia f�sica. Uma vez que inclus�o significa aceitar tanto nossas como a diferen�a alheia, deficientes f�sicos podem com o aux�lio da pr�tica do basquete in�meras possibilidades que elevem sua autoestima e ainda provoque a sociedade a que ele se inclui uma nova vis�o sobre as diferen�as (Vale, 2009, p. 41).

Conclus�o

    N�o s� o basquetebol em cadeira de rodas, mas os esportes adaptados podem possibilitar in�meros desenvolvimentos positivos nos aspectos motor e social. Devemos lembrar que o seu surgimento e desenvolvimento foi como t�cnica terap�utica onde at� hoje se � praticado o esporte, com in�meros adeptos e vem crescendo a cada ano. Com o desenvolvimento do basquetebol em cadeira de rodas os deficientes f�sicos podem se sentir menos exclu�dos podem desenvolver habilidades motoras que para muitos n�o seria poss�vel, se sociabilizar e enfrentar barreiras. Desta forma, a luta por um espa�o na sociedade, o portador de defici�ncia f�sica poder� encontrar no basquetebol em cadeira de rodas um apoio, um incentivo na busca por acessibilidade, de maneira que o esporte o acrescente como ser f�sico e social auxiliando-o n�o s� no desenvolvimento de suas potencialidades f�sicas e ps�quicas m�s na reinser��o social.

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Qual foi o objetivo para a idealização do basquetebol em cadeira de rodas?

Qual foi o objetivo para a idealização do basquetebol em cadeira de rodas?

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EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 20 � N� 210 | Buenos Aires,Noviembre de 2015
Lecturas: Educaci�n F�sica y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados

Qual foi o objetivo para idealização do basquetebol em cadeira de rodas?

Optou-se pelo Basquetebol em Cadeira de Rodas por entender que este é um esporte adaptado, a partir do basquetebol convencional, para suprir as necessidades especiais de pessoas com deficiência.

Qual foi o motivo para a idealização do basquetebol?

Inventado em 1891, em Massachussetts (EUA), pelo professor de educação física James Naismith, o basquete surgiu da vontade de criar um jogo que pudesse ser realizado em local fechado, por causa do frio. James, queria uma modalidade com bola, que fosse jogada com as mãos e que não demandasse muito contato físico.

O que motivou a criação do basquete em cadeira de rodas em 1945?

A adaptação do basquetebol (ou só basquete) para o jogo em cadeira de rodas aconteceu, principalmente, após a Segunda Guerra Mundial. Ex-soldados do exército americano, feridos durante o confronto, se reuniram em uma quadra de um hospital de reabilitação e começaram a jogar.

Qual a importância do basquetebol em cadeira de rodas?

RESULTADO: O basquetebol para cadeirantes promove aumento da autoestima, resistência, força e coordenação motora e mais autonomia. CONCLUSÃO: O presente trabalho chamou a atenção para a necessidade de atendimento e integração dos portadores de deficiência na sociedade, incentivando a prática do basquetebol adaptado.