If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website. Show Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados. Sabemos que os cromossomos são formados por uma grande sequência de genes que é responsável por determinar as características de uma espécie. Quando ocorre a formação de gametas, os cromossomos são inteiramente transmitidos para essas células juntamente aos genes que os constituem. Segundo a Segunda Lei de Mendel, os genes, durante a formação dos gametas, segregam-se independentemente. Entretanto, para que isso ocorra, é necessário que os genes em questão estejam em pares de cromossomos homólogos diferentes. Quando os genes estão localizados em um mesmo cromossomo, essa segregação não acontece e todos são transmitidos durante a meiose. Esse fenômeno recebe o nome de linkage, ligamento fatorial ou ligação gênica.
Observe a figura a seguir que ilustra a formação de gametas:
Veja que os genes A e B estão presentes em um cromossomo, enquanto o a e b estão no seu homólogo. Os genes A e B migrarão juntos na formação dos gametas, assim como a e b. Nesse caso, teremos, portanto, um gameta AB e outro ab. Percebe-se que a migração independente ocorre apenas quando os pares de genes estão em cromossomos diferentes. Quando esses genes estão no mesmo cromossomo de um par de homólogos, eles permanecem juntos quando acontece a meiose. Sendo assim, dizemos que o linkage é uma exceção à Segunda Lei de Mendel. Genes localizados em um mesmo cromossomo podem, no entanto, não ser transmitidos juntos no momento da meiose. Para que isso aconteça, é necessário que durante esse processo de divisão ocorra uma recombinação gênica, também chamada de permuta ou crossing-over. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) ARRANJO CIS E TRANS Existem duas formas de os alelos estarem arranjados em um indivíduo duplo-heterozigoto (AaBb) com pares de genes em linkage:
→ Arranjo cis: Em um cromossomo existe apenas alelos dominantes (AB), enquanto no outro encontramos alelos recessivos (ab). → Arranjo trans: Em cada cromossomo homólogo encontramos um alelo dominante e outro recessivo (Ab/Bb). RECONHECENDO UM CASO DE LINKAGE Para reconhecermos um caso de linkage, é importante analisar os tipos de gameta formados por indivíduos heterozigotos e suas proporções. Imagine as seguintes situações: Caso a) O indivíduo AaBb produz os seguintes gametas: ¼ AB; ¼ Ab; ¼ aB; ¼ ab. Caso b) O indivíduo BbCc produz os seguintes gametas: ½ BC; ½ bc. Caso c) O indivíduo CcDd produz os seguintes gametas: 40% CD, 10% Cd; 10% cD; 40% cd. Veja que, no caso a, foram produzidos quatro gametas diferentes, todos na mesma proporção, indicando, assim, um caso claro de segregação independente. Já no caso b, formaram-se apenas dois gametas e ambos também com a mesma proporção. Sendo assim, esse caso representa um exemplo claro de linkage. Por fim, temos o caso c, que apresentou quatro gametas diferentes, porém em diferentes proporções. Quando isso acontece, dizemos que é um caso de linkage, porém com um diferencial de que é a ocorrência de uma permutação ou crossing-over. A metodologia desenvolvida por Mendel para a realiza��o de qualquer experi�ncia em Gen�tica tem por requisitos rigorosos a utiliza��o de linhas puras como progenitores iniciais, e a n�o-introdu��o de outros alelos, para al�m do conjunto inicial proveniente desses progenitores, nas gera��es subsequentes. Por outras palavras, Mendel definiu um modelo experimental em que as condi��es iniciais est�o controladas, trabalhando-se a partir da� em sistema (geneticamente) fechado. Define-se uma linha pura como uma popula��o fenotipicamente homog�nea da qual resultam sucessivas gera��es igualmente homog�neas e constantes fenotipicamente; tal � o corol�rio dos indiv�duos homozig�ticos, que (salvo pelas muta��es) produzem um s� tipo de g�metas, e em geral assume-se que as linhas puras s�o de facto homozig�ticas. O cruzamento que d� in�cio a uma experi�ncia gen�tica envolve portanto duas linhas puras diferentes, P1 e P2, e a gera��o resultante (a F1) � homog�nea e heterozig�tica para as diferen�as gen�ticas entre esses progenitores. Exemplos
Note-se que em cada par de fen�tipos (por exemplo as duas cores de cotil�dones) a F1 apresenta apenas um deles, que Mendel designou de dominante, e ao qual podemos provisoriamente atribuir uma letra mai�scula A (gene para cotil�dones amarelos), B (gene para semente lisa) e C (gene para tegumento cinzento). No entanto, s� a segrega��o a partir da F1 � que ir� demonstrar se s�o simples interac��es de domin�ncia, ou se a situa��o gen�tica � mais complexa. Foi precisamente o que Mendel fez, utilizando o selfing e o testcross (ver abaixo). Admita-se ent�o uma hip�tese genot�pica para cada um destes cruzamentos: Exemplos
� importante encarar os gen�tipos meramente como hip�teses para explica��o dos resultados de uma experi�ncia, pois n�o existe qualquer evid�ncia directa deles; na realidade, a informa��o directa diz respeito a apenas tr�s aspectos de uma experi�ncia em Gen�tica: as condi��es experimentais (por exemplo a temperatura, luz, nutri��o, parasitas, etc.), os fen�tipos (observados com o rigor poss�vel), e as contagens de cada uma das classes fenot�picas (ou a distribui��o fenot�pica, no caso da varia��o cont�nua). Tr�s tipos de cruzamento podem envolver os h�bridos F1: i) autocruzamento ou selfing: auto-poliniza��o dos indiv�duos F1 (ou cruzamentos entre eles); em termos gerais, � o cruzamento entre indiv�duos com o mesmo gen�tipo; ii) retrocruzamento ou backcross: entre os indiv�duos F1 e um ou outro dos seus progenitores (ou indiv�duos com o mesmo gen�tipo que os progenitores); iii) cruzamento-teste ou testcross: entre a F1 e indiv�duos homozig�ticos recessivos para todos os loci heterozig�ticos na F1 (nem sempre � um backcross; no exemplo de di-hibridismo dado acima, o testcross teria de realizar-se com um indiv�duo de gen�tipo aabb, e n�o com qualquer dos progenitores). testcrossO testcross � de todos o mais simples. Envolve dois tipos de indiv�duos (ou popula��es): aquele que � testado (cujo gen�tipo se tenta averiguar), geralmente uma F1, e aquele que testa, sempre uma linha pura. Este �ltimo produz portanto um �nico tipo de gamet�fito, sendo ainda requerido que nos g�metas, para todos os loci com domin�ncia completa, s� apare�am genes recessivos. Assim, os fen�tipos da gera��o seguinte depender�o apenas dos tipos de g�metas provenientes do indiv�duo testado. Se o testcross for sobre um AaBb (A e B dominantes), o parceiro tem de ser aabb, e os g�metas envolvidos pertencem �s seguintes classes (as propor��es assumem segrega��o independente): indiv�duos AaBb g�metas AB (�), Ab (�), aB (�), ab (�)indiv�duos aabb g�metas abO espor�fitos da gera��o seguinte (F2) dever�o ser, respectivamente, � AaBb, � Aabb, � aaBb, e � aabb, distingu�veis fenotipicamente em resultado da presen�a dos genes dominantes. A vantagem dos testcross est� na rela��o directa entre as classes fenot�picas da F2 e os g�metas da F1, donde se deduz o gen�tipo desta. Exemplo Suponha-se uma caracter�stica que depende da ac��o de 5 loci segregando independentemente, A/a, B/b, C/c, D/d, e E/e, havendo domin�ncia completa em todos eles. Deste modo, um indiv�duo apresentando um fen�tipo ABCDE ter� um gen�tipo contendo pelo menos um gene dominante em cada locus (representado por A-B-C-D-E-), havendo 25 = 32 combina��es genot�picas diferentes teoricamente poss�veis. S� com cruzamentos se pode achar o gen�tipo exacto: realizando um testcross (o cruzamento com um indiv�duo de fen�tipo abcde), obtiveram-se por hip�tese, na F2, 8 classes fenot�picas, cada uma com a frequ�ncia de 12,5%: ABCDE ABcDE ABCdE ABcdE aBCDE aBcDE aBCdE aBcdE O n�mero de classes obtidas indica que o indiv�duo testado � um tri-h�brido (23 = 8 g�metas diferentes), e o facto de n�o haver segrega��o nem de bb nem de ee indica que o seu gen�tipo � AaBBCcDdEE. selfingO selfing � o tipo de cruzamento mais pr�tico envolvendo a F1, podendo ainda ser utilizado noutras gera��es, tudo dependendo do modo de reprodu��o do organismo: nas plantas di�icas (e na generalidade dos animais) o selfing s� � garantido dentro de cada linha pura ou entre os indiv�duos da F1. Nas que dificilmente se reproduzem por poliniza��o cruzada, � o modelo mais utilizado e pr�tico. O milho oferece um exemplo onde se pode realizar, com igual facilidade, tanto a auto-poliniza��o como a poliniza��o cruzada. A par do seu interesse econ�mico, isto constituiu um factor determinante de ter sido esta planta o modelo vegetal mais fecundo para o desenvolvimento da Gen�tica ao longo de v�rias d�cadas. O n�mero de gen�tipos poss�veis na gera��o F2, obtida do selfing � F1, � 3k, sendo k o n�mero de loci heterozig�ticos nesta gera��o. Se os k loci segregarem independentemente, cada tipo de g�meta ter� uma frequ�ncia 2�k, e as propor��es de cada um dos 3k gen�tipos diferentes resultam das combina��es dos respectivos g�metas. � muito frequente fazerem-se os c�lculos das propor��es previstas para cada gen�tipo com recurso aos quadros de Punnett, que s�o c�modos especialmente para o estudo da descend�ncia de um mono-h�brido (k = 1): Exemplo
Cada combina��o de g�metas (cada quadrado) corresponde a � (ou, em termos gerais, (2�k)2 = 4�k), e a combina��o heterozig�tica AA' aparece duas vezes (pelo que tem a frequ�ncia de 2/4 = �). Estas duas regras permitem, caso haja segrega��o independente entre os k loci heterozig�ticos numa F1, achar-se a probabilidade de qualquer gen�tipo dessa F1 por selfing, para qualquer valor de k. Na F2, um gen�tipo com k' loci heterozig�ticos (0 ≤ k' ≤ k) aparece em 2k' combina��es diferentes, de que resulta uma probabilidade 2k'/ 4k. Assim, se partirmos de um tri-h�brido AaBbCC' (k=3) espera-se, se houver segrega��o independente na F1, uma F2 com 33 = 27 gen�tipos, em que a propor��o de indiv�duos AaBBCC � 21/43 = 1/32, aaBBC'C' = 20/43 = 1/64, ou AaBbCC' = 23/43 = 1/8, etc. (o quadro de Punnett necess�rio para fazer estes c�lculos implicava explicitar os 8 tipos de g�metas produzidos pela F1 e preencher os resultantes 64 quadrados). backcrossO interesse do backcross n�o est� na determina��o dos gen�tipos, pelo menos na maior parte das situa��es; mas como se ver� mais adiante, � de uma relev�ncia superlativa em diversas aplica��es do melhoramento (cf. "linhas cong�nicas") e em certos modelos de an�lise da varia��o cont�nua. Cruzamentos rec�procosA poliniza��o de uma planta X com p�len duma planta Y de gen�tipo diferente, em compara��o com o polinizar-se (reciprocamente) a planta Y com p�len da planta X, se bem que o gen�tipo nuclear da F1 venha a ser o mesmo, pode dar fen�tipos diferentes nessa mesma F1; h� pelo menos dois motivos para isso, mesmo partindo de linhas puras: Hereditariedade citopl�smica: como mencionado anteriormente, os genes das mitoc�ndrias e dos plastos ("genes do citoplasma") s�o transmitidos apenas pelo gamet�fito feminino. E mesmo que n�o produzam directamente uma determinada express�o fenot�pica, podem faz�-lo atrav�s dos genes nucleares, condicionando a sua express�o em qualquer fase da vida do espor�fito F1; nessa situa��o, o "ambiente" gen�tico do genoma mitocondrial ou plastidial estariam a determinar uma diferen�a entre as F1 de cruzamentos rec�procos. Efeito materno: todas as situa��es em que o fen�tipo expresso n�o resulta da ac��o dos genes do indiv�duo mas sim dos do seu progenitor feminino, por exemplo quando um indiv�duo aa expressa o gen�tipo Aa da sua m�e. Este fen�meno pode ter v�rias origens e resultar de um efeito muito precoce relacionado com a origem materna dos componentes citopl�smicos utilizados pelo embri�o e pelo endosperma: para se desenvolverem, s�o determinados primariamente pelo saco embrion�rio, e secundariamente pelo fornecimento de nutrientes a partir do espor�fito onde o gamet�fito feminino se desenvolve (o progenitor feminino). Por isso os genes maternos expressam-se numa fase do ciclo de vida que se torna aparente como varia��o fenot�pica s� na gera��o seguinte. No extremo mais dr�stico, defici�ncias expressas na gera��o gamet�fita feminina constituem uma das raz�es para o abortamento de embri�es, e o mesmo se pode dizer de defici�ncias no papel de suporte do endosperma. De uma maneira mais subtil, muitos caracteres de varia��o cont�nua exibem fortes contrastes entre cruzamentos rec�procos que s�o atribu�veis a efeitos maternos. Estas duas possibilidades, por imperativo de rigor nas observa��es em gera��es subsequentes, tornam necess�rio realizar-se, excepto no modelo de selfing, cruzamentos rec�procos, especialmente quando a priori n�o se conhece a hereditariedade da caracter�stica em estudo, ou a mesma seja "complexa" (cf. "efeitos do ambiente", "varia��o cont�nua"). Note-se que, enquanto por efeito materno um indiv�duo expressa o gen�tipo do seu progenitor feminino, por hereditariedade citopl�smica ele expressa os genes que ele pr�prio cont�m. A diferen�a � que neste �ltimo caso a linhagem feminina mant�m-se inalter�vel salvo muta��o, enquanto o efeito materno (derivado do ambiente citopl�smico em que se desenvolve o embri�o) � redefinido em cada gera��o segundo o gen�tipo do n�cleo das c�lulas do progenitor feminino em cada gera��o. Esta diferen�a permite distinguir as duas possibilidades. A hereditariedade ligada ao sexo representa, em diversos grupos animais, outra situa��o que requer os cruzamentos rec�procos. No caso dos mam�feros, os cromossomas X e Y s�o assim designados porque, apesar de serem diferentes entre si, emparelham e segregam como os restantes pares de hom�logos. Constituem os heterossomas (para distinguir dos autossomas), e a quase totalidade dos loci do cromossoma X n�o tem qualquer correspond�ncia no cromossoma Y. Assim os machos, 2A + XY, dizem-se hemizig�ticos para os loci representados por apenas um gene no cromossoma X, e para eles as rela��es de domin�ncia n�o se aplicam. Os machos, por isso, s�o sempre heterogam�ticos, porque nos loci hemizig�ticos haver� sempre dois tipos de g�metas: o que cont�m o cromossoma X, com a �nica vers�o dos respectivos loci, e o que cont�m o cromossoma Y, n�o contribuindo com nenhum dos genes correspondentes. Exemplo
H� muitos animais com um sistema em que as f�meas s�o o sexo heterogam�tico, nesse caso fala-se de cromossomas Z e W, sendo os machos ZZ e as f�meas ZW. A generalidade das plantas di�icas tamb�m t�m um sistema de determina��o do sexo por heterossomas, geralmente do sistema XY, sendo exemplos paradigm�dicos o g�nero Silene (assobio), o l�pulo, a azeda, ou a papaia, e tamb�m gimnosp�rmicas como Ginkgo biloba, Welwitschia mirabilis e as cicas. Nos animais tamb�m se coloca outra quest�o, por sinal muito complexa de avaliar, e que diz respeito ao ambiente materno, a v�rios n�veis: no �tero (viv�paros), na rela��o entre a m�e e os filhos, e ainda nas rela��es no interior de uma prole. Por exemplo, os cruzamentos rec�procos em mam�feros t�m demonstrado repetidamente que o ambiente materno influencia marcadamente a manifesta��o dos fen�tipos nas descend�ncias, em especial nos fen�tipos de varia��o cont�nua. Quantos tipos de gameta produz um híbrido para três pares de genes é para quatro pares *?Resposta. onde "n" é o número de pares híbridos! Para quatro - 2*2*2*2 = 16 tipos de gametas! Espero ter ajudado!
Quais gametas podem ser formados por um indivíduo Di híbrido?Resposta. Os gametas que podem ser formados por um indivíduo di-híbrido são: RP, Rp, rP e rp (letra A). As células somáticas presentes em um organismo são diploides, ou seja, apresenta dois cromossomos de cada tipo.
Como saber o número de gametas?FORMAÇÃO DE GAMETAS. Quantos gametas diferentes podem ser produzidos por indivíduos com genótipos?O indivíduo com genótipo AaBbCC, possui 2 pares de heterozigotos (Aa e Bb); Fazemos então → = 4; Portanto, esse indivíduo pode produzir 4 tipos diferentes de gametas.
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