Qual sentimento foi crucial para marcar a virada da personagem principal Riley Porquê?

Qual sentimento foi crucial para marcar a virada da personagem principal Riley Porquê?

O destaque da semana vai para a nova animação da Pixar, “Divertida-mente”, uma comédia de animação para toda a família que conta com a assinatura de Pete Docter (“Monstros e Companhia”, “Up – Altamente”) e de Ronaldo Del Carmen. “Divertida-mente” estreia hoje nas salas de cinema portuguesas.

Quando o pai de Riley muda de emprego, toda a família se vê obrigada a abandonar a pequena cidade onde sempre viveu no Minnesota (EUA) para se instalar em São Francisco. Para uma jovem prestes a entrar na adolescência, esta mudança não poderia acontecer em pior altura. Apesar disso, ela sabe que tem de se habituar a esta nova circunstância e não se deixar cegar pelos sentimentos. A Alegria, o Medo, a Raiva, a Repulsa e a Tristeza são as cinco emoções que vivem no quartel-general do seu cérebro, onde a Alegria – a capitã – tenta equilibrar os estados de espírito e, simultaneamente, fazer com que a vida de Riley nunca deixe de ser feliz. Mas quando a Alegria e a Tristeza acidentalmente se perdem dentro do cérebro da menina, a sua vida fica virada do avesso. Com o centro de controlo sem a Alegria a comandar, o Medo, a Raiva e a Repulsa tomam o controlo da sua vida. Assim, numa corrida contra o tempo, duas emoções opostas unem esforços para percorrer as várias secções existentes na jovem mente e encontrar o caminho de volta. Tudo isto antes que a família de Riley perca as estribeiras com as suas flutuações de humor…

Sinopse: Cinecartaz Público

O filme Divertida Mente retrata sobre cinco emoções dentro do ser humano. Com ele, podemos compreender de que forma a raiva, alegria, medo, tristeza e o nojo agem no nosso comportamento.

Hoje estreamos uma série de conteúdos chamada de Cine Herói. Iremos escrever e dar dicas de filmes que irão, além de entreter, ensinar sobre assuntos que se referem ao desenvolvimento de pessoas.

O filme que escolhemos para abordar é uma das animações da Pixar de 2015, chamado Divertida Mente. 

A narrativa decorre através da história da Riley. Uma personagem que acompanhamos o desenvolvimento do nascimento, a fase de criança à adolescência.

Riley é uma garota de 11 anos que frequenta a escola, mora com seus pais, possui amigos. No entanto, surge uma mudança em sua vida.

Devido ao trabalho do pai, a família precisa mudar de cidade e, consequentemente, de escola, afastamento de amigos e troca de escola.

Tudo isso pode parecer ser simples, mas não para Riley e suas emoções.

As emoções no filme

O filme Divertida Mente representa a relação de cérebro e mente de uma forma lúdica e compreensível.

Nele, as cinco principais emoções que Divertida Mente relata são raiva, medo, alegria, tristeza e o nojo. Todas elas ficam numa sala de controle que num primeiro momento começa de um modo bem simples.

Ao abrir os olhos, ainda quando bebê, a sala de controle tem apenas um botão. Ao longo do crescimento, o local fica mais complexo, mais opções de botões, criações e armazenamento de memórias, entre outros.

Todos juntos auxiliam a controlar os estados de espírito de Riley através da sala de controle. Muitas vezes, gerando, até mesmo, conflito para quem está no comando naquele momento.

Portanto, desde o nascimento, é possível observarmos como as emoções agem em nossos aprendizados, tomar decisões importantes e, até mesmo, determinar nossos gostos.

Qual sentimento foi crucial para marcar a virada da personagem principal Riley Porquê?

O que aprendi sobre emoções assistindo Divertida Mente

Durante diversos estágios da vida, acompanhamos o cérebro e mente da Riley interligados. Acompanhando as oposições e convergências das emoções, que a auxiliam a tomar decisões importantes.

Podemos notar que as decisões tomadas em determinados momentos, irão dar o tom emocional básico para o restante da vida. Assim como, muitas de nossas memórias são fixadas através das emoções. 

É possível compreender os papéis fundamentais de todas as emoções para nossa vida.

1) É preciso perceber as emoções

Ninguém consegue compreender, controlar e muito menos gerenciar aquilo que não se identifica.

E é muito onde as pessoas tropeçam. Embora simples, quanto mais sutil é a emoção, mais difícil é de percebê-la. 

Entretanto, o que mais importa é que elas sempre estarão presentes e exercendo influências sobre nós.

Podemos comparar as emoções com uma bola de neve. Quando começam são pequenas, quase imperceptíveis, mas conforme “descem morro abaixo”, crescem até tomar proporções incontroláveis. 

Afinal, foi isso que fez com que a Riley se desligasse e terminasse com alguns dos “mundos basilares” que havia dentro dela, como a família, paixão pelo esporte, etc.

2) Se sentir triste é importante

No filme, a emoção tristeza é pouco compreendida e quase sempre deixada de lado. Tudo isso, porque as demais emoções não entendem sua importância.

Ocorre que muitas pessoas pensam que por não estar alegre, possuem menos valor. O que não é uma verdade. 

A verdade é que a tristeza assim com as outras emoções é fundamental.

Se formos analisar, talvez no momento que Riley se emociona na escola ao se apresentar, se ela tivesse a chance de vivenciar a tristeza naquele momento (a alegria tira a tristeza do centro de controle), a jornada teria sido diferente.

Por isso, se sentir triste, deixar a tristeza vir quando for preciso é sim capaz de trazer benefícios. 

Afinal, ela nos auxilia na introspecção e nos faz refletirmos sobre nossas próprias vivências ao fazer a limpeza das mágoas e aliviar tensões. Além de, se colocar no lugar do outro, ter compaixão e humildade

3) Medo é sinônimo de proteção

No filme, a emoção alegria sente medo de se sentir triste. O que é muito curioso. Mas, a verdade é que o medo é uma emoção que possui como intenção positiva a proteção.

Pensando em uma situação mais extrema, quando éramos primitivos, onde naquela época avistasse de longe um animal perigoso. O medo seria o primeiro indicativo para você não se aproximar e manter-se em segurança.

Evidentemente, que no tempo atual, o medo existe em nós. Entretanto, não nessa perspectiva que exemplificamos.

O nosso medo nos comunica inconscientemente que devemos estar em alerta e, até mesmo, recuar em determinada situação.  Com isso, nos protegendo de possíveis riscos.

Mas, na sua perspectiva negativa pode gerar insegurança e inércia. 

4) A alegria é essencial 

O filme deixa claro que somos pessoas cíclicas. Passamos por diversas emoções no mesmo dia e está tudo bem. 

Dessa forma, a alegria pode ir e voltar.

A emoção alegria é muito potencializadora. Acaba, por nos deixar capazes de vivenciar o prazer, entusiasmo, excitação e motivação.

Mas, não somente sobre nós mesmos, a alegria transforma. Pois, contagia as demais pessoas e ambientes.

Contudo, em excesso pode gerar vícios e processos depressivos.

5) A raiva possui potencial positivo

A grande maioria de nós pensa que a raiva é somente algo negativo. Que não há vantagens em sentir raiva.

Mas, em realidade, é uma emoção de impulsionamento. Um exemplo, é quando sentimos a injustiça, ela é um sentimento que deriva da raiva.

Sendo uma das energias mais poderosas que existem.  

Entretanto, muitas vezes é utilizada contra outros ou contra si próprio. Seu aspecto negativo se reflete na impulsividade.

6) O nojo funciona como prevenção

O filme apresenta a personagem Nojinho e sua função, explicando que ela impede que a Riley se intoxique física e socialmente. 

Aqui no IBN, entendemos o nojo como uma sensação, podendo vir da combinação do medo e da tristeza.

Inconscientemente te protege daquilo que pode vir a te fazer mal, como uma preventiva.

7) Das emoções surgem as sub-emoções

Você deve estar pensando nesse momento: “eu sinto mais emoções do que somente essas!”

Na verdade, realmente emoções são apenas essas. O que surgem delas são as sub-emoções e sensações…

Observe a tabela abaixo, nele podemos observar que muitas dessas “sub-emoções” derivam das emoções principais que estão no painel de controle da Riley.

Qual sentimento foi crucial para marcar a virada da personagem principal Riley Porquê?

Considerações

Uma das principais lições do filme é a possibilidade de compreender que, absolutamente, todas as emoções são importantes. Até mesmo, as que categorizamos como “ruins”, possuem o lado positivo.

A raiva pode nos impulsionar, demonstrar força contra injustiças. A alegria, capacidade para bons relacionamentos (inclusive com nós mesmos). O medo ajuda a nos manter em segurança. O nojo também auxilia na nossa proteção (como de comer algo estragado, por exemplo).

Assista o filme e nos conte aqui algumas das descobertas que você fez sobre as emoções.

Qual o sentimento foi crucial para marcar a virada da personagem principal Riley Por quê?

No longa, os esforços da Alegria predominam nos primeiros anos de vida de Riley. Ela busca, a todo custo, deixar a vida da menina mais cor-de-rosa. Mas ao longo do filme fica claro que é impossível ignorar a Tristeza. Ela é parte importante da transformação da criança na adolescente.

Qual dos sentimentos era evitado que Riley sentisse Por quê?

Essa luta interna de Riley para aceitar que está triste é a chave para desencadear uma série de acontecimentos, a qual poderia ter sido evitada se a menina tivesse maturidade e liberdade suficientes para se permitir sentir a tristeza, chorar, e perceber que um novo dia iria nascer e tudo iria melhorar.

Qual a importância de cada sentimento nas decisões de Riley?

A Alegria garante a felicidade de Riley, o Medo garante sua segurança, o Raiva busca justiça, a Nojinho (desgosto) garante que a jovem não seja contaminada, tanto fisicamente quanto socialmente, e a Tristeza mostra quando ela precisa de ajuda.

Qual é a primeira emoção que aparece na mente de Riley no filme Divertida Mente?

A Alegria, que é a grande administradora da Sala de Comando do cérebro da menina, é a primeira emoção sentida por Riley.