Quem escreve poema é

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 505p.

Poema 20

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

Pablo Neruda Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1999.

Nota: Tradução de Fernando Assis Pacheco

SIMPLES ASSIM

Por que amo escrever?
Amo escrever porque é
Mais que um ofício, é
Um vício, porque sinto
Que a poesia não tem
Fim em mim, e o porquê
Bem, eu não sei te dizer,
Mas talvez seja porque
O escrever para mim
Significa mais que viver,
Significa jamais morrer!
Guria da Poesia Gaúcha

Não consigo escrever poesia: não sou poeta. Não consigo dispor as palavras com tal arte que elas reflitam as sombras e a luz, não sou pintor... Mas consigo fazer tudo isso com a música...

Queria te escrever uma poesia linda...mas pra que...se o que sinto por você se resume em tres palavrinhas simples mas que dizem "tudo"...é...isso mesmo..."EU TE AMO "...

Podeira lhe escrever a poesia mais linda que um poeta já escreveu,
Poderia lhe dar a flor mais bonita e a mais perfumada do jardim,
Poderia lhe mostrar o mais belo amanhecer, e ficar ao seu lado pra te mostra o pôr do sol,
Poderiaamos contar juntos as estrelas cadentes,
Desejaria ficar rico pra te dar as mais lindas jóias,
Poderia te ver dormir, e te cantaria um canção de ninar,
Poderia enxugar tuas lágrimas, e faria o possível para que não chorasse mais,
Poderia te ouvir com toda atenção,
Poderia te contar uma piada só pra ver o teu sorriso,
Poderia te ligar de madrugada pra dizer que tenho saudades e dizer o quanto te amo
Mesmo tendo passado o dia inteiro juntos,
Te escreveira uma canção para mostrar minha admiração,
Sonharia com você para dormir bem,
Te daria meu singelo amor para ficar bem....

NUNCA MAIS QUERER

Não quero nunca mais escrever
Dos meus sonhos esquecer
E as minhas fantasias
Nunca mais voltar a ter...

Eu quero agora viver
Nem que eu viva a sofrer
Viver...viver...para num dia
Em que eu menos esperar...morrer...

Não adianta ter ilusão
Quero falir meu coração
E decretar à todos
Minha tremenda decepção...

Não adianta fantasiar
Pois o que eu vivi asonhar
O que eu vivi a procurar
Jamais vai se realizar

Quero perder a esperança
Pois em toda minha herança
Fiz de meus dias
A vida de uma criança...

Não convivi com a real
Fugi do mundo animal
De minha vida fiz uma peça teatral
E atuei...como atriz principal

Hoje decretei falência
Pois nessa minha existência
Só vi minha carência aumentar
Preciso parar de sonhar...

Tentei...muito lutei...
Sonhei...esperei...
Eu quiz e não tive...então resolvi
Viver como a maioria vive...

Pra resumir eu "fali"
Pois pela vida eu vi
Que é preciso ser anormal
Para viver nesse mundo animal...

⁠quem chegar depois de você
vai me lembrar que o amor
precisa ser suave

ele vai ter
o gosto da poesia
que eu queria saber escrever

"Com uma poesia de Deus igual a você falando comigo, eu não seria capaz de escrever algo ruim, pois quando olho para você penso somente em coisas boas”.

Já fui inverno rigoroso, calor intenso de verão e folha seca de outono. Hoje sou primavera, uma nova estação.

CONFIDÊNCIA

Há muito tempo eu penso em escrever
E se não o fazia era por desmedido pudor,
De ver desnudos todos meus sentimentos, já
Que de fato, vais me saber e conhecer neste ato,
De imaginar que tu poderás me julgar e criticar,
De entender e aceitar que a tua interpretação
Possa ser bem diferente da minha, até então,
E te confesso que morro de medo dos meus
Tantos segredos expor e de te falar de amor.
De me mostrar como uma pessoa ruim e boa.
Que receio me dá a tua opinião sobre meu livro.
Porque meu livro não foi, não é e jamais será só
O amontoado de ideias e ideais fictícios que acolá
Voavam, ali aterrissaram e aqui se concretizaram.
Meu livro é mais, é a maturação do meu ser e viver.
É a impressão da expressão do que meu ego quis e
O reflexo do que diz minha alma, olhada com calma.
Portanto, avance na leitura do cenário, avante pra
Meu imaginário e lá adiante, bem no fim me fala
Como cúmplice- leitor se gostou de mim, do livro,
Enfim, mas te peço que sejas verdadeiro, já que é
O mínimo legal e leal que posso esperar dum amigo,
Muito prazer por eu poder ter te conhecido, e claro,
Prazer maior e melhor se tu te identificares comigo!
Guria da Gaúcha Poesia

Lavando a Alma,
Página 07
1989

Se tu queres mesmo saber o que penso a
Respeito do sujeito que não sabe escrever,
Se penso que ele deveria ser suspenso ou
Ir direto para o xadrez por ter assassinado o
Português, te digo que nem penso, dispenso!
Guria da Gaúcha Poesia

Se tu queres mesmo saber o que penso a
Respeito do sujeito que não sabe escrever,
Se penso que ele deveria ser suspenso ou
Ir direto para o xadrez por ter assassinado o
Português, te digo que nem penso, dispenso!
Guria da Gaúcha Poesia

SIMPLES ASSIM

Por que escrever é
Mais que um ofício,
Um vício, por que a
Poesia não tem fim
Em mim, o porquê
Eu não sei te dizer,
Mas talvez seja porque
Escrever é não morrer!
Guria da Poesia Gaúcha

Quando me perguntam se gosto de escrever,
Paro pra pensar e digo que sim, pois escrever
Foi a forma que achei pra não ter fim ou talvez
Pra não me sentir morrer tão sozinha em mim!
Guria da Poesia Gaúcha

SIMPLES ASSIM

Por que escrever é mais que um ofício?
Por que em mim lembra até um vício, já
Que a poesia jamais tem fim para mim?
Sinceramente, não sei o porquê deste
Porque e até poderia arriscar em te dizer
Que é porque escrever é não morrer!
Guria da Poesia Gaúcha

É que eu tenho muita coisa pra falar irmão, e se eu for
Escrever tudo isso, dá mais de 100 livros, e nunca vai
Acabar com isso não, nunca vai acabar não.

Escrever;
meu capataz refúgio
para fugir de mim
ou me encontrar,
escavar-me o curso
de meu próprio leito,
e dar sentido à correnteza
em singular rebentação.

⁠Gosto de escrever à queima-roupa, como quem atira sem alvo. Às vezes quando acordo inquieto, com frio na barriga, muita sede e vontade de correr ou ficar sozinho eu já sei: vamos resolver isso com uma caneta ou teclado de computador.
Às vezes, sai apenas um rabisco, um desenho, um devaneio em forma de um novo projeto. Mas eu deixo sempre fluir...
Como sei que a idade um dia vai chegar, quero migrar essa terapia para a voz e assim, poder gravar quando não tiver mais vistas suficientes para a escrita.
O importante de sentar para escrever, ao contrário do que se pensa, é não ter inspirações prévias.
Devemos deixar o pensamento correr solto, frouxo, leve até que ele escorra pelos dedos até a ponta da caneta ou teclado de um computador.
Pode parecer baixo, mas tem dias que o pensamento tá como aquele "peido" que insiste em sair quando você anda pelas ruas, lado a lado com alguém: é necessário você pare tudo e o liberte!
Sinto falta do uso da minha máquina de datilografar. O barulho incomoda os vizinhos mas esse mesmo barulho me inspira.
Foi ao som desse barulho que, por anos, vivi nos salões de agências bancárias datilografando documentos e vivendo algumas emoções.
Creio que num futuro próximo digitar com a voz terá o apoio de corretivos eficientes que repetem o escrito e indicam por voz a necessidade de um ajustes na escrita.
A pandemia foi um ano difícil para alguns, porém, os autores, pintores, compositores, poetas, escritores e todos os que vivem de inspiração tiveram um ano de muita colheita.
Sim! Colheita! Assim como um agricultor no campo de flores ou frutos, tudo aquilo que transborda na mente humana e se converte em palavras são colheitas. É a mais bela colheita por que ali nascem sementes que irão brotar em outras mentes humanas.
E sem dúvidas, dos tempos pandêmicos de 2020, brotarão sementes que inspirarão as ávidas mentes dos séculos que se seguirão...

''Minha vida no dia a dia
é escrever poesia, tentando com alegria escrever a mais perfeita das melodias
mais do que adianta tanto apesar? Se a moça que eu amo pra mim nao está a olhar,
mais a vida continua e busco meu consolo nas rimas do meu chôro,
tentando com alegria fazer do meu dia a dia belas poesias ''

Como é o nome de quem escreve poema?

A gramática normativa registra a palavra poetisa para referir-se às escritoras do gênero poético, contudo podemos utilizar duas variações, poeta ou poetisa.

Quem faz poesia e Poeteiro?

é toda pessoa que escreve poemas.

Qual a diferença entre poeta e poetisa?

A forma correta do feminino da palavra poeta é poetisa. Sempre que quisermos referir uma mulher que escreve poesia, devemos utilizar o substantivo comum feminino poetisa.

Como se chama a mulher que escreve poesia?

SubstantivoEditar.