Eventos RecentesMarcha para JesusDia 09 de Julho de 2022 – São Paulo, Capital A Marcha para Jesus é um evento pacífico que reúne igrejas cristãs do país e do mundo e é aberto à participação de toda a população Cavalgada em MococaDia 03 de Julho – São Paulo, Mococa Estivemos na cidade de Mococa juntamente com o Pré-Candidato ao Governo do Estado Tarcísio de Freitas, e os Pré-candidatos a Deputado Estadual Lucas Bove e Albino, no 2º encontro de Agricultores e Produtores de Café e Leite Jornal da Manhã – Jovem PanDia 30 de Junho – São Paulo, Capital Diante de imposição eleitoral, Ricardo Salles deixou os colegas de bancada do programa Jornal da Manhã da Jovem Pan ContatoO ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é considerado uma ameaça global. Sua reputação, alcançada enquanto ocupava o cargo federal de quem exatamente deveria zelar pelo meio ambiente, não tem nada de exagero. Seguidor fiel da cartilha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o setor, Salles defende a exploração “capitalista” da Amazônia, a regularização de áreas griladas, inclusive na Amazônia, em benefício do agronegócio, da mineração e garimpo ilegal e invasão de terras indígenas. Ideias essas que, em pouco mais de dois anos como ministro do Meio Ambiente, se tornaram ações concretas de desmonte do Estado e dos órgãos de defesa dos biomas nacionais. O impacto de suas políticas tem escala globa. A pressão por sua demissão era crescente em todo o mundo. Em abril deste ano, senadores do Partido Democrata dos Estados Unidos enviaram carta ao presidente Joe Biden, alertando que Bolsonaro e Salles abriram a porteira para o crime ambiental. ::Brasil chega à Cúpula do Clima sob cobrança e descrédito dos líderes mundiais:: No âmbito interno, o ex-ministro a serviço da devastação ambiental é acusado de dificultar investigações de uma operação da Polícia Federal na Amazônia envolvendo extração recorde de madeira ilegal; o objetivo seria para proteger os criminosos ambientais e fiscais. Relembre os principais ataques do ex-ministro do meio Ambiente contra o próprio meio ambiente:
Desmatamento é sinônimo de perda de biodiversidade e emissão de gases de efeito estufa – temas prioritários da agenda do governo democrata dos Estados Unidos. Incêndios florestais O trágico destaque do relatório foi o Pantanal, com 22.119 focos de incêndio, 120% a mais que em 2019. O maior número desde que as medições começaram a ser feitas, em 1998. Em termos proporcionais, segundo o Inpe, foi o maior aumento entre todos os biomas (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga e Pampa). Até outubro, 28% do território pantaneiro foi atingido, com a morte de animais que ganharam repercussão internacional. Mas a Amazônia teve o maior número de focos: 103.134 incêndios registrados, 15% a mais que em 2019, o maior número desde 2017, que ultrapassou o total registrado de janeiro a dezembro do ano passado. Um total de 89.604 focos de calor detectados pelos satélites monitorados pelo Inpe. Foram 89.176 em 2019. Os biomas queimaram também por cortes orçamentários, que em parte poderiam ter sido atenuados com os recursos do Fundo Amazônia, que o governo paralisou. Aliança com madeireiros ilegais Trata-se da operação Handroanthus, que apreendeu mais de 200 mil metros cúbicos de toras extraídas ilegalmente, com valor estimado em R$ 130 milhões. Em suas declarações e postagens nas redes sociais, Salles defendeu a “legalidade” da extração e da ação dos madeireiros investigados. Segundo o delegado, Salles e Telmário alegaram que as terras de onde foi retirada a madeira é legal e a extração foi autorizada, o que não corresponde aos fatos. Negacionismo climático Para Ricardo Salles, que não tem no currículo nenhuma formação ambiental, o aquecimento global não é uma questão prioritária e serve apenas ao “debate acadêmico”. Em maio de 2019, ele tentou cancelar a realização da Semana do Clima da América Latina e Caribe (Climate Week), em Salvador. Seria apenas uma “oportunidade” para se “fazer turismo em Salvador” e “comer acarajé”, argumentou Salles sobre o evento. Mas não resistiu à pressão do então prefeito ACM Neto. Desmonte da fiscalização Ou seja, mesmo antes de qualquer defesa do autuado, esses núcleos poderão analisar a multa para confirmá-la, ajustá-la ou anulá-la, caso se entenda que houve alguma irregularidade. Isso levou a uma queda de 34% nas autuações naquele mesmo ano. Atualmente, há cerca de 130 mil processos de infração no Ibama, totalizando R$ 30 bilhões. Insatisfeito com as regalias aos infratores ambientais, Salles determinou novas mudanças na apuração de multas. A partir de agora, as infrações terão de ser autorizadas por um superior do agente de fiscalização que aplicar a punição. Se essas chefias confirmarem, a autuação segue a tramitação anterior com os próprios fiscais. Aliança com garimpeiros ilegais Com o uso do transporte pelos garimpeiros ilegais, cuja ação deveria ser combatida, as lideranças não foram levadas ao encontro de Ricardo Salles e a operação foi cancelada. O caso foi parar no Ministério Público Federal (MPF), sob suspeita de improbidade administrativa por desvio de finalidade. Desmonte do Ibama e do ICMBio De cara, exonerou 21 dos 27 superintendentes do Ibama. Pouco tempo depois, exonerou José Olímpio Augusto Morelli, agente fiscal que havia multado o então deputado Jair Bolsonaro que pescava em uma unidade de conservação em Angra dos Reis (RJ). Cinco meses depois, já havia reduzido em 34% o número de multas aplicadas. O ICMBio, responsável pelas unidades de conservação e dos centros de pesquisas ficou sem suas 11 coordenações regionais. Deixou uma gerência para cuidar de cada região. No Norte, onde está a maior parte do bioma Amazônia, foram fechadas três. Como se fosse pouco, Salles pretende fundir os dois órgãos. Um grupo de trabalho, composto apenas por militares, além do ministro, estuda a fusão, que na prática representa a extinção de ambos. Extinção de unidades
de conservação Manchas de
óleo no litoral do Nordeste Enquanto isso, um dos maiores crimes ambientais afetou manguezais e corais, matando parte da vida marinha e deixando sem renda pescadores e populações inteiras que retiram seu sustento do mangue, dos estuários e costões. Quase dois anos depois, o meio ambiente ainda não se recuperou. Tampouco foram identificados os responsáveis. Extração de
petróleo em Abrolhos Sua preservação acabou ditada por interesses comerciais e não ecológicos. Nenhum dos blocos situados na região foi arrematado em leilão. As petrolíferas temia problemas devido à falta de informações sobre a viabilidade ambiental. Pesou também a repercussão da crise ambiental causada pelas manchas de óleo no Nordeste. Ataque a manguezais e restinga A resolução que revogou as anteriores só foi possível graças à até então nova configuração do Conama. Em maio de 2019, Salles baixou decreto reduzindo o número de integrantes do Conama, que passou de 96 para apenas 23. A representação do governo aumentou, enquanto que a sociedade civil perdeu mais de 80% de representatividade. Ouvindo as críticas de especialistas e ambientalistas, o PT foi ao STF no início de outubro, pedindo a anulação da decisão da reunião comandada por Salles. Dias antes, a Justiça Federal no Rio de Janeiro havia suspendido a resolução do Conama. No final de outubro, a ministra Rosa Weber acatou, em caráter liminar, ação movida por parlamentares petistas. Atentados
contra a Mata Atlântica O Ministério Público dos 17 estados onde há remanescentes de Mata Atlântica foram acionados e surgiram dezenas de ações judiciais, pedindo a paralisação de processos que anistiassem desmatadores. Em junho o ministro recuou e revogou o despacho, cuja elaboração seguiu parecer da Confederação Nacional da Agricultura. Condenado por improbidade O crime foi cometido em 2016, quando o ministro demitido era secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, na gestão do tucano Geraldo Alckmin. A condenação embasou diversas ações que visavam proibir a posse do ministro, que recorreu da decisão. Ainda não houve julgamento em segunda instância. Edição: Vinícius Segalla |