Qual o grau mais alto do autismo?

O autismo é uma condição que tem sido cada vez mais retratada e debatida. São vários os personagens em séries, novelas e filmes com autismo. Mas o que muitas pessoas ainda não sabem é que existem diferentes tipos de autismo.

Entender essas diferenças é essencial para um diagnóstico e um tratamento adequados. Continue lendo e saiba mais sobre os tipos de autismo!

De acordo com uma estimativa global do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão dos Estados Unidos, estima-se que 1 a cada 110 pessoas tenha autismo. Dessa forma, acredita-se que o Brasil tenha em torno de 2 milhões de autistas.

Contudo, esse número pode ser ainda maior, especialmente porque muitos casos são subdiagnosticados, em especial quem não se encontra no espectro mais grave.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) foi incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) em 2013. Ele se refere a um conjunto de transtornos de desenvolvimento que cursam com dificuldades de comunicação, interação social, linguagem e comportamental.

Quais são os tipos de autismo?

A definição de autismo, no entanto, é bastante ampla. E, com isso, não abrange todos os pormenores que o transtorno traz. Assim, é fundamental compreender quais são os tipos de autismo, suas especificações e diferenciações.

Síndrome de Asperger

Esse é um dos tipos de autismo mais leves. Ele pode ocorrer com mais frequência nos meninos do que nas meninas, em uma proporção de 3 para 1. Em geral, quem tem a síndrome apresenta uma inteligência muito superior à média e, por isso, também é conhecido como “autismo de alto funcionamento”.

O Asperger é diferente do autista clássico porque não apresenta atraso na linguagem e nem prejuízos significativos. Em geral, a pessoa terá: habilidades verbais excepcionais, dificuldades com simbologias e com interações sociais, além de comportamento obsessivo em determinados interesses.

Quando não tratado e diagnosticado na infância, o Asperger tem mais chances de desenvolver depressão e ansiedade quando adulto.

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento

Esse é um tipo de autismo um pouco mais grave do que o Asperger, mas não tão comprometedor como o Transtorno Autista.

Os sintomas são bem variados e distintos, dependendo do paciente. Contudo, existem alguns sinais considerados “clássicos” e que podem aparecer em vários pacientes, como: dificuldades de interagir socialmente, competência linguística superior ao do transtorno autista, mas inferior ao Asperger e menos comportamentos repetitivos.

Transtorno Autista

O transtorno autista é aquele que traz sintomas mais graves e, geralmente, é diagnosticado logo na infância. A capacidade cognitiva, linguística e social é muito afetada e o paciente apresenta muitos comportamentos repetitivos.

Por isso, em geral, o diagnóstico da condição ocorre em torno dos 3 anos e a criança pode apresentar sinais clássicos, como:

  • falta de contato com os olhos quando fala;
  • comportamentos repetitivos constantes, como bater ou balançar as mãos;
  • linguagem atrasada;
  • dificuldade em realizar pedidos usando a linguagem.

Transtorno Desintegrativo da Infância

Entre todos os tipos de autismo, esse é o mais grave e também o mais incomum. De uma maneira geral, o diagnóstico é feito na infância, entre os 2 e 4 anos.

Nesse período, a criança poderá apresentar sinais característicos como: perda das habilidades intelectuais, sociais e linguísticas e incapacidade de recuperá-las.

E a Síndrome de Rett?

Embora a Síndrome tenha sinais e sintomas semelhantes com o transtorno do espectro autista, ela não está relacionada com os tipos de autismo. Isso porque, a mutação que causa a Síndrome de Rett ocorre de modo aleatório, ao invés de ser herdada, e a maior parte dos pacientes afetados são do sexo feminino.

Em geral, os sinais da Síndrome aparecem em torno do sexto ao décimo oitavo mês da criança, quando ela: começa a torcer demais as mãos, tornando-se um hábito, para de responder socialmente, perde suas competências linguísticas e apresenta um crescimento da cabeça inferior – sendo este muito abaixo do normal até os dois anos.

Autismo tem graus?

Sim. Os tipos de autismo podem ser divididos em graus, sendo eles:

  • grau leve (nível 1): dificuldades para iniciar uma interação social com outras pessoas, pouco interesse pelas interações sociais, dificuldades em trocar de atividade e problemas de organização, embora mais leves;
  • grau moderado (nível 2): o déficit das habilidades sociais é um pouco maior, tanto verbais como as demais e há maior prejuízo social, mesmo quando o autista recebe apoio, também há limitações para iniciar interações sociais. O autista moderado tem mais dificuldades em lidar com mudanças e apresenta comportamentos repetitivos mais frequentes;
  • grau grave (nível 3): os déficits da comunicação verbal e não verbal são grandes e há maior dificuldade de interação social e de se abrir a alguma interação social que parta de outras pessoas. Além disso, esse autista tem grande dificuldade de mudar e comportamentos repetitivos ainda mais pronunciados.

Neste conteúdo, você viu que existem vários tipos de autismo, assim como o espectro também é dividido em graus, que vão de leve à grave. Conhecer esses sinais e sintomas é essencial, permitindo um diagnóstico mais cedo e uma condição de vida, além de um desenvolvimento, melhor.

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O que é autismo nível 3?

Pessoas com autismo nível 3 podem ser mais dependentes de seus cuidadores para realizar as chamadas atividades da vida diária (AVDs). Ou seja, mesmo as tarefas mais simples, como se vestir, tomar banho ou comer demanda que os pais ou quem estiver com eles precisem ajudar em suas execuções.

Qual é o grau mais grave de autismo?

O Transtorno Desintegrativo da Infância é considerado o tipo mais grave de autismo e o menos comum.