A importância das áreas verdes para a qualidade ambiental das cidades

�rea verde

benef�cios para a humanidade, sa�de p�blica e qualidade de vida.

UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE S�O PAULO

Campo Limpo

Projeto Multidisciplinar

Tecnologia em Gest�o Ambiental

S�o Paulo 06, de Dezembro de 2012

Aliciel Belmiro, Bruna Cristina, Camila Felisberto, Dami�o Batista, Dayane Orlando; Rafael Pereira.

Professora Orientadora: Claudia Maria de Souza Oliveira

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Resumo: Este artigo se trata de pesquisa realizada em parques ecol�gicos para turismo e lazer, localizados na cidade de s�o Paulo, abordando a sua import�ncia e benef�cios dentro de uma metr�pole desta magnitude, com a an�lise da sociedade mais arborizada, abordando tamb�m a poss�vel possibilidade e a import�ncia sobre o tema educa��o ambiental nas escolas e comunidades.

INTRODU��O:

DIAGN�STICO DO PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA

Em n�vel regional foi realizado o Mapa Geomorfol�gico que revelou a �rea de estudo em regi�o de relevo muito acidentado, de morros e montanhas, que predominam ao norte da Regi�o Metropolitana de S�o Paulo.

�Para a Zona de Defesa foram elaborados mapas de Uso e Ocupa��o do Solo; de Legisla��o Ambiental; de Unidade Geoambientais e de Suscetibilidade Geoambiental, na escala de 1:10.000. Em seguida foram elaborados dossi�s das microbacias que comp�em a Zona de Defesa, contendo mapas com estes temas e, ainda, os Mapas de Risco Geol�gico/Geot�cnico e de Incompatibilidade Legal.

O Mapa de Legisla��o Ambiental revelou uma extensa rede articulada de APPs, marginais a corpos d��gua da rica rede de drenagem existente, bem como � distribui��o de remanescentes de Mata Atl�ntica, al�m dos topos de morro.

O Mapa de Uso e Ocupa��o do Solo revelou que as �reas cobertas por matas predominam, com cerca de 43 % do total da �rea. Junto com �reas de reflorestamento, de campos e de capoeira, perfazem cerca de 85 % da ZD. As �reas urbanizadas est�o em torno de 8 %.

O Mapa Geol�gico mostrou que predominam os metassedimentos, metavulc�nicas b�sicas e rochas de filia��o gran�tica. Os metassedimentos s�o em sua maioria de origem pel�tica, filitos e xistos. Estruturas geol�gicas condicionam a distribui��o dos compartimentos de relevo onde se desenvolvem os diferentes tipos de solos, a partir das ocorr�ncias dos diferentes tipos de rochas, determinando as din�micas superficiais.

O Mapa de Unidades Geoambientais delineia estes compartimentos com diferentes litologias, seus solos associados, e as declividades das encostas.

A interpreta��o do Mapa de Unidades Geoambientais permitiu a elabora��o do Mapa de Suscetibilidade Geoambiental, onde foram definidas as classes de suscetibilidade quanto aos processos de eros�o, assoreamento e movimento de massa.

O Mapa de Incompatibilidade Legal permitiu uma vis�o particularizada da situa��o das �reas de Preserva��o Permanente em cada microbacia, identificando �reas de conflito entre os usos do solo e as APPs. Este quadro possibilita planejar a recupera��o ambiental das microbacias, priorizando e quantificando as medidas necess�rias.

O Mapa de Risco Geol�gico/Geot�cnico foi realizado atrav�s do cruzamento dos Mapas de Uso e Ocupa��o do Solo com o de Suscetibilidade Geoambiental, definindo-se os setores mais propensos aos processos erosivos e de movimento de massa, em rela��o � tipologia de ocupa��o urbana predominante na regi�o que se d� atrav�s de cortes e aterros em encostas.

Como um dos resultados, merecem destaque o bairro do Novo Recreio e o Jardim Recreio S�o Jorge, na Microbacia Taquara do Reino, com as �reas de risco mais expressivas, indicando a necessidade de serem priorizados nas a��es preventivas de defesa civil, assim como em obras de conten��o e drenagem, sempre associadas a um planejamento mais amplo, onde se inclui a educa��o ambiental.

Balan�o H�drico: uma primeira aproxima��o para a caracteriza��o do comportamento h�drico de superf�cie da bacia do Cabu�u. A bacia do Cabu�u corresponde � bacia contribuinte do reservat�rio hom�nimo, implantado em 1907, no rio Cabu�u de Cima, afluente do Tiet�, visando ao abastecimento de S�o Paulo. Atualmente reativada pelo SAAE, abastece Guarulhos. A bacia constitui condi��es favor�veis � pesquisas sobre o comportamento h�drico, j� que sua �rea, de cerca de 23,8 km2, est� totalmente coberta por Mata Atl�ntica, junto � RMSP. O Projeto buscou criar as condi��es favor�veis � realiza��o de tais pesquisas. Foi instalada esta��o meteorol�gica autom�tica marca Davis no N�cleo Cabu�u do PEC, melhorando o sistema de monitoramento do munic�pio de Guarulhos pois, al�m das suas duas esta��es (UnG e Infraero), instaladas em �reas de plan�cie, esta esta��o est� em regi�o de morros.

Uma abordagem regional, de longo prazo, das precipita��es revelou uma m�dia em torno dos 1.500 mm. Revelou tamb�m a exist�ncia de um per�odo com tend�ncia a estiagem, nos meses de abril a setembro com precipita��es tendendo a serem inferiores a 75 mm. Observa-se, nesse per�odo, uma tend�ncia a precipita��es cada vez menores, desde abril at� agosto.

Em agosto verificou- se ent�o a menor m�dia regional: 35 mm.

Este comportamento ficou bem evidenciado na abordagem dos componentes do balan�o para o ano de 2004, com base nas medidas da esta��o agroclimatol�gica da UnG, com uma precipita��o, em agosto, de apenas 1,6 mm. Este comportamento foi provavelmente o respons�vel pela acentuada queda no n�vel do reservat�rio do Cabu�u que se manifestou, rapidamente, no m�s de setembro, pois o SAAE manteve o bombeamento de �gua nos mesmos n�veis dos meses anteriores, s� reduzindo em novembro.

A repeti��o desta situa��o em 2005 est� indicando que a n�o considera��o do comportamento h�drico da bacia, mais para torrencial que para regular (vaz�es reguladas por escoamento de base), leva a uma opera��o do bombeamento n�o preventiva dos per�odos de estiagem, provocando uma deple��o acentuada � e r�pida � do n�vel, como a verificada em 2004, correndo risco de desabastecimento.

Este comportamento � compat�vel com o fato de tratar-se de uma bacia relativamente pequena, com relevo acidentado, elevado gradiente ou declividade do canal principal e alta densidade de drenagem, portanto com tend�ncia a um escoamento de superf�cie acentuado e relativamente baixa reten��o ou armazenamento de �gua na bacia, com solos que se presumem rasos, sobre um substrato cristalino pouco perme�vel.

A IMPORT�NCIA DAS �REAS VERDES

INFLU�NCIA DAS �REAS VERDES NO CLIMA URBANO

As �reas verdes urbanas constituem-se em importantes instrumentos para a regula��o do clima urbano, manuten��o da biodiversidade, controle de polui��o atmosf�rica e sonora, atenua��o da eros�o e inunda��o na malha urbana, al�m dos aspectos paisag�sticos, de lazer e recreativos na cidade. Howard, j� em 1818, realizou estudo pioneiro sobre o clima de Londres e concluiu que o centro da cidade � mais quente do que as �reas adjacentes.

A vegeta��o tem um importante papel na prote��o contra a insola��o prolongada, reduzindo o desconforto t�rmico causado pela urbaniza��o, al�m de servir de par�metro para avaliar a qualidade de vida nas cidades. As temperaturas de �reas urbanas em lugares pobres em vegeta��o alcan�am valores superiores �queles analisados em �reas densamente ocupados com vegeta��o. J� quando medida em �reas verdes e com a presen�a de reservat�rios de �guas, s�o registrados valores menores. Com o aumento da temperatura nas cidades, ocorre uma diminui��o da umidade relativa.

A intensidade de radia��o solar, a umidade do ar, a precipita��o e a circula��o do ar, s�o alguns dos fatores que afetam as condi��es do meio urbano. O tipo de superf�cie, o suprimento extra de energia dispensado, a aus�ncia de vegeta��o, a polui��o do ar e as caracter�sticas dos materiais de edifica��o tamb�m influenciam no clima da cidade.

O papel dos vegetais interceptando, absorvendo, refletindo e transmitindo radia��o solar, diminuem a forma��o de ilhas de calor nas cidades e interferem na dire��o e velocidade dos ventos, sendo extremamente eficientes na melhoria do clima urbano.

Um dos fatores respons�veis pela forma��o das ilhas de calor, segundo ERINKSEN (1978) in LOMBARDO (1990), � a redu��o do resfriamento causado pela diminui��o da evapora��o devido a poucas �reas verdes e ao transporte de �gua da chuva atrav�s da canaliza��o. Segundo SOBRAL (1996), nos meses de inverno o fen�meno de �ilha de calor� adquire maior intensidade no munic�pio de S�o Paulo. O mapeamento das varia��es de temperatura na cidade, processados pelo Instituto Oceanogr�fico da USP, a partir da an�lise de imagens geradas pelo sat�lite Landsat 5, registrou uma varia��o de temperatura entre a �rea mais central, pr�ximas �s calhas dos rios Tiet�, Tamanduate� e Aricanduva, que s�o tamb�m as �reas mais polu�das, e as regi�es perif�ricas, ainda cobertas por vegeta��o, chegando� a 10� C, em um mesmo momento. Entre essas regi�es polu�das e os bairros arborizados e parques dentro da mancha urbana, a diferen�a de temperatura chega a 5� C (BITTENCOURT, PEREIRA & PENHALBER 1994).

Comprova-se, mais uma vez, que as �reas mais quentes da cidade s�o aquelas com menos �reas verdes e maiores �ndices de polui��o atmosf�rica. Essa temperatura tamb�m est� relacionada � impermeabiliza��o do solo, aus�ncia de arboriza��o, maior demanda de energia proveniente de m�quinas industriais e autom�veis e, consequentemente, maior quantidade de poluentes no ar. �Esse fen�meno, conhecido como �ilha de calor�, � bastante din�mico e intensifica-se nos dias de sol e polui��o elevada.

A INFLU�NCIA DAS �REAS VERDES NA AMENIZA��O DA POLUI��O URBANA

Os poluentes atmosf�ricos presentes no ar da cidade de S�o Paulo s�o bastante diversos, encontrando-se material particulado, di�xido de enxofre (SO2), �xidos de nitrog�nio (NOx), hidrocarbonetos (HCL), ozona (O3) e mon�xido de carbono (CO).� Variam tamb�m quanto ao tamanho, forma e densidades de part�culas em suspens�o, al�m de suas caracter�sticas variarem muito de local para local.

As part�culas em suspens�o s�o importantes em rela��o � sa�de, pois sendo facilmente inaladas, causam problemas respirat�rios.� Elas tamb�m respons�veis pela redu��o da visibilidade e tomam parte na rea��o com outros poluentes. Dados coletados nas esta��es de monitoramento do ar da CETESB localizadas pr�ximas as �reas verdes (Cerqueira C�sar e Parque do Ibirapuera) mostram redu��o significativa de poeira inal�vel no ar. Isso leva a crer que uma pol�tica de arboriza��o urbana poderia contribuir em atenuar os �ndices de polui��o anunciados frequentemente.

O di�xido de enxofre (SO2) presente no ar da cidade de S�o Paulo � resultado da queima de combust�vel f�ssil para aquecimento e produ��o de energia para ve�culos e ind�strias. O di�xido de enxofre, junto com os �xidos de nitrog�nio (NOx) tem um papel importante na forma��o da chuva �cida, causando impactos sobre a vegeta��o� e mananciais de �gua, al�m de danos ao patrim�nio hist�rico e arquitet�nico expostos ao ar livre.

A esta��o do Parque do Ibirapuera apresenta, dentro da mancha urbana, os mais baixos �ndices de SO2, indicando o importante papel das �reas verdes na melhoria da qualidade do ar da cidade. Se considerarmos que uma �rvore isolada pode transpirar, em m�dia, quatrocentos litros de �gua por dia, gerando um efeito refrescante equivalente a cinco aparelhos de ar condicionado com capacidade de duas mil e quinhentas Kcal, trabalhando 20 (vinte) horas por dia, verificamos o significado da necessidade de maior e melhor distribui��o arb�rea pela cidade.

A refrigera��o e filtragem do ar dependem da quantidade de folhas. � o seu volume que controla o efeito e n�o o tamanho da �rea verde. Assim, quanto maior o di�metro da �rvore, maior sua copa e consequentemente maior o n�mero de folhas. Portanto, tem maior import�ncia a qualidade da vegeta��o e n�o a sua quantidade.

Segundo SOBRAL (1996), o calor e a polui��o v�m causando mudan�as no padr�o de distribui��o das chuvas que caem sobre a cidade, tanto no espa�o quanto no tempo. Esta��es meteorol�gicas das regi�es mais centrais, mais quentes e polu�das, t�m registrado totais pluviom�tricos mais elevados. Adaptado de SOBRAL, 1996, pag. 28.

A polui��o do ar e as altera��es clim�ticas na cidade de S�o Paulo.

��As chuvas t�m-se precipitado, cada vez mais, sob a forma de tempestades. As enchentes sempre foram uma forma de inunda��o natural dos rios, onde o excesso de �gua era absorvido pela v�rzea e pelo solo. A escassez de �reas verdes� e a crescente impermeabiliza��o dos solos aumentam o escoamento superficial das �guas e diminui a infiltra��o, agravando as enchentes nas cidades. A expans�o das �reas impermeabilizadas (dos 1.500 km 2 de �reas urbanizadas,� mais de 900 km 2 s�o impermeabilizadas), faz com que, constantemente, aumente a vaz�o m�xima dos canais de drenagem e diminua o tempo de concentra��o das �guas.� S� a zona urbana do munic�pio de S�o Paulo apresenta cerca de 468 pontos cr�ticos de enchentes. O ritmo do agravamento desse problema � alarmante a cada ano e cada vez mais difusa na malha urbana�,(Sobral, 1996).

A eros�o do solo � outro s�rio problema relacionado a drenagem urbana. Quanto maior � a temperatura do solo, maior � a sua oxida��o, portanto maior a sua decomposi��o e, consequentemente, a eros�o em len�ol e lixivia��o (MORO, 1976). As �reas verdes, estrategicamente localizadas, diminuem o escoamento superficial, reduzindo a eros�o, a sedimenta��o, al�m de protegerem os mananciais. O dist�rbios clim�ticos, a eleva��o das temperaturas e o agravamento das enchentes est�o em grande parte relacionados com a escassez de �reas verdes na cidade assim como a sua m� distribui��o. A amplia��o dessas �reas sem d�vida melhorariam em muito o clima, a polui��o do ar e as enchentes. Por�m, as �reas atualmente dispon�veis s�o muito caras e bastante raras e, muitas das �reas destinadas para pra�as e jardins tem sido invadidas por ocupa��es irregulares.

A IMPORT�NCIA DAS �REAS VERDES NA QUALIDADE DE VIDA DAS CIDADES

Nas �reas urbanas, principalmente nas regi�es metropolitanas em que a densidade de ocupa��o � maior e as ind�strias convivem com as zonas residenciais e de lazer, os espa�os verdes, independente de sua modalidade ou qualidade de sua cobertura vegetal, exercem import�ncia fundamental na qualidade de vida da sociedade, influenciando tanto nos aspectos f�sicos quanto psicol�gicos dos indiv�duos.

A arboriza��o ajuda a caracterizar a paisagem das ruas, pra�as e parques, contribuindo para dar no��o de espa�o ao ser humano e real�ar o ambiente f�sico da cidade.

A INFLU�NCIA POSITIVA DAS �REAS VERDES EM RELA��O� A DIN�MICA AMBIENTAL URBANA:

Influ�ncia das �reas verdes em rela��o � a��o purificadora por:

.� fixa��o de poeiras e materiais residuais;

. depura��o bacteriana e de outros�� microorganismos;

. reciclagem de gases atrav�s dos mecanismos fotossint�ticos;

. fixa��o de gases t�xicos.

� Composi��o atmosf�rica

- luminosidade e temperatura: a vegeta��o ao filtrar a radia��o solar

suaviza as temperaturas extremas;

- umidade e temperatura: a vegeta��o contribui para conservar a umidade do solo, atenuando sua temperatura;

- reduz a velocidade do vento;

- mant�m as propriedades do solo: permeabilidade e fertilidade;

- fornece abrigo � fauna existente;

- influencia no balan�o h�drico.

Equil�brio solo-clima-vegeta��o

- amortece os res�duos de fundo sonoro cont�nuo e descont�nuo de car�ter estridente, que ocorrem nas grandes cidades.�� N�vel de ru�do

Fonte: Adaptada de LOMBARDO (1990).

O Planalto Paulistano, que ocupa a parte central da Regi�o Metropolitana de S�o Paulo - RMSP, � constitu�do por� plan�cies aluviais e colinas suavemente onduladas da bacia sedimentar de S�o Paulo, atrav�s da qual correm as �guas do rio Tiet� e de seus afluentes. Abrange mais de 60% do territ�rio metropolitano e devido ao seu relevo bastante suave, ocorreu a� uma intensa urbaniza��o, que se estendeu inclusive �s v�rzeas e vertentes, apresentando-se hoje quase totalmente desprovido de matas - com exce��o aos parques presentes na regi�o, especialmente o Parque do Estado.

A por��o mais leste da bacia sedimentar de S�o Paulo caracteriza-se por menor urbaniza��o e

desenvolvimento de agricultura e explora��o de min�rios, devido �s condi��es favor�veis de clima e solo.

Nesta regi�o encontram-se ainda capoeiras, em geral, nas regi�es de vertentes �ngremes.

Na regi�o da Morraria do Embu encontramos nas regi�es de relevo mais rebaixado um acelerado processo de urbaniza��o, uso hortigranjeiro e reflorestamento, enquanto as regi�es de morros altos e acidentados concentram grande parte das matas remanescentes na RMSP, extensas �reas de capoeira e reflorestamento.

Esta regi�o possui importante fun��o de prote��o e sustenta��o do sistema urbano.

Ao norte encontramos uma extensa �rea montanhosa em grande parte recoberta por matas protegidas por legisla��o, como � o caso da Serra da Cantareira, por capoeiras, reflorestamentos e �reas urbanizadas dispersas.

A leste, na Serra do Itapeti, encontramos um clima mais seco e quente que o restante da Regi�o

Metropolitana de S�o Paulo e portanto a cobertura vegetal desta regi�o tamb�m � distinta, caracterizada no passado pela presen�a de manchas de cerrado. A ocupa��o urbana � pouco intensa e as atividades de agricultura e pecu�ria n�o s�o muito din�micas. Hoje, o remanescente vegetal caracteriza-se por manchas de mata, capoeiras e forma��es secund�rias arbustivo-herb�cea.

A �rea que compreende a bacia do rio Sorocaba possui relevo bastante acidentado e extensa rede de drenagem favorecendo o desenvolvimento da agricultura, ch�caras de lazer e urbaniza��o perif�rica.

At� 1860 havia no munic�pio apenas o Jardim P�blico e o Largo 7 de Abril (atual Pra�a da Rep�blica). O �ndice de �reas verdes era 4,57 m 2/hab.

No per�odo de 1860 a 1890 nenhuma nova �rea foi criada e a popula��o no per�odo dobrou de tamanho (de 31.000 para 69.000 hab.) fazendo com que o �ndice ca�sse para 2,21 m2/hab.

Entre 1890 e 1920 a popula��o aumentou para 579.000 hab., ou seja, um aumento de quase 10 vezes o n�mero anterior. As �reas verdes p�blicas, no entanto, n�o aumentaram na mesma propor��o, a �rea total apenas dobrou com a inclus�o de 4 �pequenos parques e pra�as, entre eles o Jardim Aclima��o, que na �poca tratava-se de um parque privado, que era utilizado para lazer p�blico.

No per�odo subsequente (1920-1950), no entanto, observou-se uma evolu��o neste sentido atrav�s da cria��o de grandes parques, que hoje ainda representam �reas verdes significativas no munic�pio. S�o eles o Parque do Estado (atual Fontes do Ipiranga) com �rea de 6.315.000 m2, o Parque do Jaragu� com 4.888.400 m 2 �e o Horto Florestal com 1.740.000 m2. O �ndice deste per�odo foi o maior j� observado, 6,54 m2/hab. No per�odo de 1950-1980 nove novos parques foram criados, entre eles o Ibirapuera, o Parque do Carmo e o Parque Anhanguera. Os dois primeiros possuem importante valor social para a cidade e o �ltimo representa uma grande �rea verde do munic�pio (9.500.000 m 2). Neste per�odo ainda, tivemos a destrui��o do Parque Dom Pedro e de parte do Parque Trianon para a constru��o do MASP. O �ndice observado nessa �poca foi de 3,14 m2/hab.

Nas �ltimas duas d�cadas, no entanto, foi o per�odo em que mais parques foram criados, 18 no total. Com �rea de 9.297.106 m 2, o Parque Ecol�gico do Tiet� (Parque Estadual) representa a maior �rea criada no per�odo, ficando a seguir o Parque Villa Lobos com� 717.000 m2.

. O Parque Villa Lobos possui a particularidade de ter sido constru�do sobre um aterro de inertes.

SITUA��O ATUAL DAS �REAS VERDES NO MUNIC�PIO DE S�O PAULO

O munic�pio de S�o Paulo, apesar de ter sofrido intensa transforma��o no uso do solo, ainda possui �reas com florestas nativas, concentradas principalmente em sua zona rural. �reas com matas cercadas pela malha urbana s�o extremamente raras e, por isso mesmo, de fundamental import�ncia para o conhecimento cient�fico e para conserva��o. Dentre estas �reas destacam-se os parques p�blicos. Os parques, al�m de possu�rem fun��es recreacional e de controle da qualidade ambiental para a cidade, s�o ref�gios de biodiversidade e locais fundamentais para o desenvolvimento de atividades educativas, que permitem � popula��o o reconhecimento da import�ncia da preserva��o do patrim�nio gen�tico da vegeta��o e da fauna local (Garcia, 1995), al�m de serem importantes espa�os voltados ao lazer.

A tabela 4, anexo, obtida no Departamento de Parques e �reas Verdes da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de S�o Paulo, considera as �reas verdes de uso p�blico � parques municipais, estaduais e unidades de conserva��o (reservas e �reas protegidas) - existentes no Munic�pio de S�o Paulo divididas por Administra��o Regional.

Existem no munic�pio de S�o Paulo 30 parques municipais sob a responsabilidade do DEPAVE -Departamento de Parques e �reas Verdes (SVMA). Al�m dos parques municipais encontramos tamb�m 9 parques estaduais, cujas fun��es s�o atreladas aos objetivos das secretarias que os criaram, por exemplo, o Parque Ecol�gico do Tiet�, que pertence a Secretaria de Recursos H�dricos, Saneamento e Obras e funciona como amortecimento �s enchentes do Rio Tiet�. Encontramos, ainda, dentro da malha urbana a Reserva Ecol�gica do Morumbi.

Categorias de Parques (segundo Argentino Jr., SVMA)

- Parques Hist�ricos: Parques mais antigos, que abrigam esculturas, elementos arquitet�nicos de valor cultural, al�m de vegeta��o significativa. Na sua maioria s�o �reas tombadas. Ex: Parques da Independ�ncia, da Luz, Tenente Siqueira Campos, Burle Marx, Ibirapuera e Aclima��o.

- Parques Metropolitanos: Parques que pelo seu tamanho e localiza��o abrigam muitos equipamentos de lazer tais como escolas, museus, quadras poliesportivas, teatros, restaurantes, com grande fluxo de popula��o. Ex : Parques do Ibirapuera e do Carmo.

- Parques Esportivos: Possuem infra-estrutura para a pr�tica de esportes em geral, como o fator principal de atra��o da popula��o. Ex:� Parques Cidades de Toronto, Vila Guilherme e CEMUCAM.

- Parques Florestais: Possuem maci�os arb�reos significativos e compactos, com condi��es de abrigar fauna variada. Ex: Parques dos Eucaliptos, Anhanguera e Alfredo Volpi.

- Parques de Vizinhan�a: Por apresentarem pequena infra-estrutura de lazer e esportiva, atraem apenas � popula��o local. Incluem-se a� a maioria dos parques. Ex: Parques Buenos Aires, Aclima��o, Chico Mendes, Jardim Felicidade, Concei��o, Lion Clube Tucuruvi, Luiz Carlos Prestes, Nabuco, Piqueri Previd�ncia, Raposo Tavares, Raul Seixas,� Rodrigo de Gaspari, Santo Dias, S�o Domingos, Severo Gomes, Vila dos Rem�dios e Guarapiranga.

Os 30 parques municipais apresentam realidades bastante diversas, variando em extens�o, vegeta��o, equipamentos e contexto social. Al�m das atividades de lazer desenvolvidas diariamente pelo p�blico usu�rio, outras atividades complementares s�o promovidas pelas diferentes divis�es do DEPAVE, Secretarias Municipais, outras inst�ncias governamentais e entidades civis, tais como: investiga��o cient�fica, educa��o ambiental, cursos, produ��o de mudas, atendimento m�dico-veterin�rio, eventos art�sticos e culturais.

(MARCHINI & SILVA FILHO,1993).

O gerenciamento das atividades e administra��o dos parques municipais compete a Divis�o de Manejo e Conserva��o de Parques. As tarefas de limpeza e conserva��o s�o realizadas por empresas contratadas e as demais tarefas s�o realizadas por servidores municipais. A orienta��o t�cnica e a fiscaliza��o das atividades s�o realizadas pela equipe de engenheiros agr�nomos da Divis�o, onde cada um � respons�vel por um grupo de parques. A parte administrativa � conduzida a parte, por um administrador (MARCHINI & SILVA FILHO,1993).

Entre os parques municipais, o maior deles � o Parque Anhanguera que se localiza na regi�o norte, pr�ximo a Serra da Cantareira, e ocupa �rea de 9.500.000m 2.

. Sua implanta��o ocorreu na d�cada de 70, atrav�s da aquisi��o da �rea pela Prefeitura. Pequena parte de sua �rea � aberta ao p�blico e a maior parte � reflorestada com eucaliptos. Ocorrem matas ciliares ao longo das linhas de drenagem e l� encontramos mam�feros de porte e rica em fauna (S�o Paulo, 1988). Neste parque est� localizado o Centro de Reabilita��o de Animais Silvestres (CRAS) e o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) administrados pelo DEPAVE.

A seguir aparecem os parques do Carmo com 1.500.000 m2 e do Ibirapuera com 1.584.000 m2.

�O parque do Carmo � um importante centro de lazer para os habitantes da zona leste e est� localizado dentro da �rea de Prote��o Ambiental Parque e Fazenda do Carmo, definida pela lei estadual 6409/89. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente com a coopera��o da Prefeitura do Munic�pio elaborou a Regulamenta��o APA, definindo �reas de preserva��o permanente, mantendo-se nelas apenas as trilhas existentes, para fins de pesquisa ou visitas monitoradas e �reas de uso ligadas ao lazer. O parque possui remanescente de mata ciliar e mata atl�ntica nativa. Sua fauna � composta por muitas aves e mam�feros de pequeno porte. Parte do parque � de propriedade da COHAB-SP e o parque faz limite norte-leste com um de seus conjuntos habitacionais, o PROFILURB. Este conjunto habitacional n�o possui liga��o com a rede de esgotos local, sendo seus esgotos lan�ados nos c�rregos da regi�o, o que acarreta queda da qualidade do ambiente aqu�tico do parque, acarretando danos a sua fauna. Al�m disso, observam-se outros fatores de degrada��o do parque que podem ser atribu�dos a ocupa��es irregulares (ESPUNY et al. 1993).

O Parque do Ibirapuera localizado na regi�o sul do Munic�pio � o parque mais popular da cidade, por sua localiza��o, dimens�es e tratamento dos espa�os. Foi implantado na V�rzea do Ibirapuera, formada pelos c�rregos Cagua�u e Sapateiro, que originaram os grandes lagos ali existentes. Teve in�cio com o saneamento da �rea e implanta��o do viveiro de plantas por Manequinho Lopes em 1928, quando foram plantados os eucaliptos para melhorar a drenagem do solo. Foram plantadas, tamb�m nesta �poca, diversas esp�cies nativas e ex�ticas (S�o Paulo, 1988). Em seu interior encontramos hoje o Museu de Arte Moderna, a Bienal de S�o Paulo, o Pavilh�o Japon�s, Viveiro Manequinho Lopes e a Divis�o T�cnica de Medicina Veterin�ria e Biologia da Fauna/ DEPAVE 3. O Viveiro, desativado de sua fun��o primitiva de fornecer mudas para a arboriza��o da cidade, funciona para a forma��o de vasos, multiplica��o de plantas rasteiras e apoio para cursos de jardinagem.

Al�m destes encontramos mais 27 parques municipais na cidade com tamanhos que variam entre 13.335 m2, como o Parque dos Eucaliptos no Campo Limpo, e 195.000 m 2 , como o Parque Raposo Tavares localizado no Butant�.

Entre os parques estaduais, encontramos as maiores �reas verdes dentro do munic�pio . A maior �rea pertence ao Parque Estadual da Serra do Mar com 44.322.946m 2

. Este parque abrange diversos munic�pios da regi�o metropolitana e do litoral de S�o Paulo com �rea total de 309.938 hectares. A vegeta��o � de Mata Atl�ntica t�pica de encosta e compreende o cintur�o verde sobre a Serra do Mar. Sua fauna inclui mam�feros de grande porte. Trata-se de um dos poucos remanescentes de Mata Atl�ntica no estado.

Outra �rea bastante expressiva no munic�pio � o Parque Estadual da Cantareira, com �rea de 40.519.593 m2,que faz parte da Reserva Estadual da Cantareira. Esta reserva foi criada no fim do s�culo passado para garantir a capta��o de �gua para abastecimento de S�o Paulo. A reserva tem cobertura florestal em praticamente toda sua extens�o, que � considerada de preserva��o permanente pelo C�digo Florestal Brasileiro, sendo sua flora formada principalmente pela Mata Atl�ntica.

�Entre a fauna, relativamente rica, encontramos pequenos carn�voros, macacos, morcegos, pacas, cotias, veados, r�pteis, anf�bios e aves. Este parque possui diversos equipamentos para lazer e camping. Em �rea cont�gua encontra-se o Parque Estadual Alberto L�fgren, sede do Instituto Florestal e do Horto.

Estas duas �reas descritas fazem parte de complexos de vegeta��o localizados nos limites sul e norte do munic�pio, respectivamente, n�o estando englobados pela malha urbana. As demais �reas estaduais situam-se dentro da �rea urbana. S�o elas:

O Parque Estadual (ex Parque Ecol�gico do Tiet�) com �rea de 9.297.106 m2 �dos quais apenas 2.500.000 m2 s�o abertos ao p�blico. O projeto original do parque possu�a plano paisag�stico de Roberto Burle Marx, de onde surgiu o Centro Recreativo de Canga�ba. Este centro foi implantado em antiga regi�o de �portos de areia�, em terrenos recompostos por aterros sanit�rios. � equipado para o lazer e seus sete lagos formados sobre as �reas de extra��o de areia, s�o utilizados para recrea��o n�utica. � constitu�do por pequenos agrupamentos de eucaliptos e outras �rvores remanescentes das antigas ch�caras que ocupavam a �rea (S�O PAULO, 1988).

Em suas v�rias ilhotas, comunidades de mam�feros s�o estudadas, especialmente macacos.

O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (ex Parque do Estado) � um importante remanescente de mata no interior do munic�pio. A �rea tornou-se parque em 1928, devido provavelmente a exist�ncia de cabeceiras do C�rrego Ipiranga, elemento de importante conota��o hist�rica na emancipa��o pol�tica do Brasil (S�O PAULO,1988).� Em sua �rea de 5.428.156 m2 encontram-se atualmente o Instituto de Bot�nica, o Jardim Bot�nico, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Instituto Astron�mico e Geof�sico da USP, a Funda��o Parque Zool�gico de S�o Paulo, o Simba Safari e o Parque da �gua Funda. A maior parte de sua �rea � ocupada por uma Reserva Biol�gica, constitu�da por vegeta��o remanescente de mata do planalto paulista.

O Parque do Jaragu� est� sob administra��o da Secretaria do Meio Ambiente.

Sua �rea de 4.888.400 m2 abrange os picos do Jaragu� e o Bico de Papagaio (1.127 e 1.135 m de altitude). A �rea do sop� possui menor declividade, �reas represadas e equipamentos de lazer, enquanto na �rea que abarca os picos podem ser encontrados tr�s mirantes que permitem visualizar a cidade. Nos picos foram constru�das torres de retransmiss�o que hoje fazem parte da paisagem de S�o Paulo.

Os demais quatro parques estaduais possuem �rea entre 1.740.000 m2 (Parque Alberto L�fgren) e 115.200 m 2, Parque Fernando Costa (ex �gua Branca).

�Este �ltimo � uma das mais importantes �reas de lazer da cidade, recebendo visitantes de diferentes regi�es. Foi constru�do para ser sede dos servi�os de produ��o animal da Secretaria da Agricultura em 1929. Em termos de Administra��es Regionais encontramos uma distribui��o bastante distinta em rela��o a �rea ocupada por parques em m2 . A AR-CS Campo Limpo, por englobar o parque estadual da Serra do Mar, possui a maior �rea de parque 44.322.946m 2, enquanto a AR-SA Santo Amaro possui a menor �rea, apenas 34.900m 2, referentes ao Parque Severo Gomes �reas Particulares e Vias P�blicas.

Os dados analisados acima referem-se a �reas p�blicas. Segundo Silva (1993), no entanto, o munic�pio de S�o Paulo possui dentro da �rea urbana 74,8 km 2 de �reas verdes situadas em terrenos particulares e parcelas do sistema vi�rio densamente arborizadas e n�o discriminadas de propriedades particulares via sat�lite. Este autor traz, ainda, em seu artigo uma tabela com �ndices de arboriza��o de alguns bairros do munic�pio que foi transcrita abaixo:

�ndice de arboriza��o de bairros do munic�pio de S�o Paulo, divididos por blocos

Centro Hist�rico, predomin�ncia horizontal

Centro Hist�rico, predomin�ncia vertical

BAIRRO

INDICE DE ARBORIZA��O (%)

BAIRRO

INDICE DE ARBORIZA��O (%)

American�polis

0,4

Av. Paulista

12,8

Br�s

0,5

Moema

5,3

Brasil�ndia

2,1

Indian�polis

8,7

Campo Limpo

0,6

Ermelino Matarazzo

0,2

Bairros Verdes

Parque Edu Chaves

0,0

BAIRRO

INDICE DE ARBORIZA��O (%)

S�o Mateus

0,2

S�o Miguel Paulista

1,0

Alto de Pinheiros

27,1

Vila Formosa

0,2

Ch�cara Flora

52,7

Peruche

1,0

Jardins

33,6

Vila Clementino

1,7

Jardim S�o Bento

16,4

Morumbi

46,8

Bairros com predomin�ncia industrial

Pacaembu

22,7

BAIRRO

INDICE DE ARBORIZA��O (%)

Santo Amaro

2,3

Tamanduate�

0,8

Podemos verificar que h� uma significativa diferen�a entre os bairros no que diz respeito tamb�m a arboriza��o, com predomin�ncia da mesma nos ditos bairros-jardins.

Os bairros jardins surgiram de bairros da aristocracia cafeeira, tais como Campos El�seos e Higien�polis, por�m sua concep��o de divis�o da terra em lotes e ocupa��o com casas s�o deste s�culo. O primeiro bairro criado foi o Jardim Am�rica, pela Companhia City, de capital franc�s e ingl�s, em 1915, seguido pelo Pacaemb� em 1925. Sua caracter�stica � de ruas curvil�neas, com lotes irregulares de tamanho e recuo suficiente para a implanta��o de jardins e quintais (S�O PAULO, 1988).

Os bairros jardins caracterizam-se pela ocupa��o predominantemente residencial e de baixa densidade. Estes bairros surgiram de loteamentos destinados a popula��o de alta renda, em cujos contratos de venda ficavam estabelecidas restri��es ao uso e ocupa��o do solo. Estas restri��es impostas visavam garantir uma qualidade ambiental ao bairro e sua n�o descaracteriza��o futura e foram �incorporadas a legisla��o municipal de uso e ocupa��o do solo. Nestes bairros, em geral, � vetada a verticaliza��o e s�o restritas as possibilidades de

adensamento, o que garante a preserva��o destas �reas verdes. Suas ruas s�o bastante arborizadas e como os lotes s�o maiores do que em outras regi�es da cidade, suas �reas livres s�o ocupadas por vegeta��o, inclusive arb�rea (SILVA, 1993).

Estes bairros ocupam uma superf�cie significativa das regi�es sul e oeste, contrapondo-se a verticaliza��o que predomina na cidade. Mais recentemente, surgiram os bairros - jardins em �reas perif�ricas da cidade, junto �s represas da Zona Sul e nos contrafortes da Serra da Cantareira, na Zona Norte (S�O PAULO, 1988).

TEND�NCIAS E PERSPECTIVAS

O munic�pio de S�o Paulo possui hoje 12,4 m2 �de �reas verdes por habitante, considerando: parques municipais, parques estaduais, canteiros em vias p�blicas, cal�adas arborizadas. Este n�mero � equivalente ao recomend�vel pela ONU (12m 2 /hab), apesar de verificamos que em muitos pontos da cidade predomina a aus�ncia de verde. Isto demonstra que n�o basta quantificarmos as �reas e sim que devemos analisar sua distribui��o espacial, quando o foco diz respeito aos aspectos relacionados � qualidade de vida.

Para elaborarmos um cen�rio para o ano de 2020 consideramos, para os c�lculos, uma taxa de crescimento populacional de 0,3% ao ano (Ribeiro, 1996) e obtivemos, desta forma, uma popula��o de 11.015.580 habitantes neste ano. Com base nessa popula��o, analisaremos os seguintes cen�rios:

Cen�rio 1) Se n�o houver altera��es na quantidade de �reas verdes, apenas sua manuten��o at� 2020, observaremos uma queda no �ndice para 11,52 m2/hab.:�rea (m2) Popula��o (hab.) �ndice (m2/hab) 126.944.155 11.015.580 11,52 Cen�rio 2) Se buscarmos a manuten��o do �ndice, dever� ocorrer um aumento proporcional no tamanho das �reas verdes, segundo a tabela abaixo: �rea (m2) Popula��o (hab.) �ndice (m2/hab) 136.593.192 11.015.580 12,4

Ou seja, ser� necess�rio um incremento de 9.649.037m2 de �reas verdes em 20 anos (aproximadamente a �rea do parque Anhanguera). Este aumento representa 8% do total de �rea hoje existente e dever�o estar distribu�das em �reas onde a predomin�ncia de vegeta��o � menor. Para tal, � necess�rio que haja o comprometimento pol�tico e institucional do poder p�blico na cria��o de �reas verdes e a manuten��o das �reas j� existentes. A participa��o da sociedade � tamb�m fundamental nesse processo.

USO DA PERCEP��O AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DE GEST�O DE GEST�O EM APLICA��ES LIGADAS �S �REAS EDUCACIONAL, SOCIAL, E AMBIENTAL.

INTRODU��O

Aspectos, relacionados � tem�tica ambiental vem se tornando um� assunto comum�� e� priorit�rio� na�� sociedade� brasileira ,�� principalmente� depois�� da� realiza��o�� da confer�ncia das Na��es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento� ( R i o�� 9 2 ) , realizada na cidade do Rio de Janeiro em 1992 , mais recentemente ,em 2003� (Bras�lia), nas Confer�ncias Infanto-Juvenil e a Nacional de Meio Ambiente� .�

Ap�s esses eventos, muito se falou e vem se falando sobre meio ambiente no Brasil, no entanto, ainda n�o � t�o evidente a correta percep��o que os indiv�duos evidenciam sobre o assunto, principalmente com rela��o a real dimens�o das vari�veis ambientais e seus efeitos sobre o ambiente como um todo.��

CONCEITUANDO PERCEP��O AMBIENTAL

Percep��o ambiental pode ser definida como sendo uma tomada de consci�ncia do ambiente pelo homem, ou seja, o ato de perceber o ambiente que se est� inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo.�

Cada indiv�duo percebe, reage e responde diferentemente �s a��es sobre o ambiente em que vive.�� As respostas ou manifesta��es da� decorrentes s�o resultados das percep��es (individuais e coletivas), dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada pessoa.

Desta forma, o estudo da percep��o ambiental � de fundamental import�ncia para que possamos compreender melhor as inter-rela��es entre o homem e o meio ambiente, suas expectativas, anseios, satisfa��es e insatisfa��es, julgamentos e condutas.�

COORDENADOR DO NEPA E CONSELHEIRO DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE � CONAMA 2 .

A import�ncia da pesquisa em percep��o ambiental para o planejamento� do ambiente foi ressaltada pela UNESCO em 1973. Uma das dificuldades para a prote��o para a prote��o dos ambientes naturais est� na exist�ncia de diferen�as nas percep��es dos valores e da import�ncia dos mesmos entre os indiv�duos de culturas diferentes ou de grupos S�cio - econ�micos que desempenham fun��es distintas, no plano social, nesses ambientes.

A vis�o hol�stica da percep��o ambiental na arquitetura e na comunica��o aborda quest�es sobre o comportamento humano, colocando-o como resultante de um processo perceptivo no qual o ambiente possui um papel fundamental.

Os projetistas n�o devem se preocupar s� com a constru��o que se faz, mas com a rela��o ao ambiente. As pessoas mudam v�rias vezes de casa ou de trabalho, n�o se apegando a constru��o, visto que existe pouca afetividade entre o ser humano e a edifica��o.� Neste caso, a vari�vel de maior import�ncia est� na harmonia e na boa conviv�ncia com o ambiente.� A percep��o ambiental pode ser utilizada para avaliar a degrada��o ambiental de uma determinada regi�o, como o caso do Alto da Bacia do limoeiro, Presidente Prudente, SP.

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a degrada��o ambiental de uma �rea sujeita � especula��o ambiental e imobili�ria, especialmente, a Bacia do Limoeiro. A an�lise dos dados perceptivos permitiu real�ar e interpretar o processo de degrada��o, evidenciando a omiss�o dos �rg�os p�blicos encarregados do licenciamento e monitoramento da urbaniza��o.

Metodologias de educa��o ambiental podem ser propostas ou analisadas utilizando-se de estudos sobre percep��o do ambiente, como o caso do Bosque John Kennedy, Araguari, MG.

Este trabalho tem como objetivo compreender a educa��o ambiental inserida no espa�o urbano com a finalidade de despertar a tomada de consci�ncia frente ao meio ambiente e especificamente a din�mica do bosque.�

Segundo o autor, a educa��o a percep��o ambiental despontam como armas na defesa do meio natural, e ajuda a reaproximar o homem da natureza, garantindo� um futuro com mais qualidade de vida para todos, j� que desperta uma maior responsabilidade e respeito dos indiv�duos em rela��o ao ambiente em que vivem.�

N�CLEO DE ESTUDOS EM PERCEP��O AMBIENTAL

Devido � atualidade e import�ncia desta tem�tica, procurando assegurar e manter a vanguarda dessa discuss�o no Esp�rito Santo, o Curso de Engenharia de Produ��o Civil (EPC), da Faculdade Brasileira, criou o N�cleo de Estudos em Percep��o Ambiental � NEPA, que vem desenvolvendo pesquisas, desde 2002, voltada � avalia��o da percep��o ambiental em segmentos formadores de opini�o.

O n�cleo de estudo conta com a participa��o de professores e mestres e doutores dos diversos cursos oferecidos pela institui��o (Farm�cia, Enfermagem, Psicologia, Direito, Ci�ncia Cont�beis, Administra��o, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia El�trica e Engenharia de Produ��o Civil), objetivando um enfoque multidisciplinar (processamento de dados, estat�stica, qu�mica, engenharia ambiental, direito, psicologia, sa�de ambiental e ocupacional, etc.), possibilitando o atendimento das demandas de pesquisas de interesse dos pr�prios alunos ou propostas pelos professores.

A produ��o cient�fica do NEPA se destacou em 2003 atrav�s da participa��o em eventos em eventos e publica��o de artigos em revistas t�cnicas de circula��o nacional. No mesmo per�odo uma das pesquisas desenvolvidas por alunos em programa de extens�o, com apoio do NEPA, � Percep��o Ambiental de Professores da Faculdade Brasileira � UNIVIX�, recebeu o Pr�mio Ecologia 2003 (promovido pela Secretaria de Estado para Assuntos de Meio Ambiente e Recursos H�dricos do Estado do Esp�rito Santo), bem como men��o Honrosa no Pr�mio Conselho Superior de Meio Ambiente 2003, da� Federa��o das Ind�strias do Estado do Esp�rito Santo.

Inicialmente, o principal objetivo do NEPA foi o desenvolvimento de um instrumento� pedag�gico, pass�vel de ser aplicado a alunos e professores da institui��o, tendo como base a an�lise da percep��o ambiental, permitindo a identifica��o e, sobretudo, quantifica��o de tal percep��o frente as m�ltiplas facetas do conhecimento ambiental.

Tal instrumento, aplicado ao corpo docente e discente de uma institui��o de ensino, permitiria estruturar a forma de encaminhamento do conhecimento ambiental que deveria ser disponibilizado a alunos e refor�ada junto aos professores.

A metodologia proposta permitiria atuar sobre as vulnerabilidades t�cnicas e cient�ficas identificadas nos segmentos� entrevistados, objetivando condi��es concretas para o aprimoramento do conhecimento sobre a tem�tica ambiental. Tal interven��o ocorreria atrav�s de atividades direcionadas como Workshops, semin�rios, v�deos, palestras� de especialistas, discuss�o de casos, circula��o de bibliografias,� defini��o de temas a serem trabalhados com os alunos� de forma inter e multidisciplinar, programas de extens�o,� visitas t�cnicas, programa de

Est�gios em empresas e �rg�os de controle ambiente, entre outras.

No contexto acima, um processo de transfer�ncia de conhecimento (ensino de meio ambiente) at� ent�o considerado como uma iniciativa est�tica (oferta de uma disciplina padr�o) se transforma num processo din�mico, sustentado em informa��es quantitativas e pass�veis de reavalia��o peri�dica. Tal fato consolidou uma proposta pedag�gica diferenciada e mais eficaz no encaminhamento da tem�tica ambiental nas institui��es de ensino.

METODOLOGIA DE FIDA PELO NEPA

A escolha da tem�tica �Percep��o Ambiental� Foi produto de um estudo pr�vio muito cuidadoso.� Optou-se por este tema, pois era inten��o da coordena��o do curso de EPC estabelecer de uma forma diferenciada de oferta da disciplina �Ci�ncia do Ambiente�,

Direcionando-a as efetivas necessidades dos alunos e n�o, apenas, ao atendimento das exig�ncias curriculares. Por outro lado, aspecto n�o menos importante, o instrumento favorecia uma a��o multi e interdisciplinar no processo de inser��o da vari�vel ambiental ao longo de toda a grade curricular do curso, e n�o apenas atrav�s da disciplina oferecida pontual e regularmente.

Lan�ando m�o de question�rios especialmente desenvolvidos para cada tipo de aplica��o, o NEPA, que concentra seu trabalho em segmentos formadores de opini�o nas �reas educacional, social e ambiental, vem usando a percep��o ambiental (PA)� como instrumento pedag�gico� auxiliar no encaminhamento (gest�o) da tem�tica ambiental no �mbito� de instru��es� p�blicas e privadas de ensino, bem como em aplica��es ligadas a empresas privadas.

� importante destacar que a base do sucesso de uma pesquisa envolvendo PA est� diretamente ligada � qualidade do question�rio adotado. Tal question�rio dever� estar estruturado � luz dos objetivos a que se pretende como pesquisa e, sobretudo, considerar o tipo/n�vel dos entrevistados.

O question�rio � montado com perguntas de m�ltipla escolha e, em alguns casos espec�ficos, com solicita��o de justificativas para as respostas apresentadas, sendo que, os aspectos abordados se diferenciam em fun��o do ripo de pesquisa, podendo ser citado, como exemplo, os enfoques a seguir:

� Caracteriza��o, identifica��o, import�ncia e prioridade dos principais problemas ambientais e/ou sociais de uma regi�o;��

Papel do poder p�blico, das industriais, da sociedade, das ONGs e das Institui��es de Ensino;

A��es individuais do cidad�o / �tica ambiental;

Desenvolvimento e seus efeitos sobre o meio ambiente, �rea social e sa�de da popula��o;

Direitos e deveres dos indiv�duos;

Legisla��o ambiental

Efic�cia da a��o dos �rg�os normativos de controle ambiental;

Empresas ou institui��es que se destacam por a��es na �rea ambiental;

Efeito dos apelos ecol�gicos sobre o comportamento da sociedade;

Marketing ambiental;

Percep��o pela sociedade de programas ambientais e ou� sociais implantados por alguma institui��o ou empresa;

Efic�cia dos Programas de Educa��o Ambiental;

A obten��o dos resultados � feita mediante a utiliza��o de um pacote estat�stico (no nosso caso, o SPSS) e a sua an�lise � conduzida / complementada por um grupo de profissionais� com o conhecimento adequado e espec�fico �s tem�ticas abordadas.

AN�LISE DAS ESCOLAS.

Foi observado que nas escolas do bairro n�o h� uma pol�tica voltada para a educa��o ambiental,

Nem atividades de coleta seletiva, implanta��o de viveiros e coleta do �leo da pr�pria cozinha da Escola.

- Import�ncia e influencia para a vida dos alunos:

No que diz respeito � educa��o ambiental, e de fundamental import�ncia para tornar cidad�o consciente e praticantes no que diz respeito ao meio ambiente e a sustentabilidade, e sociedade da qual fazem parte.

A educa��o ambiental assume posi��o de destaque para construir os fundamentos da sociedade sustent�vel para esta gera��o e as gera��es seguintes.

2- a import�ncia e necessidade dos espa�os verdes tanto em �reas de prote��o como o p�prio espa�o da escola em estudo e do seu entorno.

3- Educa��o Ambiental N�o Formal.

Art. 13.� Entendem - se por educa��o ambiental n�o formal as a��es,

� Pr�ticas educativas voltadas � sensibiliza��o da coletividade sobre as quest�es

Ambientais e � sua organiza��o e participa��o na defesa da qualidade do meio

Ambiente.

Par�grafo �nico. O Poder P�blico, em n�veis federal, estadual e

Municipal, incentivar�:

I - a difus�o, por interm�dio dos meios de comunica��o de massa,

�Espa�os nobres, de programas e campanhas educativas, e informa��es de temas relacionados ao meio ambiente;

II - a ampla participa��o da escola, da universidade e Organiza��es, n�o governamentais na formula��o e execu��o de programas e atividades vinculadas � educa��o ambiental n�o formal;

III - a participa��o de empresas p�blicas e privadas no desenvolvimento de programas de educa��o ambiental em parceria com a escola, universidade e as organiza��es n�o governamentais;

IV - a sensibiliza��o da sociedade para a import�ncia das unidades de conserva��o;

V - a sensibiliza��o ambiental das popula��es tradicionais ligadas

�s unidades de conserva��o;

VI - a sensibiliza��o ambiental dos agricultores;

VII - o ecoturismo.

- Educa��o Ambiental no Ensino Formal

Art. 9.� Entende-se por educa��o ambiental na educa��o escolar a desenvolvida no �mbito dos curr�culos, das institui��es de ensino p�blicas e privadas, englobando:

I - educa��o b�sica:

a) educa��o infantil;

b) ensino fundamental e

c) ensino m�dio;

II - educa��o superior;

17-III - educa��o especial;

IV - educa��o profissional;

V - educa��o de jovens e adultos.

Art. 10.� A educa��o ambiental ser� desenvolvida como uma pr�tica educativa integrada, cont�nua e permanente em todos os n�veis e modalidades do ensino formal.

� 1.� A educa��o ambiental n�o deve ser implantada como disciplina espec�fica no curr�culo de ensino.

� 2.� Nos cursos de p�s-gradua��o, extens�o e nas �reas voltadas ao aspecto metodol�gico da educa��o ambiental, quando se fizer necess�rio, � facultada a cria��o de disciplina espec�fica.

� 3.� Nos cursos de forma��o e especializa��o, t�cnico profissional em todos os n�veis deve ser incorporado conte�do que trate da �tica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas.

Art. 11.� A dimens�o ambiental deve constar dos curr�culos de forma��o de professores, em todos os n�veis e em todas as disciplinas.

Par�grafo �nico. Os professores em atividade devem receber forma��o complementar em suas �reas de atua��o, com o prop�sito de atender adequadamente ao cumprimento dos princ�pios e objetivos da Pol�tica Nacional de Educa��o Ambiental.

Art. 12.� A autoriza��o e supervis�o do funcionamento de institui��es de ensino e de seus cursos, nas redes p�blicas e privadas, observar�o o cumprimento do disposto nos artigos. 10 e 11 desta Lei.

- Educa��o Informa: Processo pelo qual, durante toda a vida, as pessoas adquirem e acumulam conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos atrav�s das suas experi�ncias di�rias e a sua rela��o com o meio Ambiente. N�vel de grupo escolar:

N�vel fundamental, com faixa et�ria.� 8 � 17 anos.

Educa��o ambiental reciclagem dos residos s�lidos, palestras de incentivo, teatro implementa��o de viveiros de mudas, coleta de �leo da cozinha e eco pontos de coletas seletiva.

CONCLUS�O:

- O trabalho diagnosticou que o �ndice de �rea verde por habitante no munic�pio de S�o Paulo est� dentro dos padr�es internacionais recomend�veis, ou seja, 13,4 m 2/ habitantes, sendo que a ONU recomenda 12m 2 /hab.

- Apesar do �ndice de m2 a .v / hab� encontrar-se nos padr�es internacionais, o trabalho constatou que existe uma enorme desigualdade na sua distribui��o causando-lhe qualidade do ar e consequentemente no clima, presen�a de fauna, no equil�brio do solo e vegeta��o, no ru�do urbano e no fen�meno das ilhas de calor.

- Ressente-se, no munic�pio de S�o Paulo, de mapeamento atualizado em escala apropriada capaz de indicar, com precis�o, regi�es prop�cias a serem preservadas, transformadas ou mantidas como �reas verdes.

Com este trabalho realizado em grupo, podemos notar atrav�s de dados estat�sticos que os locais com maior densidade e exist�ncia de �rea verde trazem benef�cios a popula��o do seu entorno melhorando a qualidade de vida dessas pessoas. Nota-se a extrema import�ncia e necessidade de vegeta��o nas grandes metr�poles al�m dos benef�cios � comunidade as �rvores ajudam a controlar o clima e a sensa��o t�rmica, benef�cios esses que s�o oferecidos naturalmente pela arboriza��o que existe nas cidades.

� comprovado por pesquisas que as �rvores podem absorver at� 250 litros de �gua por dia, quando existentes em grande quantidade, podem at� mesmo evitar as enchentes absorvendo a �gua da chuva, essa �gua absorvida � devolvida para a popula��o em forma de vapor amenizando a temperatura tornando o local mais fresco e arejado.

O vapor exalado da folha de cada �rvore se mistura com as part�culas de polui��o do ar ajudando na retirada dos poluentes e exalando oxig�nio de boa qualidade contribuindo com a nossa sa�de e ajudando at� mesmo a combater e minimizar os problemas respirat�rios desencadeados pela polui��o atmosf�rica gerada pela grande quantidade de ind�strias e autom�veis que se instalam e existem nas cidades, principalmente na grande S�o Paulo.

Al�m desses benef�cios a �rvore tamb�m tem a fun��o de proteger, quando est� localizada ao redor de rios se denomina mata ciliar evitando a eros�o dos rios e protegendo-o contra a polui��o como os c�lios protegem nossos olhos da mesma.

Em S�o Paulo existe uma grande quantidade de parques ecol�gicos e tur�sticos que nos proporcionam o contato com a natureza, alguns deles j� foram �rea de extra��o ou de despejo de res�duos que passaram por biorremedia��o e estudo de manejo se tornando hoje um local para lazer da popula��o, por�m a cidade cresceu e a sua popula��o aumentou tornando todos esses parques e �reas verdes poucos para a quantidade de pessoas existentes na cidade.

A cultura da maioria das pessoas do nosso pa�s por incr�vel que pare�a, se tratando de um local rico em fauna e flora, n�o � a de preservar, cuidar e se beneficiar de modo correto dos insumos do meio ambiente, por conta da vis�o capitalista de objetivar o lucro acima de tudo o meio ambiente � utilizado somente como mat�ria-prima, no entanto hoje muita das pessoas tem a consci�ncia de que esses recursos naturais s�o finitos e devem ser preservados e tratados, com as novas tecnologias que foram desenvolvidas pensando na preserva��o e menor utiliza��o de mat�ria-prima, podemos alcan�ar o lucro sem perder as ess�ncias ensinadas pela pr�pria natureza.

Ess�ncia essa que deve ser passada como um princ�pio e cultura devendo ser seguida para a boa conviv�ncia do homem com o meio ambiente e a qualidade de vida das presentes e futuras gera��es, n�o existe faixa et�ria, classe social ou lugar correto para ser ensinada ou aprendida a maneira de utilizar e preservar a nossa terra, estes princ�pios podem ser passados tanto de ber�o, no caso de pai para filho quanto de filho para o pai sendo levado da escola para casa.

�As escolas das comunidades deveriam ser o local mais apropriado para passar essa ess�ncia, uma escola de cidad�os eco-conscientes e respons�veis, para preservar o meio ambiente para as futuras gera��es, al�m de ser um local apropriado para esse ensinamento � tamb�m um ponto que pode ser realizado um sistema de gest�o ambiental, preservando melhor a �rea verde localizada na comunidade desta escola, se tornando at� mesmo um ponto de coleta seletiva, entre outras atividades relacionadas com o cuidado com o meio ambiente, atividades estas que devem ser esplanadas para o restante da comunidade, executando o trabalho �formiguinha�, primeiramente crendo para ver o resultado de a��es sustent�veis.

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Qual é a importância das áreas verdes para as cidades?

Elas possuem a importante função de reduzir efeitos da poluição e dos ruídos, agem diretamente na redução da temperatura e na velocidade dos ventos, além de influenciarem no balanço hídrico e ainda podem servir de abrigo a diversos animais silvestres que vivem nas cidades, como pássaros, insetos e até macacos.

Qual a importância das áreas verdes para a qualidade de vida?

Resumo: As áreas verdes são consideradas um indicador na avaliação da qualidade ambiental urbana e também obrigatórias por lei. Quando não existem ou não são efetivadas no ambiente urbano interferem na qualidade do mesmo, e também a falta desses espaços adequados para o lazer prejudica a qualidade de vida da população.

Qual é a importância de se preservar as áreas verdes nos grandes centros urbanos?

Os parques urbanos são áreas verdes que podem trazer qualidade de vida para a população. Pois proporcionam contato com a natureza e suas estruturas e qualidade ambiental, quando adequadas e atrativas, são determinantes para a realização de atividade física e o lazer.

O que é necessário para preservar as áreas verdes?

Dicas para Conservar Áreas Verdes Urbanas.
Podar árvores com galhos secos;.
Extrair árvores que oferecem riscos de queda e fazer a substituição;.
Poda especializada em levantar copas;.
Manutenção do gramado capinado;.
Cuidar e evitar com que surjam doenças e pragas;.
Priorizar espécies nativas e..